domingo, 7 de outubro de 2018

ESTUDO BÍBLICO - O que a bíblia diz sobre o aborto



Até alguns anos atrás, aborto caracterizava uma ação penal para quem o praticasse. Hoje, quando a palavra aborto é usada, ela supõe imediatamente a prática legal da retirada da criança do útero antes de nascer. Ainda que o aborto provocado tenha sido legalizado em alguns países, ele continua sendo imoral e pecaminoso.

Mudança de Opinião Médica

Os pró-aborcionistas têm feito o que podem para promover o aborto provocado. Eles têm inventado expressões para descrever a criança não nascida, e o processo abortivo, para tornar aceitável a nefanda prática.

O Dr. C. Everett Koop é cirurgião geral nos Estados Unidos. Quando ele era cirurgião chefe do Hospital Infantil de Filadélfia, Pennsylvânia, e professor de Pediatria e pediatra-cirurgião na Escola de Medicina da Universidade da Pennsylvânia, ele escreveu:

“Nós, que como pessoa sempre soubemos que o aborto é o assassinato de uma criança não nascida, fomos induzidos a crer que a destruição do ‘produto da concepção’, ou a destruição de um feto, não é a mesma coisa que matar uma criança não nascida. A definição médica tradicional foi deliberadamente mudada o bastante para nos distanciar da nossa repugnância contra o aborto”.

Os pró-aborcionistas tratam o aborto como um processo de interrupção da gravidez. Eles falam de “evacuação do conteúdo uterino”, ou de “remoção pós-conceptiva do conteúdo da fertilidade”. Tratam a criança não nascida como “uma possível vida humana”, quando é sabido que o organismo está vivo antes do nascimento.

Mas a vida humana é relativa somente antes do sémen masculino e o óvulo feminino se juntarem para formar o novo ser humano. Os cristãos não devem ser iludidos pela sutileza da terminologia médica. Eles devem ser guiados pelos princípios e preceitos da Palavra de Deus.

O que a Bíblia Diz Sobre os Não-Nascidos

Enquanto alguns tentam justificar o aborto antes que a criança possa sobreviver fora do útero, a Bíblia não faz qualquer distinção no processo da vida. O termo feto viável pode indicar propriamente, como fato científico, o tempo em que a vida pode ser sustentada fora do ventre, mas isto não indica que a vida, como pessoa, não exista antes disto.

Aqueles que são tentados a aceitar o aborto no estágio primário, porque ele é declarado legal, deveriam antes considerar certas verdades bíblicas.

1 – A Bíblia reconhece que uma mulher está com um filho desde os primeiros estágios da gestação.

Quando a virgem Maria foi escolhida para ser a mãe de Jesus, foi-lhe feito o seguinte anúncio: “Em teu ventre conceberás e darás à luz a um filho” (Lucas 1.31). O anjo então informou a Maria que sua prima Isabel estava grávida. As palavras ditas por ele foram estas: “Eis que também Isabel tua prima concebeu um filho em sua velhice” (Lucas 1.36). A Escritura deixou claro que na fase pré-natal João Batista foi reconhecido como um filho, embora faltassem três meses para o seu nascimento.

Em Lucas 1.41-44, João antes de nascer é reconhecido como um babe, que traduz uma palavra grega usada para criança, antes e depois do nascimento (Atos 7.19). As palavras “ela também concebeu um filho” indica que Jesus era reconhecido como um filho, embora a gravidez de Maria estivesse no estágio primário.

A Bíblia também reconhece a fase pré-natal da vida como sendo uma criança e não como um produto alternativo na concepção. Não há distinção no valor da vida da criança nascida e da não nascida.

Mesmo quando a gravidez nos tempos bíblicos era devido a uma relação ilícita, a qualidade, desta vida não era questionada. As filhas de Ló engravidaram pelo incesto (Gênesis 19.36), mas isto não foi considerado motivo para o aborto. Betsabá reconheceu que engravidara pelo adultério (2Samuel 11.5), mas isto não foi visto como um estorvo, como um apêndice descartável do ventre materno.

João Calvino fez uma significativa observação a respeito do aborto, numa preleção sobre Êxodo 21.22-23: “O feto, mesmo apegado ao ventre da mãe, é contudo um ser humano e é um crime monstruoso roubar-lhe a vida antes que ele possa usufruí-la. Se nos parece mais horrível matar um homem em sua própria casa do que no campo, porque a casa de um homem é o lugar de refúgio mais seguro, deve parecer-nos maior atrocidade destruir um feto no ventre, antes que ele seja dado à luz”.

