Mostrando postagens com marcador INTERPRETAÇÃO BÍBLICA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador INTERPRETAÇÃO BÍBLICA. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

ANÁLISE APROFUNDADA: O Espinho na Carne



 Veja mais uma passagem bíblica que vai nos ajudar a entender que espinho é esse que Paulo menciona.

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar." 2 Coríntios 12:7

Assista essa interpretação clicando aqui.

domingo, 20 de agosto de 2023

CONHEÇA ESSA ANÁLISE APROFUNDADA: O Espinho na Carne



 Veja mais uma passagem bíblica que vai nos ajudar a entender que espinho é esse que Paulo menciona.

"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar." 2 Coríntios 12:7

Assista essa interpretação clicando aqui.

sábado, 8 de abril de 2023

terça-feira, 4 de abril de 2023

quarta-feira, 1 de julho de 2020

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - De próprio punho



Considere essa passagem bíblica:

"E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.
Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves." Filemom 1.18,19

A carta a Filemom é de uma riqueza literária impressionante, destaco essa parte para uma interpretação e em especial a parte sublinhada.

Paulo escreve para Filemom em favor de Onésimo, o escravo fugitivo, interessante que Paulo usa a expressão: "de minha própria mão o escrevi", significa que somente essa parte da carta foi escrita literalmente por Paulo, pois ele sempre utilizava um "amanuense", alguém que escrevia para Paulo enquanto ele ditava, provavelmente esse amanuense foi Tércio de Icônio (Rm 16.22), porém o apóstolo faz uma promessa a Filemom, de que se caso o escravo Onésimo tivesse causado algum prejuízo material quando fugiu da casa de Filemom, o próprio apóstolo pagaria a dívida.

Para comprovar essa promessa, Paulo dispensa o amanuense nesse momento, toma a pena e escreve de próprio punho a afirmação de que pagaria. Depois essa carta foi compilada assim como as demais e jamais pôde ser visto a diferença da caligrafia de Tércio e do apóstolo Paulo nessa parte. Caso fosse encontrado o original da carta a Filemom, com certeza estaria lá a escrita com uma letra e essa parte com outra letra, ou seja, a caligrafia de Paulo.

Outra afirmação curiosa é o que Paulo fala em seguida: "para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves", ao que parece aqui o apóstolo está lembrando a Filemom que ele também foi ganho para Cristo pela mesma pregação e pelo mesmo pregador, ou seja, o próprio apóstolo. É como se Paulo afirmasse que não quer lembrar, mas já lembrando, de que Filemom deve usar para com Onésimo, da mesma misericórdia que foi usada com ele, ao ser alcançado por Cristo.

Concluindo: "Nesta carta Paulo faz por Onésimo o que Cristo fez pela Igreja." Não é uma frase minha, mas poderia ser.

Pr Marcos André - Professor

sexta-feira, 7 de junho de 2019

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Obras maiores do que as do Mestre




Considere a seguir, o texto bíblico: 

“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.", João 14.12

A parte sublinhada tem sido uma grande fonte de interpretações erradas, pois alguns estudantes da Palavra de Deus chegam a pensar que os servos de Cristo fariam coisas mais tremendas e maravilhosas do que o Mestre.

Apesar de no período da Igreja Primitiva terem ocorrido diversos milagres espetaculares, não há relatos de discípulos ou apóstolos andando sobre as águas ou acalmando uma tempestade. Se Jesus estava falando de obras miraculosas, observamos que ninguém jamais fez obras mais poderosas do que Ele e nem semelhantes a Ele.

Então por que essa afirmação de que faríamos obras maiores?

A explicação parece simples: na frase seguinte o Senhor inicia com a locução adverbial "porque" usada para resposta. É a explicação de Jesus para o fato de que faríamos obras maiores, ou seja, por que faríamos obras maiores do que Ele? Porque Ele vai para o Pai, quer dizer, que pelo fato de Cristo está naquele momento indo para o céu, Ele não poderia mais realizar aquelas obras aqui, pois a obra prosseguiria com Seus discípulos. 

