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domingo, 22 de março de 2020

A COVID-19 e o contexto da Palavra de Deus

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 Uma das coisas que todos os servos de Cristo se perguntam no momento presente é se a pandemia da COVID-19 se encaixa nas profecias bíblicas e se ela está inserida no contexto de Apocalipse.
E a resposta é simples: obviamente que está, porém não está referida especificamente como um evento isolado na interpretação bíblica. Ela entra no conjunto dos eventos pré-apocalípticos, mencionados em Mateus:

 "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.", Mt 24.7

Só após eventos de níveis mundiais como este é que terá início ao tão temido e por muitos ignorado Apocalipse. Então essa ainda não é uma das pragas descritas no livro das revelações, o Apocalipse.

  Vamos entender o contexto espiritual envolvidos na pandemia.
A Bíblia tem sido cada vez mais ignorada, suas promessas e profecias vem sendo esquecidas até mesmo pelos crentes e a prática da vida cristã tem sido demonstrada muito mais nos eventos religiosos do que no interior das casas, onde o evangelho originalmente surgiu. E a própria pregação do evangelho está se tornando palestras de auto-ajuda ao invés de difusão da mensagem da cruz de Cristo. 

Com a COVID-19 entendemos que profecias como o texto de Daniel 12.24 se refere à uma peculiaridade dos últimos dias.

"E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará.", Dn 12.4

 Esse versículo descreve como será o cenário mundial para os acontecimentos dos últimos dias, pré e pós arrebatamento, pois está em Daniel 12 numa seção que trata especificamente da volta de Cristo. Veja que o versículo fala de Globalização, a característica atual do mundo, onde as fronteiras terrenas entre países são mais virtuais e culturais do que físicas. Com isso uma peste (enfermidade) alcança em poucos dias o mundo inteiro como foi com a COVID-19 e outros antes dele. Como não será com os que vierem depois?

E estamos falando de doenças, mas por que não mencionar outras possíveis catástrofes do mesmo contexto? Como por exemplo o surgimento de algum super vírus de computador que cause um bug global e derrube as bolsas do mundo inteiro. Este seria um evento possível num mundo globalizado.

Crises como essa acaba fazendo crentes e desviados no mundo inteiro repensarem suas vidas cristãs. Palavras como santidade e condenação começam a se fazer presentes nas mentes cristãs novamente. E os crentes são convidados a levar os cultos para dentro de suas casas pela facilidade que as mídias sociais nos trouxeram.

É tempo de meditar sobre a vida cristã que estamos levando, e alerto para contexto pós moderno que prepara o abalo global que a abertura dos selos e o derramar das taças mencionadas em Apocalipse trarão à Terra.

Você é um cidadão do céu ou é um cidadão do mundo? Se decida logo!!!

Ap 22.11

Pr Marcos André - Conferencista
licks1996@gmail.com
Tel 48 998079439  

sábado, 7 de dezembro de 2019

ESCOLA DOMINICAL - O Dia da Bíblia

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Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários cristãos evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

Fonte: SBB

sábado, 10 de agosto de 2019

HOMENAGEM - O maior Pai que Existe


O maior pai que existe inventou esse modelo de paternidade, onde colocamos um filho no mundo e cuidamos dele até que um dia ele cuide de nós, num perfeito exemplo de reciprocidade. 

O maior pai que já existiu nos força à responsabilidade logo no primeiro momento que ouvimos a esposa dizer, "estou grávida". A partir dali nada mais será como antes, aquele pequeno ser toma tudo que é nosso, tempo, sonhos, atenção, etc, e sabe de uma coisa? Entregamos tudo com prazer.

O maior pai do mundo, inventou a família e colocou essa relação maravilhosa entre o pai e os filhos.
Nós os pais imperfeitos faremos de tudo para não decepcionar nosso pequeno ser, que por mais que cresça será sempre cuidado por nós e tratado como uma criança. Nós, pais imperfeitos, nos esforçamos para ser o herói deles, até o dia da nossa partida, nesse dia quer estar com a cabeça bem erguida, pela certeza de ter feito o melhor que pude, o melhor que deu!

O  melhor Pai que existe nos deu o melhor Filho, o nosso maior exemplo!  

A Ele meu feliz dia dos pais.

Pr Marcos André 

segunda-feira, 27 de maio de 2019

ARTIGO - Aumento do número de suicídios na sociedade e entre os cristãos



Suicídio entre os servos de Deus, como entender e combater

Um dado alarmante que põe em alerta toda a sociedade é o crescente índice de suicídio no mundo, números atualizados dão conta de que a taxa de suicídio mundial aumentou em torno de 60 % no espaço de 40 a 50 anos sendo que o Brasil teve um crescimento de 2,3% de 2017 para 2018 e os números só aumentam, sendo a juventude brasileira a mais atingida. Nesses índices crescentes está também o suicídio entre os cristãos.

Como os líderes cristão devem lidar com essa nova frente de combate, que surge nesse período que chamamos de pós-modernidade?

Conhecendo o inimigo
É muito difícil combater um inimigo que não se conhece, e no caso do suicídio é possível traçar determinados perfis.

O suicídio geralmente é praticado por alguém que perdeu às esperanças de solução para problemas considerados sérios para a pessoa que tem a ideação suicida, ela vê no suicídio uma rota de fuga, um escape para uma determinada dor psicológica. Entre os jovens tem sido comum a ideação suicida após a exposição de situações vexaminosas em mídias sociais e outros eventos ligados às redes sociais. 

Outras situações que afligem principalmente os jovens são o aliciamento por jogos como foi o caso do notório jogo conhecido como "desafio da baleia azul", que se tornou popular após levar diversos jovens ao suicídio.
Um outro fator que também deve ser levado em conta são os transtornos mentais, muitos dos que sofrem problemas psicológicos correm o risco de desenvolverem a ideação suicida.
E um tipo de suicídio que tem ocorrido com uma certa frequência é o que acontece entre os pastores, nesse caso se mistura diversos fatores com o estresse psicológico que vem do ativismo religioso e o peso da grande responsabilidade relacionada ao cargo.  

Um fator de crescimento da taxa
Uma pergunta que muitos se fazem é: porque à décadas atrás essas taxas eram baixas e agora crescem a cada ano?
A resposta mais óbvia está no preparo dos cidadãos para enfrentar as adversidades e perdas que a vida impõe. 

Em décadas anteriores a juventude cresceu correndo atrás de pipas "aprendeu a lutar por algo"; cresceu quebrando seus piões "aprendeu a perder", cresceu jogando bola nos campinhos "aprendeu a trabalhar em equipe", e a lista de aprendizados que as gerações passadas obtiveram é enorme, apenas interagindo nas brincadeiras de rua.
Aprendizado esses que faltam na geração anterior que cresceu com os vídeo games e na geração atual que cresce online nas redes sociais.
São jovens que entregamos à sociedade, sem nenhum preparo para enfrentar a crueldade do jogo da vida.

Um fator de esperança
Entre os jovens e adultos cristãos existe um fator preponderante, o ensino religioso e a fé em Cristo. A grande mensagem do evangelho é a esperança de solução para o problema, esperança essa que está em Jesus. Mas nesse caso surge uma nova questão: por que a taxa de suicídio entre jovens cristãos também tem aumentado?
Além dos fatores de despreparo expostos aqui, no caso dos cristãos, esse aumento também se deve pela alteração no ensino religioso. Numa enorme quantidade de igrejas no nosso país, se ensina um evangelho sem mensagem, ou com outro tipo de mensagem que não é aquela que conduz ao encontro com Cristo, o encontro que pode dar a esperança que alguém precisa para não tomar a decisão final.
São líderes que precisam de quantidades de pessoas ofertando e dizimando para manterem os caixas, por isso estão preocupados com a quantidade de presença nos cultos e no quanto isso pode dar de retorno em ofertas. 

Quando um ministério sério ensina a genuína Palavra de Deus, as vidas se sentem confortadas e muitos decidem repensar suas ideações suicidas e outras ideações que afetam suas vidas e famílias. 

