Mostrando postagens com marcador ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 9 / 3º Trim 2024


A Terceira Viagem Missionaria
1º de Setembro de 2024


LEITURA BÍBLICA

Atos 20.17-24

A MENSAGEM
“Ele fez isso durante dois anos, até que todos os moradores da província da Ásia, tanto os judeus como os não judeus, ouviram a mensagem do Senhor.” Atos 19.10

Devocional
Segunda » Mt 10.6, 7
Terça » Mc 16.15
Quarta » Mt 28.19, 20
Quinta » 1 Co 1.17,18
Sexta » 1 Co 2.4, 5
Sábado » Tt 1.1-3

Objetivos
DESCREVER a rota da terceira viagem de Paulo;
APRESENTAR as lideranças que foram formadas, através do ministério de Paulo;
DEMONSTRAR a postura de fé do Apóstolo, mediante as perseguições e dificuldades.
Ei Professor!

Diante da correria do dia a dia, muitas vezes, focamos mais na realização das atividades e menos em reflexão. Nesta semana, dedique um tempo para refletir em sua trajetória. Analise quais foram os líderes que influenciaram sua vida e seu ministério. Quais foram as lições aprendidas com eles? Quais os exemplos que seus antigos líderes e professores deixaram que valem a pena serem imitados? Reflita também na condição atual do seu ministério: o que você como professor tem aprendido? Examinar esses pontos e anotar suas percepções vai lhe ajudar a se tornar um professor melhor e lhe dará a oportunidade de aperfeiçoamento.

Ponto de Partida
O livro de Atos nos conta que todos os moradores da Ásia ouviram falar de Jesus. Isso é impressionante, não é mesmo? Esse dado mostra o compromisso e o esforço do Apóstolo Paulo e sua equipe em pregar o Evangelho. Compartilhe essa informação com sua turma e pergunte para classe: “como vocês acham que isso aconteceu”. Dê um tempo para que cada aluno compartilhe suas percepções. Em seguida, conduza a reflexão dizendo: “o Espírito Santo guiava esses missionários pelos pontos estratégicos, a fim de que o maior número de pessoas recebesse a salvação. E eles, corajosamente, seguiam a vontade de Deus e anunciavam o Evangelho a toda criatura”.

Vamos Descobrir
Viajaremos com o Apóstolo Paulo pela sua terceira rota missionária. Nesta oportunidade, o missionário foi em um número bem maior de cidades, pois eram diversas igrejas e pessoas para visitar. Alguns imprevistos ocorreram e o Apóstolo precisou ajustar sua programação em determinados momentos. As dificuldades não pararam o Apóstolo, pois o importante para ele era pregar e dar assistência às igrejas.

Hora de Aprender
Passado algum tempo em Antioquia da Síria, após a segunda viagem missionária, Paulo percorreu a Ásia Menor e a Europa. Ele visitou igrejas que já existiam, para ensinar e fortalecer a fé dos irmãos (At 18.23) e consolidar a liderança. Vemos que o Apóstolo não só plantava igrejas, mas também acompanhava o crescimento delas. Ele ensinava, dava assistência e preparava a nova liderança

I – A ROTA DA TERCEIRA VIAGEM
Na terceira viagem, Paulo segue o plano original da segunda viagem (visitar, na Ásia, às igrejas que fundou na primeira viagem com Barnabé). Ele, então, cruzou as regiões da Ásia Menor – Pisídia, Galácia e Frigia – até chegar a Éfeso (At 18.23; 19.1). Dali, foi para Macedônia e Acaia, na Europa (At 20.1,2). Já o retorno começou pelas cidades macedônias: Bereia, Tessalônica e Filipos. E continuou pelas cidades de Trôade, Assôs, Mitilene, Mileto, Rodes e Pátara (At 21.1,2). Então, desembarcou em Tiro, passou por Ptolemaida e seguiu para Cesaréia (At 21.7,8), chegando, por fim, em Jerusalém.

1- As atividades missionárias do Apóstolo.
A Bíblia nos relata que todos os moradores da Ásia Menor, tanto judeus como gentios, ouviram o Evangelho por meio de Paulo, que contava com a ajuda de Timóteo e Erasto (At 19.10, 22). Através de suas visitas, ou pelo contato com outros irmãos igualmente atuantes na obra de Deus, Paulo ficava sabendo das necessidades das igrejas e fazia algo para ajudar. Por exemplo, quando estava em Éfeso, Paulo foi informado dos problemas da igreja de Corinto. E, por isso, escreveu uma dura carta aos coríntios e avisou que iria visitá-los (1 Co 16.5-8). Ao sair de Éfeso, de passagem por Trôade, Paulo esperava encontrar Tito para saber dos irmãos em Corinto e dos desdobramentos que sua instrução teve na igreja.

Porém, isso não foi possível (2 Co 2.13). Somente algum tempo depois, o missionário encontrou Tito e recebeu as notícias de Corinto (2 Co 7.5-7). E, assim, Paulo escreveu outra carta aos coríntios. Seguindo sua rota, partindo da Macedônia, Paulo seguiu para Corinto e Grécia, realizando uma parada de três meses (At 20.2). Nesse momento, ele escreveu a Carta aos Romanos, irmãos que ele ainda não conhecia. A intenção de Paulo era retornar para Antioquia da Síria, partindo da Grécia, mas uma conspiração de alguns judeus contra a vida do Apóstolo alterou seu plano (At 20.3). Por isso, ele voltou pela Macedônia. Assim, passou a festa da Páscoa em Filipos (At 20.6) e de lá navegou para Troâde.

Então, cruzou a costa da Ásia Menor. Paulo tinha pressa de chegar em Jerusalém, a tempo do dia de Pentecostes (At 20.16), celebrado 50 dias depois da Páscoa. Assim, fez paradas rápidas por onde passava. Ele levava o dinheiro dos irmãos de Corinto para ajudar à igreja de Jerusalém e isso era uma grande responsabilidade (1 Co 16.3; Rm 15.25-27) que ele conseguiu concluir com êxito (At 21.17).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
A produção de cartas com instrução teológica foi um marco no ministério do Apóstolo Paulo. Durante esta terceira viagem missionária, ele escreveu duas importantes cartas para a Igreja em Corinto, que hoje compõem o Novo Testamento. “A sequência desses contatos e o contexto em que 2 Coríntios foi escrito são os seguintes:
(1) Depois de alguns contatos e correspondência inicial entre Paulo e a igreja (e.g. 1 Co 1.1; 5.9; 7.1), ele escreveu 1 Coríntios, de Éfeso, (primavera de 55 ou 56 d.C.).
(2) Em seguida, ele fez uma viagem a Corinto, cruzando o mar Egeu, para tratar de problemas surgidos na igreja. Essa visita, no período entre 1 e 2 Coríntios (cf. 13.1,2), foi espinhosa para Paulo e para a congregação (2.1,2).
(3) Depois dessa visita afanosa, informes chegaram a Paulo em Éfeso de que seus adversários estavam atacando a sua autoridade apostólica em Corinto, tentando persuadir uma parte da igreja a rejeitá-lo.
(4) Respondendo, Paulo escreveu 2 Coríntios, na Macedônia (outono de 55 ou 56 d.C).
(5) Pouco depois, Paulo viajou outra vez a Corinto (13.1), permanecendo ali cerca de três meses (cf. At 20.1-3a). Foi ali que escreveu a Epístola aos Romanos’’ (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1768).

