segunda-feira, 18 de março de 2024

COMENTÁRIOS DOS LEITORES


Comentário na postagem: INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - O Jovem Nu:

"Eu também creio que esse jovem era Marcos. O evangelho de Marcos é o mais curto, sucinto, enfatizando mais algumas coisas e menos outras. Um pouco antes deste fato ele narra que um dos discípulos sacou da espada e feriu o servo do sumo sacerdote (Malco); porém omitiu que foi Pedro esse discípulo e também omitiu que Jesus restaurou-lhe a orelha. Quanto ao jovem fugindo nu ele achou por bem relatar.... creio que sim, pode ser Marcos."

Postado por: Gessé
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Resposta:

"Eu tive a mesma ideia, pelo fato da atenção que Marcos deu a esse evento. Ele teve uma boa razão para fazer esse relato, sendo que ninguém mais relatou. Deus abençoe irmão Gessé."

Pr Marcos André
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Pode conferir esse comentário pelo link:

Índice Escola Dominical - 1º Trim 2024

Conteúdos para a aula da EBD do dia 24 Março 24 - Lição 12:

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Conteúdos para a aula da EBD do dia 17 Março 24 - Lição 11:

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Conteúdos para a aula da EBD do dia 10 Março 24 - Lição 10:

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LIVROS DO PR MARCOS ANDRÉ:

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 12 / 1º Trim 2024


Salvos para mudar o Mundo
24 de Março de 2024



LEITURA BÍBLICA
Marcos 16.15-18; Mateus 28.18-20

A MENSAGEM
“Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.” Marcos 16.20

DEVOCIONAL
Segunda » At 1.8
Terça » Is 6.8
Quarta » Rm 1.16
Quinta » 1 Co 9.22
Sexta » Lc 19.10
Sábado » Mt 24.14

OBJETIVOS
EXPLICAR como a Igreja Primitiva, em Jerusalém, cumpriu sua missão,
DEMONSTRAR como o Evangelho transformou o mundo;
SABER como ganhar o mundo para Cristo.

EI PROFESSOR!
Você já sabe qual a missão que Deus estabeleceu para sua vida neste mundo? Se não sabe, Deus quer lhe revelar.
A missão de todos nós é mudar o mundo, ou seja: influenciá-la positivamente, a fim de que pessoas conheçam a Deus. Mas como fazer isso?
Há algumas perguntas relevantes para identificar sua missão:
1) Qual a atividade que ele empolga ou que faz seu coração arder?
2) O que você faz melhor? Ou seja, qual sua habilidade primordial?
3) O que lhe motiva para realizar essa ideia? Servir aos outros pontos de interrogação se a última resposta for positiva e as demais forem ações edificantes, provavelmente, você está diante do seu chamado.

PONTO DE PARTIDA
Professor (a), estamos chegando ao final do trimestre. Hoje é a penúltima aula. Que tal fazer algo diferente e marcante para a classe? Convide uma pessoa para contar um testemunho homem experiência que lustre o quanto um pequeno gesto cristão pode mudar a vida de alguém. Pode ser o pastor, uma dirigente de círculo de oração ou mesmo membro da igreja. O relato deve ser breve, no máximo 10 minutos. Não precisa ser algo grande, milagroso: só precisa ser real; um relato que toque as vidas das pessoas. Assim, seus alunos perceberam, na prática, que como cristão podemos influenciar o mundo com nossa fé e atitude.

VAMOS DESCOBRIR
Você sabe qual é a sua missão no mundo? Jesus estabeleceu um grande propósito para a sua Igreja. Nesta aula você vai aprender como os cristãos do primeiro século cumpriram esse chamado e o que aconteceu com o mundo quando o Evangelho foi pregado, sob o poder do Espírito Santo. Mesmo após 2 milênios de cristianismo ainda encontramos muitos desafios na evangelização. Nossa geração ainda pode fazer muito pelo Reino de Deus. E já está na hora de descobrir a sua missão! Você está pronto (a)?

Hora de Aprender
I – A IGREJA E SUA MISSÃO TRANSFORMADORA

1- A Igreja Primitiva em Jerusalém.
Após o Batismo no Espírito Santo, os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento. Eles estavam dispostos a falar de Jesus incansavelmente, compartilhavam seus bens uns com os outros, de maneira que não havia entre eles quem tivesse necessidade de roupa e comida. Eles participavam da Santa Ceia e levavam uma vida de oração. Com isso, milagres extraordinários aconteciam cotidianamente e muitos se convertiam ao Evangelho (At 2.42-47). Com as pessoas sendo transformadas, o mundo ao redor delas também começou a ser mudado. Algum tempo depois, o Cristianismo tomou proporções universais e a história foi dividida em duas fases: antes e depois de Cristo.

2- Uma poderosa comunidade perseguida.
Milagres aconteciam frequentemente no meio da igreja cristã do primeiro século. O sobrenatural estava presente na vida cotidiana dos primeiros cristãos. O poder de Deus se manifestava de maneira tão intensa, que os doentes ficavam nas ruas esperando o apóstolo Pedro passar, porque quando a sombra dele os cobria, eram curados (At 5.15,16). Noutras ocasiões, mortos ressuscitaram e o nome do Senhor sempre era glorificado (At 9.39-41; 20.9-12).

I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
A perseguição dispersa os crentes: “Depois do martírio de Estevão, os judeus prosseguiram com sua perseguição aos seguidores de Cristo. O homem apresentado como Saulo (At 8.1) provou ser um grande líder na sua ampla campanha de intolerância e terror. A partir de uma perspectiva humana, isto representava uma triste mudança nos acontecimentos; a partir de uma perspectiva divina, isto produzia um bem muito maior. Os cristãos que tinham estado em Jerusalém, agora, eram forçados a migrar para as regiões vizinhas da Judeia e de Samaria, cumprindo assim a segunda parte do mandamento de Jesus (Atos 1.8). Evidentemente, eles estiveram relativamente confortáveis nas proximidades de Jerusalém. Tudo isso foi instantaneamente transformado com a morte de Estevão, e a perseguição resultante’’ (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.657, 658).

II – VIVENDO EM UM MUNDO MELHOR

1- Transformando o mundo em redor.
O Cristianismo não mudou apenas o calendário, mas também impactou os valores morais da humanidade. Com a mensagem de Jesus, pregada pelos discípulos, por exemplo, as mulheres foram valorizadas e os judeus e não judeus (gentios) puderam se tornar irmãos. O Evangelho de Jesus chamava todas as pessoas para Deus, independente da sua cor de pele, nacionalidade ou situação financeira, pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34,35). Além de muitas contribuições sociais e culturais, a mais expressiva bênção que o cristianismo trouxe para o mundo foi espiritual: pela pregação da mensagem de Jesus, a humanidade conheceu o Caminho de volta para Deus: Jesus Cristo.