Como o líder cristão e a igreja devem agir
Eis aqui algumas sugestões a se colocarem em prática:

1. divulgar amplamente o assunto e colocar a igreja a par dos acontecimentos e das orientações, envolver toda a congregação;
2. incentivar o estudo bíblico,principalmente a participação na Escola Dominical, pois o conhecimento da sã doutrina fortalece o foco e aumenta a fé e a esperança;
3. orientar os pais a observarem o comportamento de seus filhos em casa e a serem amigos de seus filhos, não deixar que se isolem em seus mundos; 
4. orientar os membros da igreja a cuidarem uns dos outros e caso observem algo de errado nas atitudes dos irmãos que possa ser um indício de ideação suicida, trazer a conhecimento da liderança;
5. observar as postagens dos membros, principalmente dos jovens, nas redes sociais; 
6. envolver a membresia em atividades devocionais, de oração e estudo, incentivando-os a orarem uns pelos outros;
7. promover atividades sociais para aumentar o clima familiar entre os crentes e assim aumentar a possibilidade de se observar comportamentos suspeitos; 
8. para os obreiros é aconselhável que seja previsto um período de férias eclesiásticas, principalmente para os pastores presidentes e dirigentes de congregações. 

Essas orientações não resolverão todos os problemas referentes ao assunto, mas com certeza irão ajudar muito nossos irmãos e dar um norte para se implementar trabalhos mais sérios de combate ao suicídio dentro das nossas igrejas.

Pr Marcos André
Whatsapp: 21 969786830
licks1996@gmail.com 


quarta-feira, 22 de maio de 2019

ARTIGO - A Importância da Didática para o Ensino Bíblico nos Espaços da Escola Dominical


A didática é a ciência específica da área do ensino. É a parte da pedagogia que trata dos preceitos científicos que orientam a atividade educativa de modo a torná-la mais eficiente. De acordo com o Dicionário Houaiss¹, o termo “didática” deriva da palavra grega didaktikê, que significa a arte de transmitir conhecimentos — a técnica de ensinar. A Didática é uma importante ferramenta para o trabalho realizado na Escola Dominical, tendo em vista que o ensino da Palavra de Deus não deixa de ser um ato pedagógico.

A forma como o aluno aprende é uma relação interdependente da maneira como o professor ensina. Logo, o professor que domina as técnicas de ensinar, adequadamente, consegue realizar o seu trabalho de maneira muito mais eficaz. O resultado disso são alunos satisfeitos com os conteúdos que são ministrados. Ao passo que as informações são abordadas com clareza é possível perceber que os alunos aprendem de forma prazerosa a Palavra de Deus. As metodologias de ensino utilizadas de maneira eficiente encontram aplicabilidade no cotidiano dos alunos. O professor que domina o conhecimento da didática alcança resultados satisfatórios no ato de ensinar.

1. O trabalho do professor e a qualidade do ensino
O professor que preza por um ensino de qualidade e pela efetivação da aprendizagem de seus alunos, sabe que a ministração da aula não pode ser feita de qualquer maneira. Uma aula de alto nível de qualidade requer, primeiramente, o comprometimento do professor. Antes de se apresentar para ensinar seus alunos o professor precisa dominar o conteúdo que se propõe a ensinar. Muitos pensam que apenas conhecer a Bíblia é suficiente para ensiná-la. Todavia, o ensino da Palavra de Deus requer dedicação como afirma o apóstolo Paulo (cf. Rm 12.7). E, para tanto, é importante a leitura de bons comentários e dicionários bíblicos, livros de psicologia da aprendizagem, história, didática, dinâmicas aplicadas em sala de aula e outros materiais da área da educação.

Além dos recursos materiais e metodológicos o que não pode faltar é a cobertura da oração e uma vida no altar de Deus. Na educação cristã, quaisquer conhecimentos ou recursos humanos que possam ser utilizados tornam-se irrelevantes se não estiverem lado a lado com o auxílio advindo do Espírito Santo. Portanto, o professor que deseja fazer o seu trabalho com qualidade precisa dedicar tempo para aprofundar seus conhecimentos e aprimorar a sua habilidade de ensinar.

2. Planejamento e plano de aula para a Escola Dominical
O planejamento é indispensável para a realização do trabalho do professor. Todas as ações pedagógicas com vista no funcionamento da Escola Dominical devem passar pelo crivo do planejamento. Planejar envolve delimitar tempo, espaço e recursos para executar ações do ensino. Na educação encontramos os principais tipos de planejamento e que também estão presentes nos espaços da Escola Dominical: o planejamento anual, o plano de curso, o plano de ação e o plano de aula².

O planejamento anual. Visa a organização das ações educacionais durante o período de um ano. Tais ações estão segmentadas de acordo com a faixa etária ou grupo de estudo: educação infantil, jovens e adultos, formação de professores, formação de obreiros.

Plano de curso. Envolve o planejamento de cada curso conforme o período de formação e a definição da grade curricular que lhe é necessária.

Plano de ação. Tem como finalidade a definição de ações específicas e necessárias a curto, médio e longo prazo. Estas ações podem envolver todo o curso ou apenas alguns setores e o prazo de execução depende da necessidade e do objetivo da ação.

Plano de aula. Considera o preparo das ações educativas e o curso de uma aula. Para tanto, o plano de aula está organizado das seguintes partes: objetivo, conteúdo, metodologia, recursos didáticos, avaliação e referências bibliográficas.

3. Métodos e recursos didáticos
A elaboração de uma aula de qualidade depende muito dos recursos que nela são aplicados. Para que o aluno, de fato, possa aprender é preciso que os conteúdos da lição sejam expostos da forma mais clara, objetiva e dinâmica possível. Nesta ocasião, tanto os recursos quanto os métodos são indispensáveis. Entende-se por método ou metodologia a maneira como os conhecimentos são abordados ou o caminho percorrido pelo professor para ensinar seus alunos.

O conhecimento pode ser apresentado ao aluno por diversas maneiras: oralidade, audiovisualidade, manuseio, exercícios de interatividade: trabalho em grupo, mapa conceitual, brainstorming (tempestade de ideias), simpósio, painel e outros. Já os recursos didáticos sãos os materiais ou ferramentas utilizadas como canais para exposição dos conteúdos: Datashow, quadro branco (lousa), caneta piloto, apagador, lápis de cor, caneta hidrocor, e outros³.

Considerações Finais
A partir dos conhecimentos apresentados pela Didática o professor tem à sua disposição as ferramentas técnicas apropriadas para preparar sua aula. Possuir as habilidades e competências necessárias para ensinar o conteúdo bíblico é fundamental para o professor que preza por uma aula de qualidade. A arte da didática acontece justamente quando o professor domina esses conhecimentos e proporciona ao aluno a facilidade para aprender. Para tanto, a arte de ensinar requer do professor a flexibilidade para adequar a metodologia certa na ocasião certa.

E, por fim, vale destacar que o ensino bíblico é essencialmente um ato pedagógico. Não apenas teológico, mas também pedagógico. O professor que domina a arte de ensinar e dela faz uso de maneira apropriada tem em mãos a possibilidade de oferecer um ensino em alto nível de qualidade e, consequentemente, fazer com que seus alunos desenvolvam as capacidades intelectuais necessárias para o aprendizado.