2 – A Bíblia reconhece que Deus é atuante no processo da formação de uma nova vida.

Destruir uma gravidez é destruir a obra de Deus. Acerca de Leia, a esposa de Jacó, a Bíblia descreve: “Quando o Senhor viu que Leia era desprezada, abriu-lhe a madre. Então Leia concebeu e deu à luz um filho” (Gênesis 29.31-32.

Quando Jó se comparou aos seus servos, ele argumentou: “Aquele que me formou no ventre não os fez também a eles? Ou não nos formou do mesmo modo na madre?” (Jó 31.15). Mostrando a imparcialidade de Deus, Jó afirma: “Quanto menos aquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima o rico mais do que o pobre; porque são todos obra de suas mãos” (Jó 34.19).

Isaías, falando por Deus, escreve: “Assim diz o Senhor que te criou e te formou desde o ventre e que te ajudará: não temas ó Jacó, servo meu” (Isaías 44.2). E depois: “Assim diz o Senhor teu Redentor e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas” (Isaías 44.24).

Davi sumarizou bem quando escreveu: “Tu possuíste os meus rins, entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias,cada um deles escrito e determinado, quando nenhum deles havia ainda” (Salmo 139.13-16).

Acerca da mesma passagem, Donald Shoemaker escreveu: “Esta passagem pode por si mesma evocar uma santa advertência e respeito pela vida do não-nascido. Deus está neste negócio, e como podemos observar, nós devemos louvá-lo, porque o lugar onde estamos é terra santa. Tal respeito pela origem não -se encontra nos pró-aborcionistas. Deles é uma profana intromissão no divino laboratório, para destruir a obra do bendito Criador. Deus ama os não-nascidos. Este Salmo não deve ser relegado”.

O Deus onisciente que sabe o que acontece às pessoas depois do nascimento, também sabe o que lhes acontece antes de nascerem. Ele é atuante no processo gerador e interromper a gestação é destruir a obra de Deus. O aborto é o diabólico desafio do homem ao Altíssimo. É a indicação do profundo abismo no qual esta sociedade conivente está mergulhando.

3- A Bíblia Reconhece que Deus Tem Planos para os Não-Nascidos. Somente Ele Sabe o Potencial Dessa Nova Vida.

Quando Deus chamou Jeremias para o seu ministério profético, ele indicou que a ordenação fora pré-natal quando disse: “Antes que eu te formasses no ventre materno, eu te conheci e antes que saísses da madre, te consagrei; e te constitui profeta às nações” (Jeremias 1.5).

Quando Zacarias, o sacerdote, estava ministrando no altar do incenso, um anjo anunciou que sua esposa Isabel daria à luz um filho, que seria chamado João. Assim foi revelado que Deus tinha planos definidos para aquele menino. Ele seria o precursor de Jesus Cristo (Lucas 1.11-17).

Destruir a vida de uma criança não nascida é flagrante desconsideração aos planos de Deus para esta vida. É privar uma pessoa não-nascida do privilégio de chegar a ser uma bênção, um instrumento nas mãos de Deus.

4 – A Bíblia Reconhece que Deus É Soberano em Todas as Coisas, Inclusive na Qualidade de Vida do Não-Nascido.

Quando o povo rejeitou a Deus, eventualmente ele tornou a vida humana relativa. Alguns são considerados aptos para viver, enquanto outros parecem dispensáveis. Um estudo feito pelo Dr. Leo Alexander da Universidade de Harvard, mostrou que o começo do holocausto fundamentou-se na crença de que algumas vidas humanas eram dispensáveis. Como resultado desta crença, eles mataram os indesejáveis, os aleijados, os retardados e eventualmente todos os incapacitados que serviram à Alemanha na I Guerra Mundial. Daí para o holocausto foi um pulo.

Quando uma pessoa se coloca no lugar de Deus, para determinar se a vida é viável – quer quer antes, quer depois do nascimento – ela está rejeitando a soberania do Criador de todas as coisas.

Há coisas que o homem finito não pode entender. Os caminhos de Deus são mais altos que os caminhos do homem. Enquanto a tecnologia médica atual procura condições mínimas para que uma criança não-nascida seja digna de viver, é bom lembrar que elas são criaturas de Deus.