2- Caindo na simpatia do povo.
A Igreja em Jerusalém tinha um grande diferencial. E não era apenas os milagres, testemunhos e pregações cheias de poder. O maior diferencial dessa igreja foi a sua capacidade de amar. Foi principalmente por isso que os cristãos caíram na simpatia do povo (At 2.47). A Bíblia diz que todos os dias pessoas se convertiam. Isso acontecia porque, onde há amor verdadeiro, o Espírito Santo tem liberdade para atuar. Assim, quando os apóstolos testemunharam do Senhor, multidões vinham a Cristo. E hoje? Isso ainda acontece? Será que vivemos o padrão de amor ensinado por Jesus? Leia 1 Coríntios 13.1-7 e veja o padrão do amor de Deus.

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Uma palavra grega singular, que aparece 11 vezes no Novo Testamento, sendo 10 no livro de Atos, nos ajuda a entender o caráter único da comunidade Cristã. Homothumadon é composta por duas palavras que significam ‘correr juntos’ e ‘em união’ […]. Às vezes estudamos os primeiros capítulos do livro de Atos, como se eles retratassem uma igreja que está perdida —como se a unidade, o amor e a experiência da presença de Jesus fossem coisas que na verdade não pudessem ser nossas hoje. Não vamos cometer esse erro. O Espírito de Deus ainda é uma realidade presente. Homothumadon ainda é possível no mundo fragmentado e impessoal de hoje. [E] se procurarmos uma razão para o vazio em nossa própria experiência, devemos olhar primeiramente para nossa hesitação em compartilhar com os nossos irmãos e irmãs […]. A Igreja, a nova comunidade que Cristo formou, está aqui hoje. Nós somos a Igreja. E Deus […] orquestrou nossa vida de acordo com sua maravilhosa unidade” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 257, 258).

III – GANHANDO O MUNDO PARA CRISTO

1- Saindo da zona de conforto.
Jesus disse aos discípulos que pregassem o Evangelho em todos os lugares (Mc 16.15), mas, como disse o pastor Alexandre Coelho, “infelizmente, os cristãos de Jerusalém demoraram a obedecer à ordem de ir (…) e Deus Levantou uma perseguição para dispensá-los” (O vento sopra onde quer, p. 143). Deus os incomodou, tirando-os da “zona de conforto” que era Jerusalém, e eles saíram pregando o Evangelho por todos os lugares por onde iam passando. O Senhor tinha o projeto de alcançar o mundo inteiro com a mensagem da salvação. E foi o que aconteceu.

2- Evangelizando o mundo.
Os cristãos começaram a evangelizar o mundo e nunca mais pararam. Missionários como Paulo, Lucas e Barnabé no Século I, e tantos outros ao longo desses dois milênios de Cristianismo, trouxeram à luz da mensagem da salvação a muitos povos e nações. Em nosso país, a mensagem do Evangelho, junto com o anúncio do Pentecostes — como pregada na igreja primitiva —, chegou no início do Século XX, com o envio de dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Hoje, mais de cem anos após, continuamos pregando que “Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e em breve voltará”. O tempo passa, as ideologias são alteradas, os homens se corrompem, mas o Evangelho continua o mesmo, pois no Senhor “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17b – ARC).

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Os discípulos de Jesus foram missionários. Alguns deles tiveram uma experiência missionária quando enviados por Jesus aos lugares onde Ele deveria ir. (…) Aqueles homens não tinham dúvida de que Jesus é o Filho de Deus, que ressuscitou, que lhes enviou o Santo Espírito e que estaria com eles todos os dias. Foi esse ardor que os moveu para tornar o nome de Jesus conhecido em sua época […]. A ordem de Jesus era clara: que seus discípulos fossem suas testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Da mesma forma que Ele ordenou que os discípulos estivessem esperando o cumprimento da promessa de revestimento de poder em Jerusalém – o que eles fizeram em oração e foram cheios do Espírito Santo – o Senhor ordenou que os discípulos se dirigissem a esses lugares para falarem ao seu respeito […]. Os discípulos deveriam falar do Senhor simultaneamente. Mesmo com as diferenças culturais existentes nesses lugares, os seguidores de Jesus deveriam alcançar a todos.” (COELHO, Alexandre. O vento sopra onde quer. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.142,143).

CONCLUSÃO
A igreja primitiva, em Jerusalém, mudou as estruturas do mundo pela força transformadora da mensagem do Evangelho. E nós também, que compomos a Igreja no século XXI, somos chamados por Deus para cumprir nossa missão de ganhar o mundo para Cristo. As multidões estão com sede de salvação e você pode fazer a diferença! Fale de Jesus para seus amigos e para sua família! Seja uma testemunha de Cristo onde você estiver!

VAMOS PRATICAR
1- Os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento; quem causou esse movimento?
O Espírito Santo.
2- Desde o início da igreja, três características ficaram acentuadas. Quais foram?
A Igreja Primitiva vivia em comunhão, experimentava milagres e sofria perseguição.
3- De que forma você pode cooperar cumprindo a ordem de Cristo em espalhar o Evangelho?
Resposta pessoal.

PENSE NISSO
Nós somos um sinal vivo da presença de Deus, um testemunho completo do seu amor e da sua graça. Nossas ações, palavras, atitudes e relacionamentos precisam comprovar o nosso relacionamento com Jesus. É assim, com pequenas atitudes, que vamos ganhar pessoas para Cristo!

Fonte: CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADULTOS - Lição 12 / 1º Trim 2024


O Papel da Pregação no Culto
24 de Março de 2024


TEXTO ÁUREO
“Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Tm 4.2)

VERDADE PRÁTICA
Pregar a Palavra de Deus é a sublime missão da Igreja. É por intermédio do ministério da Palavra que vidas são salvas, transformadas e edificadas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 4.23 A proclamação da Palavra de Deus
Terça – Mt 5.1,2 A disposição em ensinar a Palavra de Deus
Quarta – 1 Tm 4.13 Perseverando em exortar com a Palavra de Deus
Quinta – At 8.5 Pregando a Cristo em todo tempo e lugar
Sexta – At 2.40 A pregação como resposta a uma geração sem Deus
Sábado – At 8.35 As Escrituras como a base da pregação