Referências:
1. HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2001.
2. RIBEIRO, Verônica N. C. Planejamento Educacional: Organização de Estratégias e Superação de Rotinas ou Protocolo Institucional. Divisão de Formação Docente. Universidade Federal de Uberlândia, 2014. Disponível em: http://www.difdo.diren.prograd.ufu.br.
3. LEFEVER, Marlene. Métodos Criativos de Ensino: como ser um professor eficaz. 4ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
 
Thiago Santos.
Graduado em Pedagogia pelo Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro.
Pós-graduando em Gestão Escolar Integradora pela Universidade Castelo Branco.
Editor das revistas Juniores e Pré-adolescentes do setor de Educação Cristã. CPAD.
Professor de Escola Dominical das classes Adolescentes e Jovens.

domingo, 5 de maio de 2019

ARTIGO - Impostos sobre igrejas


Em entrevista à Folha de São Paulo no dia 29 de abril, o secretário da Receita Federal Marcos Cintra chegou a anunciar que até mesmo igrejas teriam os dízimos taxados, ou seja, pagariam imposto sobre arrecadação, obviamente a fala do secretário desagradou a comunidade cristã de forma geral e ainda mais a bancada evangélica na Câmara, logo em seguida o presidente foi a público pelas redes sociais esclarecer a situação e aformou que nenhuma instituição religiosa seria taxada, especialmente as igrejas, obviamente por ter sido dos evangélicos o maior apoio que ajudou a colocar o presidente no cargo e é claro todas as instituições religiosas entram de carona nessa decisão benéfica do Governo Federal.

Não é de hoje que se pensa em taxar igrejas com impostos, porém nunca se chegou a discutir de fato em algum projeto de emenda parlamentar ou estudo mais profundo. As taxas das quais se questionam que as igrejas deveriam contribuir é o Imposto de Renda, aquele que incidiria sobre os recursos de entrada nas instituições religiosas, o IPTU que incide sobre a área construída da igreja e também o IPVA sobre os veículos da igreja, isso valendo para qualquer religião. O não arrecadamento dessas taxas está garantido pelo artigo 150 da Constituição federal, no entanto para que sejam consideradas isentas as instituições religiosas devem cumprir algumas regras estabelecidas no artigo 12 da Lei 9.532/97.

É bom que se saiba que em nenhum dos países da Europa e nos Estados Unidos também não se cobra impostos das igrejas. A argumentação nesse ponto e que alguns consideram fraca, é de que as igrejas e as instituições religiosas prestam um apoio social numa área que o estado não alcança e não domina, a espiritual. A área espiritual abrange o psico-social, onde o cidadão que exerce uma atividade espiritual tem facilidade de respeitar as pessoas e as autoridades civis além disso alguns trabalhos mais efetivos em comunidades carentes são das igrejas e instituições beneficentes cristãs e espíritas. Obviamente o argumento que alguns críticos de economia acreditam ser fraco, é na verdade bem fundamentado, sabemos que em alguns lugares considerados perigosos, onde o crime organizado enfrenta a presença da polícia, é frequentado pelos evangélicos e agentes de instituições religiosas beneficentes espíritas e católicas, além do fato de alguns de nossos pastores já terem por diversas vezes intercedidos, com sucesso, pela vida de alguns jovens já condenados pelo tráfico de drogas.

Esses fatores devem ser colocados na balança toda vez que se falar em cobrar impostos das igrejas. O Governo Federal não deve somente deixar a discussão no campo político, os números devem se apresentados e a ajuda prática mencionada aqui deve ser levada em conta.

O problema da corrupção no nosso país e em qualquer lugar do mundo não se resolve somente no campo jurídico, político ou social, deve ser considerado também o campo espiritual.

Pr Marcos André 

domingo, 28 de abril de 2019

ARTIGO - O nosso brilho diante da igreja


Um dos problemas que tem afetado o povo de Deus e em particular a juventude cristã, é o número cada vez menor de irmãos desejosos a assumirem cargos eclesiásticas na obra de Deus, a dificuldade para se encontrar obreiros é enorme e aumenta a cada dia.

Isso nos reporta a um tempo em que a maioria dos jovens crentes desejavam ser obreiros, e aos poucos esse ânimo passou para o ministério do louvor e da ministração da Palavra onde o crente pode participar sem firmar um compromisso mais profundo.

De fato muitos jovens hoje desejam ser pregadores ou cantores e quando são chamados ao ministério de serviço na casa de Deus, logo sentem o peso da responsabilidade.

As motivações para os nossos moços desejarem ser pregadores ou cantores são principalmente de ordem financeira ou psicológica:
Financeira, por haver a possibilidade de ganho financeiro com a atividade de louvar ou pregar. Alguns aos descobrirem a eloquência na forma de ministrar começam a receber convites e passam a cobrar para suas ministrações seja de louvor ou pregação.
E de ordem psicológica, por conseguirem certo reconhecimento como cantor ou pregador, existem aqueles que começam a ser classificados com cargos acima dos quais foram levantados, como alguns jovens diáconos que se tornam conhecidos como evangelistas, simplesmente por pregarem a Palavra de Deus. 

A "bola de neve" se forma quando os adolescentes e jovens da igreja observam que os cantores e pregadores são mais respeitados que os obreiros da casa, isso provoca um efeito semelhante ao que ocorre dentro das comunidades onde o tráfico domina, os jovens e crianças da comunidade observa o bandido ser mais respeitado que o pai que é trabalhador e muitos deles optam por fazer parte do tráfico tão logo possam. Assim também nossa juventude é influenciada quando honramos mais esses pseudos ministros do que os nossos diáconos, presbíteros e auxiliares.

Alguns querem brilhar no meio Gospel, porém devo relembrar algo que a ciência ensina: a estrela que mais brilha no céu, é na verdade um planeta (Vênus), e também o seu brilho é o reflexo da luz do sol. Com isso quero afirmar que os que desejam ostentar luz própria diante do povo de Deus, talvez brilhe como qualquer estrela, mas os que desejam refletir o brilho de Cristo, estes serão os que mais brilharão, refletindo a glória de Deus e seus nomes serão lembrados.

É necessário prepararmos os nossos substitutos para a Igreja que possivelmente ficará para próxima geração, caso Jesus não retorne ainda nesta. Substitutos não com brilho pessoa, mas como reflexo da glória do Senhor Jesus.

Para conseguirmos esse preparo é necessário valorizarmos os nossos obreiros e cooperadores, resgatar a importância do diácono e do presbítero, a fim de que os nossos jovens possam sentir o desejo de um dia serem também chamados de diáconos e presbíteros da casa do Senhor.

Pr Marcos André 

domingo, 14 de abril de 2019

ARTIGO - Procurando o livro da Lei


Experimentamos nestes últimos dias um grande avanço tecnológico e uma mudança comportamental muito grande da sociedade que reflete diretamente no povo de Deus, principalmente naqueles que serão nossos substitutos num futuro próximo caso Jesus tarde mais um pouco. 

A facilidade de comunicação e acesso a informação não só tem levado o conhecimento de Deus e dos comportamentos cristãos às pessoas do mundo, como também e numa proporção muito maior, tem trazido o conhecimento e o contato com o mundanismo para dentro das igrejas.

Observamos irmãos em Cristo que se parecem muito com os mundanos, em todos os aspectos, tudo isso tem levado o movimento evangélico no Brasil e nas maiorias das regiões do mundo a um lugar perigoso, o lugar comum.

As tradições de vestimentas, de dogmas e paradigmas que tanto criticamos nos anos finais do século XX era na verdade o que nos diferenciavam, o perfil de santidade que havia em nossos jovens está cada vez mais raro de se perceber. Criticamos tanto o excesso de santidade que se atribuía às vestes longas e hoje gostaríamos que nossos jovens utilizassem algumas peças a mais. Criticamos tanto o mal que a TV fazia roubando o diálogo da família nos anos 90 e agora desejamos que todos se reunissem novamente diante daquela velha TV de tubo, colorida ou preto e branco, uma vez que cada integrante da família possui sua própria TV de bolso e ficam em seus recantos da casa assistindo suas séries e programas sozinhos ou jogando online.

Essas mudanças da sociedade tem afetado a Igreja de Jesus ao passa que influencia as igrejas evangélicas, onde pastores e líderes, para não perder membros vão abrindo e sedendo espaço nos seus regimentos, isso porque muitos deles estão mais preocupados com a queda que pode acontecer na renda da igreja com a perda de tantos irmãos que não se adaptam à regimentos considerados hoje como rigorosos, mas que eram leves a vinte anos atrás.

