domingo, 10 de fevereiro de 2019

ARTIGO - Dor: a maior escola da vida


Consternados ainda pelo que ocorreu em Brumadinho (MG), temos de lidar com mortes trágicas no Rio de Janeiro. Cidadãos fluminenses sendo consumidos pela força das chuvas, e promessas flamenguistas sendo consumidas pela brutalidade do fogo. Quem aguenta tanta desgraça?

Olhando para o autor e consumador da fé, Jesus, vejo no sofrimento um caminho para uma alegria suprema. Ele nos mostrou por sua vida/morte/ressurreição que é possível esperar pelo melhor mesmo quando tudo o que se apresenta aos nossos olhos é o pior possível.

Trago uma reflexão que visa consolar os que choram e digo a cada familiar e cada cidadão que está tocado pela morte prematura destes adolescentes das categorias de base do Flamengo, bem como os funcionários também vitimados por essa tragédia – e estendendo a cada familiar da cidade do Rio que está enterrando seus entes queridos nesta semana e cada família afetada pelo crime trágico em Brumadinho (MG): chorem sim e chorem o quão precisarem, pois o choro atenua a dor e abre as portas da alma ao consolo celestial.

Não apenas usem do legítimo direito ao luto; procurem estar entre amigos e familiares neste momento. Aproveitem que os casos ganharam a mídia (sabemos que nem todas as tragédias familiares são noticiadas), e sintam cada gesto de solidariedade como uma resposta do céu para o coração que sangra neste momento.

Como diz meu pastor Neil Barreto: não há dor que dure para sempre.

Sofrer é um sinal de existência humana e pode gerar em nós uma resistência espiritual a situações maiores que exigem um maior equilíbrio emocional. Diz a Escritura: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1 Coríntios 10.13)”.

Podemos livremente trocar neste texto bíblico a palavra “tentação” pela palavra “provação” ou “sofrimento”.

Assim como o Senhor teve de lidar com traição, covardia, incredulidade mesmo após tantos sinais, ofensas, espancamento, tortura etc., somos chamados a viver num mundo caído suscetível a toda espécie de calamidade e angústia – e só subsiste que aprende na escola da dor.

Não há muito mais o que dizer. Apenas me solidarizar com todos os que estão enlutados nesta semana que termina tão acinzentada, e dizer que a paz no coração virá somente pela hombridade de reconhecer que está doendo e que precisamos de ajuda e amparo emocional.

Espero que ninguém fique desamparado neste momento e que muito em breve essas famílias tornem a ter motivos para sorrir.

A dor passa, mas a saudade fica.

Maycson Rodrigues

Fonte: Gospel Prime

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