Hinos Sugeridos: 499, 505, 559 da Harpa Cristã

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Timóteo 4.1-5
1 CONJURO-TE, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino,
2 Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
3 Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
4 E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
5 Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a importância da pregação da Palavra de Deus no culto cristão. Vamos refletir a respeito do Ministério da Palavra e de seu propósito no culto. Perceberemos que a pregação da Palavra de Deus traz edificação ao Corpo de Cristo, bem como atua na formação de valores do povo de Deus. Nesse sentido, veremos que o Ministério da Palavra deve ser exercido de maneira cristocêntrica e, sobretudo, fundamentado na Bíblia.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o Ministério da Palavra e seu propósito;
II) Enfatizar a importância do Ministério da Palavra;
III) Explicitar a fundamentação do Ministério da Palavra.
B) Motivação: A pregação da Palavra de Deus é o antídoto divino para formar os cristãos, edificar a Igreja de Cristo e influenciar os crentes a terem vidas mais piedosas. Por isso, desde os primórdios da Igreja, o Ministério da Palavra teve primazia no culto cristão.
C) Sugestão de Método: Ao iniciar o terceiro tópico, peça aos alunos exemplos de pregações que não seja cristocêntricas nem bíblicas. Pergunte a eles que consequências essas pregações podem trazer para a vida da igreja. Após ouvi-los atenciosamente, exponha o tópico enfatizando a importância de a pregação cristã está fundamentada em Cristo e, ao mesmo tempo, ser devidamente bíblica.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A pregação da Palavra de Deus tem o propósito de edificar a Igreja de Cristo, formar os valores do crente em Jesus e, ao mesmo tempo, estabelecer uma defesa diante de uma cultura sem Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Uma Mensagem Pentecostal”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito do propósito do Ministério da Palavra;
2) O texto “O Espírito Santo é a Fonte”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão da importância da pregação.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos a importância da pregação bíblica, denominada também como “Ministério da Palavra”. Nesse aspecto, para refletir a glória de Deus, a pregação precisa manter o propósito para a qual foi estabelecida: revelar Deus e educar a igreja. Por isso, podemos afirmar que o Ministério é importante, pois assim a igreja é edificada e moldada pelos valores do Reino. Uma igreja em que a Palavra de Deus não tem primazia, tanto na ação evangelística quanto na discipuladora, é uma igreja fraca. Portanto, a natureza da pregação precisa ser bíblica e cristocêntrica. Em outras palavras, deve possuir sólidos fundamentos.

PALAVRA-CHAVE: Pregação

I- MINISTÉRIO DA PALAVRA E SEU PROPÓSITO

1- A pregação como Proclamação.
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas. Frequentemente as Escrituras se referem a esse aspecto da pregação como sendo uma “proclamação”. O verbo grego keryssô, traduzido como “proclamar”, é usado nesse sentido em vários textos do Novo Testamento (Mt 3.1; 4.23; Lc 4.18; At 8.5; Rm 10.8). Nesse aspecto, a pregação tem o propósito de revelar Deus às pessoas (1 Co 1.21). Esse fato por si só mostra a grandiosidade da pregação: trazer o conhecimento de Deus.

2- O caso emblemático de Lídia (At 16.14).
Enquanto Lídia ouvia a pregação feita por Paulo, o Senhor abriu-lhe o coração. A pregação foi o instrumento que Deus usou para se revelar àquela mulher e o resultado disso foi a sua conversão. Deus é glorificado na revelação de sua Palavra. Esse fato é destacado por Paulo na sua carta aos Romanos: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Assim, devemos nos conscientizar de que a pregação da Palavra de Deus é mais do que uma simples exposição de ideias, mais do que um discurso inflamado; ela é o canal pelo qual Deus se revela ao coração endurecido.

3- A pregação como instrução. 
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas. É significativo o fato de que o ministério de Jesus tenha o ensino como um dos fundamentos: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas” (Mt 4.23). No sermão do Monte, Jesus também “ensinava” seus discípulos (Mt 5.2). Assim também o apóstolo Paulo gastou grande parte de seu tempo ensinando os crentes (At 18.11). Paulo chegou mesmo a exigir de alguém que tivesse pretensão ministerial que fosse “apto para ensinar” (1 Tm 3.2). Tudo isso mostra a importância do ministério do ensino e a responsabilidade de quem o exerce.

SINOPSE I
O Ministério da Palavra exerce um papel de proclamação e, ao mesmo tempo, de instrução.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
UMA MENSAGEM PENTECOSTAL
A igreja pentecostal conhecida como Assembleia de Deus é um movimento que começou sobrenaturalmente, em resultado do poderoso derramamento do Espírito Santo. Desde o seu início, Deus tem abençoado esse movimento, porque é dependente dEle; é guiado pelo Espírito Santo, orientado pela Palavra de Deus e usado para alcançar este mundo necessitado de Jesus Cristo. Desde o nosso começo temos sido abençoados com poderosos sinais e maravilhas. Humildemente agradecemos a Deus por isso.
[…] Os primeiros cristãos foram perseguidos por causa da mensagem que anunciavam e por aquilo que eram. Também seremos perseguidos. Eles foram mal compreendidos pela sociedade em que viviam. Também seremos mal compreendidos. Os outros grupos religiosos os rejeitaram, por causa da posição dogmática de que Jesus Cristo é o Senhor ressurreto e está ativamente envolvido nos assuntos da igreja. Nós também seremos rejeitados” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.99).

II- O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA IMPORTÂNCIA

1- A edificação da igreja.
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola. Às vezes isso pode vir em um tom de elogio (1 Co 11.2) ou em uma forte repreensão (1 Co 11.17). O termo grego paraklésis, traduzido como “exortar” e “consolar”, significa um “chamado para “ajudar” e “encorajar”. Ele ocorre com muita frequência no Novo Testamento, sendo a maioria das vezes no contexto da igreja. Assim, vemos Paulo solicitando a Timóteo que persistisse em ler, ensinar a Palavra e “exortar” (1 Tm 4.13) e Lucas destacando que a igreja andava na “consolação do Espírito Santo” (At 9.31). Em ambos os textos se pressupõe o ministério da Palavra como instrumento de exortação e edificação.

2- Formação de valores.
A pregação é importante instrumento para formação de uma consciência cristã. A guerra cultural travada nos últimos anos contra a fé cristã mostrou a necessidade de a igreja firmar cada vez mais os seus valores. Isso, contudo, só pode acontecer de forma eficaz por meio da formação de uma consciência cristã fundamentalmente bíblica. Isso significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo. Uma visão que seja diferente à da cultura secular. Esta, por sua vez, sempre se mostrou hostil ao povo de Deus. Do contrário, não seremos capazes de resistir a inversão de valores por ela disseminada.

3- Resistindo diante de uma cultura sem Deus. 
Jesus censurou seus discípulos, chamando-os de “geração perversa” porque os viu agindo com incredulidade (Mt 17.17)- A influência de uma cultura sem Deus havia atingido negativamente os que andavam com Jesus. Por sua vez, no Pentecostes, Pedro também exortou seus ouvintes a salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40). Assim também Paulo escreveu que Demas, um amigo de Ministério, havia amado aquela presente era e o abandonou (2 Tm 4.10). Esse mesmo apóstolo exortou os crentes de Roma a não se conformarem com aquela presente era (Rm 12.2). Nas duas últimas referências, a palavra grega aion, traduzida como “era” ou “século”, é uma referência clara a uma cultura sem Deus.