II- A FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS
Nessa terceira viagem, vemos uma liderança sendo consolidada sob a coordenação do Apóstolo Paulo. O autor de Atos apresenta diversos líderes que se destacaram ao lado de Paulo:
• Timóteo e Erasto acompanharam o Apóstolo em toda a Ásia Menor e, assim, aprenderam como pregar, plantar igrejas e resolver problemas (At 19.22).
• Timóteo se destaca como um grande cooperador de Paulo. Além de ter acompanhado o Apóstolo pela Ásia, foi enviado para Macedônia e para Corinto, a fim de dar assistência às igrejas (1 Co 16.10).
• Tito, igualmente, era um fiel companheiro, auxiliador e um bom mensageiro (Tt 11,4,5).
• Priscila e Áquila eram casados. Eles migraram de Roma para Corinto e lá conheceram o Apóstolo (At 18.2). Com o passar o tempo, eles se tornaram grandes amigos e fiéis companheiros (At 18.18-20). Em Atos 18.24-26, eles aparecem instruindo Apoio sobre o “Caminho de Deus”.
• Os presbíteros de Efésios também são mencionados por Lucas, que destaca um episódio, que ocorreu em Mileto. Paulo reuniu-se com os presbíteros, para encorajá-los e instruí-los em como continuar fazendo o trabalho do Senhor Jesus (At 20.17-35).

A despedida deles foi comovente: “Quando Paulo acabou de falar, ajoelhou-se com os irmãos e orou. Então todos choraram muito e abraçaram e beijaram Paulo. Estavam tristes, especialmente porque ele lhes tinha dito que nunca mais iam vê-lo. Então eles o acompanharam até o navio” (At 20.36-38). Paulo tinha sido “o pai na fé” daquelas pessoas e um amigo, mas era hora de partir. A igreja ali estava preparada para continuar servindo ao Senhor, sob a coordenação de novos líderes.

II- AUXÍLIO DIDÁTICO
Vamos conhecer um pouco mais sobre o colaborador de Paulo chamado Erasto? “Erasmo de Romanos 16.23 era um tesoureiro ou procurador da cidade de Corinto, que enviou saudações aos cristãos em Roma. Ele parece ser o mesmo mencionado, muito mais tarde, em 2 Timóteo 4.20, como permanecendo em Corinto […]. Ele é mencionado como alguém que ministrou especificamente a Paulo, e pode tê-lo seguido de Corinto a Éfeso a fim de ajudá-lo ali. Uma inscrição latina escavada em um bloco de pavimento de pedra perto do teatro de Corinto, afirma que por ter recebido a posição de aedile (tesoureiro) Erasto colocou este pavimento a suas próprias custas” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.659).

III – O DESFECHO DA TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
Sensível à voz do Espírito Santo, Paulo percebeu que seu trabalho na Ásia Menor, Macedônia e Acaia estava terminando (At 19.21,22). O Apóstolo esforçou-se para formar uma liderança sólida nesses lugares. Ele queria garantir que as igrejas estivessem bem estabelecidas (1 Co 16.13) para continuarem adorando a Deus e fazendo o trabalho missionário. As perseguições contra ele e as tentativas de matá-lo estavam cada vez mais intensas (At 20.3). E ele sentia que precisava pregar o Evangelho onde havia oportunidade (1 Co 16.8,9). Lucas aponta que, conforme a viagem chegava ao fim, em Tiro e Cesaréia, os irmãos e as irmãs temiam pela vida de Paulo e o alertavam para ele não ir a Jerusalém porque ele seria preso lá (At 21.4,11,12).

Porém, o Apóstolo estava decidido a ir para Jerusalém de qualquer forma (At 21.13,14). Paulo sabia que se iniciaria outra fase em sua vida e seu ministério e, qualquer que fosse ela, Deus estava no controle. Ele era um homem obediente a Deus e comprometido com Sua causa. Mesmo consciente do sofrimento que o esperava em Jerusalém, não parou pelo caminho e não pensou em mudar a rota Ele foi até o fim (2 Tm 4.7)

III- AUXÍLIO TEOLÓGICO
Em Atos 20.22 temos registradas as seguintes palavras de Paulo: ”Agora eu vou para Jerusalém, obedecendo ao Espírito Santo, sem saber o que vai me acontecer lá”. O verbo “obedecer”, do trecho “obedecendo ao Espírito Santo” (At 20.22), traduz a palavra grega de menos, do verbo deo, “Ligar, obrigar moralmente”. “O Espírito Santo havia comunicado a vontade de Deus ao apóstolo, com o resultado de que Paulo era agora obrigado a ir a Jerusalém. Apesar da dor de partir, e da incerteza que encobre o futuro, o apóstolo permanece firmemente comprometido em fazer a vontade de Deus” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário histórico-cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, p. 282).

CONCLUSÃO
Nessa viagem, Paulo circulou pelas igrejas para rever os irmãos. Foi um tempo de reforço do ensino sobre as Escrituras, formação de lideranças e despedida. O Apóstolo caminhava com Deus e estava atento ao que o Senhor estava lhe dizendo e para onde o estava conduzindo. E, por isso, não tinha medo do futuro.. Ele foi até o fim (2 Tm 4.7).

VAMOS PRATICAR
1- Enumere em ordem as cidades por onde Paulo passou no retorno de sua terceira viagem missionária:

(7) Beréia
(5) Assôs
(9) Pátara
(13) Jerusalém
(4)Trôade
(2) Tessalônica
(6) Mitilene
(3) Filipos
(7) Mileto
(10) Tiro
(8) Rodes
(12) Cesareia
(11) Ptolemaida

2- Em Mileto, o Apóstolo Paulo fez uma reunião com os líderes. De onde eram esses Líderes?

