13 de Agosto de 2023
LEITURA BÍBLICA
1 Pedro 1.6-9,13-16
A MENSAGEM
[…] Quero animá-los e dar o meu testemunho de que as bênçãos que vocês têm recebido são uma prova verdadeira da graça de Deus. Continuem firmes, pois, nessa graça. 1 Pedro 5.12
DEVOCIONAL
Segunda » Lc 5.10
Terça » 1 Pe 1.1,2
Quarta » 2 Co 4.16-18
Quinta » 1 Ts 4.1-4
Sexta » Mt 22.37-39
Sábado » 1 Pe 4.6-11
OBJETIVOS
MOSTRAR uma visão panorâmica da Primeira Carta de Pedro;
REFLETIR sobre as provações da vida cristã;
INCENTIVAR uma vida de santidade ao Senhor
EI PROFESSOR!
Segundo o Comentário do Novo Testamento – Aplicação Pessoal (vol. 2) “vivemos em uma sociedade não-cristã, repleta de pressões e tentações que ameaçam nos colocar em conformidade com os valores e | o modo de vida do mundo. Em lugar de desistir, nós devemos ser santos, destacando-nos em meio à multidão por causa do nosso amor, humildade e disciplina – às evidências do nosso forte comprometimento com Cristo. E nós devemos estar sempre preparados para explicar a nossa fé (3.15), levando a família, os amigos, os colegas de trabalho e os vizinhos a Cristo (p.701). Medite nessas palavras e conduza sua vida e ministério de acordo com esses preciosos conselhos.
PONTO DE PARTIDA
Querido(a) professor(a), a educação cristã não é apenas memorização de fatos e textos bíblicos. Pelo contrário, tem a ver com discipulado, com a arte de seguir a Jesus e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo. Desta maneira, o nosso papel como educadores cristãos é altamente significativo e envolve tanto conhecimento, quanto prática. É preciso ter uma experiência de conversão a Jesus e caminhada com Ele, para ajudar os outros nas suas próprias experiências. Sendo assim, jamais permita que Jesus seja apenas um conteúdo teórico para você, caso contrário, jamais poderá ajudar seus alunos a seguirem o Mestre da maneira correta. Deus lhe abençoe!
VAMOS DESCOBRIR
Hoje aprofundaremos dois importantes assuntos relacionados à fé cristã: a realidade das provações e a necessidade da santidade. Você já sofreu alguma provação difícil de ser superada? E quanto à santidade, já se viu em situações nas quais você precisou se posicionar como um cristão? Compartilhe sua experiência com a turma. Vamos ver o que o apóstolo Pedro tem a nos ensinar sobre esses temas tão necessários a todos os cristãos.
Hora De Aprender
I- ABRINDO A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
1- Você sabe quem escreveu essa Carta?
O autor da Carta é “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” (1 Pe 1.1). Ele é o mesmo Simão Pedro, irmão de André, o qual em uma ocasião foi chamado por Jesus de “Cefas” (Jo 1.40-44). Ele era pescador, por profissão, e Jesus o transformou num “pescador de gente” (Lc 5.10), por vocação. Era casado (Lc 4.38,39) e foi um dos primeiros discípulos a ser chamado por Jesus (Mt 4.18-20). Em sua caminhada como discípulo do Mestre, Pedro negou a Jesus três vezes (Mc 14.66-72). Porém, foi perdoado e reintegrado pelo Senhor (Jo 21.15-19), dedicando o resto de sua vida como apóstolo e missionário, conforme é possível observar em Atos dos Apóstolos (At 1.13; 2.14; 3.1,6-9; 4.8,23; 8.14,15,17). A tradição da igreja diz que ele foi crucificado de cabeça para baixo pelo imperador romano Nero, no fim da década de 60.
2- Para quem a Carta foi escrita?
Essa Carta foi escrita “ao povo de Deus que vive espalhado nas províncias do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe 1.1). Essas igrejas eram formadas por judeus e gentios (não judeus) convertidos a Cristo. Entretanto, em função das citações que o apóstolo faz da vida antiga de seus destinatários, acredita-se que eram de maioria gentílica (1 Pe 1.14,18; 2.10; 4.2-4). Essa Carta também pode ter sido uma Carta circular, ou seja, que foi Lida para diversas igrejas, em locais diferentes. Podemos afirmar e reivindicar sua atualidade e relevância aos cristãos verdadeiros de todas as épocas.
3- Afinal de contas, por que essa Carta foi escrita?
O apóstolo Pedro, provavelmente, escreveu essa Carta em Roma, entre 60 e 63 d.C. Seu propósito era oferecer incentivo, esperança e fortalecimento aos irmãos que estavam enfrentando e/ou enfrentariam algum tipo de sofrimento (1 Pe 1.6, 4.12, 5.12). Tais sofrimentos eram causados por acusações caluniosas e perseguições promovidas por grupos civis ou pelo próprio império romano. Em resposta ao chamado de Jesus, registrado em João 21.15-17, o pastor Pedro demonstra todo seu cuidado orientando esses irmãos a permanecerem firmes na fé e tomarem o Senhor Jesus como o modelo de fidelidade ao Pai, mesmo em meio aos sofrimentos injustos da vida (1 Pe 2.18-25), sabendo que todos os cristãos são “estrangeiros de passagem por este mundo” (1 Pe 2.11).
