segunda-feira, 15 de julho de 2019

ESTUDO BÍBLICO - A importância dos dons do Espírito Santo para a edificação do corpo de Cristo



Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta.

No original grego, a palavra “dom” chama-se “charisma”, que significa “presente”, isto é, são manifestações do Espírito, oferecidos mediante a Graça divina por parte de Deus, e Ele é o doador de todos os dons.

De acordo com o teólogo Russel N. Champlin, em sua enciclopédia, “‘Charisma’ indica os dons do Espírito, as suas graças, gratuitamente conferidas, para a obra do ministério (I Co 12:4, 9, 28, 30, 31). Além disso, enfoca também o dom da Graça, que nos traz a salvação”.

Empreender uma busca sincera para ser cheio do Espírito Santo e receber os dons do alto é uma atitude correta. O apóstolo Paulo nos orienta desta forma: “Enchei-vos do Espírito.” (Ef 5.18)
Três classes de dons no Novo Testamento

Com tais dons, engrandecemos o Reino de Deus, pois através de nossas vidas é manifesta a Glória de Deus, e isso se é concedido mediante a graça Dele. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (I Pe 4:10).

“Graça”, etimologicamente falando, significa “bondade divina”, e na Palavra podemos encontrar diversas maneiras de Deus expressar a sua Graça: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.” (I Co 12:4-7).

Na Bíblia, existem muitos dons, que são genericamente divididos em três classes, a saber: “Os dons do Pai” (Rm 12:6-8), “Os dons do Filho” (Ef 4:11) e “Os dons do Espírito” (I Co 12:8-10), além de outros dons encontrados em outros trechos da Palavra, porque tais dons são manifestações da multiforme Graça de Deus.

A Divisão dos dons bíblicos

Dons do Espírito Santo (I Co 12:8-11):
- Palavra da Sabedoria;
- Palavra do Conhecimento;
- Dom da Fé;
- Dons de Curar;
- Sinais e Maravilhas;
- Profecia;
- Discernimento de espíritos;
- Variedade de Línguas;
I- nterpretação de Línguas;

Dons do pai ou de serviço vocacional (Rm 12:6-8):
- Profecia (Mensageiro);
- Ministério;
- Ensino;
- Exortação;
- Repartição;
- Presidir;
- Compaixão.

Dons ministeriais ou concedidos por Jesus (Ef 4:11):
- Apóstolos;
- Profetas;
- Evangelistas;
- Pastores;
- Mestres.

Outros Dons Bíblicos:
- Intercessão;
- Celibato;
- Música;
- Ajuda (Socorros).

Como usar os dons para servir o meu próximo?

Ora, todo cristão deve exercer a diaconia de forma universal, mas o Senhor concedeu a alguns dons específicos relacionados diretamente à diaconia, ou serviço cristão.

Nestes dons, o exercício diaconal será mais perene. Todos os dons bíblicos são do Espírito Santo. Os ministeriais fazem parte da diaconia, mas os dons de serviço manifestam indubitavelmente a expressão do que é “ser um servo de Cristo”, na íntegra.

Os 9 dons do Espírito Santo

O dom de curar
O dom de curar é a capacidade especial concedida a alguns membros do corpo de Cristo, para que estes sejam usados em diversas facetas da cura divina, cura englobando diferentes tipos de enfermidades. A cura pode ser definida como a atuação sobrenatural de Deus sobre o corpo humano para curar enfermidades e dores.

No Antigo Testamento, claramente, pode-se observar que a cura divina se manifestava nas promessas (Dt 7:15). Já no Novo Testamento, encontramos o ministério de cura fazendo parte da missão de Cristo, na qual são relatadas precisamente 35 curas, sendo que algumas delas encontram-se registradas nas seguintes passagens: (Mt 8:2-4, 5-13,14-17; 9:1-8, 20-22, 27-31; 20:29-34). No restante do NT, encontramos facetas desse precioso dom na missão dos doze discípulos (Lc 9:1), dos Setenta (Lc 10:9), na Grande Comissão (Mc 16:15, 16), e no período da Igreja Apostólica onde as curas acompanhavam a pregação do evangelho, como no caso da cura do coxo (At 3:18) e de Enéias (AT 9:33, 34).