( ) Filipos
( )Trôade
(X) Éfeso

Pense Nisso
O trabalho missionário não parou na época de Paulo. Até hoje centenas de pessoas deixam suas casas, empregos, famílias e amigos para viajar para terras desconhecidas, para anunciar a Cristo. Você pode imaginar a grandeza desta missão?! Os missionários enfrentam muitos desafios e dificuldades, por isso, nós precisamos apoiá-los com recursos e orações.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 8 / 3º Trim 2024


O Segundo Diário de Viagem
25 de Agosto de 2024


LEITURA BÍBLICA
Atos 16.19-34

A MENSAGEM
“Eles responderam: — Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e as pessoas da sua casa.” Atos 16.31

Devocional
Segunda » At 15.36-41
Terça » 2 Tm 4.11
Quarta » At 16.1-3
Quinta » 2 Tm 1.5, 6
Sexta » 1 Tm 4.12-15
Sábado » 1Tm 4.16

Objetivos
APRESENTAR uma visão panorâmica das conexões que Paulo fez com diversas pessoas;
EXPLICAR o desenvolvimento da obra de Deus em Filipos, Tessalônica e Beréia;
CONSCIENTIZAR que o discípulo de Jesus deve manter sua fidelidade a Deus, mesmo enfrentando tribulações

Ei Professor!
O Apóstolo Paulo escreveu aos romanos que ”… todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano” (Rm 8.28). Isso significa que tanto os obstáculos, como as boas oportunidades irão agregar valor à vida do crente. Fazer a vontade de Deus não cria imunidade contra os infortúnios da vida e o Apóstolo Paulo sabia disso. Por isso, é essencial que, ao passar por alegrias ou provações, o servo de Deus mantenha sua integridade e fidelidade a Deus. Assim, independente do contexto que você está enfrentando, continue firme, orando e louvando ao Senhor.

Ponto de Partida
Conhecer pessoas e fazer amigos é algo muito importante. O tópico I desta lição apresentará algumas conexões especiais que Paulo fez na segunda viagem missionária. (A lição 12 vai aprofundar este assunto, apresentando diversos amigos do Apóstolo.) Inicie a aula perguntando aos alunos quem são seus grandes amigos; peça para que eles digam o nome das pessoas que eles sabem que podem confiar em qualquer situação. Podem ser pessoas da família, da igreja, da vizinhança ou da escola. Escreva o nome dos amigos citados no quadro e amplie o diálogo. Quando todos estiverem envolvidos na conversa, informe que Paulo conheceu pessoas muito especiais nesta segunda viagem, que o apoiaram por muitos anos.

Vamos Descobrir
Veremos os detalhes de algumas paradas de Paulo e sua equipe na Europa. Muita coisa aconteceu: novos amigos, reencontros, conversões, batismos, libertação, prisão, terremoto e ensino das Escrituras. Os obstáculos e as perseguições não desanimaram o Apóstolo. Pelo contrário, ele manteve a conduta de oração, louvor e agradecimento. Essa postura perseverante contagiava as pessoas ao seu redor.

Hora de Aprender
A segunda viagem missionária do Apóstolo Paulo foi abençoada e produtiva, apesar dos contratempos e das mudanças de planos que ocorreram pelo percurso. — O que parecia um desvio, se tornou um caminho de vitórias. Nesta lição, estudaremos as paradas nas quais o Apóstolo dedicou mais tempo.

I – O ENCONTRO COM NOVAS PESSOAS
Um destaque importante desta segunda viagem são as pessoas que Paulo foi conhecendo ao longo do trajeto. Ele tinha amor pelas almas e dedicava tempo às pessoas, para que conhecessem a Jesus. Algumas pessoas que ele encontrou já serviam a Deus nas igrejas fundadas na primeira viagem, outras se converteram com a sua pregação. Algumas acabariam se tornando líderes no futuro. Em Derbe e Listra, por exemplo, Paulo convidou Timóteo para seguir a viagem com ele (At 16.2,3) e, anos depois, o jovem Timóteo se tornou um grande líder. Houve também a vendedora de púrpura Lídia. Ela passou a crer em Jesus mediante ao ensino do Apóstolo.

Ela o ouviu à beira de um rio, próximo à cidade de Filipos e se tornou uma apoiadora do ministério. Lídia hospedou os missionários em sua casa (At 16.13-15). Jasão é um outro exemplo. Ele era um colaborador de Paulo, que o hospedou em Tessalônica e acabou sendo preso por isso (At 17.5-9). Em Atenas, Paulo conheceu Dionísio, que era membro da Câmara Municipal e sua esposa Damaris. Eles e alguns outros creram na mensagem do Evangelho, por meio de sua pregação (At 17.34). Em Corinto, Paulo morou na casa do casal Priscila e Áquila e trabalhou com eles (At 18.1-3).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Jasom [Jasão] de Tessalônica era um judeu cristão que pode ter sido um dos três parentes que Paulo mencionou em Romanos 16.21 [ARC], O seu nome, que significa “cura”, era muito usado pelos judeus de fala grega em lugar dos nomes Jesus e Josué. Provavelmente Paulo e Silas se hospedaram na sua casa durante a sua permanência em Tessalônica. Depois de seu julgamento no mercado, Jasom [Jasão] foi libertado, mas seis anos depois pode ter acompanhado Paulo a Corinto. Diz a tradição que ele se tornou bispo de Tarso” (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 378).

II – A PARADA EM FILIPOS
Filipos era uma cidade importante no Império Romano. O trabalho missionário neste local foi muito abençoado. Mas, Paulo e sua equipe passaram por grandes dificuldades. Lucas nos conta que, aos sábados, Paulo e Silas iam para o lugar de oração. Porém, em certo dia, no caminho, uma jovem vidente começou a segui-los (At 16.16,17). Ela andava atrás deles gritando: “— Estes homens são servos do Deus Altíssimo e anunciam como vocês podem ser salvos” (At 16.17). Embora o que a jovem dizia fosse verdade, ela estava dominada por um espírito mau. Ela era uma escrava, e as adivinhações traziam dinheiro para os seus senhores. Ou seja, ela gritava para os apóstolos a fim de provocá-los e causar confusão. Sendo assim, Paulo expulsou o espírito mau da sua vida e ela ficou livre (At 16.18).