Assim entendemos que as obras maiores a que Cristo se refere devem ser entendidas em quantidade e não em qualidade! Jesus teve um ministério de três anos e meio somente, enquanto nós os discípulos do Senhor, podemos pregar e anunciar o evangelho por dez, vinte, trinta...cinquenta anos, enquanto estivermos aqui. Por isso o Senhor afirmou que a faríamos maiores do que Ele. 

Então podemos entender que quando o Senhor afirma que faríamos aquelas obras e as faríamos maiores do que as que Ele fez, significa que poderemos fazer mais, por que Ele teve que ir para o Pai, mas nós temos todo o tempo que nos restar de vida nesta terra. Porém obras mais prodigiosas e espetaculares do que Ele jamais alguém fez. 

Pr Marcos André 
Professor e teólogo

sexta-feira, 10 de maio de 2019

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Nem o Filho sabe a hora em que virá na Segunda Vinda?



Consideremos o texto a seguir:

"Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai." Mc 13.32 

Uma pergunta sempre abala os estudantes de teologia é: 
"Se Jesus é o Filho de Deus e se Ele é Deus, então por que Ele afirma que nem o Filho sabe a hora em que virá o Senhor à terra?"

Qualquer tentativa de se afirmar que Jesus não sabe a hora em que ocorrerá os eventos acerca do fim implica em contestar a Sua divindade, pois sendo Ele Deus, então é onisciente (Conhece todas as coisas), então como não saberia de fatos tão importantes que estão para acontecer.

Na verdade a pergunta é até simples de responder, mas para isso precisamos conhecer essa informação:

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." Fp 2.5-8

Aqui se afirma que Jesus deixou a Sua glória como Deus e se fez como nós a fim de passar pela humilhação da cruz. Mas para ser como nós Ele precisou abrir mão da glória e majestade divina pela qual é caracterizado como Deus, seus atributos que o definem como tal.
Os principais são: onipotência, onipresença e onisciência, esses atributos foram deixados pelo Filho do Homem para que se parecesse conosco, veja:

a. Ele deixou a onipotência, pois sendo protegido por anjos e conduzido pelo Espírito Santo, viveu entre nós e sofria cansaço, fome, sede e até angústia.

b. Ele deixou a onipresença, porque ao nascer como homem Ele precisou estar em um único lugar e não em todos os lugares como é o Pai.

c. E deixou também a Sua onisciência, onde se afirma que o Todo-Poderoso conhece todas as coisas, mas Jesus enquanto esteve aqui, o Espírito Santo era quem o revelava e como Ele tinha intimidade com o Espírito pela Sua vida de oração, isso nunca foi um problema.

Dessa forma, quando Jesus afirma que nem o Filho sabe, Ele falou do presente, naquele exato momento Ele, o Filho do Homem não sabia, mas ao ter Seu corpo glorificado, então Ele passou a saber.

Na verdade Jesus só falou dessa forma com os discípulos com o intuito de ordenar o que fez em seguida:

"Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.", Mc 13.33

Pr Marcos André



quinta-feira, 24 de maio de 2018

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Três coisas admiráveis e uma quarta que não conheço


Considere o seguinte texto:

"Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço:O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem." Pv 30.18,19

Nesse texto do sábio Agur é usado um elemento para metáfora "caminho" a fim de identificar as atitudes próprias de cada um dos caracteres que o autor menciona causar sua admiração: a águia, a cobra e o navio, cada um deles no seu local específico de habitat e deslocamento.

A ideia principal do escritor, apesar de citar três coisas que lhe causam admiração, é enfatizar o grau de espanto causado pelas atitudes de um homem em relação a uma virgem, como os homens perdem a cabeça e colocam tudo a perder por conta de sentimentos afetivos desse tipo.