Dom de Sinais e Maravilhas
No original grego, este dom é definido como “dynameis”, que significa “poderes”, estando sempre associado com “coisas que causam espanto e admiração”. Conhecido também como “operação de milagres”, o dom de sinais e maravilhas é a capacidade sobrenatural que o Espírito Santo concede a alguns membros do corpo de Cristo para realizarem coisas que saem do curso físico-natural dos acontecimentos.

O vocábulo grego para “milagre”, no evangelho de João, é o valor do sinal, para encorajar as pessoas a crer e continuar crendo. No AT, encontramos facetas desse dom nos ministérios de Moisés (Ex 14:21-31), Elias, quando este lutou sozinho contra os profetas de Baal e o poste ídolo (I Rs 18:21-40), e Eliseu ao separar as águas do Jordão (II Rs 2:14).

Já no NT, encontramos facetas desse dom quando Pedro andou sobre as águas (Mt 14:28-31); no relato dos setenta, quando regressaram de sua missão (Lc 10:17-20); na ressurreição de mortos, como nos casos do filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17), a filha de Jairo (Mt 9:18, 19, 24), e no caso de Lázaro (Jô 11:43-44), nos casos de Paulo, em Troade (At 20:9-12), na defesa de seu ministério em Éfeso (“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários.” – At 19:11), e perante o sinédrio (II Co 12:12).

Dom da fé
A palavra fé, etimologicamente falando, significa “confiança”. No original hebraico é “pistis”, que significa “persuasão firme”, “convicção”. Ela é fundamentada no ouvir (Rm 10:17). Esse dom é encontrado 244 vezes nas páginas do Novo Testamento.

O dom da fé habilita o cristão a aceitar como realidade as promessas feitas por Deus, e assim agir com plena certeza de que o Senhor cumprirá a sua promessa. Esse dom capacita o cristão a passar por situações difíceis, vendo a ação divina em todos os momentos, sempre contando com uma fé inabalável. A fé geralmente opera juntamente com os dons de operação de milagres, sinais, maravilhas e curas. Todo o líder precisa possuir esse dom, pois através do mesmo ele poderá discernir, com grande grau de confiança, onde Deus quer que a Igreja esteja dentro de cinco ou dez anos, e assim estabelecer uma atitude de crescimento.

Palavra do Conhecimento
No original grego significa “Logos” (palavra) e “Gnosis” (conhecimento). O estudo deste dom é muito amplo, tendo duas linhas de pensamentos, as quais são aceitas por boa parte dos teólogos mais ortodoxos ao texto original. Primeiramente, esse dom tem sido definido como sendo a inspiração sobrenatural de algum fato que exista na mente de Deus, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer por ele mesmo.

Esse dom também é encarado, por um grande número de teólogos, como uma habilidade dada por Deus para quem possui uma perspicácia maior para a pesquisa e para o conhecimento. No AT, temos relatos no ministério do profeta Samuel (I Sm 9:15-20), no ministério de Eliseu (II Rs 5:20-27), entre outros.

Já no NT, se é observado no ministério de Pedro (At 5:3, 4), no ministério do apóstolo Paulo (At 27:23-25), e principalmente no ministério de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Jo 4:16-18, 29, 30). 

Palavra da Sabedoria 
O dom da palavra da sabedoria é dado por Deus a alguns membros do corpo de Cristo, para que estes venham sempre a agir com orientação divina em todas as áreas de suas vidas.

Nos domínios do ministério cristão, esse dom pode se aplicar tanto ao ensino da doutrina, quanto à solução de problemas de modo geral. Com isto, quem conta com esse presente de Deus, ao proferir uma palestra ou ministração, explana-as com grande sabedoria, enchendo de brilho a palavra proferida.

No AT, temos o exemplo clássico de Salomão. No NT, um grande exemplo de personagem bíblico usado com grande sabedoria foi o do apóstolo Paulo. Graças ao seu grande conhecimento, ele foi inspirado pelo Espírito Santo a ditar 12 epístolas e escrever uma de punho próprio (Filemom). Contudo, o maior exemplo de sabedoria na palavra é evidenciado por meio do ministério terreno de Jesus.