Os senhores da escrava ficaram furiosos porque não ganhariam mais dinheiro e denunciaram Paulo e Silas às autoridades, acusando-os de provocar desordem pública (At 16.19,20). Por conta disso, eles foram chicoteados e presos (At 16.22,23). Na prisão, ao invés de reclamarem da injustiça que lhes fizeram, Paulo e Silas oraram e cantaram. De repente, no meio da noite, aconteceu um terremoto. Foi tão forte que abriu os portões da prisão (At 16.25,26). Então, o carcereiro, que estava dormindo, acordou e ficou desesperado porque imaginou que todos os presos poderiam ter fugido e ele seria punido por isso (At 16.27). Para a surpresa do carcereiro, Paulo, Silas e os outros prisioneiros não fugiram.

O Apóstolo estava no mesmo lugar e chamou o carcereiro para perto de si e o acalmou. O carcereiro ficou tão surpreendido com o acontecimento que queria saber o que fazer para seguir o Deus dos missionários (At 16.28-30). Ele queria ser salvo e seguir a Jesus também. Então, Paulo e Silas lhe explicaram: Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e as pessoas da sua casa” (At 16.31). Em seguida, eles pregaram para o carcereiro e para toda sua família e todos aceitaram a Cristo como Salvador e foram batizados (At 16.32,33). Você consegue imaginar uma situação dessas?! Paulo e Silas eram sensíveis à voz de Deus e perceberam que havia um propósito divino naquela prisão. O que parecia ser uma dificuldade tornou-se uma bênção.

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A adivinhação ou Predição do Futuro A Jovem escrava que ganhava dinheiro para os seus senhores adivinhando o futuro é um exemplo dessa antiga superstição […]. O texto grego diz que ela tinha ‘espírito de Píton’. Os senhores da escrava a consideravam um instrumento de ‘Píton’, acreditando que o seu espírito vivesse no ventre da jovem. Qualquer que fosse seu nome, havia um espírito maligno nela […]. A Jovem de Filipos que tinha o espírito de adivinhação é a única referência a essa forma de previsão do futuro no Novo Testamento. A palavra para ‘adivinhação’ deriva da região grega de Pytho, onde estava o famoso oráculo de Delfos. A predição do futuro era feita de várias maneiras, incluindo a interpretação dos sonhos, a astrologia, o exame das entranhas de animais, a consulta a médiuns e o lançar de sortes. A Bíblia condena todos os meios que visam tentar predizer o futuro” (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 376, 377).

III- A PARADA EM TESSALÔNICA E BERÉIA
Após saírem da prisão, Paulo e Silas se despediram dos irmãos de Filipos e partiram para Tessalônica e Bereia (At 16.40). Quando estavam com os tessalonicenses, eles se dirigiram para a sinagoga, como de costume. Paulo teve a oportunidade de pregar por alguns sábados consecutivos (At 17.2). Ele ensinava as Escrituras, explicando que o Messias precisaria sofrer, morrer e ressuscitar e apontava que Jesus era o Messias aguardado, que cumprira tudo o que as profecias anunciaram (At 17.3). Lucas nos conta que “Paulo e Silas conseguiram convencer disso algumas daquelas pessoas, as quais se juntaram a eles. Um grande número de não judeus convertidos ao Judaísmo e muitas senhoras da alta sociedade também se juntaram ao grupo” (At 17.4).

Diante desse cenário, um grupo de judeus, que ficou com inveja, mobilizou alguns “homens malandros e desordeiros” para fazerem oposição a Paulo e Silas (At 17.5). Esses opositores invadiram a casa de Jasão, onde os missionários estavam hospedados para levá-los presos. Como eles não estavam lá, eles arrastaram Jasão e os irmãos que estavam com ele até diante das autoridades. Em seguida, acusaram os cristãos de muitos crimes e, por fim, eles foram presos injustamente (At 17.5-8). Para sair do cárcere, Jasão e os demais irmãos pagaram uma fiança (At 17.9). Percebendo a ameaça aos apóstolos, os irmãos os ajudaram fugir para Bereia (At 17.10). Os judeus de Bereia, ao contrário dos judeus de Tessalônica, receberam o Evangelho com interesse. Eles estudavam as Escrituras com perseverança, para verificar se o que Paulo estava falando era mesmo verdade: “As pessoas dali eram mais bem educadas do que as de Tessalônica e ouviam a mensagem com muito interesse. Todos os dias estudavam as Escrituras Sagradas para saber se o que Paulo dizia era mesmo verdade” (At 17.11).

A Palavra de Deus frutificou em Beréia (At 17.12). Porém, quando os perseguidores tessalonicenses descobriram que Paulo e sua equipe estavam em Beréia, foram para lá causar confusão (At 17.13). E, uma vez mais, Paulo teve que se retirar de uma cidade. Os irmãos, para proteger o Apóstolo, o levaram até a cidade de Atenas, onde Paulo continuou a pregar o Evangelho (At 17.14,15). Esses contratempos não atrapalharam o crescimento da Igreja. O escritor do livro de Atos descreve que judeus e gentios, homens e mulheres, creram na mensagem da cruz. As perseguições contra os apóstolos os empurravam para seguirem a viagem e pregarem em outros lugares.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A mensagem de Paulo, que deve ter incluído a cruz de Cristo, teria sido perturbadora para os judeus, pois de acordo com a tradição judaica todo o crucificado é amaldiçoado de Deus (Dt 21.23). Mas o apóstolo apela para o Antigo Testamento para provar que a crucificação é bíblica (Is 53). Muitos judeus como também vários homens e mulheres gregas de alta posição aceitaram a mensagem de Paulo e creram em Cristo. Não é surpreendente que muitos dos judeus tenham crido no Senhor Jesus, visto que eles investigaram pensativa e criticamente as Escrituras, mantendo a mente aberta enquanto examinavam as afirmações do evangelho” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 727).

CONCLUSÃO
Com a pregação das Escrituras, o Apóstolo Paulo via como as vidas das pessoas eram transformadas da mesma maneira que aconteceu com ele, após o encontro com Jesus. E, por isso, ele não parava diante das dificuldades. Não havia obstáculo que atrapalhasse o propósito da pregação do Evangelho.

VAMOS PRATICAR
1- Relacione as colunas. Na primeira coluna há o nome de uma pessoa e na outra o nome da cidade onde ela se encontrou com o apóstolo Paulo.

a. Carcereiro (a) Filipos
b. Jasão (b) Tessalônica

2- Em qual cidade, onde Paulo pregou, as pessoas estavam curiosas para checar se a pregação do Apóstolo estava realmente alinhada com as Escrituras?

( ) Filipos
(X) Beréia
( ) Derbe
( ) Atenas

3- Você tem algum amigo ou familiar não evangélico? Escreva o nome dessa pessoa aqui e ore por ela, a fim de que Deus lhe dê a oportunidade de compartilhar a mensagem de Cristo.
Resposta pessoal.