SINOPSE II
O Ministério da Palavra traz edificação à Igreja, forma os valores do crente e levanta uma resistência diante de uma cultura sem Deus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
O ESPÍRITO SANTO É A FONTE
Jesus disse: ‘O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida’ (Jo 6.63). Essa é a verdade poderosa a ser compreendida. Não é minha responsabilidade dar vida. Como pastor, não preciso fazer com que algo aconteça em um culto. Como crente, não preciso estar sob a pressão de ter de realizar algo para obter resultados espirituais. A mágica não está envolvida nos sinais e maravilhas de Deus. O Espírito Santo se move quando a Palavra de Deus é pregada, e dEle dependemos para os resultados. A igreja não precisa de demonstrações da carne; precisa de uma demonstração do Espírito Santo. Os crentes se desviam quando a carne se manifesta em nossas igrejas. Há algo poderoso, dinâmico, maravilhoso e glorioso, quando as pessoas chegam à presença de Jesus Cristo.

O Espírito torna o ambiente vivo e o enche de poder e expectativa do que Deus está fazendo. Quando temos o privilégio de estar em tal ambiente, o Espírito Santo é o agente acelerador. O mesmo Espírito Santo que dirigiu os escritores da Bíblia também deseja dirigir-nos hoje, de modo que venhamos a entender. Sem o Espírito Santo, a Bíblia é como um oceano que não pode ser sondado, como o céu que não pode ser inspecionado, como uma mina que não pode ser explorada e como um mistério além da compreensão. Devemos — temos de — render – -nos à liderança do Espírito Santo’” (CARLSON, Raymond; TRASK, Tho- mas E. et al. O Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.103).

III- O MINISTÉRIO DA PALAVRA E SUA FUNDAMENTAÇÃO

1- Deve ser cristocêntrico.
A Bíblia diz que “descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8.5). A pregação precisa ser cristocêntrica. Cristo é o centro da Bíblia (Lc 24.27), o centro da mensagem dos profetas: “indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir” (1 Pe 1.11). Assim, o alvo da pregação é revelar Cristo. Apolo, por exemplo, era conhecido por sua eloquência e capacidade de mostrar que o Cristo prometido nas Escrituras hebraicas era Jesus de Nazaré: “Porque com grande veemência convencia publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo” (At 18.28). Dizendo isso, precisamos destacar que a forma e os métodos usados para a exposição das Escrituras são importantes. Contudo, o mais importante é a revelação do seu conteúdo, Cristo Jesus.

2- Deve ser bíblico. 
Vivemos em um tempo em que a pregação em muitos espaços virou um modismo. Parece que temos “pregadores” em demasia, mas o que se passa por pregação na maioria das vezes não o é. Na verdade são mensagens de autoajuda com um verniz de pregação. Esse tipo de mensagem é atraente porque amacia o ego e geralmente consegue muitos seguidores nas redes sociais para quem se vale dessa técnica. Contudo, não são pregações de verdade porque não há nelas uma exposição de um conteúdo bíblico. A ênfase está na performance, forma ou modo de se exibir a temática a ser abordada. O objetivo quase sempre é financeiro (Fp 3.19; 1 Tm 6.9). A doutrina do pecado, o apelo por uma vida separada do mundo e dedicada a Deus são esquecidos (2 Co 6.17). Essa modalidade de pregação opõe-se ao verdadeiro Evangelho de Cristo. É uma mensagem sem cruz (Gl 6.14-16). Na verdade, esse tipo de pregação glorifica os homens que são amantes de si mesmos (2 Tm 3.1-5).

SINOPSE III
O Ministério da Palavra deve ser fundamentalmente cristocêntrico e, ao mesmo tempo, bíblico.

CONCLUSÃO
Após a exposição desta lição, constatamos que a igreja precisa manter-se fiel ao ministério da Palavra. Isso só pode ser feito por meio de uma pregação genuinamente bíblica que reflita os valores do Reino de Deus. Para isso, não há atalhos. Numa cultura cada vez mais hostil à fé cristã, a igreja necessita proclamar as verdades do Reino por meio da poderosa pregação da Palavra de Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO
1- Em que fato o propósito mais sublime da Igreja está amparado?
O propósito mais sublime do Ministério da Palavra está no fato de ele revelar Deus às pessoas.
2- O que as pessoas, que foram alcançadas pelo Evangelho, precisam fazer?
As pessoas que foram alcançadas pela proclamação da Palavra precisam crescer e amadurecer no Evangelho, ou seja, necessitam ser discipuladas, instruídas.
3- Qual é a função da Palavra na igreja?
A Palavra tem a importante função de edificar a igreja. Essa edificação vem pelo confronto que o Espírito Santo traz pelo ministério da Palavra, que exorta e consola.
4- O que a igreja precisa mostrar de forma bem didática?
O que significa que a igreja precisa mostrar, de forma bem didática, sua forma de pensar, crer e agir, ou seja, é preciso definir sua cosmovisão, isto é, sua visão de mundo.
5- De acordo com a lição, qual é o alvo da pregação?
O alvo da pregação é revelar Cristo.

Fonte: CPAD

Subsídio Lição 12 / Vídeo da pré-aula

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

domingo, 17 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 12 / 1º Trim 2024

                                              

Perseverando na doutrina de Cristo
24 de março de 2024


TEXTO PRINCIPAL
Não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tt 2.10)

RESUMO DA LIÇÃO
Para herdar a salvação, o crente precisa perseverar na doutrina de Cristo até o fim.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 119.16 A Palavra de Deus traz alegria à vida
TERÇA – Pv 4.7 A Palavra de Deus nos dá sabedoria
QUARTA – Sl 119.125 Deus concede aos seus servos inteligência para entender seus testemunhos
QUINTA – Sl 119.68 Deus é bom e nos ensina seus estatutos
SEXTA – Sl 119.15 Meditando nos preceitos do Senhor
SÁBADO – Lc 21.34-36 Advertência quanto à vigilância

OBJETIVOS:
MOSTRAR a importância da doutrina diante de um mundo imoral; 
COMPREENDER que o crente deve andar segundo os mandamentos de Jesus; 
CONSCIENTIZAR a importância de olharmos para nós mesmos.