Dom de discernimento de espíritos
No grego, a palavra discernimento é “diakrinos” (I Co 14:29), sendo este dom outorgado para alguns membros do corpo de Cristo, a fim de que estes saibam discernir as verdadeiras intenções das pessoas, distinguindo assim, as operações do Espírito Santo (grego: Energemata) das operações do espírito do erro e do espírito humano (I Tm 4:1 e I Jo 4:1). A expressão inteira, no grego, apresenta-se no plural; indicando assim, uma pluralidade de facetas da manifestação deste dom.

Como função universal, todo cristão deve saber discernir o certo do errado, mas como dom, esse faz parte da provisão divina para proteger cristãos de qualquer tipo de engano, manifestando-se em alguns a nível teológico, através do discernimento bíblico mediante a Palavra, e em outros podendo se manifestar de forma sobrenatural. O portador desse dom tem condições de julgar corretamente as profecias, distinguindo se uma mensagem provém do Espírito ou não (I Co 14:29).

Na Palavra, podem-se observar algumas facetas desse dom latente no ministério de alguns personagens bíblicos, tanto de uma forma teológica como sobrenatural. Ao desembarcar na ilha de Chipre com Barnabé, o apóstolo Paulo ensinava nesta igreja, aos sábados, na sinagoga, e encontrou dificuldades na evangelização desta localidade, pois Elimas, mágico e feiticeiro, enganava os habitantes daquela ilha com falsos prodígios (At 13:6).

Como proclamava a verdade, o apóstolo passou a contar com o apoio do procônsul local, Sérgio Paulo (At 13:7-b), conquanto que Elimas sentiu-se ameaçado, pois Sérgio estava ouvindo a verdade e assim tentava afastá-lo com os seus falsos ensinos a respeito da doutrina ensinada pelo apóstolo Paulo: “Mas, resistia-lhes Elimas, o encantador, procurando apartar da fé o procônsul.” (At 13:8).

Dom de variedade de línguas
O dom de variedade de línguas é a expressão sobrenatural concedida pelo Espírito Santo em forma de línguas (ou idioma não conhecido pelo portador do dom). No original grego, é “glossolalia”, e pode se manifestar na vida do cristão de duas maneiras:
Línguas congregacionais “Se alguém fala língua, faça-se isso, pois dois ou três, e por sua vez e haja intérprete.” (I Co 14:27);
Línguas devocionais: “Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo e com Deus.” (I Co 14:28).

Esse dom possibilita a expressão, por meios sobrenaturais, de línguas tanto estrangeiras quanto espirituais. Sobre o estudo da glossolalia, devemos nos reportar primeiramente ao dia de Pentecostes, onde houvera a primeira evidência do dom manifestado por línguas estrangeiras, pois estavam todos reunidos no cenáculo de Jerusalém (At 2:1) e há dez dias em oração (At 1:14).

Alguns defendem que também houve manifestação de línguas estranhas naquele dia, porém é mais aceito, nos círculos teológicos, a manifestação de línguas estranhas na casa de Cornélio (At 10:44-48) e em Éfeso (At 19:1-6), pois nestes textos realmente fica implícito este tipo de manifestação.

Analisando minuciosamente à luz de I Coríntios, o dom de línguas é derramado segundo o beneplácito da vontade de Deus (I Co 14:1; 12:31), tendo como principais finalidades a glorificação de Deus (I Co 14:5) e edificação própria (I Co 12:4-a), diferentemente do dom de profecia, que edifica a Igreja (I Co 12:4-b).

Interpretação de línguas
O dom de interpretação de línguas é concedido a alguns membros do corpo de Cristo, visando à compreensão de uma mensagem transmitida em línguas estranhas ou em outro idioma, para que haja a edificação da Igreja. A palavra traduzida por “interpretação” não quer dizer, literalmente, “tradução”, e com isto podemos asseverar que o dom de interpretação não traduz palavra por palavra, mas sim os propósitos de Deus.

No Antigo Testamento, o dom de interpretação atuava junto com os sonhos. No Novo Testamento, por outro lado, esse dom aparece seis vezes juntamente com o dom de variedade de línguas (I Co 12-14). De acordo com o ensino bíblico, deve haver a manifestação deste dom quando uma pessoa fala a Deus (At 2:11), ou quando uma mensagem profética está sendo comunicada em forma de mistérios espirituais (I Co 14:6;13-26). 