A sociedade mudou e parece que muitas igreja estão mudando para acompanhar essa sociedade e com isso entramos no caminho das religiões comuns, que somente servem para dar o sentimento de pertencimento a um grupo e nada mais.

No entanto, o resgate dos valores cristãos não pode ser feito lançando mão de medidas extremistas ou revivendo antigas discussões de paradigmas éticos. Por exemplo, se em uma igreja não há mais batismo com o Espírito Santo, não será a mudança do regimento ou a obrigatoriedade de se buscar o dom que se levará ao avivamento.

É necessário se resgatar primeiro o ensino da Palavra de Deus e a partir daí a juventude poderá entender a necessidade dessa busca.
Assim como foi achado livro da Lei dentro do templo em Jerusalém na época do Hilquias 2 Cr 34.15 também precisamos encontrá-lo hoje em nossas igrejas.

Pr Marcos André

domingo, 10 de fevereiro de 2019

ARTIGO - Dor: a maior escola da vida


Consternados ainda pelo que ocorreu em Brumadinho (MG), temos de lidar com mortes trágicas no Rio de Janeiro. Cidadãos fluminenses sendo consumidos pela força das chuvas, e promessas flamenguistas sendo consumidas pela brutalidade do fogo. Quem aguenta tanta desgraça?

Olhando para o autor e consumador da fé, Jesus, vejo no sofrimento um caminho para uma alegria suprema. Ele nos mostrou por sua vida/morte/ressurreição que é possível esperar pelo melhor mesmo quando tudo o que se apresenta aos nossos olhos é o pior possível.

Trago uma reflexão que visa consolar os que choram e digo a cada familiar e cada cidadão que está tocado pela morte prematura destes adolescentes das categorias de base do Flamengo, bem como os funcionários também vitimados por essa tragédia – e estendendo a cada familiar da cidade do Rio que está enterrando seus entes queridos nesta semana e cada família afetada pelo crime trágico em Brumadinho (MG): chorem sim e chorem o quão precisarem, pois o choro atenua a dor e abre as portas da alma ao consolo celestial.

Não apenas usem do legítimo direito ao luto; procurem estar entre amigos e familiares neste momento. Aproveitem que os casos ganharam a mídia (sabemos que nem todas as tragédias familiares são noticiadas), e sintam cada gesto de solidariedade como uma resposta do céu para o coração que sangra neste momento.

Como diz meu pastor Neil Barreto: não há dor que dure para sempre.

Sofrer é um sinal de existência humana e pode gerar em nós uma resistência espiritual a situações maiores que exigem um maior equilíbrio emocional. Diz a Escritura: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1 Coríntios 10.13)”.

Podemos livremente trocar neste texto bíblico a palavra “tentação” pela palavra “provação” ou “sofrimento”.

Assim como o Senhor teve de lidar com traição, covardia, incredulidade mesmo após tantos sinais, ofensas, espancamento, tortura etc., somos chamados a viver num mundo caído suscetível a toda espécie de calamidade e angústia – e só subsiste que aprende na escola da dor.

Não há muito mais o que dizer. Apenas me solidarizar com todos os que estão enlutados nesta semana que termina tão acinzentada, e dizer que a paz no coração virá somente pela hombridade de reconhecer que está doendo e que precisamos de ajuda e amparo emocional.

Espero que ninguém fique desamparado neste momento e que muito em breve essas famílias tornem a ter motivos para sorrir.

A dor passa, mas a saudade fica.

Maycson Rodrigues

Fonte: Gospel Prime

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

ARTIGO - Beber ou não beber, uma reflexão sobre o sacerdócio



Viagem para Entre Rios, interior da Bahia. Eu e minha esposa Leila estávamos indo visitar seus avós. Levávamos junto conosco uma novidade. Agora eramos “crentes”. Seus avós, membros de uma tradicionalíssima igreja da Assembleia de Deus não poderiam estar mais alegres. Minha esposa era muito próxima a eles, mas, durante a adolescência, como muitos outros jovens, seguiu caminhos longe da fé.

No entanto, sua avó, a saudosa D. Domitilia, não desistiu de orar e aquele momento para ela era a resposta de Deus ao seu incessante clamor. Eu, por outro lado, não tinha nenhuma tradição evangélica. O mais próximo que cheguei da doutrina foi em meu tempo como Testemunha de Jeová, que havia sido uma das minhas experiências espirituais, antes do espiritismo, sei-cho-noiê, esoterismo… Ou seja, que teve de quase tudo um pouco e que explicarei em outro texto, se Deus permitir.
Bom, voltando à nossa viagem, era o primeiro encontro familiar como crentes batizados. Chegamos entre abraços e alegria, sempre com muita atenção daquele povo humilde e acolhedor. Depois, Leila ficou com os avós e eu saí com um tio dela. Dia quente, final de tarde, sentamos em um barzinho e, sem nenhuma cerimônia, pedi uma “gelada” e tomei. Imagina o bafafá!

Logo surgiu o comentário que o esposo “crente” da neta de Dona Domitilia e seu Zuza, estava bebendo à vista de todos. Os velhinhos ainda tentaram contemporizar: “É novo convertido”, há que ter paciência, e muita…

Durante um bom tempo em minha caminhada em Cristo eu não via problema em fazer uso de bebida alcoólica, em parte fruto de minha vivência com os Testemunhas de Jeová, em parte por não encontrar nenhuma base bíblica sólida que me convencesse. Eu achava que se fosse moderado não havia problema algum.

Depois do quase constrangimento em Entre Rios eu passei a ser um pouco mais discreto, não queria ter que aturar dedos apontando para mim por algo que eu próprio não enxergava como errado ou mal. Passei a beber em casa, normalmente um vinho acompanhado de um bom tira-gosto. Aqui ou ali, bebia alguma coisa em público.

Minha convicção sobre o tema era tão forte que cheguei até mesmo a ensinar meu filho assim, o que causou polêmica quando ele expressou essa opinião em plena aula da EBD dos adolescentes. Nem imagino a dificuldade que deve ter sido para o pobre servo do Senhor que estava à frente daquela EBD, acho que ele deve ter desejado meu escalpo naquele dia. Ser professor de jovens e adolescentes definitivamente é para os fortes…

Mas eu nunca fui muito de me importar com opinião dos outros, sempre defendi o que considero verdade e sempre fui de ter opiniões firmes, e assim me mantive durante anos e anos. Não fazia apologia de nada, nem incentivava ninguém a seguir meu comportamento, mas continuava em paz com a minha consciência e com minhas discretas práticas etílicas.
O Ponto de Virada

Só que conheci uma pessoa. Uma pessoa bondosa, amorosa, compreensiva, paciente e convincente. Seu nome: Espírito Santo. Não que eu não o conhecesse ou que Ele não estivesse comigo, mas depois do que aconteceu comigo em uma vigília que causou uma revolução absurda em minha vida, algum dia falo com mais detalhes sobre isso, eu passei a ser mais sensível à sua voz.

Um dia, lendo a Bíblia, e eu sou do tipo que gosta de ler e estudar a Bíblia toda, de preferência sem comentários de rodapé para não sofrer influencias que tirem a fluidez daquilo que leio, eu me deparei com uma passagem, aparentemente banal, no livro de Levíticos lá no capítulo 10. Era um dos únicos relatos bíblicos de Deus falando diretamente com Arão e não com Moisés. Nele, o Senhor fala com o sacerdote Arão depois da morte de seus filhos Nadabe e Abiú que levaram “fogo estranho” para o tabernáculo e foram fulminados. O texto fala assim:

“Vinho ou bebida forte tu e teus filhos não bebereis quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por intermédio de Moisés.”

Eu ali, “de boa”, fazendo meu estudo devocional em um dos livros mais áridos da Bíblia e quando este texto ganha destaque e uma voz, a daquela pessoa que falei agora a pouco, fala em meu coração:

“Você é sacerdócio real e templo do Espírito. Se na antiga aliança, que é apenas sombra das coisas futuras, um sacerdote, quando em serviço, não podia fazer uso de nenhuma bebida alcoólica, como é que você que me serve 24 horas por dia e que é templo onde eu habito, considera não haver problemas em prestar este serviço para mim tendo sua sensibilidade alterada pelo álcool?”