INTERAÇÃO
Professor (a), na lição deste domingo estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo, a base que sustenta a Igreja e o ensino cristão. Veremos alguns dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração. Mostre aos alunos que a ética e a moralidade cristã são determinadas pela moral do próprio Deus, que é imutável. A moralidade cristã diz respeito ao nosso comportamento de acordo com as Escrituras. Um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), para introduzir o primeiro tópico desta lição, reproduza o quadro abaixo. Utilize para mostrar os alunos o conceito de “ética” e de “moral”
ÉTICA MORAL
Trata a respeito das virtudes e dos valores que devemos cultivar ao longo da vida Trata das virtudes e valores propriamente ditos que cons
Diz respeito à consciência de nossas obrigações morais E o conjunto de regras e princípios instituídos na consciência da pessoa
Nos conduz a caminhos que devemos percorrer para agirmos com correção nos problemas práticos. Se manifesta na ação concreta de uma pessoa

TEXTO BÍBLICO
2 João 1-9
1 O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos que têm conhecido a verdade.
2 Por amor da verdade que está em nós e para sempre estará conosco.
3 A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, seja convosco na verdade e amor.
4 Muito me alegro por achar que alguns de teus filhos andam na verdade, assim como temos o mandamento do Pai.
5 E agora, senhora, rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros.
6 E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes: que andeis nele.
7 Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
8 Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganhado: antes, recebemos o inteiro galardão.
9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, este tem tanto o Pai como o Filho.

INTRODUÇÃO
Na lição deste domingo, estudaremos a respeito da doutrina de Jesus Cristo. Ela é a base que sustenta a Igreja e toda a doutrina cristã. Veremos alguns dos principais ensinos de Jesus e a necessidade do crente olhar para si mesmo, vivendo assim em constante vigilância e oração.

I – DIANTE DE UM MUNDO IMORAL

1- A moralidade cristã. 
Precisamos compreender o significado de “ética” e “moral”. O termo “moral” vem do vocábulo latino mos, do adjetivo moralis, e significa “costume” ou “uso”. A palavra “ética” vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter”. A ética trata mais do aspecto teórico e estuda a respeito do que é certo, enquanto a moral lida com a prática do que é certo e bom. A ética e a moralidade cristãs são determinadas pela moral do próprio Deus que, à semelhança dEle, são imutáveis. A moralidade cristã diz respeito ao comportamento de acordo com as Escrituras. Ela pode ser considerada também como “absoluto moral” e se relaciona diretamente com o caráter moral de Deus, exigindo santidade, justiça, amor, honestidade e misericórdia. Um exemplo disso é o princípio de que matar é errado, pois o homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1.27; Êx 20.13). Sendo assim, um mundo pautado na moralidade cristã seria um mundo marcado pelas características divinas, conforme ensinadas na Bíblia Sagrada.

2- Um mundo imoral. 
Jesus afirmou que “os homens amaram mais as trevas do que a Luz” (Jo 3.19). João afirma o seguinte: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno” (1 Jo 5.19). O apóstolo parece generalizar, mas isso se dá porque ele quer indicar a gravidade e a seriedade do tema. A esse respeito o Comentário Bíblico Matthew Henry afirma que “a humanidade está dividida em dois grandes partidos ou domínios, um que pertence a Deus e um que pertence à maldade ou ao maligno” e sobre os que estão sob o domínio do Maligno, ele afirma que “eles estão unidos pela natureza, diretriz e princípio maligno e estão unidos em uma cabeça.” Há uma cabeça da malignidade e do mundo maligno: e ele tem um controle tão grande aqui que é chamado de “[…] o deus deste século” (2 Co 4-4)- Esse sistema maligno é contrário a Deus, à sua Palavra e ao seu povo. Ele não segue os princípios morais divinos, portanto, é um mundo imoral.

3- O cristão diante de um mundo imoral.
João afirma que “muitos enganadores entraram no mundo”, com a principal característica de que “não confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2 Jo 7). É neste mesmo mundo que “os nascidos de Deus” estão e são desafiados a vencerem (1 Jo 5.18-20). Diante de tão grande desafio, qual deve ser a postura do cristão em um mundo imoral? O próprio João, em sua Segunda Carta, oferece a resposta à essa questão. Ele afirma que o crente não pode retroceder para que não perca o galardão (v. 8); e não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. 9). O crente, portanto, ao invés de voltar atrás ou ir além do que as Escrituras estabeleceram, deve perseverar na verdadeira doutrina, com vistas à manutenção da comunhão com Deus, e assim poder enfrentar e vencer o mundo imoral, resistindo pela Palavra.

SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique que “a palavra ‘ética’ possui origem no vocábulo grego ethos, que literalmente significa ‘costumes’ ou ‘hábitos’. No latim, é usado o termo correspondente mos (moral) com o sentido de ‘normas’ ou ‘regras’. Assim, ‘ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros’. Como esses termos ‘ética’ e ‘moral’, são muito próximos, eles são muitas vezes confundidos e usados como sinônimos. No entanto, para fins didáticos e acadêmicos é possível defini-los separadamente. A ética enquanto ciência pode ser entendida como a parte da filosofia que investiga os fundamentos da moral adotados por uma cultura. Foram os filósofos gregos que começaram a estudar esses fundamentos para então ‘identificar’ uma pessoa sendo boa ou má e um ato como sendo bom ou mau. A partir desses fundamentos, alguém pode ser classificado como ‘ético’ ou ‘antiético’.

II – ANDANDO SEGUNDO OS MANDAMENTOS DE JESUS

1- Os mandamentos de Jesus. 
O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus. Extenso, profundo e cativante, esse sermão tem sido considerado uma expressão ampliada e aplicada da lei de Deus entregue a Moisés. A conclusão desse sermão (Mt 7) oferece um resumo e uma recapitulação dos princípios do Reino de Deus expostos por Jesus, podendo assim representar a expressão fiel dos mandamentos de Jesus. Eles estão assim dispostos: relacionamentos interpessoais saudáveis: relacionamento saudável com Deus; o caminho da salvação e o da perdição; alerta sobre os falsos profetas e a seriedade do Reino demonstrada na forma com que se dará o dia de acerto de contas. Portanto, aí estão os pontos pelos quais os mandamentos de Jesus são identificados e podem ser bem compreendidos,

2- Mandamentos santificadores. 
Jesus foi Mestre por excelência, ao ponto de até os servidores dos fariseus reconhecerem a sua sabedoria (Jo 7.46), Jesus ensinou por palavras (Mt 7.29), por meio dos sinais que operou na presença dos discípulos, ensinando princípios eternos, e até ao orar, o Mestre compartilhou ensinamentos, como se vê na chamada “Oração Sacerdotal” (Jo 17). Jesus pediu ao Pai para que os discípulos fossem santificados “na palavra”, pois ela “é verdade”. A referência à Palavra de Deus tem relação direta com a verdade eterna da doutrina que Jesus ensinou, e em toda esta oração é possível identificar os aspectos fundamentais destes seus mandamentos: o verdadeiro conhecimento de Deus e a glorificação do Filho; a preservação do crente pela palavra da verdade e o compromisso dele diante de uma sociedade imoral Portanto, os mandamentos de Jesus preservam o crente em um mundo male capacita-o a viver os propósitos divinos.