Pense Nisso
Você sabia que seu comportamento pode contagiar as pessoas que estão ao seu redor? Nós pregamos o Evangelho com palavras e também com atitudes. Lembre-se sempre que seu jeito de tratar as pessoas, de falar com seus amigos, o tipo de conselho que você compartilha precisa testemunhar a Cristo.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 7 / 3º Trim 2024


A Segunda Viagem Missionaria
18 de Agosto de 2024


LEITURA BÍBLICA
Atos 15.36-41; 16.6-10

A MENSAGEM
“— Vamos voltar e visitar os irmãos em todas as cidades onde já anunciamos a palavra do Senhor. Vamos ver se eles estão bem.” Atos 15.36 b

Devocional
Segunda » Sl 37.5
Terça » Pv 16.1
Quarta » At 16.1-5
Quinta» 1 Ts 1.1-3
Sexta » 1 Ts 1.7,8
Sábado » At 18.18-21

Objetivos
DESCREVER a rota da segunda viagem de Paulo;
EXPOR como foi o início do ministério de Paulo na região da Macedônia;
REFLETIR sobre a importância do crente saber identificar a voz de Deus.

Ei Professor!
Nesta lição veremos duas mudanças na rotina e nos planos do Apóstolo Paulo: o desacordo com Barnabé e a viagem para a Macedônia. Isso nos mostra que os crentes podem enfrentar divergências e situações difíceis. O segredo para lidar com essas circunstâncias é entregar o caso a Deus em oração e estar disposto a seguir a vontade dEle. São nesses momentos que as pessoas devem buscar ainda mais a presença do Senhor, para pedir discernimento e ouvir a voz do Mestre. Reserve um momento durante a semana para analisar quantas vezes, na sua vida, a situação parecia boa, porém, Deus mostrou que tinha outro plano para você.

Ponto de Partida
Muitas vezes é difícil entender que Deus tem um plano diferente daquele que queríamos. Por isso, planejar e entregar ao Senhor para aprovação é sempre a melhor postura. Deus enxerga além daquilo que vemos. Além disso. Ele sempre sabe o que é melhor para nós. O Apóstolo Paulo entregou sua vida a Deus e deixou ser guiado pela vontade divina. Ele não ficou se lamentando, quando sua ideia não se concretizou. Ele preferiu continuar pelo caminho preparado pelo Senhor. Inicie sua aula explicando para a turma que a ferramenta que devemos usar para guiar a nossa vida não é uma bússola ou um GPS, mas, sim, a voz de Deus. Seguir as orientações do Pai é sempre a melhor escolha.

Vamos Descobrir
Você está pronto (a) para continuar estudando a rota de Paulo? Depois de ter participado do debate teológico em Jerusalém, o Apóstolo planejou visitar as igrejas que ele havia fundado na primeira viagem. No meio do caminho, veremos que foi preciso rever a programação e reajustar a rota. Seu plano era circular pelas igrejas da Ásia Menor, mas acabou indo para a Europa!

Hora de Aprender
Depois do Concílio de Jerusalém, Paulo e Barnabé continuaram mais algum tempo com os irmãos e as irmãs de Antioquia, ensinando sobre as Escrituras. Então, Paulo decidiu que era hora de fazer outra viagem missionária, a fim de visitar as igrejas por onde haviam passado na primeira viagem.

I – A ROTA DA SEGUNDA VIAGEM
O plano inicial da segunda viagem era Paulo e Barnabé percorrerem as cidades por onde tinham pregado e plantado igrejas. Mas, houve um desentendimento entre eles. Você lembra que o jovem João Marcos os havia deixado durante a primeira viagem e voltado para Jerusalém (At 13.13)? Barnabé queria dar uma nova oportunidade para ele e desejava levar João nesta nova viagem. Paulo discordou fortemente. Por isso, a dupla se separou. Então, Barnabé seguiu em viagem e navegou para Chipre com João. E Paulo seguiu seu plano na companhia de Silas (At 15.37-39). Assim, Paulo e Silas saíram de Antioquia da Síria, cruzaram a Ásia Menor (At 15.40-16.8), passando pelas regiões da Cilícia, Galácia, Frigia e Mísia. Então, seguiram pela Europa (At 16.12), onde ocorreu a maior parte da viagem. Primeiro na Macedônia, nas cidades de Filipos, Apolônia, Anfípolis, Tessalônica e Bereia. Depois na Acaia, nas cidades de Atenas, Corinto e Cencreia. O caminho da volta foi por Éfeso, onde ficaram algum tempo antes de seguirem para Jerusalém, tendo desembarcado na Cesareia.

I- AUXÍLIO PEDAGÓGICA
Do mesmo modo que você fez na lição 4, selecione e mostre fotos atuais das paisagens das regiões por onde cidades por onde o Apóstolo Paulo passou. Continue incentivando seus alunos a memorizarem os nomes das cidades de cada viagem. Se possível, faça uso de um mapa.

Cidade na época de Paulo                                Cidade atualmente

Trôade                                                                 Próxima à Hisarlik
Neápolis                                                              Próxima à Kavalla
Filipos                                                                   Filipos (ruínas)
Anfípolis                                                                  Anfípolis
Apolônia                                                              Apolônia (ruínas)
Tessalônica                                                             Tessaloniki
Bereia                                                                  Verria (ruínas)
Atenas                                                                  Atenas (ruínas)
Corinto                                                                     Corinto
Cencreia                                                               Cencreia (ruínas)
Éfeso                                                                      Éfeso (ruínas)
Rodes                                                                        Rodes

II – MUDANÇA DE PLANOS
Paulo começou a viagem planejando visitar as igrejas na província da Ásia. Porém, o relato de Atos nos conta que o Espírito Santo estava impedindo o Apóstolo de seguir esse plano. Ele queria ir para Bitínia (At 16.6, 7). No entanto, depois de contornar a região da Mísia, Paulo foi para Trôade, que é na direção oposta, e ali teve uma visão. Ele viu um homem da Macedônia que lhe pedia que fosse à Macedônia para ajudá-los (At 16.9). Confiando na direção divina, o Apóstolo mudou sua programação e seguiu outro plano. Ao invés de continuar na Ásia Menor, Paulo e seus companheiros se dirigiram à região da Macedônia. Pegaram um navio em Trôade e chegaram em Filipos.