Dom de profecia
O dom de profecia é a capacidade que Deus dá a alguns membros do corpo de Cristo para se transmitir, diretamente pelo Espírito Santo, uma mensagem de Deus. A palavra hebraica para designar “profeta” é “nabi”, que é derivada da raiz verbal naba, que significa “anunciador”, “declarador”, e por extensão “aquele que anuncia as mensagens de Deus”.

Esta iluminação é gerada subitamente pelo Espírito Santo na mente, ocorrendo a profecia quando ela é relatada com palavras humanas do próprio profeta. O dom de profecia não tem autoridade divina para servir de doutrina para a vida de ninguém, tampouco pode ser considerada como “revelação”, pois as duas únicas revelações existentes são a Bíblia, que é a espada do Espírito e a natureza, como ato criado, pois o Senhor se revela através de sua criação. Todavia, esse dom deve ser encarado como uma iluminação momentânea da parte do Espírito Santo para transmitir mensagens ocultas diretamente da parte de Deus, com o intuito de edificar os membros do corpo.

No contexto do NT, o dom de profecia é paradoxalmente diferente do ofício ministerial dos profetas veterotestamentários, pois na Antiga Aliança, o profeta anunciava com inspiração divina, sendo boca do Senhor. Os reis se orientavam pelos conselhos dos profetas, considerados a voz de Deus, como Samuel, que fora confirmado como profeta do Senhor (I Sm 3:20). O dom de profecia é muito importante, e sua prática deve ser aceita, pois possui base nas Escrituras.

Na Igreja Primitiva, pode-se observar a manifestação desse dom no concílio de Jerusalém (At 15:32), entre os discípulos de João em Éfeso (At 19:6), sobre as filhas de Felipe (“Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.”- At 21:9), na profecia dos discípulos de Paulo (At 21:7), e na profecia do profeta Ágabo, que profetizou que, ao chegar a Jerusalém, o apóstolo Paulo correria perigo de vida (At 21:10, 11 e 12).

Orlando Martins

Fonte: Gospel Prime

sexta-feira, 12 de julho de 2019

ESTUDO BÍBLICO - Como agir com um depressivo?


1) Não queira entender o que você não entenderá. A dor é dele e não sua. Por isso a tendência é minimizar ou desprezar. A dor de Jesus vivenciada no Getsêmani foi sua. Os seus discípulos não entenderam. A dor do outro não é fraqueza, é dor.

2) O depressivo não requer em si compreensão, mas sim presença. É o que Deus faz conosco. Ele está presente. Ele consola. Ele conforta. Ele ajuda. Ele sustenta nosso coração. Você quer ajudar um depressivo? Fique ao seu lado sem dizer nada. Coloque-se à disposição.

3) Deprimidos não gostam muito de música alegre (Pv 25.20). Ele precisa de compreensão. Devemos escutar com paciência, mas sem mostrar pena deles. Eles já se sentem bastante compadecidos deles mesmos. Tão pouco deve desvalorizar a sua dor. Para você a dor do outro pode ser absurda, mas é a dor dele, então respeite.

4) Não agir de forma egoísta. Não pense em você. O depressivo precisa de ajuda. Nem sempre ele está forte. Jesus precisou de amigos. Jesus tinha grupos de amigos. Jesus tinha 3 amigos que podia falar de sua dor sem ser rejeitado. Eles não entenderam bem o que Jesus passava, mas ficou junto dele. O maior presente é estar junto. Não precisa falar nada. Precisa estar perto. Lembram dos amigos de Jó?

5) Ore. Ore. Ore (Tg 5.13-16).
Devemos entender que muitas vezes aconselhar é ficar quieto, somente ouvir. Pois no próprio ato do desabafo a pessoa se encontra. Deixemos nossos conselhos cheios de moral e sabedoria para outro momento, por hora, ofereçamos somente um bom ombro amigo.

Pr Nilson Dias

Fonte: CACP

domingo, 30 de junho de 2019

ESTUDO BÍBLICO - Seu dom é ensinar? Então, ensine!