I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Pedro dirige suas cartas aos ‘eleitos de Deus… estrangeiros dispersos’ no mundo. A palavra traduzida como “estrangeiros” significa simplesmente “aqueles que permanecem algum tempo em um lugar estranho” (BAGD, 625). Esta palavra é empregada tanto para descrever Abraão (Gn 23.4; Hb 11.13) como os cristão s (1 Pe 1.1; 2 .1 1 ). A audiência de Pedro está ‘dispersa’ nas províncias romanas de ‘Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia’ – uma região atualmente compreendida pela Turquia central e ocidental. Pouco se sabe a respeito da evangelização dessas províncias.
Os peregrinos convertidos no dia de Pentecostes podem ter sido os primeiros a levar o evangelho à Capadócia, ao Ponto e à Ásia (At 2 .9 -1 1 ). De alguma maneira, mais tarde, Paulo e seus companheiros evangelizaram a Galácia e a Ásia (At 13-14; 19; Cl 1.7). Finalmente, Paulo comunicou aos romanos: ‘Desde Jerusalém e arredores até ao lírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo’ (Rm 15.19).
A partir dessas informações fica evidente que muitos anos antes de Pedro escrever sua carta às igrejas espalhadas pelas províncias romanas, o evangelho já havia sido estrategicamente disseminado pelas províncias do setor oriental do Império Romano.” (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.1696-1697).
II- AS PROVAÇÕES DA CAMINHADA CRISTÃ
Os destinatários dessa Carta certamente estavam sofrendo algum tipo de perseguição. Considerando as aflições da vida enfrentadas pelo povo de Deus, Pedro ensina acerca de alguns aspectos das provações:
Elas são múltiplas – “muitos tipos de provações” (1 Pe 1.6). As provações podem vir em forma de acusações, deboches, agressões verbais ou físicas, calúnias, seduções etc. Devemos estar atentos e preparados para não cairmos nas ciladas do nosso Adversário, que usa pessoas e coisas para nos tentar e seduzir. Independente da variedade de provações que possam vir sobre nós, Deus tem graça suficiente para suprir nossas necessidades e nos fazer vencê-las (1 Jo 4.9,10).
Elas causam tristeza – “é possível que vocês fiquem tristes” (1 Pe 1.6). Não há nenhum problema em ficar triste e chorar em função de uma dolorosa provação, o que não devemos é desanimar e abandonar a fé em Cristo por causa dela (Rm 12.12), pois há uma esperança viva nos aguardando (1 Pe 1.3-5), uma glória eterna preparada para nós (Rm 8.18).
Elas não duram para sempre – “por algum tempo” (1 Pe 1.6). Salomão já dizia que “tudo neste mundo tem o seu tempo” (Ec 3.1). As provações são passageiras, Deus não as permitirá para sempre, por isso devemos ser pacientes (2 Co 4.16-18).
Elas cumprem um propósito – “são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira”(1 Pe 1.7). Devemos encarar as provações como um processo de purificação que nos Limpa e nos prepara para a vinda de Jesus Cristo; Elas nos ensinam a paciência e nos aperfeiçoam (2 Co 12.7-9).
A causa do sofrimento desses cristãos não era um crime cometido ou algum comportamento duvidoso. Eles estavam sendo criticados publicamente e perseguidos por causa da fé que abraçaram, pela nova vida que escolheram viver, ou seja, por causa da fidelidade a Jesus Cristo. Eles perseveraram e nós também devemos nos mantermos fiéis ao Senhor, independente do que isso possa custar. Pode acontecer de passarmos por situações difíceis ou de pressão social, mas devemos nos manter firmes na nossa fé.
II- AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“A evidência indica que a situação social que esses cristãos enfrentavam não era de perseguição romana oficial, mas, antes, blasfêmia e abuso verbal cuja intenção era humilhá-los e desacreditá-los (com a possibilidade de abuso físico nos relacionamentos sociais da família). Aparentemente, dois fatores levaram a esse abuso. Primeiro, parece que o comportamento ético desses cristãos tinha mudado. Eles estavam sofrendo ‘por amor da justiça’ (1 Pe 3.14) e por ‘fazer o bem’ (3.17). Seus perseguidores falam mal de seu ‘bom procedimento em Cristo’ (3.16; cf. 2.12,19-20; 3.6; 4.4,15- 16).
Na passagem em 1 Pe 4.3-4, há informação que ajuda a esclarecer essa mudança: esses cristãos, antes de sua conversão, tinham um comportamento que era aceito e praticado por muitas das pessoas ao redor deles; mas eles, depois da conversão, não praticavam mais essas coisas e, por isso, seus perseguidores ‘acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós’ (4.4).