Era a primeira viagem registrada do Apóstolo à Europa! Lucas conta que, no sábado, em Filipos, Paulo foi pregar na beira do rio, onde existia um lugar de oração. Não havia sinagoga la. E agora?! — O Apóstolo mudou de estratégia e deu tudo certo. Ali, os missionários conheceram Lídia e outras mulheres (At 16.13-15). E assim nasceu uma igreja que amou e ajudou Paulo (Fp 4.14-19). O nome desse lugar é familiar? Sim. É onde moravam os irmãos que receberam a Carta aos Filipenses! Depois, continuaram a rota por outras cidades da Macedônia. Silas e Timóteo permaneceram em Beréia e Paulo foi sozinho para a região da Acaia (At 17.14).

Quando chegou na cidade de Atenas, ele se deparou com o altar “ao Deus Desconhecido” (At 17.23). Lá havia muitos altares, para muitos “deuses”. Os atenienses não queriam esquecer de algum “deus’’, então fizeram um altar com esse nome. O Apóstolo foi até a Câmara Municipal de Atenas para pregar. Paulo, sábio e dirigido pelo Espírito Santo, adaptou a pregação do Evangelho a uma linguagem que seus ouvintes filósofos iriam entender. Paulo explicou que a mensagem do Evangelho é sobre o “Deus Desconhecido” que se torna conhecido por meio de Jesus Cristo. Alguns não judeus creram (At 17.32-34). Partindo dali, Paulo foi para Corinto, a capital da região da Acaia. Ali, o Apóstolo exerceu sua profissão de fazedor de barracas, até que Silas e Timóteo chegaram para ajudá-lo (At 18.3-5).

Eles trouxeram boas notícias da igreja em Tessalônica. Então, Paulo escreveu a primeira carta a essa igreja (1 Ts 1.1,3.6) e, mais tarde, fez uma segunda carta também. Paulo ficou um ano e meio em Corinto para ensinar sobre as Escrituras (At 18.11). Como de costume, aos sábados, ele pregava nas sinagogas e sofreu oposição por isso. Desanimou? Não. O Senhor lhe apareceu numa visão para encorajá-lo (At 18.9,10). E ali surgiu mais uma igreja. Depois desse período, Paulo foi para Éfeso com Priscila e Áquila, onde pregou nas sinagogas. O Apóstolo deixou o casal nesta cidade e seguiu a rota de volta para casa, prometendo que voltaria para visitá-los. Na sequência, deu uma paradinha em Jerusalém para ver os irmãos e as irmãs dali e, finalmente, retornou para a Antioquia da Síria (At 18.21, 22)

II – AUXÍLIO DIDÁTICO
Em Atenas, Paulo citou um filósofo estóico: “e alguns dos poetas de vocês disseram: ‘Nós também somos filhos dele”’ (At 17.28 b). O pensamento dos estóicos dominava na época de Paulo. Os estóicos criam no panteísmo, ou seja, eles pensavam que o mundo é deus, que o universo consistia do logos — a razão que estruturava a matéria da qual o universo é feito. Para eles, o destino determinava a vida das pessoas, e, por isso, cada um só tinha controle sobre suas próprias decisões.

Em Atenas também viviam os epicureus —pessoas que seguiam as ideias do epicurismo. Eles eram, sobretudo, os membros da alta sociedade. Acreditavam que os deuses não se envolviam com o mundo e rejeitavam o projeto divino na natureza. Para eles, o propósito da vida era o prazer. A pregação do Evangelho do Senhor Jesus em Atenas deve ter gerado grande impacto entre as pessoas, pois era diferente de tudo o que estavam acostumados. Paulo usou seus conhecimentos culturais da época para conseguir se comunicar com esses gentios e, dessa forma, anunciar o Salvador: Jesus Cristo.

III- A SENSIBILIDADE ESPIRITUAL
O plano inicial de ter dado errado não foi um problema para Paulo, pois Deus estava no controle da viagem. Seguir outro plano garantiu que judeus e não judeus, homens e mulheres, senhores e servos, ouvissem que Jesus é o Salvador. Surgiram novas igrejas e novos líderes. Muitas vezes, as coisas não acontecem como planejado, porque assim Deus desejou. Como lidar com a situação? Ore. É importante ter intimidade com Deus e discernimento para ouvir seu direcionamento e conhecer a sua vontade.

II- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Não sabemos como o Espírito Santo falou a Paulo que ele e seus companheiros não deveriam ir à Ásia [At 16.6]. Pode ter sido por intermédio de um profeta, uma visão, uma convicção interior ou alguma circunstância. Conhecer a vontade de Deus não significa que devemos ouvir literalmente a sua voz. Ele nos orienta de várias maneiras. Então, quando você buscar a vontade de Deus,
(1) tenha certeza de que seu plano está em harmonia com a Palavra de dEle;
(2) peça conselhos aos cristãos mais experientes;
(3) confira suas motivações, a fim de verificar se você está tentando fazer a sua vontade ou a de Deus; e
(4) ore para Ele abrir e fechar as portas, como convém”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.1519).

CONCLUSÃO
A segunda viagem de Paulo foi longa, mas guiada por Deus. Durante esse período, pessoas aceitaram as Boas-Novas de Jesus, e novas igrejas surgiram. Nos dias de hoje, somos convidados a entregar nossos planos ao Senhor e prestar atenção no seu direcionamento.

VAMOS PRATICAR
1- Descubra o nome das cidades onde Paulo passou na segunda viagem missionária:
FILIPOS
TESSALÔNICA
ATENASA
CORINTO

Qual era a profissão de Paulo?
( ) Apóstolo
(X) Fazedor de barracas
( ) Viajante
( ) Comerciante

Pense Nisso
Conhecer a vontade de Deus é algo muito importante, sabia? Paulo recebia o direcionamento do Senhor. Sabe como você pode conhecer a vontade de Deus? Através da oração e da leitura bíblica. Fale com Deus e faça suas perguntas para Ele. No tempo certo, Ele vai te responder.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 6 / 3º Trim 2024


O Concílio de Jerusalém
11 de Agosto de 2024



LEITURA BÍBLICA
Atos 15.7-12,19

A MENSAGEM
“Isso vale para todos, pois não existe nenhuma diferença entre judeus e não judeus. Deus é o mesmo Senhor de todos e abençoa generosamente todos os que pedem a sua ajuda.” Romanos 10.12

Devocional
Segunda » Lc 1.68-70
Terça » CL 3.11
Quarta » Rm 1.6
Quinta » Gl 3.28
Sexta » Rm 10.13
Sábado » Ef 2.8

OBJETIVOS
APRESENTAR as questões discutidas no Concílio de Jerusalém;
ENTENDER que a salvação se dá pela fé em Jesus Cristo;
DESTACAR o que é uma doutrina

Ei Professor!
Esta lição trata da discussão teológica sobre a redenção humana. Mediante o crescimento do Evangelho entre os gentios, a Igreja precisou se reunir para refletir sobre o mover do Espírito Santo entre os povos. O Concílio de Jerusalém discutiu questões sobre a salvação e a prática da fé na vida do cristão. Chegou-se ao entendimento que a salvação é pela fé em Cristo. Os apóstolos, ali reunidos, decidiram que a obediência à Lei mosaica e às tradições judaicas não deveriam ser impostas aos cristãos não judeus. De modo que todos os cristãos (judeus e gentios) são chamados para viver a fé em Cristo na liberdade no Espírito Santo, buscando a santificação. Essas são lições extremamente importantes para os nossos dias.