Todo professor da Escola Dominical conhece esse texto de Romanos 12.7, da autoria do apóstolo Paulo: “…se é ensinar, haja dedicação ao ensino”.

Agora, apesar de estarmos acostumados com a tradução deste texto na versão Almeida Revista e Corrigida (ARC), ou ainda com a tradução da Almeida Revista e Atualizada (ARA), que é mais enfática ainda ao dizer “o que ensina esmere-se no fazê-lo”, a verdade é que o texto original é bem mais sucinto, e diz apenas assim, como bem traduziu a Nova Versão Internacional (NVI): “se é ensinar, ensine”.

Sei que alguns já acostumados com aquelas versões tradicionais poderão ficar um pouco desgostosos com essa tradução mais literal do texto. Mas é assim que é. O que não significa, claro, que a ideia de dedicação ou esmero esteja descartada, pois tal empenho exigido do ensinador está implícito no texto e contexto. Todavia, de modo bem direto o apóstolo está exortando sobre o dever de cumprir cabalmente a vocação para que fomos chamados. É como se dissesse: ocupe-se no ensino, faça o seu dever.

Há três aplicações que podemos fazer desse se é ensinar, ensine:

1. Não rejeite seu dom, ensine!

É normal que quando estamos iniciando nosso trabalho na obra do Senhor sintamos um temor no coração, para não dizer “medo”, quanto ao que devemos fazer. Servos de Deus no passado também sentiram esse “friozinho na barriga”. Senão veja Moisés, Josué, Jeremias, Jonas, dentre outros.

Todavia, quando Deus dá dons para usarmos Ele também dá junto com o dom a capacidade de exercê-los. O que recebeu o dom para ensinar não deve rejeitar seu dom devido algum tropeço cometido, alguma falha pessoal ou dificuldades de exercer sua chamada, mas precisa antes pedir a Deus que lhe acrescente mais “ousadia, amor e moderação” (2Tm 1.7) ou sabedoria para fazer o que tem de ser feito do modo mais adequado (Tg 1.5).

Não rejeite seu dom para virar cantor, músico, regente de coral ou missionário, julgando talvez que tudo isso seja “mais fácil” que ser um mestre. Você pode multiplicar talentos e agregar novos dons naturais ou espirituais ao seu trabalho, mas não pode jamais largar aquilo que Deus pôs em suas mãos. Seu dom é ensinar? Então, ensine!

2. Não negligencie seu dom, ensine!

Muitos professores aceitam de bom grado a vocação divina para o ensino, porém, acabam negligenciando tão importante chamado. Pelo menos de três formas nota-se esta negligência:
Quando negligenciam o seu próprio preparo intelectual;
Quando negligenciam o preparo da aula;
Quando negligenciam o conteúdo ministrado na aula.

O correto funcionamento do dom é um sinergismo, isto é, uma soma de forças divina e humana buscando alcançar o mesmo fim. Deus chama, capacita e provê os recursos necessários para a execução do trabalho, mas está sob nossa responsabilidade sermos diligentes, nos aplicarmos e fazermos bom uso dos recursos divinos e humanos que estão ao nosso dispor. “Não negligencie o dom que há em ti”, foi a exortação de Paulo ao jovem líder Timóteo (1Tm 4.14, NVI)

Precisamos nos qualificar continuamente (bíblica, teológica e culturalmente), devemos nos aplicar ao preparo de um bom estudo durante a semana, mas especialmente no momento da aula devemos nos ater ao nosso chamado: ensinar! Podemos usar muitos métodos e técnicas variados, mas sempre buscando comunicar com eficiência a palavra de Deus aos nossos alunos.

Cantemos para ensinar! Façamos dinâmicas de classe para ensinar! Apresentemos um vídeo aos alunos para ensinar! Não para mero entretenimento ou preenchimento do tempo vago. Seu dom é ensinar? Então ensine! Faça o que deve ser feito!

3. Não perca o foco do seu dom, ensine!

Por último, cremos que as palavras de Paulo quanto ao dever de ensinar também sugerem que devemos evitar a perda de foco em nosso trabalho. Ele já havia alertado Timóteo quanto aos “embaraços desta vida” com os quais não podemos nos envolver, se quisermos agradar ao Senhor que nos chamou (2Tm 2.4).

