A Paz do Senhor considere o versículo:
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional."
Romanos 12.1
Esse versículo nos trás uma noção de culto a Deus que atualmente não se tem dado muita importância, que é a forma de cultuar a Deus. Aqui diz que é apresentando o corpo em forma de "sacrifício vivo, santo e agradável", ou seja, se abstendo das satisfações carnais e apresentando no corpo (com gestos, roupas, comportamento, saúde,etc) a santidade em louvor a Deus, e também apresentado na forma de "culto racional" ou seja, de forma consciente, planejada, excelente e convicta, e também de forma contínua, porque no versículo seguinte encontramos a ordem: "...mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." não em transe nem inconsciente, pois o Espírito Santo não faz nada que não queiramos que Ele faça através de nós.
Talvez se possa acrescentar algo a interpretação desse versículo, até mesmo por revelação tipológica, mas apenas apresentei aqui a base teológica dessa passagem.
Porém a versão católica apresenta o seguinte texto:
"Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual."
Note o termo "espiritual" em vez de racional, o mesmo ocorrendo com a versão da King James do Novo Testamento em português, essa mudança do termo, pode alterar gravemente a interpretação, pois essa versão da KJ em português, é muito usada por estudantes de teologia.
Apenas chamo a atenção dos irmãos que usam essa versão da King James em português, já que a versão católica é pouco usada. É que a King James em português, foi traduzida da original inglesa e vejam como aparece no inglês:
"I beseech you therefore, brethren, by the mercies of God, that ye present your bodies a living sacrifice, holy, acceptable unto God, {which is} your reasonable service."
A palavra "reasonable"(razoável) foi traduzida como "espiritual", mas a melhor tradução seria "racional", onde estaria de acordo com as melhores traduções, nesse caso a equipe que traduziu a King James se equivocou.
CONCLUSÃO
Devemos tomar cuidado com traduções das traduções, os melhores textos são aqueles traduzidos diretamente do original em hebraico ou grego.
Pastor, como o Senhor diz no final dessa interpretação cuidado com as traduções, eu te pergunto, hoje qual a melhor tradução Bíblica para ser adquirida, porque hoje temos tantos tipos de Bíblia, com tantas traduções diferente, mulher, pentecostal, etc, que dá medo. a minha preocupação é ter uma bíblia fora da tradução correta. Por isso peço sua opinião quanto a isso.
ResponderExcluirUm abraço
Eloiza
Paz querida, gostei tanto dessa pergunta que vou publicar a resposta num artigo na primeira página do CLUBE DA TEOLOGIA.
Excluircom essa questão que colocou remete me a seguinte questionamento: com ou sem certeza de qual foi a primeira bíblia (católica ou protestante), qual o critério que foi usado para coleccionar os livros da bíblia e ou retirada de alguns da biblia católica? Não me refiro a escrita deles, mas da coleção para formar a bíblia. Alguêm me disse porque saõ repetitivos, mas notei que tem mtos que repetem todos evangelhos e o livro de crónicas repete a história do povo de israel como se fosse resumo
ResponderExcluirPaz irmão Almiro, na verdade a primeira Bíblia não era católica nem protestante, era Judaica, a primeira relação completa do Antigo Testamento surgiu com a tradução dos livros sagrados para o grego numa versão chamada Septuaginta concluída no século I a.C.
ExcluirDepois de Cristo surgiu então o Novo Testamento, mas só no século V a igreja Católica adotou uma versão oficial que foi a Vulgata Latina, tradução de Jerônimo de todos os livros para o latim, na qual foi acrescentada dos 7 (sete) livros apócrifos e as duas extensões de Daniel e Ester, que não foram reconhecidos na Septuaginta. A versão mais usada pelos evangélicos é a ARC - Almeida Revista e Corrigida concluída em 1645, uma tradução direta das línguas originais assim como a Vulgata, porém seguindo o cânon judaico não possui os livros apócrifos.
Observa-se que não foi tirado livros da Bíblia católica, mas ela é que acrescentou livros que não continham no cânon judaico.
Olá Professor!! parabéns pelo site, muito esclarecedor e de conteúdo rico, a tempo venho pesquisando sobre esse tema,e me deparei com essa questão da tradução, que lógico põe um divisor na interpretação dele, acredito que desde Clemente, Marcião, Justiniano até Constantino e dai pra frente até essa nossa tradução de João Ferreira de Almeida, muita coisa aconteceu, e por isso tomei uma posição de pouco me importar se está obedecendo o original, se é que teve o original além da Tenach, mais o que me chama a atenção aqui é a palavra culto racional ou espiritual que seja..... isso nos leva a um patamar que Deus só se revela na inteligência na lógica e na organização, pois são os requisitos básicos que o espírito santo precisa pra agir em seu hospedeiro!! valew!!
ResponderExcluirIrmão o certo é tentarmos entender o que o escritor quis dizer e não o que ele escreveu. Pois o que ele escreveu está vinculado a forma como ele via e se associava com a sociedade, mesmo que o Senhor tenha inspirado, o escritor escreveu segundo a sua própria linguagem.
ExcluirPaz.