O recurso que o autor usa é a figura de linguagem gradação, onde ele expõe ideias gradativas até chegar à ideia ápice que é conclusiva. Assim no texto em questão o autor fala da admiração de três coisas: o voou da águia, o deslocamento da serpente e o navegar do navio (ideias menores) para então expressar uma quarta coisa que de tão estranha e admirável ele chega a afirmar que não conhece.

Dessa forma o sábio Agur afirma que o coração de um homem ao se enlaçar por uma mulher é imprevisível. Sabemos pela História que o sábio disse a verdade, pois grandes homens colocaram tudo a perder por conta de paixões carnais, adultério e fornicação. Quantos ministros do Evangelho, dirigentes de igrejas, pais de famílias, etc, já deixaram tudo ou tiveram seus lares destruídos por envolvimentos extra conjugais. Isso sem falar em jovens que se suicidam por paixões desenfreadas e outro tanto que cometem loucuras por ciumes.

Esse assunto cresce de importância nos dias atuais em que a infidelidade é tão facilitada pelas redes  sociais que tem sido cada vez mais difícil se desviar do mal.

Notemos também que o sábio escritor cita três coisas em comum, a imponência e superioridade que cada um dos três elementos impõe no seu habitat, a águia no céu, a cobra na rocha e o navio no mar, e então numa contraposição o autor cita a fraqueza humana na questão sentimental.

Entendemos que a sabedoria desse texto está no alerta ao homem de que deve guardar-se das paixões mundanas e não confiar em si mesmo no que diz respeitos aos laços sentimentais, pois o coração do homem é enganoso. Jr 17.9

Pr Marcos André

terça-feira, 15 de maio de 2018

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Selá


Considere o texto:

"Com a minha voz clamei ao Senhor, e ouviu-me desde o seu santo monte. (Selá.)" Sl 3.4

Vamos analisar o significado do termo "selá" que aparece aqui no final desse verso e de muitos outros versos dos Salmos, também encontramos em algumas traduções do livro de Habacuque. A ideia é saber o que significa.
Essa é a uma palavra transliterada para o português e não se sabe ao certo o seu significado, por isso ela foi transliterado, alguns altores a consideram como uma pausa musical para os instrumentos, devido ela encontra-se no final de alguns versos dos Salmos, por isso alguns a traduzem como "amém" ou "para sempre", mas essa afirmação não é aceita pela maioria.
Outros acreditam que ela vem de um termo em hebraico "calah" que significa "elevar" ou "suspender", dessa forma a identificam como uma anotação para os músicos elevarem a altura dos instrumentos em dado momento da canção, uma vez que os Salmos são cânticos que eram acompanhados por instrumentos nas cerimônias religiosas no Antigo Israel, essa parece ser a linha mais defendida pelos teólogos.

Acredita-se também que o termo "selá", poderia ser uma marcação para a assistência erguer as mãos em alguns momentos do louvor.
Na tradução grega, essa palavra foi traduzida como "diapsalma" que significa em português "pausa", seria uma pausa na canção, o fato é que não se sabe o porque dessa suposta pausa, alguns sustentam que a pausa seria para a mudança de tom dos instrumentos, ou seria uma pausa para reflexão do adorador em confirmação do exposto na letra do hino, daí surge a ideia do "amém", que é uma confirmação do ouvinte.
No texto de Habacuque o termo "selá" aparece em Hb 3.3 e em outros dois versos do mesmo capítulo.

"Deus veio de Temã, e do monte de Parã o Santo (Selá). A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor. Hb 3.3

Aqui notamos que o termo tem a mesma função literária dos Salmos, uma anotação do orador ou escritor, já que o capítulo três de Habacuque é uma oração em forma de poema, a tradução "para sempre" ou "amém" se encaixaria perfeitamente aqui, porém o fato de a palavra não ter sido traduzida indica que não fazia parte da composição literária e sim da montagem poética.

Todo o problema na tradução resulta da transliteração sem que se conheça a etimologia da palavra. 