Quando um homem estabelece critérios para o que constitui vida inviável, ele está invariavelmente errado, porque falha no julgamento do plano e do propósito de Deus. Quem, senão Deus, sabe que vantagens poderiam trazer milhões de crianças impedidas de nascer para melhorar a qualidade deste mundo? É justa a preocupação dos cristãos diante do malefício do aborta provocado, e estes devem agir como agiriam em face de outra ameaça de igual monta. Há medidas que os cristãos podem tomar para restringir ou aniquilar essa tendência imoral

Em um discurso diante da Câmara dos Deputados, nos Estados Unidos, foi feita uma declaração por uma pessoa que nasceu de um estrupo: “Algumas pessoas renegam sua origem. Eu não me envergonho de citar a minha. Não me acrescenta nem me diminui. Eu nasci na pobreza. Meu pai estrupou minha mãe quando ela tinha doze anos. Agora eles têm destinado uma vasta área de terra para mim em Chester, Pennsylvânia”.

A citação foi feita por Ethel Waters, que havia pregado para milhões por meio de canções evangélicas. O aborto seria legal naquela época, desde que alguém se aventurasse a sugerir. Se isto tivesse acontecido, o mundo teria sido muito prejudicado. O trabalho de evangelismo teria sido privado de uma grande cantora evangélica.

5 – Perigo para a Mãe

Há alguns anos muitas mulheres morriam como resultado da gravidez. Em nossos dias, devido ao avanço da ciência médica, raramente acontece um caso destes. Quando acontece um problema e depois da oração em prol da cura divina o milagre não se verifica, as pessoas envolvidas precisam buscar ao Senhor no sentido de outra espécie de socorro. O diagnóstico da medicina será de grande ajuda para se chegar às próprias conclusões.

6 – A atitude de Deus

A Palavra de Deus é muito explícita a respeito do homicídio: “Não matarás” (Êxodo 20.13). É não somente um dos Dez Mandamentos, mas uma prescrição que atravessa toda a Escritura.

Deus instruiu a Moisés para determinar aos filhos de Israel uma lei que regularia a vida da criança antes de nascer: “Se alguns homens pelejarem e ferirem uma mulher grávida e lhe causarem o aborto, embora não haja morte, certamente serão multados, conforme o que o marido determinar, e pagarão diante dos juízes. Mas, se houver morte, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Êxodo 21.22-24).

O Dr. Stanley M. Horton, professor de Velho Testamento e Hebraico no Seminário Teológico da Assembleia de Deus, concordando com outras opiniões sobre o texto acima, escreve: “A situação aqui é de dois homens que estão brigando, depois de uma discussão. O mesmo verbo hebraico é usado em Êxodo 2.13, quando Moisés viu dois homens brigando. De certa forma, durante a luta eles feriram uma mulher grávida e ela teve um parto prematuro. Não tendo havido intenção, nem acidente para o filho ou a mãe, então o homem que atingiu à mulher deveria pagar apenas uma multa, segundo a exigência do marido e sancionada pelos juízes. Mas, se tivesse havido morte para o filho, para mulher ou para ambos, então o ofensor deveria pagar com a própria vida”.

“Seu fruto” é no hebraico yeladeha, traduzido como filho neste mesmo capítulo, verso 4, bem como em outras partes onde aparece no Velho Testamento. O plural é usado aqui, porque não se podia saber de antemão quantas crianças havia no ventre.

“Mischief”, no hebraico ason, é usado em Gênesis 42.4, onde Jacó se mostra temeroso de que Benjamim viesse a morrer, como ele pensava que tivesse acontecido a José (Gênesis 42.38; 44.29). Desse modo fica claro que o feto era reconhecido como uma criança e tinha os mesmos direitos dos filhos mais velhos.

A atitude de Deus sobre a morte de inocentes é claro. Exceto na pena capital decretada através de processo judicial (Números 35.12), ou proteção da propriedade à noite, provavelmente envolvendo a legítima defesa (Êxodo 22.2), ninguém é inculpável se matar o seu semelhante.

7 – Preocupação Cristã

É justa a preocupação dos cristãos diante do malefício do aborto provocado e estes devem agir como agiriam ,em face de outra ameaça de igual monta. Há medidas que os cristãos podem tomar para restringir ou aniquilar essa tendência imoral:

a) Primeiramente, os cristãos podem orar pela intervenção divina nas atitudes dos homens. Isto poderia eliminar a degradação nacional dos padrões morais e consequentemente das leis que permitem essas iniquidades, tais como aborto provocado por conveniência.