3- Os benefícios dos mandamentos de Jesus. 
Jesus afirmou que aqueles que fazem o que Ele ordena são seus amigos (Jo 15.14). Diante do desafio colocado ao colegiado apostólico, Pedro perguntou a Jesus qual seria o ganho deles por deixarem tudo para segui-lo, ao que Jesus respondeu “cem vezes tanto, já neste tempo” e, ainda acrescentou que “no século vindouro a vida eterna” (Mc 10.30). Sendo assim, o crente que ouve e cumpre os mandamentos de Jesus tem a garantia de bênçãos nesta vida e na eternidade (Jo 5.24). O crente que cumpre os mandamentos de Deus recebe bênçãos incontáveis, como por exemplo: não é enganado pelas falsas doutrinas e nem pelo espírito do Anticristo; está pronto a perseverar até o fim, não perde o galardão que recebeu do Senhor e mantém a comunhão com o Pai e com o Filho.

SUBSÍDIO 2
Jesus é o cumprimento da lei (5.17- 48). Os oponentes de Jesus o criticavam por não guardar as minúcias das observâncias tradicionais da lei judaica. Aqui Jesus deixa claro que Ele não está ausente para destruir a lei, mas para cumpri-la e até intensificá-la. Ele fixa padrões mais altos. Seu principal interesse é a razão de a lei existir; Ele insiste que guardar a Lei começa com a atitude do coração. Por este princípio Jesus afirma simultaneamente o valor das pessoas e da lei. Neste aspecto Ele cumpre a lei antecipada por Jeremias: ‘Porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo’ (Jr 31.33b). Como sucessor de Moisés, Jesus dá a palavra final na lei. Mas o que Ele quer dizer quando fala que cumpre a lei? Não significa que Ele simplesmente a observa. Nem quer dizer que Ele anulou o Antigo Testamento e as leis (como sugerido por Márcion e os hereges gnósticos). A obra de Jesus e sua Igreja está firmemente arraigada na história de salvação. Em certo sentido, Jesus deu à lei uma expressão mais plena, e em outro, transcendeu a lei, visto que Ele se tornou a corporificação do seu cumprimento. Mateus vê o cumprimento da lei em Jesus semelhantemente ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como o velho, mas o novo é maior que o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas o transcende. Jesus e a lei do novo Reino são o intento, destino e meta final da lei.

III – OLHANDO POR NÓS MESMOS

1- Olhai por vós mesmos. 
A expressão usada por João, “olhai por vós mesmos” em 2 João 8, é praticamente uma repetição das palavras de Jesus aos seus discípulos em Marcos 13, no qual há advertências em pontos específicos, como o cuidado com o engano doutrinário e a atenção e vigilância. Em Mateus 26.41 estão registradas as palavras de Jesus para que Pedro, Tiago e João vigiassem e orassem, como uma clara advertência sobre as terríveis consequências que o pecado poderia lhes causar. Vigilância e oração são duas práticas vitais ao crente que deseja vencer a si mesmo, o pecado, o mundo e o Diabo, e isso implica olhar para si mesmo, na intenção de identificar possíveis inclinações do coração para o mal, e assim poder buscar auxílio em Deus. A falta de vigilância levou Pedro a negar Jesus por três vezes (Mt 26.31- 35,69-75). O crente deve vigiar e orar como práticas de cuidar de si mesmo.

2- Cuidados pessoais. 
Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que ele redobrasse a atenção no cuidado próprio, evitando assim a própria perdição enquanto trabalhava em salvar os outros (1 Tm 4.16). Paulo aconselhou Timóteo ao exercício pessoal na piedade, ou seja, boas práticas espirituais e ao cuidado da doutrina (1 Tm 4.7). Em um mundo imoral e perigoso, o crente deve ter os cuidados acima expostos, além de outros, especialmente no que se refere à escolha das companhias e da natureza das conversas pessoais, pois como afirma o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33). Portanto, intencionalmente, dedique-se a boas práticas e a boas companhias, e sob o poder do Espírito Santo, vença o mundo.

3- Vencendo o mundo. 
Depois de discorrer sobre a urgente e permanente necessidade de vigilância e oração, além dos cuidados pessoais que o crente deve ter, aqui se apresenta a forma pela qual ele pode enfrentar e vencer o mundo, efetivamente. Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15). Considere as palavras de Charles Colson e Nancy Pearcey, na obra “O Cristão na Cultura de Hoje”‘, eles afirmam que, depois de considerar a realidade do mundo em nossos dias, o cristão deve abraçar “a verdade de Deus, entendendo a ordem física e moral que Ele criou, defendendo amorosamente essa verdade diante de seus vizinhos, e tendo a coragem de demonstrá-la em os caminhos da vida.” Portanto, vigiem, orem e cuidem de sua vida espiritual, pois assim poderás enfrentar e vencer este mundo imoral, mantendo-se firme na verdadeira e pura doutrina da Palavra de Deus.

CONCLUSÃO
Aprendemos que o mundo se encontra perdido na imoralidade, contrariando os padrões divinos, expostos e ensinados nas Escrituras. É neste mundo, nessas condições, que o crente é desafiado a se manter fiel a Deus, enfrentando e vencendo as propostas e os enganos deste sistema contrário aos princípios divinos. Esta lição reafirma a necessidade de o crente “olhar para si mesmo”, isto é, estar vigilante e em oração, conforme advertido pelo próprio Jesus, pois somente assim é que o mundo poderá ser vencido.

HORA DA REVISÃO
1- Qual o significado do termo “ética”? 
A palavra ética vem do grego ethica, de etheos, cujo sentido é “aquilo que se relaciona com o caráter”.
2- Segundo a lição, qual deve ser a postura do crente diante do mundo? 
Ele não pode retroceder para que não se perca o galardão (v. 8); não prevaricar, que é o mesmo que não ultrapassar os limites estabelecidos pela doutrina (v. g).
3- Qual a mais importante mensagem ensinada e pregada por Jesus? 
O Sermão do Monte (Mt 5-7) é a mais importante mensagem pregada e ensinada por Jesus.
4- Cite uma das bênçãos advindas do crente cumprir os mandamentos de Jesus. 
Ser amigo de Jesus.
5- Quais são, segundo a lição, as práticas vitais para o crente que deseja vencer o mundo? 
Destaca-se a necessidade de conhecer os desafios impostos por este tempo, além de uma vida dedicada ao preparo espiritual, bíblico e intelectual, com vistas a responder adequadamente às indagações mais comuns na atualidade (1 Pe 3.15).

Fonte: Revista CPAD Jovens

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 12 / Revista nº 72

                                            

A Soberania de Deus na História

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 2.16-23,47
16- E Daniel entrou e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que pudesse dar a interpretação.
17- Então, Daniel foi para a sua casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18- para que pedissem misericórdia ao Deus dos céus sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia. 
19- Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
20- Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
21- ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
22- Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.
23- Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.
47- Respondeu o rei a Daniel e disse: Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este segredo.