Sei que alguns dizem ter experiências arrebatadoras e que ouvem Deus como se estivesse ao seu lado conversando audivelmente. Este não é o meu caso. Muitas vezes eu não conseguia discernir se era Deus falando ou era apenas intuição ou doideira minha, já que sou meio louco mesmo.

Só depois de um tempo sendo ensinado, aprendi que quando esta voz interior me leva a fazer algo contra a minha própria vontade natural e a ser mais próximo de Deus em amor, perdão e renúncia, não há dúvida: Deus está falando. E foi isto que experimentei naquele dia, fazendo minha prosaica leitura bíblica.
Me aprofundando no Assunto


À medida que fui estudando com esta nova ótica fui vendo que há um ideal cristão de vida. Existem coisas que não são pecado, mas que deve ser alvo de conduta para nós. Por exemplo, você não encontrará nenhuma passagem bíblica condenando diretamente a poligamia, mas não há dúvidas que o ideal bíblico para o povo de Deus é que cada homem tenha uma, e só uma, esposa e cada esposa possua um único marido. Este mesmo princípio eu aprendi que vale para o uso de bebida alcoólica. O ideal cristão é a abstinência.

Isto está expresso na primeira carta de Paulo a Timóteo, quando fala que presbíteros e diáconos não devem ser chegados ao vinho. Embora o termo grego em si possa ser traduzido de forma mais branda, para mim é claro que se trata de uma recomendação à abstinência. Pois veja bem, na mesma carta Paulo recomenda a Timóteo que deixasse de beber apenas água e tomasse um pouco de vinho, não para fins recreativos, mas como remédio. Ora, se Paulo se dá ao trabalho de recomendar a Timóteo que beba vinho, ainda que em pequena dose e para uso medicinal, a conclusão lógica é que o seu filho na fé não fazia uso de álcool.

Para mim parece óbvio Timóteo seguia exatamente o que fora recomendado anteriormente como virtude necessária para pastores e diáconos e Paulo estava lhe abrindo uma exceção por conta de suas constantes enfermidades, notadamente no estômago, em uma época em que pouco se sabia sobre remédios e se acreditava no poder terapêutico da bebida alcoólica. Não haveria porque escrever em uma carta, com todo o custo e trabalho que era escrever e enviar uma carta na antiguidade, para recomendar aquilo que já era praticado normalmente.

No livro de Jeremias, os recabitas também fazem um voto de abster-se de qualquer bebida com álcool, tanto eles quanto suas esposas e filhos, e isto foi agradável a Deus que, mesmo após condenar todo o Judá, abençoou os sóbrios recabitas prometendo que eles sempre teriam um descendente para servir ao Senhor.

Além dos sacerdotes em serviço no templo, a Bíblia relata outros momentos onde se proibiu o uso de qualquer bebida alcoólica para homens que foram consagrados para Deus desde antes do nascimento. É o caso de Sansão que tinha o voto de nazireu que possuía como uma das exigências o abster-se de álcool. Isto era tão importante que o anjo do Senhor estendeu esta imposição à mãe. Além dele, João Batista, já no novo testamente, que era cheio do Espírito Santo desde o ventre materno, também foi orientado a não tocar em bebida alcoólica de nenhuma espécie. Para mim Sansão e João Batista, consagrados desde o ventre da mãe, são protótipos do ideal de vida cristã e apontam para nós que experimentamos o novo nascimento no Espírito Santo em Cristo Jesus.
Exercendo Sacerdócio no Templo do Senhor


É bem claro que o ideal cristão é andar de “cara limpa”, o que concorda com o que a Bíblia fala sobre um aspecto do fruto do Espírito chamado domínio próprio. Certa vez li que qualquer quantidade de álcool ingerida, por mínima que seja, diminui os reflexos da pessoa, fazendo com que ela não tenha plenas condições para dirigir. O texto diz que não se deve beber nenhuma bebida alcoólica antes de dirigir porque o ato de guiar um carro exige pensamento rápido e muita atenção. Não sei quanto a você, mas eu considero muitíssimo mais necessário ter pensamento rápido e redobrada atenção nas coisas espirituais que nos influenciam todos os dias, o dia todo.

A ciência deste mundo caído, amigo dos exageros e do hedonismo, afirma que ao beber você não está cem por cento no controle de suas ações, ainda que seja simplesmente para guiar um carro. A expressão traduzida como domínio próprio na carta de Paulo aos Gálatas significa exatamente estar no controle de si mesmo, se você não tem cem por cento de controle sobre si mesmo para guiar um carro, como pode julgar ter controle para travar batalhas espirituais como sacerdote do Senhor e soldado a serviço do Rei dos Reis?

Hoje não faço uso de nenhuma bebida alcoólica. Mas, vejo que a questão é saber o quanto eu desejo ardentemente estar cem por cento no controle de mim mesmo para poder entregar cem por cento deste controle para o meu Senhor e apreciar o agir Dele em minha vida.

Se aqueles sacerdotes que Ele levantou para servi-Lo em seu santo templo, mesmo construído por mãos humana, deveriam estar cem por cento sóbrios, muito mais é exigido de mim agora, pois eu sou sacerdote de Deus, eu sou o santo templo do Senhor. É isso que tenho vivido e ensinado às ovelhas que Ele me confiou.

Denilson Torres

Fonte: Gospel Prime

sábado, 17 de novembro de 2018

ARTIGO - De Olho na Escola do Seu Filho


“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre, o seu galardão” (Sl 127, 3). Esta passagem bíblica ressalta com clareza que os filhos são bênçãos de Deus e que estão sob a tutela dos pais. Um dia estes haverão de prestar contas da forma como administraram o tesouro do Senhor. Os cuidados com esse bem precioso envolve também a educação cristã e secular mutuamente. Uma é a extensão da outra e ambas se complementam no sentido de formar um homem segundo o coração de Deus.
Mas, como cuidar da herança do Senhor diante das ocupações da vida moderna e da jornada de trabalho que, por vezes, têm impossibilitado muitos pais a manterem uma atenção devida à formação escolar dos filhos?

Para responder à questão, é preciso considerar que os filhos serão sempre responsabilidade dos pais enquanto forem menores em idade. E, ainda que a justificativa seja a de garantir-lhes o bem estar, saúde, segurança e uma vida confortável, nada terá sentido se não forem aplicados os cuidados necessários na educação da mente durante a infância, etapa mais elementar da vida. Isso implica que os pais devem ter conhecimento sobre tudo o que se passa com os filhos onde estiverem, seja na escola, na universidade, seja na companhia de outras pessoas, quais informações estão recebendo, e se estas coadunam com a educação familiar.

Muitos pais delegam a educação dos filhos à instituição de ensino e a terceiros, e se isentam de acompanhar o que acontece no interior da escola. Todavia, a atenção que se requer atualmente é ampla e, se estende às atividades realizadas, livros adotados, sejam eles didáticos ou paradidáticos e como são explorados os temas transversais.
Parte dos materiais que tem chegado ao interior da escola se encontra eivado de conteúdo ideológico, alguns com imagens perniciosas e que estimulam a erotização precoce, e outros carregados de informações que distorcem o objetivo geral de uma educação ética e moral.

Tudo que é planejado na educação é carregado de intencionalidade. Perguntar para quê, por que, qual o tipo de homem que se pretende formar, são questões de orientações básicas que os gestores e coordenadores pedagógicos fazem durante a escolha de um material a ser utilizado no espaço escolar, pois os mesmos devem apontar para a transformação de posturas, sujeitos e espaços. Nesse sentido, a escola se tornou arena ideológica com o objetivo de propor uma revolução dos padrões sociais e culturais da sociedade, à revelia dos costumes e condutas morais e sexuais estabelecidos em suas famílias.