Ponto de Partida
Para iniciar esta lição pergunte aos alunos quais são as principais regras que eles precisam seguir em casa e na escola. Dê alguns minutos para que cada aluno compartilhe sua experiência. Estimule a conversa questionando: “você gosta de obedecer a estas regras? Você sabe a importância dessas regras?”. Conduza a turma a pensar em situações que podem se tornar caóticas na ausência de normas, como por exemplo, o trânsito, a escola, a apresentação de uma orquestra, etc. Leve a turma ao entendimento que é necessário estabelecer diretrizes para que o dia a dia, tanto na vida, como na igreja. E, assim, introduzo a aula explicando que as lideranças cristãs organizaram um Concílio em Jerusalém, a fim de buscar em Deus diretrizes para a Igreja de Cristo.

Vamos Descobrir
Você já deve ter escutado falar sobre a “Lei de Moisés“. Nesta Lição estudaremos sua importância para a identidade do povo judeu. Veremos o debate que surgiu entre os cristãos judeus sobre a necessidade dos cristãos não judeus seguirem as regras e a tradição da Lei. Entenderemos que, no entanto, Jesus morreu na cruz e cumpriu toda a Lei, dando início a uma Nova Aliança.

Hora de Aprender
Depois da primeira viagem, Paulo dedicou-se a continuar ensinando as Escrituras em Antioquia da Síria. Nesse período, surgiu um problema doutrinário na igreja. Parte dos judeus (convertidos a Cristo) acreditava que, para os não judeus servirem a Deus, eles precisariam ser circuncidados e obedecer à Lei de Moisés (At 15.5). Para tratar da questão, a igreja enviou Paulo, Barnabé e outros irmãos para uma reunião em Jerusalém com os apóstolos de Jesus e outros líderes.

I – QUEM PODE SERVIR A DEUS?
O Evangelho tinha ultrapassado as fronteiras da comunidade judaica. Muitas pessoas não judias (gentias) estavam se convertendo. Então surgiram dúvidas sobre como elas deveriam servir a Deus. Este assunto não era novo, os discípulos já haviam discutido isso em outra ocasião (At 11.2,3). O Apóstolo Pedro havia passado por uma grande experiência com Deus. Ele viu quando o Espírito Santo desceu sobre o gentio Cornélio e sua família, (quando eles decidiram aceitar Jesus), da mesma forma que tinha descido sobre os discípulos judeus no dia de Pentecostes (At 11.15-18). Os discípulos já tinham testemunhado que pessoas de diferentes povos falaram em línguas (At 2.4; 8.14-17; 10.44-47).

Isso demonstrava que “Deus trata a todos de modo igual” (At 10.34). Para refletir sobre essa questão, reuniram-se em Jerusalém: a igreja, os apóstolos, os presbíteros e a equipe chegada de Antioquia (At 15.2). De um lado, alguns irmãos que eram do partido dos fariseus e que criam em Jesus, defendiam que os não judeus fossem circuncidados e obedecessem à Lei de Moisés (At 15.5). Em contrapartida, Pedro relembrou a sua experiência com Cornélio, e Paulo e Barnabé acrescentaram os milagres que Deus estava fazendo por meio deles entre os gentios, em Lugares fora de Israel (At 15.7,8,12). Durante o Concílio, o apóstolo Tiago lembrou que a Escritura já havia anunciado que os não judeus seriam parte do povo de Deus. Ele lembrou o que o profeta Amós (9.11-12)já havia explicado sobre isso (At 15.17-18).

A decisão final, portanto, foi a de que qualquer pessoa, não importando sua origem, poderia crer em Jesus e servir a Deus. O entendimento foi que o Senhor perdoa os pecados, tanto dos judeus, como dos gentios.

I- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Mais importante é a decisão do concílio que remete à igreja oficialmente a pregar o evangelho aos gentios e a admiti-los na comunhão cristã somente com base na fé. A importância desta decisão pode ser difícil para os cristãos de hoje entenderem. A luz do Novo Testamento, os proponentes da circuncisão tinham um caso fraco. Na época do Concílio de Jerusalém não havia cânon do Novo Testamento ao qual eles poderiam recorrer. Além disso, os líderes do povo de Deus, de Abraão aos dias de Paulo, tinham sido circuncidados, e o Antigo Testamento ensina que a circuncisão era uma exigência perpétua (Gn 17.9-14). O próprio Jesus nunca ensinou explicitamente que a circuncisão não era mais necessária. O peso destas evidências não deveria ser negado. Não obstante, a Igreja no Concílio de Jerusalém decide que a circuncisão — a obra da lei — já não é necessária” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 708-709).

II- O QUE SE DEVE FAZER PARA SERVIR A DEUS?
Uma segunda questão foi levantada no Concílio: Os não judeus precisavam seguir o estilo de vida judaico para crer em Jesus e ser salvo? Não. Os apóstolos concluíram que para os cristãos servirem a Deus não seria necessário viver como os judeus. Mas, era importante que os dois grupos vivessem em comunhão. Pedro e Tiago, apóstolos de Jesus, explicaram que não era correto estabelecer regras difíceis para os novos cristãos seguirem (At 15.10,11,19). Mas, os dois grupos precisariam ceder para manter uma boa comunhão. Então, apresentou-se quatro proibições aos não judeus: não comer carne de animais que foram oferecidos em sacrifício aos ídolos, não comer a carne de nenhum animal que tivesse sido estrangulado, não comer sangue e não praticar imoralidade sexual (At 15.19, 20).

Dessa maneira, os gentios respeitariam os costumes judaicos em parte e ficariam Liberados de toda a tradição da Lei, para servirem a Cristo. Em Jesus, judeus e não judeus formavam um só povo: a Igreja, o povo de Deus (At 15.14; Gl 3.28). Dessa forma, qualquer pessoa, de qualquer povo ou nação poderia servir a Deus, a partir da fé em Jesus Cristo e do batismo, mantendo a comunhão com a igreja, que era formada por judeus e gentios (Cl 3.11).