Conclui-se que a melhor significado para essa palavra seria "elevar" ou "pausa para elevar".  

Pr Marcos André

terça-feira, 8 de maio de 2018

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Sacrifício da Filha de Jefté



Considere a seguinte passagem:

"E Jefté fez um voto ao Senhor, e disse: Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mão,
Aquilo que, saindo da porta de minha casa, me vier ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o oferecerei em holocausto." Jz 11.30,31

"Vindo, pois, Jefté a Mizpá, à sua casa, eis que a sua filha lhe saiu ao encontro com adufes e com danças; e era ela a única filha; não tinha ele outro filho nem filha.
E aconteceu que, quando a viu, rasgou as suas vestes, e disse: Ah! filha minha, muito me abateste, e estás entre os que me turbam! Porque eu abri a minha boca ao Senhor, e não tornarei atrás.
E ela lhe disse: Meu pai, tu deste a palavra ao Senhor, faze de mim conforme o que prometeste; pois o Senhor te vingou dos teus inimigos, os filhos de Amom.
Disse mais a seu pai: Concede-me isto: Deixa-me por dois meses que vá, e desça pelos montes, e chore a minha virgindade, eu e as minhas companheiras.
E disse ele: Vai. E deixou-a ir por dois meses; então foi ela com as suas companheiras, e chorou a sua virgindade pelos montes.
E sucedeu que, ao fim de dois meses, tornou ela para seu pai, o qual cumpriu nela o seu voto que tinha feito; e ela não conheceu homem; e daí veio o costume de Israel,
Que as filhas de Israel iam de ano em ano lamentar, por quatro dias, a filha de Jefté, o gileadita."

Juízes 11.34-40

Nesta passagem temos um dos assuntos mais controversos das Escrituras, são inúmeros autores que entendem que Jefté teria feito um voto de tolo e sacrificado sua própria filha em holocausto ao Senhor (oferta queimada).

Vamos analisar segundo linhas de estudo exegético mais atualizadas extraídas do livro "Viver Cristão Contagiante" do Dr Joel R. Beeke que levanta as seguintes linhas de análise: 

 Jefté não era precipitado, isso é demonstrado pela forma como ele fala aos anciãos na ocasião em que é chamado para liderar o povo na batalha e antes da luta ele tenta um solução pacífica para a situação ao enviar mensageiro aos amonitas, alguém precipitado jamais teria agido dessa forma.
 Segundo o Beeke a palavra hebraica para holocausto "olahtambém pode ser entendida como "dedicação" ou seja dedicação exclusiva à Deus. Assim o voto de Jefté seria que aquele que primeiro saísse de sua casa seria totalmente dedicado a Deus assim como votou Ana acerca de seu filho. 1 Sm 1.11.
 Ainda segundo Beeke a palavra traduzida como "lamentar" ao se referir às donzelas que "lamentavam" anualmente a filha de Jefté estaria equivocada, pois o termo "lamentar" não aparece com essa tradução em nenhum outro lugar das Escrituras, é mais comum ser traduzido como "comemorar", dessa forma as donzelas firmaram a tradição de comemorar a dedicação da filha de Jefté ao Senhor. Teria ela servido toda a sua vida ao Senhor permanecendo virgem.
Para a filha de Jefté isso seria um motivo de lamento de fato, pois ela permaneceria virgem e uma alegria para toda mulher daquela época era poder dar filhos e estabelecer  descendência na sua casa. Isso explica o motivo pelo qual Jefté ficou turbado, pois ela era filha única e ele ficaria sem prosseguimento de sua linhagem naquele momento. 

Conclusão
Não podemos hoje afirmar que Jefté foi precipitado e nem que de fato ele teria sacrificado a sua filha em holocausto ao Senhor uma vez que o Senhor não aceita sacrifício humano, seja pelo fogo Lv 18.21 ou qualquer outra forma, os sacerdotes da época não teriam aceitado tal sacrifício.
 A hipótese mais recomendada é de que a filha do gileadita Jefté tenha passado o resto da sua vida em dedicação total a Deus não podendo se casar. 