A educação está situada em um contexto social e governamental que atende a um projeto de poder. O plano educacional para a nação subjaz a uma política de governo cujas intenções são claras nas leis, resoluções e pareceres que orientam a educação brasileira. O conjunto das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica é um destes documentos onde estão descritos os objetivos pretendidos pelo projeto educacional no país. O documento ressalta que as novas demandas geradas pelas transformações sociais devem se constituir em instrumentos capazes de promover a reinvenção da educação brasileira. Mas que reinvenção está em pauta?

Em que pese a beleza do discurso de cidadania, direitos civis, formação de uma sociedade mais justa, fraterna, entre outros, a prática que se tem visto é de manipulação de consciência, desconstrução de valores presente nas práticas pedagógicas efetivas e também no livro de apoio escolar, imunes a filtragens de valor moral, intelectual e psicológico. A educação tomou rumos de doutrinamentos ideológicos, na contramão do ensino de livre consciência com a finalidade de construir o homem revolucionário.

MAS, O QUE É ESSE DOUTRINAMENTO IDEOLÓGICO E COMO ELE ACONTECE NA ESCOLA?

Doutrinar, segundo o dicionário Aurélio 1999, significa instruir numa doutrina. Já ideologia constitui um sistema de ideias dogmaticamente organizadas como um conjunto de luta política. Logo, por doutrinamento ideológico, entende-se a instrução de ideias políticas. Mas, o que acontece dentro da escola não se trata de instrução das ideias, mas a prática de proselitismo ideológico, onde o professor se aproveita da audiência cativa e da falta de maturidade dos alunos e redireciona para uma ou outra corrente político-partidária quase sempre, aquela que atende à sua conveniência política.

O professor, na sala de aula, é o sujeito que ocupa um lugar central. Embora nesses nossos tempos de tendências progressistas no ensino, queiram afirmar que é o aluno a figura principal, na prática, não é bem assim que acontece. É o professor quem planeja, é ele quem tem acesso ao programa curricular, organiza o ensino e quem aplica avaliações, aprova ou reprova. O professor, em função do lugar que ocupa e de onde fala, ao emitir uma opinião pode incorrer em doutrinar e formar juízo que pode contrariar os valores das famílias dos alunos.

A doutrinação político-ideológica nos livros didáticos ocorre ao se impor autores e visões centralizadas em uma corrente política apenas, em detrimento do contraditório. Sua finalidade é aparelhar as mentes para um projeto de nação de base ideológica socialista e comunista.
A presença da doutrinação ideológica na universidade se tornou lugar comum, preferencialmente nas disciplinas de Filosofia, Sociologia, Antropologia, História e outras. Define-se como ação de doutrinamento pelo fato de serem apresentados autores que compõem um pensamento único. É como se outros autores não tivessem refletido sobre a sociedade, seu tempo, a economia, a vida, o homem.

As instituições de ensino, por acomodarem massa humana jovem e vulnerável por longo período da vida, foram escolhidas estrategicamente para maior expansão das ideologias, especialmente aquelas que contradizem o Cristianismo e tem relação com a moral judaico-cristã, entre elas a família.
No processo de doutrinamento ideológico, o conceito de homem segundo a criação de Deus é tratado como algo sem fundamento científico, visto puramente como sensacionalismo e mito da moral religiosa. Ele propõe um projeto de homem para a sociedade sob os moldes da revolução cultural e que deve adaptar-se às construções propostas pelos ambientes de convivências.

Nesse sentido, todos os temas contemporâneos adentram a sala de aula para serem discutidos sem quaisquer critérios, seja de ordem psicológica, seja moral, tendo como eixo o conceito de homem revolucionário.
Para a construção do homem apto para a revolução, os textos dos livros didáticos são fundamentais. Eles abordam sobre feminismo, sexualidade, homossexualidade, ódio ao capital, ódio entre classes, sexos e raças. Algumas editoras tratam apelativamente sobre os temas, tanto nos textos e imagens, como através da recomendação de sites de pesquisas para complementação de estudos. Torna-se cada vez mais necessário que haja uma atenção maior dos pais quanto às pesquisas que seus filhos fazem na internet a partir da sugestão de sites indicados como atividades didáticas. É preciso observar a coerência e adequação à faixa etária.

Ao invés de promover a orientação contra o preconceito, o excesso de imagens apelativas funciona mais como apologia aos ideais dos movimentos sociais e ao comportamento de ódio entre raças e classes, que propriamente a erradicação do preconceito.
Os paradidáticos, que antes traziam narrativas de príncipes e princesas e outras fábulas do imaginário infantil, apontam novos formatos de personagens. Um destes livros apresenta a história da Chapeuzinho Vermelho que se casa com o Papai Noel e juntos têm um filho que é o Saci Pererê. Livro este cujo sentido aponta para a pedofilia, visto que Chapeuzinho é uma criança e, Papai Noel é um velhinho. Há outro que conta a história de dois príncipes que se casam. Alguns apresentam ideias implícitas, porém, outros são escritos com clareza de sentido.

Há também livros de histórias infantis que falam de misticismo para crianças e da invocação de espíritos. Outros trazem textos e histórias que repassam a ideia de rebeldia e desobediência aos pais, banalização do casamento, normalização de todas as formas de sexualidade, definição de sexo como necessidade básica e outros.
A sexualidade constitui parte dos temas transversais, segundo a própria orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação. Este documento salienta que por ser a sexualidade parte do processo de desenvolvimento das crianças, “é importante que os educadores reconheçam como legítimas e lícitas, a busca do prazer e as curiosidades manifestas acerca da sexualidade”. (PCNS MEC 302). Percebe-se no documento oficial, a ausência de juízo de valor sobre a sexualidade a ser ensinada pela escola, uma vez que segundo o texto, devem ser reconhecidas todas as formas de expressão sexual.

Grande parte das escolas trabalha a sexualidade de modo interdisciplinar. Isso implica que todas as disciplinas fazem abordagens quando necessário. A justificativa governamental para a inclusão do tema na escola se deve ao número de casos de gravidez precoce e risco de contaminação pelo HIV. Todavia, não há necessidade de explorar o tema nas classes infantis e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Mesmo aplicado aos anos finais, é fundamental que haja filtragem e adequação do material, pois algumas cartilhas tratam da relativização da prática sexual independente da idade e sem qualquer juízo de valor.
Segundo Guilherme Shelb, Procurador da República, a educação sexual é tema de valor moral onde a família tem primazia. Segundo o procurador, o Pacto de San José da costa Rica, que tem força constitucional no Brasil afirma no art. 12 que a educação religiosa e moral devem ser ministradas de acordo com as convicções da família. Isto é, não cabe à escola usurpar o direito que a ela não é atribuído.

COMO ACOMPANHAR O QUE ACONTECE NA ESCOLA?