O segundo fator é sugerido pelo mesmo texto: as relações sociais deles mudaram. O comportamento descrito no versículo precedente era o fundamento comum compartilhado entre eles antes. Esse comportamento era não só o fundamento social comum, mas também o fundamento religioso comum, pois algumas dessas práticas eram expressas nas atividades religiosas locais. A mudança no comportamento ético e a consequente mudança nas relações sociais seriam vistas como rebelião contra a harmonia social.” (MCKNIGHT, Scot & OSBORNE, Grant R.. Faces do Novo Testamento: um exame das pesquisas recentes. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.406).
III- UMA VIDA QUE AGRADA A DEUS
Como filhos de Deus desejamos agradá-lo em tudo. Temos plena consciência de nossas fragilidades e limitações pessoais, mas não devemos nos apoiar nelas como desculpa para vivermos uma vida incompatível com a salvação recebida. Pelo contrário, o apóstolo Pedro diz que aqueles que amam e andam com Deus são obedientes e não se deixam dominar pelos desejos que tinham antes da conversão (1 Pe 1.14; 4.2).
Como salvos, somos novas criaturas (2 Co 5.17) temos um novo coração (Ez 36.26), uma nova maneira de pensar (Rm 12.2) e consequentemente, uma nova vida (Ef 4.25-32). Pedro nos convoca a ser santos em tudo o que fizermos, pois a santidade é uma característica requerida dos filhos de Deus (1 Pe 1.15,16). Ser santo é mais do que fazer ou deixar de fazer algo. Santidade tem a ver com a consagração de toda nossa vida a Deus (1 Ts 4.1-3) e com o compromisso de amá-lo acima de todas as coisas (Mt 22.37), vivendo para sua glória e seu louvor.
Afinal de contas, um alto preço foi pago para nossa salvação (1 Pe 1.18,19). O Deus que nos salvou e nos santificou espera que amemos uns aos outros (1 Pe 3.8; 4.8), pratiquemos o bem (1 Pe 3.11) e vivamos uma vida que o agrade em tudo (1 Pe 4.10,11; 1 Co 10.31). Sejamos santos, porque Ele é santo! Seja nas redes sociais ou dentro de casa, na reunião dos jovens da igreja local ou sala de aula, todos somos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14) e devemos estar alertas e vigilantes porque o nosso inimigo “anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8).
III- AUXILIO TEOLÓGICO
“Dentre os muitos leitores de Pedro, alguns haviam abandonado ou estavam prestes a abandonar a vida santificada, pelo fato de ser uma minoria em relação às estruturas sociais e de poder vigentes, que vivia em uma cultura muitas vezes insensível e cruel, sendo ofendida porque se identificava com Cristo e pressionada para viver conforme o estilo pecaminoso de seus pares.
Por um lado, precisavam livrar-se da malícia, engano, hipocrisia, inveja e calúnia (1 Pe 2.1); isto é, tinham que se abster dos desejos pecaminosos (2.11). Por outro lado, deveriam abandonar os pecados de seu passado pagão: ‘dissoluções, concupiscências, borracheiras, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias’ (4.15).
A fim de cumprir os requisitos de uma vida de santidade, os leitores de Pedro deveriam estar preparados para praticar o domínio próprio (1.13), contrariar desejos pecaminosos (1.14), obedecer à ordem divina ‘sede santos’ (1.16) e agir como santos sacerdotes de uma nação santa (2.5,9).
Uma vida de santidade estava ao alcance desses sitiados cristãos, porque haviam sido escolhidos em ‘santificação do Espírito’ (1.2) e porque a santidade de Deus era a base da santidade de seu próprio povo (1.16)’’ (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1695).
CONCLUSÃO
Todo cristão, em algum momento da vida, será desafiado a manifestar sua fé publicamente diante das adversidades da vida. Isso pode ocorrer em uma situação individual ou coletiva. Independentemente, mantenha-se fiel a Jesus Cristo e viva de maneira que o Senhor seja glorificado em cada palavra, pensamento e atitude que você tenha. Continue olhando para Jesus e não desanime da caminhada.
VAMOS PRATICAR
1- Por quais outros nomes Pedro era chamado quando era um discípulo de Jesus?
Ele também era chamado de Simão e de Cefas.
2- Qual era a profissão original do apóstolo Pedro?
Ele era um pescador.
3- Relacione o versículo e a referência bíblica corretamente:
(A) “Afaste-se do mal e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la.”
(B) “Porque as Escrituras Sagradas dizem: ‘Sejam santos porque eu sou santo’.”
(C) “Portanto, abandonem tudo o que é mau, toda mentira, fingimento, inveja e críticas injustas.”
(D) “Acima de tudo, amem sinceramente uns aos outros, pois o amor perdoa muitos pecados.”
(D) 1 Pe 4.8
(A) 1 Pe 3.11
(B) 1 Pe 1.16
(C) 1 Pe 2.1
PENSE NISSO
A santidade é um processo importante e necessário a todo cristão. Esse processo começa no dia em que aceitamos a Cristo e deve progredir até o dia em que iremos morar no Céu. Devemos continuar vivendo de maneira santa e dedicada a Deus, permitindo que o Espírito Santo produza frutos de santidade em e através de nós.
Fonte: CPAD
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