Há muitas coisas querendo distrair-nos e distanciar-nos do dom para o qual Deus nos chamou: indústria do entretenimento, internet, excesso de trabalhos, relacionamentos amorosos, etc.; se não tivermos moderação na vida, essas coisas acabam engolindo-nos por inteiro! É incrível como somos propensos a colocar todas as coisas, mesmo o lazer, à frente de nossa vocação espiritual. Até servimos numa igreja local, mas não com aquele empenho que a igreja precisa e o nosso Senhor merece. Infelizmente há professores da EBD que não são nem frios nem quentes, estão ali no meio termo da mornidão…

Há um outro perigo que nos ronda, mesmo dentro da igreja: o acúmulo de cargos. Muitos professores perdem o foco do ensino porque embora tenham sido vocacionados justamente para isso resolveram se sobrecarregar com outras funções, daí acabam se fatiando entre muitos departamentos: música, missões, assistência social, tesouraria, etc.

É bom nos disponibilizarmos para servir no que a igreja precisar; todavia, precisamos ter foco naquilo que é nosso dom. Afinal, Deus não dá dons supérfluos a ninguém! Ele não dá dons para desperdício. Você tem certeza que foi chamado para ensinar? Isso arde em seu coração? Mesmo em meio à temores e fracassos, você sente lá no íntimo que esse é o seu dom? Então, ensine! Mãos à obra, caro professor!

Conclusão
Não permita que nada nem ninguém lhe prive daquilo que Deus preparou para você. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável. Se em seu coração você entende que Deus lhe chamou para o magistério cristão, então ponha sua mente, seu coração, suas forças e seus recursos nisso! Seja o melhor que você puder ser mediante o poder divino que está em operação no seu interior. “Pelo poder que em nós opera…” (Ef 3.20). Sim, há um poder imenso operando em você! Dê-lhe livre curso e seja o que Deus lhe capacita a ser!

Tiago Rosas

Fonte: Gospel Prime

terça-feira, 25 de junho de 2019

ESTUDO BÍBLICO - O significado do batismo



Pergunta: No batismo há perdão de pecados?

Resposta: Não. O batismo nas águas não traz perdão de pecados. Quando nos batizamos, como resultado da nossa obediência à ordenança de Jesus em Mateus 23.19, assim procedemos como testemunho publico diante de homens, anjos e demônios, que nós estamos confiando no sangue de Jesus Cristo para perdão dos nossos pecados (João 1.29; Efésios 1.7; Apocalipse 1.5).

Pergunta: No batismo há lavagem dos pecados, conforme Atos 22.16?

Resposta: Não. Essa passagem em tela é lida como se ela dissesse: Batiza-te e lava teus pecados. O texto está afirmando: Levanta-te, e batiza-te, e lava teus pecados, invocando o nome do Senhor”. A lavagem dos nossos pecados se dá pela invocação do nome de Jesus e não pelo batismo nas águas.

Pedro declarou em Atos 10.43: “A este dão testemunho todos os profetas, de que os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. Com isso corrobora as palavras de Jesus, depois de ressuscitado, que em seu nome se pregasse arrependimento e remissão aos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém (Lucas 24.47).

Pergunta: No batismo ocorre o despojamento do velho homem?

Resposta: O despojamento do velho homem ocorre no momento em que cremos, e não no momento que nos batizamos (Romanos 10.9-10) A regeneração é necessária para o batismo, dado que o batismo simboliza a morte do velho homem, e o emergir da água a nova vida e não ao contrário, que no batismo ocorra o despojamento do velho homem. Em outras palavras, a salvação é necessária para o batismo; nunca o batismo é necessário para a salvação, como dizia o pregador batista Truett. Isso sim, é evangelho, é o único evangelho (Gálatas 1.7-9).

Pergunta: O batismo salva, considerando IPedro 3.21 como apoio?