O desgaste do dia-a-dia não pode ser argumento para se isentar da responsabilidade de acompanhar a vida escolar dos filhos. É preciso lembrar que tudo o que a criança aprender ficará na memória para sempre. Há um alerta bíblico para a atribuição dos pais: “instrui o menino no caminho em que deve andar, e quando envelhecer não se desviará dele (Pv 22,6). Quanto mais intervenções forem feitas no momento da formação inicial, certamente os frutos colhidos serão melhores.
Recomendo algumas atitudes que podem aperfeiçoar a relação com a escola e evitar que seu filho seja doutrinado:

1- Antes de efetivar a matrícula, solicite o projeto político pedagógico ou plano de ação da escola e veja como são explorados os temas relacionados à sexualidade.
2- Solicite a lista de livros didáticos e pesquise-os antes para verificar os conteúdos neles presentes. Verifique como foi abordado o tema família. Ele aparece principalmente no livro de História, mas também aparece nos textos de Língua portuguesa e livros de redação. Observe o texto a as imagens e veja se contraria os princípios da cosmovisão cristã.
3 – Pergunte diariamente ao seu filho o que foi estudado na escola, o que aprendeu com o assunto estudado, o que foi falado. Estas perguntas básicas denotam que você se interessa pelo que ele faz e estuda na escola.
4 – Confirme no livro didático o conteúdo estudado, acompanhe as tarefas enviadas para casa. Leia e analise as questões cuidadosamente.
5 – Antes de comprar o livro paradidático (livro de contos, histórias), leia e veja se o conteúdo fere princípios e valores da sua família. Questione junto à escola caso perceba alguma inadequação ou inconveniência.
6 – Pergunte ao professor como será tratado o tema sexualidade. As escolas realizam planejamento anual, semestral e semanal. Muitas delas trabalham essa temática sob forma de projetos. Assim, todos podem acompanhar a organização do trabalho pedagógico, desde o conteúdo até quem vai ministrar a aula. Se disponha a participar, caso possa. A escola não pode recusar a presença dos pais.
7 – Não permita que seu filho participe de pesquisas e experimentos sem que você tenha conhecimento dos objetivos e métodos utilizados, quem são os pesquisadores e quais interessem são propostos. No ato da matrícula você pode apontar essa restrição.
8 – Compareça à escola frequentemente. Participe das reuniões de pais e mestres e aponte as preocupações quanto à formação escolar do seu filho. As escolas trabalham melhor quando são cobradas.
A escola é de todos, é dos pais e dos alunos. Mesmo se o seu filho estiver em uma escola privada, o pai tem direito de conhecer o planejamento e se informar do que está sendo trabalhado e como são explorados os temas polêmicos.
Algumas pessoas podem pensar que se trata de uma espécie de fiscalização. Entretanto, ela é necessária para a própria sobrevivência da instituição. A escola só existe porque os pais confiam em deixar os seus filhos nela, se ela perde essa confiança e extrapola aos limites do ensino, ela estará testificando em seu desfavor. Além disso, toda a vigilância é positiva, afinal, os filhos são herança de Deus e nós, prestaremos contas desse cuidado perante Deus.

Referências:
Brasil, Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Orientação Sexual. Vol. 10.5. Brasília. MEC/SEF. 1998.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, MEC, SEB, DICEI, 2013.

Autora:
Silvailde de Souza Martins Rocha

Fonte: Gospel +

domingo, 29 de julho de 2018

ARTIGO - Como a maçã se tornou um símbolo do pecado


No imaginário popular, a fruta proibida é a maçã. Nas representações em filmes, séries de televisão e desenhos animados, ela é associada ao pecado original de Adão e Eva. Entretanto, a bíblia não faz referência direta, nos primeiros capítulos do livro de Gênesis, à maçã.

Dois fatores influenciaram a popularização da fruta enquanto símbolo do “pecado original”, levando escritores e artistas a reproduzirem esse mito.

O primeiro fator se deve às traduções da bíblia hebraica para o Latim, feitas por Jerônimo, um linguista a serviço do então Bispo Dâmaso I, no século 4. De acordo com Robert Appelbaum, professor de literatura inglesa da Universidade de Uppsala, da Suécia, ao traduzir a bíblia hebraica para o latim, Jerônimo se deparou com a palavra hebraica “Peri”, que se escreve פרי, e representa qualquer fruto que possa ser encontrado pendurado em uma árvore. O linguista optou traduzir “Peri” para o latim como “malus”, que pode significar “mal” (se usada como adjetivo) ou “fruta” (se utilizada como substantivo). Por muito tempo, o termo “malus” poderia ser compreendido como se referindo a qualquer fruta com sementes, como peras, pêssegos e a própria maçã. Porém, quando observa-se o segundo fator, pode-se entender por que a maçã passou a ser a principal tradução do termo.

A interpretação e reprodução de artistas plásticos como o renascentista alemão Albrecht Dürer do termo “Malus” como maçã foi ampla. Uma gravura de Dürer, do início do século 16, que mostrava Adão e Eva ao lado de uma macieira e ganhou popularidade, influenciando outros artistas, como o poeta britânico John Milton, que associaria, no século seguinte, a maçã ao pecado na sua maior obra, “Paraíso Perdido”. No poema épico do século 17, Milton constrói, em dez cantos, a história das disputas angelicais durante a “criação” do homem. A influência da bíblia na sua obra aparece já nos primeiros versos, quando Milton cita a fruta que teria dado origem ao pecado e a morte. Ao longo do texto, que ganhou mais dois cantos em uma reedição posterior, o poeta revela também a influência da representação gráfica de artistas como Dürer e associa o “fruto proibido” a maçã.

Extraído e adaptado do site www.nexojornal.com.br

Fonte: Gospel Prime

domingo, 24 de junho de 2018

ARTIGO - Quem é a mulher de Apocalipse 12?



Em Apocalipse capítulo 12, João vê uma visão de uma mulher “vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas” (Apocalipse 12:1). Observe a semelhança entre essa descrição e a descrição que José deu de seu pai Jacó (Israel) e sua mãe e seus filhos (Gênesis 37:9-11). As doze estrelas referem-se às doze tribos de Israel. Assim, a mulher em Apocalipse 12 é Israel.

Evidência adicional para essa interpretação é que Apocalipse 12:2-5 fala da mulher estando grávida e dando à luz. Embora seja verdade que Maria deu à luz Jesus, também é verdade que Jesus, o filho de Davi da tribo de Judá, veio de Israel. Em certo sentido, Israel deu à luz (gerou) Cristo Jesus. O versículo 5 diz que o filho da mulher era “um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”. Isso está claramente descrevendo Jesus. Jesus ascendeu ao céu (Atos 1:9-11), um dia vai estabelecer o Seu reino sobre a terra (Apocalipse 20:4-6) e reinará com juízo perfeito (a “vara de ferro”, ver Salmo 2: 7-9).

A fuga da mulher para o deserto por 1.260 dias refere-se ao tempo futuro chamado de Grande Tribulação. Mil duzentos e sessenta dias são 42 meses (de 30 dias cada), o que é o mesmo que três anos e meio. Na metade do período da Tribulação, a Besta (o Anticristo) colocará uma imagem de si mesmo no templo que será construído em Jerusalém. Esta é a abominação de que Jesus falou em Mateus 24:15 e Marcos 13:14. Quando a Besta fizer isso, ela quebra o pacto de paz que havia feito com Israel e a nação tem de fugir por segurança – possivelmente à Petra (ver também Mateus 24; Daniel 9:27). Esta fuga dos judeus é retratada como a mulher fugindo ao deserto.

Apocalipse 12:12-17 fala de como o diabo vai fazer guerra contra Israel, tentando destruí-la (Satanás sabe que o seu tempo é curto, relativamente falando – ver Apocalipse 20:1-3, 10). Essa passagem também revela que Deus vai proteger Israel no deserto. Apocalipse 12:14 diz que Israel vai ser protegida contra o diabo por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo” (“um tempo” = 1 ano; “tempos” = 2 anos; “metade de um tempo”= meio ano; em outras palavras, três anos e meio).

Fonte: CACP

sexta-feira, 22 de junho de 2018

ARTIGO - Hebreu, judeu, israelita e israelense – qual a diferença?


Tanto na Bíblia, quanto nos escritos modernos, usamos algumas palavras distintas para nos referir ao povo de Israel. Na maioria das vezes tomamos inconscientemente estas palavras como sinônimas, sem atentar para o significado histórico que cada uma delas possui. Vejamos:

HEBREUS – Não se sabe ao certo a origem desta palavra e o porquê de seu uso. Presume-se, mas sem uma prova conclusiva, que o termo “hebreus” seria uma forma de designar um povo semita, descendente de Éber, neto de Sem e antepassado de Abraão (Gn 10.24; 11.16).

Fato é que “hebreus” não deriva etimologicamente de Abraão exatamente (embora a sonoridade das palavras pudesse sugerir isso), pois até mesmo Abraão é chamado de “hebreu” (Gn 14.13). Todavia, desconhecemos qualquer uso desta palavra que não seja a partir de Abraão, e sempre é usada na literatura judaico/cristã para se referir ao povo da promessa, que descendia de Isaque, filho de Abraão com Sara.