O poder de um avivamento espiritual tem sido histórico. A França e a Inglaterra foram assoladas por revoluções no século 18. A França teve uma revolução política, que resultou em indescritível sofrimento e muito sangue derramado. A Inglaterra teve uma revolução industrial. A diferença entre as duas é que a Inglaterra experimentou um avivamento espiritual, que elevou o nível de vida no país, possivelmente afastando uma violenta revolução igual à que a França ex­perimentou.

Destruir a vida de uma criança não nascida é flagrante desconsideração aos planos de Deus para esta vida. É privar uma pessoa não nascida do privilégio de chegar a ser uma bênção, um instrumento nas mãos de Deus.

Um avivamento espiritual em nosso país teria uma influência salutar sobre o clima moral hodierno. Não somente a pureza da vida humana seria honrada, mas os padrões morais em geral seriam estimulados.

b) Cristãos interessados poderiam subsidiar instituições bíblicas pró-moral em todas as áreas possíveis. Ao invés dos critérios da igreja serem influenciados pela humanística e pelas filosofias ateístas, uma igreja cuidadosamente sedimentada nas verdades do Evangelho pode influir nos padrões da sociedade.

Quando o povo aceita as diretrizes das Escrituras, ao invés dos valores relativos provenientes do especulativo raciocínio humano, todos os níveis de vida serão grandemente elevados.

Quando o descaso dos modelos de justiça bíblicos é reconhecido como pecado; quando a recusa em reconhecer a soberania de Deus é reconhecida como pecado; quando a rejeição da salvação em Jesus e seu senhorio é reconhecida como pecado, a condição da sociedade é grandemente aperfeiçoada. Então, problemas tais como o aborto ficam minimizados.

À instrução bíblica deve ser dada ênfase tanto na igreja como no lar. Os crentes devem estar firmemente alicerçados nas Escrituras, de tal modo que possam dar a razão de sua fé, baseados na Palavra de Deus.

c) Cristãos interessados poderiam aconselhar aos que estão às voltas com uma gravidez indesejável sobre a alternativa da adoção. Eles manteriam agências cristãs que tramitassem a cessão de crianças a pessoas que as desejassem adotar. Casais com esse tipo de problema encontram-se pessoalmente muito confusos.

d) Cristãos interessados poderiam manter uma organização pró-vida em oposição a qualquer tipo de legislação instituída para destruir a fibra moral da sociedade. Como cidadãos, eles poderiam expres­sar suas opiniões às autorida­des. Poderiam influir em de­terminadas classes de pessoas que estivessem investidas de funções públicas.

e) Cristãos interessados poderiam compassivamente ministrar para aqueles que vivem acossados pelo remorso de terem praticado ou participado de atos abortivos. Estas pessoas precisam ser lembradas de que quando confessam seus pecados ao Senhor, ele os perdoa e purifica. Elas precisam ser lembradas de que Jesus disse: “Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora” (João 6.37). Precisam de oração, apoio moral daqueles que já estão sob a proteção do Senhor.

Traduzido por Miguel Vaz

Fonte: CACP

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

DIDÁTICA CRISTÃ - Sugestão de Curso Online

A paz do Senhor alunos e professores de EBD, eu recomendo seguinte curso EAD para quem deseja aprimorar seus conhecimentos em didática:

Os recursos didáticos nada mais são do que as ferramentas que o professor utilizará durante todo o ano letivo e pode, muitas vezes, precisar de algumas alterações ou novos utensílios que servirão para o aprimoramento das atividades e aulas realizadas na escola.
Exemplos de alguns dos recursos didáticos:

- Quadro Negro, ou branco / Giz, ou canetão / Apagador;
- Jornais, cartazes, revistas e livros;
- Textos manuais;
- Televisão
- Aparelho de Som
- Aparelho DVD
- Filmes em DVD
- Filmadora (caso necessite realizar algumas gravações)
- Máquina Fotográfica Digital
- Computador com projetor
- Instrumentos didáticos conforme a disciplina (Ex: química – tubos de ensaio, biologia – microscópio entre outros...)

Estes são alguns dos variados recursos materiais que ajudam muito na didática de acordo com o plano de ensino proposto pelo professor. O restante fica por conta da criatividade do profissional docente, que mesmo tendo uma infinidade de recursos pode não utiliza-los corretamente, atrapalhando assim o entendimento da matéria pelos alunos, ao invés de aperfeiçoa-los.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o curso de Didática e Metodologia em Educação Básica Técnica e Tecnológica, e utilize o certificado dos cursos para complementar suas atividades acadêmicas.