TEXTO AUREO
  Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba. Daniel 4.37

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Daniel 2.21,22
O Soberano sobre reis
3ª feira - Daniel 2.47
O Senhor dos reis
4ª feira - Daniel 4.1-3
O Soberano engrandecido por Nabucodonosor
5ª feira - Daniel 4.17
O Soberano sobre os reinos dos homens
6ª feira - Daniel 6.26,27
O Soberano que tudo realiza
Sábado - Daniel 7.13,14 
O Soberano que domina sobre tudo e todos

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
  Compreender o atributo incomunicável de Deus, Sua soberania;
  Entender a soberania do Altíssimo na História; 
 Conscientizar-se de que o soberano plano de Deus não pode, jamais, ser ofuscado ou impedido.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Os doze capítulos do livro de Daniel sempre despertaram muito interesse e costumam ocupar espaço nos grandes de- bates teológicos.
  O livro como um todo tem basicamente duas seções: a histórica (caps. 1-6) e a profética (caps. 7-12). Nele observamos a ação do Soberano na história das nações e na vida das pessoas, individualmente.
  Caro professor, enfatize a grandeza e o domínio de Deus no governo de todas as coisas. Ele não apenas diz o que vai acontecer, Ele é poderoso para cumprir tudo o que Sua vontade desejar.
  Tenha uma aula abençoada.

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Na Bíblia Judaica a - Tanakh -, o livro de Daniel faz parte do Ketuvim, ou Escritos. O tomo possui duas grandes divisões: a primeira (caps. 1-6) contempla uma narrativa histórica; a segunda (caps. 7-12), uma narrativa profética, ou apocalíptica.
  O livro versa sobre a soberania e o controle de Deus na História; além de destacar o privilégio e a importância da fidelidade ao Senhor. Ao longo de seus 12 capítulos, o livro revela que Deus zela por Seus servos, provendo livramentos, bênçãos e proteção diante das adversidades e tribulações.
  Na profecia de Daniel, fica evidente que o futuro está nas mãos de Jeová, que a todos e tudo guia com propósito e sabedoria inigualável, visando sempre a um fim glorioso.
  Com uma mensagem clara e objetiva, Daniel afirma que os céus, todos os reinos humanos e seus poderosos estão de- baixo do governo eterno do Soberano do Universo (Dn 2.20-23,47; 4.37).

1. O ÚNICO E SOBERANO DEUS
  No livro profético de Daniel, Deus revela-se como o Soberano sobre toda a Criação. Ele não é apenas o Criador; por direito legal. Ele é a mantenedor de tudo que há nos céus e na terra (SI 24.1,2).
______________________________
  O conceito de soberania expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, dono, amo e autoridade máxima sobre todas as coisas. Chamá-lo de Senhor é reconhecer a grandeza de Seu majestoso caráter e o Seu poder de agir livremente, da maneira que desejar, sem admitir quaisquer influências nem ceder às pressões à Sua volta (Is 43.13).
______________________________
1.1. O atributo divino da soberania
  A palavra atributo, no campo teológico, descreve aquilo que Deus é e realiza, correspondendo, deste modo, às Suas qualidades essenciais. A soberania do Altíssimo não pode ser encarada como uma barreira capaz de impedir o Seu relacionamento com o ser humano.
  O Deus revelado nas Escrituras não pode ser manipulado como um fantoche; ao contrário, é Ele quem governa sobre tudo e todos, com au-tonomia, sabedoria, retidão e justiça, podendo realizar tudo o que desejar, segundo Sua boa e perfeita vontade.
1.1.1. A soberania divina no livro de Daniel
  Em Daniel, o Soberano revela-se como o Deus dos céus; afinal, as grandes determinações da vida não são tomadas neste chão, mas na eternidade (Dn 4.26). A vida e o caminho de todos os homens estão em Suas poderosas mãos (Dn 5.23). 
  O Senhor revelou a Daniel o sonho do ímpio Nabucodonosor, e, por ele, o jovem foi reverenciado (Dn 2.18,19,47; 4.37). Deus é o único capaz de revelar os segredos que a sabedoria e a ciência humana são incapazes de descobrir (Dn 2.27-30).  
  Nabucodonosor só fora alçado ao posto de imperador pela exclusiva vontade divina (Dn 2.37). Ele, no entanto, levantará um Reino -o de Cristo,- que jamais será destruído (Dn 2.37,44).

1.2. A soberania de Deus sobre as nações
  Na cultura babilônica, havia a crença de que os deuses se comunicavam por meio de manifestações oníricas. Caso a pessoa se esquecesse do conteúdo de um sonho, ela corria sérios riscos de receber um duro juízo por esse descuido.
  Os sábios da Babilônia haviam reconhecido a impossibilidade de revelarem o teor do sonho de Nabucodonosor. Deus, no entanto, não apenas o revelou, mas deu ao imperador, por intermédio de Daniel, sua devida e correta interpretação. O profeta, em gratidão, adorou ao soberano Deus (Dn 2.19-23).
1.2.1. O conteúdo do sonho de Nabucodonosor
  A mensagem do sonho de Nabucodonosor faz uma apresentação da soberania de Deus sobre os reinos humanos que surgiriam no transcorrer da História. Ao olhar para o passado dos levantes imperialistas, é possível constatar que a mensagem profética, revelada por intermédio de Daniel, referia-se aos Impérios Babilônico, Persa, Grego e Romano. Depois desses, surgiria um reino diferente de todos eles, que encheria a terra.
  O sonho de Nabucodonosor sobre a estátua, que era imensa grande em esplendor (Dn 2.31), tinha o seguinte significado: e
  A cabeça representava o governo centralizado e totalitário do Império Babilônico implementado por Nabucodonosor. A ênfase ao ouro alude ao destaque que obtiveram na área do conhecimento, da arte e da engenharia (Dn 2.32,37,38; 5.18,19).
  O peito e os braços da estátua representavam o Império Medo-persa, formado pela união de duas nações (Dn 2.32,39). A ênfase à prata alude ao fato de o imperador não governar sozinho; sua autoridade era limitada - isto é, o comando era compartilhado entre o imperador e a nobreza, que participava de forma efetiva (Dn 6.14,15).
  O ventre e as coxas representavam a união entre os reinos da Macedônia e da Grécia. A ênfase ao bronze corresponde à fusão desses impérios, que ficou conhecida na História como o Grande Império Grego, com seu poderoso comandante Alexandre, o Grande e seus generais (Dn 2.32,39).
  As pernas e pés representavam o Império Romano. A ênfase ao ferro (pernas) corresponde à divisão do reino romano (o ferro representando sua dureza e durabilidade). Os pés e dedos representam o reino do anticristo, que será uma mistura de barro (democracia) e ferro (ditadura).