JUDEU – O termo judeu só começou a ser usado a partir do cativeiro babilônico, para se referir aos do reino do Sul de Israel (que incluía as tribos de Judá e de Benjamim, após a divisão de Israel em dois reinos) e que tinham sido levados para o exílio nos dias de Nabucodonosor. Nessa época, “judeu” era sinônimo de “hebreu”, como se pode ver em Jeremias 34.9.

A primeira ocorrência da palavra “judeus” na Bíblia está em 2Re 16.6. “Judeu”, portanto, seria uma forma de se referir àquele que é de Judá, ou que está de alguma forma ligado a esta tribo (por exemplo, sacerdotes da tribo de Levi ou, em menor número, membros de outras tribos que residiam no reino de Judá). No Novo Testamento, a palavra é usada para designar os moradores da área que, antes, incluía o reino de Judá, ou seja, a região da Judéia; território este ocupado essencialmente pelo remanescente do cativeiro babilônico.

ISRAELITA – é o termo para se referir aos “filhos de Israel”, ou seja, os que trazem o sangue de Jacó em suas veias. Jacó recebeu de Deus um novo nome (Gn 32.28), quando ao final da luta no vau de Jaboque passou a também chamar-se Israel (embora não tenha havido abandono do uso do nome Jacó).

“Israelita” ou “filho de Israel” são termos comumente usados a partir da residência de Jacó e sua família fixada nas terras do Egito, quando José era governador (Ex 1.7).

ISRAELENSE – não é um termo bíblico, mas um adjetivo pátrio que se refere ao cidadão do moderno Estado de Israel, independentemente da sua origem étnica ou credo religioso, e que desfruta de todos os direitos que as leis deste país concedem aos seus cidadãos, bem como estando sob o dever de cumprir todas as obrigações que lhe são inerentes. Desde 1948, quando foi fundado o Estado de Israel, este título passou a ser aplicado a todos que possuem cidadania israelense, mesmo que não sejam descendentes de Israel (Jacó), o grande patriarca do povo (etnia) israelita. Ou seja, é perfeitamente possível ser israelense e não ser hebreu ou judeu.

CURIOSIDADE – ORIGEM DO VERBO “JUDIAR”

Segundo o professor de Língua Portuguesa e mestre pela PUC-Rio, Sérgio Nogueira, judiar significa “escarnecer, fazer sofrer, atormentar, maltratar”. O verbo judiar é formado de “judeu” mais o sufixo “iar”. É, portanto, um verbo de carga depreciativa, pois seria “tratar como os judeus foram tratados”, ou seja, “maltratados como os judeus”(numa possível referência histórica aos maus-tratos feitos aos judeus ao longo dos séculos, mas especialmente durante o governo tirânico de Adolf Hitler, que matou cerca de 6 milhões de judeus no holocausto nazista). Linguistas dizem que embora muitos estudiosos da linguagem não associem judiar ao sofrimento dos judeus, o uso do verbo deve ser evitado, sendo uma palavra que carrega em si uma carga preconceituosa. Seria o que muitos chamam de palavra “politicamente incorreta”.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 18 de junho de 2018

ARTIGO - O que significa denário, talento, dracma e mina na Bíblia


Nos tempos antigos, antes do desenvolvimento do dinheiro em moedas e papel, os homens realizavam trocas ou pagamentos em mercadorias e serviços. O gado, por exemplo, era tão usado nessas transações comerciais, que literalmente significada dinheiro!

Curiosamente veja: a palavra latina pecunia(dinheiro, donde vem “pecuniária”) vem de pecus (gado, donde vem “pecuária”). Até mesmo no hebraico, segundo o Dicionário Wyclife, a palavra comum para gado é miqneh,que pode significar “preço de compra” ou “posse (adquirida por meio de compra)”.

Posteriormente, metais de valor como bronze, prata e ouro passaram também a ser utilizados como meio de transações comerciais. Mas somente por volta de 700 a.C., na região de Lídia (Ásia Menor), é que moedas cunhadas começam a ser utilizadas, simplificando e facilitando trocas e pagamentos. Daí surgem algumas moedas citadas especialmente no Novo Testamento, como denário, dracma, darico, asse e estáter. É impossível precisar o valor de cada uma destas moedas; podemos apenas inferir um valor aproximado.

DENÁRIO (Mt 20.2; 22.19)

O denário era a principal moeda romana de prata. Era, geralmente, o salário que um homem recebia pelo trabalho de um dia. Seu nome latino era denarius, e o grego, denarion.

DRACMA (Lc 15.8,9)

Moeda grega de prata e que tinha quase o mesmo valor de um denário romano.

DARICO (1Cr 29.7)

A palavra darico é de origem incerta, podendo remeter ao rei persa Dario I ou estar relacionada à moeda grega, a dracma. Era uma moeda de ouro da Pérsia, com formato oval e que valia aproximadamente quatro a cinco dólares.

ASSE (Mt 10.29; Lc 12.6)

O asse ou ceitil era uma moeda de cobre que valia algo em torno de um sexto de um denário. Ou seja, um valor irrisório.

ESTÁTER (Mt 17.27)

Moeda de ouro grega que valia quatro dracmas (ou seja, quatro dias de trabalho). Foi a moeda encontrada por Pedro na boca de um peixe e equivalente ao imposto do Templo em Jerusalém para duas pessoas.

MINA (Lc 19.13-25)

Unidade monetária igual a 100 dracmas, ou seja, o equivalente a quase cem dias de trabalho.

TALENTO (Mt 25.14-30)

Esta palavra é muito usada hoje como sinônima de habilidade ou dom, mas originalmente não significa nenhuma das duas coisas (embora haja uma razão par este uso). Originalmente era uma medida de peso, a maior usada pelos hebreus: para quantificar ouro, prata, chumbo, ferro e cobre. Como peso, equivalia a aproximadamente 34 quilos (mas podendo varia entre 40 e até 60 quilos, dependendo da região e da época). Nos tempos do Novo Testamento, o talento era uma grande medida de dinheiro, e que deveria valer hoje em torno de 1600 dólares. Portanto, é uma medida de grande valor!
Questões práticas

Agora, mais do que informações sobre moedas dos tempos bíblicos, as informações acima de algum modo contribuem para a nossa compreensão da Palavra de Deus, e não só da cultura dos tempos bíblicos.

Por exemplo, a parábola da dracma perdida (Lc 15.8,9), que a dona de casa procurou insistentemente até achar e depois que a encontrou chamou as amigas para celebrar, é uma forma de Jesus nos ensinar sobre o amor de Deus, que não cansa de nos buscar ainda que nos julguemos de tão pouco valor como aquela dracma. Para Deus temos um grande valor! E toda vez que um perdido é achado por Deus, o céu entra em festa!

A parábola do homem que devia “dez mil talentos” (Mt 18.24) é outro exemplo de como estudar esse assunto ilumina nosso estudo da Palavra de Deus. Aquele homem possuía uma dívida extrema que jamais conseguiria pagar, ainda que ele tenha prometido fazê-lo. Os dez mil talentos de dívida é uma forma de Jesus nos dizer que nossa dívida altíssima foi perdoada por Deus em Cristo Jesus. A dívida do pecado que nenhum de nós poderia pagar!

E a famosa parábola dos talentos (Mt 25.14-30) que o senhor entregou aos seus servos, fala-nos dos dons e das ferramentas de alto valor moral e espiritual com as quais Deus nos dotou para podermos multiplicar o bem onde estivermos e realizarmos a vontade de Deus. Ou seja, a riqueza que temos hoje em Cristo pode crescer ainda mais a depender do nosso bom uso das dádivas que já recebemos de Deus. Por isso Jesus diz: “juntai tesouros nos céus…” (Mt 6.20)

“tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito…” (Rm 15.4)

Fonte: Gospel Prime