Pr Marcos André

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Levar a mão a boca


Consider a passagem a seguir:

"Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal, leva a mão à boca;
Porque o mexer do leite produz manteiga, o espremer do nariz produz sangue; assim o forçar da ira produz contenda."
Provérbios 30:32,33

Aqui a chave da interpretação é saber o que significa a expressão "levar a mão a boca" que nesse caso quer dizer "calar-se", e as expressões anteriores, "Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal" se entende literalmente como fazer coisas erradas ou loucas, sendo assim fica a interpretação: já que fez besteira, já que se exaltou, já que errou, então fecha a boca pra não piorar mais ainda as coisas.


O verso 33 está nos mesmo contexto e explica o porque do verso anterior, quer dizer que quando a pessoa fica falando depois de ter errado vai produzir ainda mais contenda, é comparado a alguém que mexe o leite até produzir manteiga ou espreme o nariz até sangrar.

A mensagem aqui é: calar a boca após ter feito besteira!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Entendimento da Palavra


"Ao ler uma passagem bíblica não deixe que a sua vontade de realizar algo interfira na interpretação do texto, mas que a correta interpretação do texto interfira na sua vontade de realizar algo.

Não tente mudar a Bíblia, deixe que ela mude você!"


Pr Marcos André

domingo, 3 de maio de 2015

INTERPRETAÇÃO - Provai os Espíritos


Tomemos os seguintes versículos:

“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;” 1 João 4:1,2

Nesta passagem encontramos uma orientação de João aos crentes de sua época, mas que serve para os crentes de todas as épocas. 

A orientação de João é como uma dica para os que não têm o dom de discernimento de espíritos relacionado em 1 Co 12.10. Esse dom é uma operação sobrenatural onde o servo de Cristo discerne a língua estranha que esta sendo pronunciada no meio da congregação, porém sabemos que Satanás pode falar também a língua estranha e pode usar a boca de algum desapercebido por possessão ou por indução, por isso a necessidade desse dom de discernimento de espíritos.

Para as igrejas onde não há esse dom, resta essa dica de João que ensina a provar os espíritos, com perguntas ou simplesmente observando. A verdade é que no início do cristianismo não havia reuniões, pregações ou qualquer outra ministração que não se falasse em Jesus e sua obra rendentora na Cruz, declarando que Ele é o Cristo Filho de Deus.

Hoje tem sido relativamente fácil para o inimigo enganar alguns crentes até mesmo dentro das igrejas, pois muitos cultos sequer falam de Jesus e nem declara Sua divindade.

Jesus deixou claro que reconhecer que Ele é o Cristo Filho do Deus vivo, é a base da Igreja poderosa. Mt 16.16-18 e afirmou também que quem revela que Ele é o Filho de Deus é próprio Deus Mt 16.17.

Marcos André - Professor

domingo, 26 de abril de 2015

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Quatro coisas sábias



Vamos meditar nestes versículos:

“Estas quatro coisas são das menores da terra, porém bem providas de sabedoria: As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida;
Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha; Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem; A aranha se pendura com as mãos, e está nos palácios dos reis.” Provérbios 30:24-28

Para entender a mensagem que Salomão nos transmite nessa passagem de Provérbios precisamos dividi-la em quatro partes a fim de extrairmos a sabedoria que Salomão viu. 

Cada uma parte expressa a sabedoria observada nas atitudes de cada um desses animais mencionados. Salomão não quis dizer que o animal é sábio, mas ele observou mensagens sábias nas atitudes deles. Vejamos cada uma dessas mensagens:

1º) Salomão viu que as formigas não são fortes, mas ele observou que elas se preparam para o inverno, ou seja elas não desperdiçam seus recursos no tempo da bonança, mas guardam para o futuro. A sabedoria aqui é a “prevenção”, assim o crente deve estar prevenido para o tempo da adversidade.