1.2.2. O reino do anticristo e do Cristo
  No momento presente, é possível observar, de forma nítida, a formação do futuro reino do anticristo, que será formado por dez nações (= dez dedos dos pés). Este, no entanto, será fragorosamente derrotado pelo Senhor Jesus Cristo e por Seus exércitos ao final da Grande Tribulação (Ap 17.12- 14; 19.11-21).
  O Reino de Cristo não precisará de qualquer colaboração humana, pois será estabelecido pelo soberano Deus (Dn 2.44-45).

1.3. A soberania de Deus sobre pessoas e indivíduos
  A soberania divina também se manifesta sobre indivíduos. Nabucodonosor, a quem Deus chamou de meu servo (Jr 25.8- 26), recebeu autoridade sobre homens - e até sobre os animais e aves do céu - para conquistar o mundo de sua época, incluindo o povo de Judá (Dn 2.37,38; 5.18,19). 
  O imperador Ciro, de igual modo, foi chamado de servo do Senhor dos senhores. Ele venceu os babilônios e decretou o retorno dos israelitas à sua amada terra - quando os 70 anos de cativeiro se completaram, conforme palavra dada ao profeta Jeremias, - para reedificarem a cidade de Jerusalém (Is 44.21- 28; Jr 29.10; Ed 1.1,2).
  Percebe-se, pelo estudo das Escrituras, que Deus, em Sua soberania, domina as políticas nacionais e internacionais. No momento certo, Ele intervém, constituindo e destituindo impérios e governantes. Ele levantou a Babilônia, com Nabucodonosor, como vara de correção para corrigir a idolatria e os pecados de Judá.
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  Todos os governantes precisam ouvir o que Nabucodonosor ouviu: Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles (Dn 4.17).
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2. OS EFEITOS DA SOBERANIA DE DEUS
  A soberania de Deus coloca toda a Criação sob o Seu eixo. Por Seu poder e justiça, o Altíssimo a todos limita, impondo enquadramentos às presunções dos poderosos, que acham que podem agir livremente.

2.1. Deus abate a soberba humana
  Nabucodonosor aprendeu da maneira mais difícil possível que, acima dele, estava o que domina sobre o tempo, homens enações. Assim, Deus lhe concedeu mais um sonho.
  Dessa vez, o imperador lembrava-se do que sonhara, mas ninguém entre os seus sábios foi capaz de interpretar o conteúdo do sonho. Mais uma vez, depois de um tempo atónito, Daniel recebeu do Senhor a revelação (Dn 4.4-19). Nela ficou evidente que o rei deveria humilhar-se diante de Deus para não ser abatido.
2.1.2. O pecado da soberba
  Após doze meses da interpretação do sonho, Nabucodonosor manifestou sua soberba. Olhando para a grandeza do seu império, ele caiu na armadilha da vaidade e do orgulho (Dn 4.30). Sem dúvida, a soberba exalta o coração, endurece o espírito e promove a queda (Dn 5.20,21).

2.2. Deus abate a profanação ao Seu santo nome
  O rei Belsazar promoveu um grande banquete para mil homens poderosos. A festa foi regada a prostituição, vícios e idolatria. Não satisfeitos, eles profanaram os utensílios que haviam sido santificados ao Deus de Israel em um ato de grave afronta à santidade de Jeová (Dn 5.1-4).
  De forma surpreendente, pela ação divina, apareceram uns dedos de mão de homem escrevendo nas paredes do palácio real, e o rei mudou o seu semblante.
  Mais uma vez, ninguém entre os mais capazes e inteligentes sábios babilônios conseguiu interpretar a escrita (Dn 5.5-9). Porém, ainda existia um homem que não se deixara contaminar com o pecado: Daniel. Assim, por orientação da rainha-mãe, o rei mandou chamá-lo (Dn 5.10-12).
  Como um arauto do supremo Soberano, Daniel anunciou a gravidade do pecado do rei e da sua corte e decretou o juízo divino sobre o reino. Este deixaria de existir e o rei Belsazar seria morto naquela mesma noite, para que todos entendessem que do Altíssimo ninguém zomba (Dn 5.17-30).

3. DEUS ESTÁ ATIVO NA HISTÓRIA
  O Pai eterno manifesta a Sua graça e amor, livrando o Seu povo das arbitrariedades dos poderosos e de todo tipo de adversidades. Dentre outras maneiras, Deus se faz ativo na História das seguintes formas:

3.1. O Eterno protege o Seu povo
  Os amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, em razão da sua fidelidade ao Senhor, enfrentaram uma prova de fogo. Nabucodonosor determinara a adoração a uma estátua de ouro, construída por ele, para que todas as autoridades do reino lhe demonstrassem fidelidade (Dn 3.1-8).
  Os homens judeus, no entanto, não cederam à pressão real; eles não negociaram a sua fé em troca de posições privilegiadas no reino nem temeram a morte. Assim, diante da firmeza dos amigos de Daniel, o rei mandou aquecer a fornalha sete vezes mais, na tentativa de fazê-los negar a sua fé. Entretanto, o Eterno, em Sua fidelidade, protegeu-os das chamas e da ira do rei (Dn 3.19-29).

3.2. O Eterno faz o que os soberanos terrenos não podem fazer
 Nabucodonosor desejou humilhar e destruir cruelmente os servos fiéis do Altíssimo, mas não conseguiu, pois o Soberano livrou-os da fornalha (Dn 3.24-28).
  Belsazar profanou os utensílios sagrados, pensando que suas divindades teriam vencido o Deus de Israel, mas contemplou o peso da mão divina e a dureza do Seu juízo (Dn 5.17-30).
  Dario pretendeu livrar o profeta Daniel da cova dos leões, mas não pôde, pois acima dele estavam as leis dos medo-persas. O Deus vivo, no entanto, que a ninguém pode ser comparado, não permitiu que os leões atacassem Seu servo fiel (Dn 6).

CONCLUSÃO
  Soberania divina e responsabilidade humana são princípios que andam de mãos dadas: um não exclui o outro. Para ser alguém tão abençoado na Babilônia, Daniel teve de assumir responsabilidades intransferíveis: a de não se contaminar com as s iguarias do rei e a de dedicar-se ao estudo da Palavra e à consagração pessoal. Por ter-se mantido fiel naquele ímpio império, o profeta foi honrado pelo Senhor.
  Os servos do Altíssimo podem descansar no Deus de Daniel, pois Ele é fiel e poderoso para fazer cumprir Sua Palavra, pronunciada acerca do futuro da humanidade, da Igreja e dos reinos da terra (Is 46.9,10; Mt 16.18; Dn 4.33).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que se entende por soberania divina?
R.: O conceito de soberania divina expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, o dono, amor e autoridade máxima sobre todas as coisas.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

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