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Pr Marcos André

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

ESTUDO BÍBLICO - Realmente descia um anjo no tanque de Betesda?


O Tanque de Betesda, que em hebraico significa “casa de misericórdia”, era localizado, segundo Flávio Josefo, em Jerusalém, ao norte do Templo, próximo ao mercado das ovelhas. Em escavações nesta região, no ano de 1888, o professor e arqueólogo, Dr. Conrad Schick, achou um grande tanque com cinco pavilhões (degraus), que levavam a uma parte mais baixa, onde havia água. Em uma de suas paredes havia a pintura de um anjo no ato de movimentar as águas! Segundo o credo e tradição judaica, de tempo em tempo, um anjo descia naquele tanque e movimentava as águas, o primeiro que entrasse no tanque após o movimento, era curado de qualquer enfermidade! Assim se arregimentavam grandes quantidades de pessoas, esperando receber algo através de um ato místico.

O fato relevante aqui é entendermos que o contexto nos mostra dois tipos distintos de multidão que buscam alguma benção de Deus. A multidão do Tanque de Betesda (a turba que gosta de anjos), e a multidão que seguia a Jesus! Aquela multidão que rodeava o Tanque é símbolo das inúmeras pessoas que esperam receber algo de um ritualismo religioso ou místico! O Tanque de Betesda é símbolo do formalismo e misticismo religioso, onde jazem milhões e milhões de pessoas ao redor de um símbolo, aguardando que um dia aconteça alguma coisa que os tire desta situação! Este grupo é levado pela superstição e pelo ritualismo. Ao contrário destes, o grupo que segue a Jesus, é dinâmico, cheio de satisfação e alegria por ver as maravilhas de Deus através do Senhor! Jesus tem que ser o centro e nunca às suas criaturas.

Pr. João Flávio Martinez
Fonte: CACP

domingo, 19 de agosto de 2018

ESTUDO BÍBLICO - A contemporaneidade do dom de línguas


Esse dom é a expressão sobrenatural concedida pelo Espírito Santo em língua ou idioma não conhecido pelo falante (gr. glossolalia) e pode se manifestar de duas maneiras:

1 – Línguas congregacionais: “No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete” (1 Co 14.27);

2 – Línguas devocionais: “Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.28).

Um bom exemplo é a oração em línguas. O dom possibilita a expressão por meios sobrenaturais de línguas tanto estrangeiras como espirituais. Sobre o estudo de línguas, devemos nos reportar ao dia de Pentecostes, quando houve a primeira evidência desse dom, que se manifestou em línguas de dezessete países, os que estavam reunidos em Jerusalém para a festa de Pentecostes ouviam falar as maravilhas do céu em sua própria língua.

Alguns defendem que também houve manifestação de línguas estranhas nesse dia, mas, na verdade, é mais aceito nos círculos teológicos a manifestação de línguas estranhas na casa de Cornélio (At 10.44-48) e em Éfeso (At 19.1-6), pois nesses textos realmente fica implícito esse tipo de língua (Glossolália). No entanto no dia de Pentecostes houve a manifestação de línguas humanas (Xenolália), mas, como um fenômeno sobrenatural.

Dom de Língua a luz de I Coríntios 14

Analisado minuciosamente à luz de 1Coríntios 14, o dom de línguas é derramado segundo o beneplácito da vontade de Deus (1 Co 12.31; 14.1;), tendo como principal finalidade a glorificação de Deus (1 Co 14.5) e edificação própria (1 Co 12.4a), diferentemente do dom de profecia, que edifica a Igreja (1 Co 12.4b). Esse dom deve ser exercido quando estamos realmente sentindo um gozo na alma, gerado pelo Espírito Santo, brotando naturalmente, num diálogo com Deus com vistas à edificação pessoal.

A língua estranha edifica apenas a quem fala

Quando oramos em línguas ou falamos conosco (1 Co 14.28), não existe a necessidade de interpretação, pois o texto é bem claro: “… falando consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.28). O apóstolo Paulo afirma que prefere falar cinco palavras inteligíveis a falar mil palavras ininteligíveis (1 Co 14.19). Esse era um dos problemas observados na cidade de Corinto. Eles tinham dons, mas não sabiam exercê-los com amor e submissão à doutrina (Gl 5.22;1Co 14.40).