2º) Salomão observou que os coelhos, apesar de sua debilidade constroem a casa na rocha, mostrando que eles tem “prudência”, e dessa forma os predadores não conseguirão destruir suas casas e famílias. Aí está mais um exemplo de sabedoria para o cristão, pois se Jesus é a Rocha eterna, então devemos ter nossa casa firmada Nele.

3º) Salomão também observou que os gafanhotos não tem um rei, ou seja não possui uma liderança, mas montam estratégias e executam, Salomão viu a “iniciativa” ele viu a “proatividade”, os gafanhotos já sabem o que fazer e não esperam que ninguém ordene. A proatividade é o grande diferencial entre os bons funcionários e os melhores. Cada homem de Deus já recebeu a sua missão e por isso já devem partir para a ação; e

4º) E por fim, ele notou que apesar da dificuldade de locomoção das aranhas, que se penduram com as mãos, elas estão nos palácios dos reis. Ele observou a “excelência”, ele ressaltou a qualidade de se buscar o melhor. Dessa forma aprendemos que é sábio fazer o melhor, não são dignos de menção honrosa aqueles que fazem as coisas mais ou menos, ou pela metade, ou somente o necessário para cumprir uma meta. Cada servo de Cristo deve buscar fazer o melhor.


Conclusão:

 A sabedoria que Salomão viu naqueles animais foram: prevenção, prudência, iniciativa e excelência. Cada um analise-se e aprenda com essas atitudes de animais tão insignificantes, mas com grandes exemplos de sabedoria.


Marcos André - Evangelista

domingo, 22 de março de 2015

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - A Criação ou as Criações?


Tomemos os seguintes versículos:

“1 No princípio criou Deus o céu e a terra.
2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz.”
Gênesis 1.1-3

Esses versículos abrem as Escrituras e por isso selecionamos eles para uma análise mais profunda. Em primeiro lugar eles falam acerca da criação que parece começar no verso primeiro, porém o relato da Criação propriamente dita se inicia com o “Haja...” no versículo 3. A maioria dos eruditos e teólogos afirmam a existência de uma era pré-adâmica a qual chamam de dispensação dos anjos, admitindo assim a existência de duas criações: 

A primeira criação ocorre no verso 1: “...criou Deus...” o verbo usado é “bara” que significa criar do nada, teria então Deus criado os céus e terra a partir do imaterial.

A segunda ocorre a partir do verso 3: “...haja luz...” criando então a partir de uma terra que já existia.

Dessa forma se aceita que entre os versos 1 e 3 tenho se passado milhões de anos e que nesse período tenha sido extinto os dinossauros, cujos fósseis existem até hoje (Dake edição 1997, pág 4). Muitos estudiosos criticam a ideia de Deus criar algo sem forma e vazio, inclusive no Manual Bíblico da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) aparece o verbo “estava” ao invés de “era”, ficando “estava sem forma” (Manual Bíblico SBB, pág 115)

O ponto que parece ser comum entre estudiosos cristãos e cientistas geólogos é que houve algum fato que teria extinguido quase todas as formas de vida da terra e então teria surgido novas formas de vida inclusive o homem. Para os cientistas talvez um meteoro tenha se chocado com o nosso planeta promovendo uma catástrofe mundial onde uma densa nuvem de poeira teria impedido a luz do sol por anos, sendo que para os cientistas a vida teria surgido a partir daí por meio da evolução de espécies.

Para os teólogos a afirmação de que Satanás foi lançado na terra coincide com a teoria desse impacto de meteoro na Terra. Lc 10.18

A teoria proposta é de que após a rebelião no céu, Satanás teria sido lançado na terra exterminando assim tudo que havia no planeta, deixando ela sem forma e vazia, ficando apenas os quatro elementos fundamentais para o início dos seis dias da Criação: terra, fogo, água e ar.