Resposta: Ora, se o batismo salvasse, então a criança que morresse sem batismo estaria perdida, ou como ensinam os católicos, as crianças que morrem sem batismo vão para o limbo. O ladrão na cruz teria se perdido porque não foi batizado, mas Jesus lhe prometeu o paraíso naquele mesmo dia pelo seu arrependimento (Lucas 23.42-43), ao passo que entendemos que as crianças que morrem na infância são salvas pelo sangue de Jesus, a divina propiciação pelo mundo inteiro (IJoão 2.1). Efésios 2.8 afirma: “Pela graça, sois salvos, por meio da fé… é dom de Deus, não vem das obras…”

Pergunta: Como se explica Marcos 16.16, que diz: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”?

Resposta: Os mórmons forjaram esse texto no Livro de Mórmon da seguinte maneira: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer e não for batizado será condenado.” Mas isso é falso. A Bíblia não diz ‘quem não não for batizado não será salvo’. Paulo declara que batizar não faz parte de evangelizar (l Coríntios 1.17). Vem depois, é para os salvos. O batismo é o primeiro ato público da vida cristã.
 
Pr. Natanael Rinaldi 
 
Fonte: CACP

sábado, 22 de junho de 2019

PREGAÇÃO VÍDEO - Jesus Lava os Pés dos Apóstolos


Pregação tema: Jesus Lava os Pés dos Apóstolos

Pastor Marcos André
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domingo, 9 de junho de 2019

ESTUDO BÍBLICO - Onde estão Enoque e Elias?


De acordo com a Bíblia, Enoque e Elias são as duas únicas pessoas que Deus levou ao céu sem morrerem.

Gênesis 5.24 nos diz: “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.”

II Reis 2.11 nos diz: “… eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.”

Enoque é descrito como um homem que “Andou com Deus por trezentos anos” (Gn 5.23) e que “foi transladado para não ver a morte” (Hb 11.5). Elias foi, talvez, o mais poderoso dos profetas de Deus no Antigo Testamento. Há também profecias sobre o retorno de Elias no fim dos tempos (Ml 4.5-6).

POR QUE DEUS LEVOU ENOQUE E ELIAS? 

Muitos teólogos acreditam que eles foram levados em preparação para um papel no fim dos tempos, possivelmente como as duas testemunhas em Apocalipse capítulo 11.3-12.

Quanto a Enoque, não há dúvidas da sua elevação ao céu, pois o autor de Hebreus deixa especificado o caso de exceção envolvendo-o. Quanto a Elias, o texto de hebreus não o cita como um dos que morreram sem alcançar a promessa. Mas várias dúvidas pairam sobre ele.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ DEFENDEM QUE ELIAS MORREU

As Testemunhas de Jeová dizem que Elias não foi para o céu, mas foi lançado em alguma cidade ou outro país. Citam 2 Cr 21.12 afirmando que Jeorão recebeu uma carta de Elias cerca de cinco anos depois do arrebatamento do profeta (Despertai 22.9.76; p. 28-29).

Então lhe veio um escrito da parte de Elias (a Jeorão), o profeta, que dizia: Assim diz o Senhor Deus de Davi teu pai: Porquanto não andaste nos caminhos de Jeosafá, teu pai, e nos caminhos de Asa, rei de Judá. 2 Cr 21.12

Essa afirmação não tem fundamento, pois verificamos em 2 Rs 1.17 que Jeorão, o destinatário da carta de Elias, já estava em seu segundo ano de reinado.

Assim, pois, morreu, conforme a palavra do Senhor, que Elias falara; e Jorão começou a reinar no seu lugar no ano segundo de Jeorão, filho de Jeosafá, rei de Judá; porquanto não tinha filho. 2 Rs 1.17 (Elias foi arrebatado em 2 Rs 2.11)

Isso seria suficiente para demonstrar o caráter de governo de Jeorão. Outro fator a ser considerado é que sua enfermidade durou mais de dois anos. Se a carta tivesse sido escrita cinco anos depois do arrebatamento de Elias, isso indicaria o sétimo ou oitavo ano do seu reinado. A carta, então, estaria chegando ao meio do cumprimento da profecia.

Por outro lado, Elias poderia ter redigido a carta, deixando-a com Eliseu, que a enviaria ao seu destinatário assim que tivesse tempo. Isso seria natural e não precisaria estar registrado nas Escrituras. Do mesmo modo que não temos os nomes de muitos carteiros que entregam as cartas do apóstolo Paulo.