Cuidado com o exagero no uso deste dom

Um dos maiores agravantes observados em algumas igrejas ditas carismáticas é o descontrole emocional, pois muitos, por falta de base teológica, acabam criando uma cartilha própria, a informalidade, em que são valorizadas mais as manifestações exteriores do que as interiores, o que acaba, indiretamente, abrindo campo ao emocionalismo exacerbado e epidérmico, gerando atitudes desconexas e com pouco conteúdo bíblico. Com o propósito de justificar suas atitudes, alguns afirmam que não conseguem se controlar quando falam em línguas, mas a Palavra orienta-nos que o espírito do profeta está sujeito ao profeta (1 Co 14.32).

Nosso espírito é sujeito a nós mesmos, e temos condições de nos controlar quando falamos em línguas no culto público. Quem age de forma contrária demonstra uma grande falta de conhecimento dessa doutrina.

Infelizmente nos dias atuais, alguns ministros esquecem-se de que é um dom sobrenatural, que vem do alto, e procuram levar o povo ao frenesi usando frases de efeito coletivo o que pode gerar o emocionalismo exacerbado.

O missionário Eurico Bergsten afirma: “Também não é sinal de grande espiritualidade gritar em línguas estranhas durante um culto”. A Bíblia diz: “… falando consigo mesmo e com Deus”.

Como foi dito, a Palavra de Deus não endossa o argumento de que o poder é tão grande que não é possível controlar-se. As línguas estranhas não são resultado de um êxtase, mas de uma operação do Espírito Santo em conjunto com o espírito do homem.

Contudo, quando exercido publicamente, em tom de voz alto, o dom necessita de interpretação: “E quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação” (1 Co 14.5). Deve haver uma profecia (1 Co 14.24,25, 29) para que os que ouvem sejam consolados, edificados e exortados no Senhor.

Fonte: Gospel Prime

domingo, 5 de agosto de 2018

A PAZ DO SENHOR A TODOS, ESTÁ SENDO INCLUÍDO O CONTEÚDO DAS EDIÇÕES DA REVISTA DA EDITORA BETEL CONECTAR JOVEM EM NOSSO MENU LATERAL.

domingo, 29 de julho de 2018

ARTIGO - Como a maçã se tornou um símbolo do pecado


No imaginário popular, a fruta proibida é a maçã. Nas representações em filmes, séries de televisão e desenhos animados, ela é associada ao pecado original de Adão e Eva. Entretanto, a bíblia não faz referência direta, nos primeiros capítulos do livro de Gênesis, à maçã.

Dois fatores influenciaram a popularização da fruta enquanto símbolo do “pecado original”, levando escritores e artistas a reproduzirem esse mito.

O primeiro fator se deve às traduções da bíblia hebraica para o Latim, feitas por Jerônimo, um linguista a serviço do então Bispo Dâmaso I, no século 4. De acordo com Robert Appelbaum, professor de literatura inglesa da Universidade de Uppsala, da Suécia, ao traduzir a bíblia hebraica para o latim, Jerônimo se deparou com a palavra hebraica “Peri”, que se escreve פרי, e representa qualquer fruto que possa ser encontrado pendurado em uma árvore. O linguista optou traduzir “Peri” para o latim como “malus”, que pode significar “mal” (se usada como adjetivo) ou “fruta” (se utilizada como substantivo). Por muito tempo, o termo “malus” poderia ser compreendido como se referindo a qualquer fruta com sementes, como peras, pêssegos e a própria maçã. Porém, quando observa-se o segundo fator, pode-se entender por que a maçã passou a ser a principal tradução do termo.

A interpretação e reprodução de artistas plásticos como o renascentista alemão Albrecht Dürer do termo “Malus” como maçã foi ampla. Uma gravura de Dürer, do início do século 16, que mostrava Adão e Eva ao lado de uma macieira e ganhou popularidade, influenciando outros artistas, como o poeta britânico John Milton, que associaria, no século seguinte, a maçã ao pecado na sua maior obra, “Paraíso Perdido”. No poema épico do século 17, Milton constrói, em dez cantos, a história das disputas angelicais durante a “criação” do homem. A influência da bíblia na sua obra aparece já nos primeiros versos, quando Milton cita a fruta que teria dado origem ao pecado e a morte. Ao longo do texto, que ganhou mais dois cantos em uma reedição posterior, o poeta revela também a influência da representação gráfica de artistas como Dürer e associa o “fruto proibido” a maçã.

Extraído e adaptado do site www.nexojornal.com.br

Fonte: Gospel Prime