Podemos então aceitar a ideia de que houveram duas criações distintas, uma que é mencionada no verso primeiro de Gênesis 1 e outra que inicia a partir do verso 3. Isso explicaria a infinidade de fósseis de animais extintos existentes no mundo. A verdade plena saberemos no céu, mas por agora podemos ter essa noção.
Essa é a proposta de uma teoria que já aceita por muitos crentes, procurei aqui dar forma a esse entendimento.
Todos são livres para aceitá-la, acrescentá-la e até combatê-la se achar necessário!

Marcos André - Evangelista

domingo, 28 de dezembro de 2014

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Homem Afia o Rosto de Seu Amigo


Considere esse versículo:
"Como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo"
Provérbios 27:17

 Apesar de parecer difícil a compreensão desse verso, na verdade não é. Se trata de uma metáfora simples onde se usa a primeira situação "ferro aguçando ferro" para se explicar a segunda que é o "homem afiar o rosto do amigo". Precisamos entender o que é aguçar, aqui tem o sentido de amolar ou afiar, naquela época se amolava o instrumento de ferro com ferro. Dessa forma o autor está afirmando que dois objetos da mesma natureza se aperfeiçoam, ou melhoram para o fim a que se destinam e da mesma forma o homem se aperfeiçoa no trato com seu amigo, pois o autor usa a palavra afiar para dizer a mesma coisa: "amolar".
 Então temos: Assim como a ferramenta de ferro se aperfeiçoa com outro ferro, então um homem se aperfeiçoa ou aperfeiçoa outro homem com quem se relacione (amigo). Dessa forma entendemos que o texto está falando de relacionamento e experiências. Quer dizer que podemos adquirir experiências e aprender mais com nossos relacionamentos.

CONCLUSÃO
 O texto está afirmando que as pessoas que se relacionam e que possuem amizades aprendem e ensinam mais do que os que não as possuem.

Marcos André - Evangelista 


domingo, 9 de novembro de 2014

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Deus se Arrepende?




Considere esse impressionante versículo.

"Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração."
Gênesis 6:6

 Esse versículo é um dos mais controversos de toda a Bíblia, por afirmar expressamente que "Deus se arrependeu", por ser essa uma afirmação que entra em choque com uma outra vejamos:

"Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?" Números 23:19

Os dois versículos parecem estar em flagrante contradição e a única saída para os estudiosos seria buscar no hebraico a raiz da palavra "arrepender-se" usada nessas passagens. Esperava-se que fossem palavras diferentes com a mesma tradução, porém chegou-se a conclusão que desconcertou muitos eruditos, pois é a mesma palavra "nãham", segundo a Bíblia de Estudo Palavra Chave - CPAD - Pág 1794, que significa "suspirar com força" e se interpreta de várias formas como lamentar-se, pesar-se, entristecer-se.

Olhando cruamente parece que há sim uma contradição, porém ao analisarmos a palavra raiz no hebraico, notamos que ela detém vários significados e que no português a palavra "arrepender-se" tem um único significado que é o de "lamentar-se por haver feito algo" dessa forma entendemos que no original em hebraico admite-se dois significados para as afirmações.

No primeiro está dizendo que Deus se lamentou ou se enfureceu por ter feito o homem e por isso estava decidido a modificar a situação da raça humana, purificando aquela geração pelo dilúvio e poupando uma família para dar continuidade à raça humana. No segundo está sendo feito a afirmação de que o Senhor não é como o homem que se arrepende ou que mente ao fazer uma afirmação ou promessa e não cumprir.

É bom entender que a forma de se transmitir as ações de Deus ao homem é com uma linguagem que o homem entenda, para afirmar que o Senhor se enfureceu pela existência do homem se usou o o termo "nãham" que foi traduzido para "arrependeu-se". 

CONCLUSÃO
Não há contradição, somente diferença na exegese entre o que o autor quis dizer em cada passagem. Diferença essa que o tradutor não pôde transmiti para manter fidelidade ao texto original.

Pr Marcos André

Assista ao vídeo explicativo: Clique aqui.