E SE ALGUÉM SUBIU AO CÉU, COMO INTERPRETAR JO 3.13?

Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. Jo 3.13

Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo) Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.) Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Rm 10.6-9

Porque este mandamento, que hoje te ordeno, não te é encoberto, e tampouco está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga, e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Dt 30.11,12

A Revista Defesa da Fé explica o seguinte:

Mas Enoque e Elias realmente subiram? Sim! Subiram, ainda que, neste caso, fossem uma exceção! Como, então, conciliar esse fato com o que está escrito em João 3.13?, que diz: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem que está no céu”. Jesus teria se equivocado? Não! Pois Ele é a própria Palavra de Deus! O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos (10.6-9), esclarece a questão mencionando o texto de Deuteronômio 30.11-14, no qual Deus afirma que a Lei não estava além do alcance dos israelitas. Segundo o texto, os israelitas não precisam da ajuda de alguém para que pudessem entender o significado de “subindo ao céu ou descendo ao abismo”.

COMO ALGUÉM DE CARNE E SANGUE PODE ESTAR NO CÉU?

E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. 1 Co 15.50

A Bíblia Viva Responde a questão: Digo-lhes isto, meus irmãos: um corpo terreno, feito de carne e sangue, não pode, entrar no reino de Deus. Estes nossos corpos mortais não são do tipo adequado para viver eternamente.

Ou seja, o texto não fala que um ser humano não pode ser arrebatado ao céu, mas que um corpo humano é inadequado pra existir eternamente.

Tanto que Paulo corrobora com essa possibilidade: Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. 2 Co 12.2

Agora, supor que eles estão em outros planetas do sistema solar, como fez EG White, é risível: “então fui levada a um mundo que tinha sete luas (Saturno). Ví alí o bom e velho enoque que tinha sido trasladado” (Primeiros Escritos, p.96-97 – edição 1967).

A questão seria como eles ainda sobrevivem lá? Que tipo de corpo tem, pois ainda não passaram pela ressurreição de I Co 15?

Bem, isso é um mistério de Deus – Dt 29.29 – que logo será revelado.

Pr. João Flávio Martinez
Fonte: CACP

sexta-feira, 7 de junho de 2019

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Obras maiores do que as do Mestre




Considere a seguir, o texto bíblico: 

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.", João 14.12

A parte sublinhada tem sido uma grande fonte de interpretações erradas, pois alguns estudantes da Palavra de Deus chegam a pensar que os servos de Cristo fariam coisas mais tremendas e maravilhosas do que o Mestre.

Apesar de no período da Igreja Primitiva terem ocorrido diversos milagres espetaculares, não há relatos de discípulos ou apóstolos andando sobre as águas ou acalmando uma tempestade. Se Jesus estava falando de obras miraculosas, observamos que ninguém jamais fez obras mais poderosas do que Ele e nem semelhantes a Ele.

Então por que essa afirmação de que faríamos obras maiores?

A explicação parece simples: na frase seguinte o Senhor inicia com a locução adverbial "porque" usada para resposta. É a explicação de Jesus para o fato de que faríamos obras maiores, ou seja, por que faríamos obras maiores do que Ele? Porque Ele vai para o Pai, quer dizer, que pelo fato de Cristo está naquele momento indo para o céu, Ele não poderia mais realizar aquelas obras aqui, pois a obra prosseguiria com Seus discípulos. 

Assim entendemos que as obras maiores a que Cristo se refere devem ser entendidas em quantidade e não em qualidade! Jesus teve um ministério de três anos e meio somente, enquanto nós os discípulos do Senhor, podemos pregar e anunciar o evangelho por dez, vinte, trinta...cinquenta anos, enquanto estivermos aqui. Por isso o Senhor afirmou que a faríamos maiores do que Ele. 

Então podemos entender que quando o Senhor afirma que faríamos aquelas obras e as faríamos maiores do que as que Ele fez, significa que poderemos fazer mais, por que Ele teve que ir para o Pai, mas nós temos todo o tempo que nos restar de vida nesta terra. Porém obras mais prodigiosas e espetaculares do que Ele jamais alguém fez. 

Pr Marcos André 
Professor e teólogo