II- AUXÍLIO TEOLÓGICO
“No tratamento das exigências para os cristãos gentios, note que Tiago não propõe que eles sejam circuncidados. Ele pede apenas que eles evitem certas práticas que ofendem judeus e declara que certas exigências devam ser condições de comunhão para os gentios que se associam com cristãos judeus. Reconhecendo que Deus aceitou ambos, Tiago recomenda que os dois grupos façam concessões um ao outro para preservar a unidade da Igreja. A solução não abole a Lei, mas pela ajuda do Espírito ele interpreta a Lei mais corretamente. Jesus prometera que o Espírito Santo […] vos ensinará todas as coisas e vos fará Lembrar de tudo quanto vos tenho dito’ (Jo 14.26; cf. Jo 16.13)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 713).

III – A ORGANIZAÇÃO DAS DOUTRINAS DA IGREJA
Essa reunião para discutir o assunto é chamada de “Concílio de Jerusalém” ou “Concílio Apostólico”. Foi o primeiro encontro oficial da Igreja para debater um assunto doutrinário. — E você? Sabe o que é doutrina? Doutrina bíblica é uma crença verdadeira, baseada no texto sagrado. Então, no Concílio, foi estabelecida a doutrina de que a salvação em Cristo é para todos. O passo seguinte foi divulgar a decisão do Concílio. Escreveu-se uma carta com orientações sobre como os gentios deveriam se comportar, após declararem a fé em Jesus. Judas e Silas acompanharam Paulo, Barnabé até Antioquia, com a missão de Ler e entregar a carta para os irmãos (At 15.27-29). E, como todo o processo foi conduzido pelo Espírito Santo, a decisão foi recebida com alegria (At 15.31).

A questão central que foi discutida é sobre o viver pela graça e não pela lei. O que significa isso? Significa que quando uma pessoa decide servir a Jesus, basta crer que Ele é o Salvador, que morreu na cruz e ressuscitou. Viver pela graça é aceitar esse presente dado por Deus, crer em Jesus e viver por Ele. Não é necessário se tornar judeu, ou seja, seguir as regras da Lei de Moisés, para crer em Jesus e receber a salvação, “pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8).

III- AUXÍLIO DIDÁTICO
“O concílio de Jerusalém resumiu numa carta a sua decisão a respeito da circuncisão dos gentios. Esta carta deveria ser Levada a Antioquia da Síria por Judas e Silas. Paulo e Barnabé acompanhariam estes mensageiros […]. A carta mostra claramente a orientação de Deus na decisão (pareceu bem ao Espírito Santo). Duas das condições do conselho envolviam questões de moralidade (evitar idolatria e imoralidade sexual), e duas questões alimentares. Havia restrições de alimentação porque a igreja primitiva frequentemente fazia refeições comunitárias (similares às refeições modernas, em que cada convidado leva um prato). Algumas vezes chamadas de ‘banquetes de amor’ e realizadas de acordo com a Ceia do Senhor (veja 1 Co 11.17-34), estas refeições uniam judeus e gentios. Nestas situações, um gentio poderia horrorizar cristãos de origem judaica, comendo carne que não era Kosher (preparada de acordo com os preceitos religiosos judaicos). […] O resultado final desta crise em potencial foi de grande alegria. É fácil ver o motivo. Em primeiro lugar, tinha sido adotada uma abordagem prudente e sábia para a solução do conflito. Em segundo Lugar, os líderes tinham deliberado somente depois de longas discussões e tinham sido orientados pelo Espírito Santo. E em terceiro lugar, os membros da igreja tinham se submetidos à sua liderança designada por Deus” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Vol. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 694,695).

CONCLUSÃO
O crescimento do número de cristãos entre muitos povos diferentes fez surgir a questão debatida no Concílio de Jerusalém. A decisão final foi guiada pelo Espírito Santo. Ela estava em conformidade com a pregação do Evangelho, feita por Jesus Cristo.

VAMOS PRATICAR

1- Marque a resposta certa: quem pode servir a Deus?
( ) Judeus ( ) Gentios e não judeus (X) Judeus e não judeus

2- Ligue os pontos corretamente:
• Doutrina – R- É uma crença verdadeira baseada no texto sagrado.
• Concílio – R- É reunião para debater um assunto doutrinário.

Pense Nisso
A salvação não era só para os antigos, ela é também para nós hoje. Jesus salva brasileiro, americano, espanhol, egípcio, japonês, coreano etc. E todos que creem em Jesus passam a fazer parte de um só povo, a Igreja de Cristo.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

terça-feira, 30 de julho de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 5 / 3º Trim 2024


O Primeiro Diário de Viagem
4 de Agosto de 2024



LEITURA BÍBLICA
Atos 13.4; 15.43-49.

A MENSAGEM
“Estamos aqui anunciando o evangelho a vocês para que abandonem essas coisas que não servem para nada. Convertam-se ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que existe neles.” (Atos 14.15b)

DEVOCIONAL
Segunda » Gn 3.14,15
Terça » Is 9.6,7
Quarta » Is 61.1-4
Quinta » Lc 4.16-21
Sexta » At 2.22-24
Sábado » At 8.30-38

OBJETIVOS
APRESENTAR a história da conversão de Sérgio Paulo, em Pafos;
MOSTRAR como Paulo anunciava a Jesus Cristo aos judeus, utilizando a Escritura;
REFLETIR sobre a pregação do Evangelho, pois ela ocorria em meio a perseguições e resistências.

EI PROFESSOR!
Aproveite esta lição para ir além da narrativa e explicar a relação entre o Antigo e o Novo Testamento, cujo elo é Jesus. Os apóstolos e Paulo centralizavam sua mensagem nas Escrituras porque assim os ensinou Jesus. Os adolescentes precisam aprender os fundamentos da fé cristã, e o primeiro passo é estar familiarizado com o texto bíblico. Estudar uma passagem para entendê-la e aplicá-la é importante, mas ler longos trechos também é recomendável, porque isso ajuda a ter uma visão mais completa da mensagem da Bíblia. Incentive seus alunos a lerem o livro de Atos durante este trimestre.

PONTO DE PARTIDA
Na aula passada, estudamos sobre a rota da primeira viagem. Nesta lição, o foco são os milagres e conversões, que ocorreram na viagem, e o conteúdo da pregação de Paulo. Para iniciar a aula pergunte para os alunos como eles imaginam a reação das pessoas ao ouvirem que Jesus morreu e ressuscitou para perdoar os pecados da humanidade. Dê um tempo para eles expressarem suas ideias e incentive a participação de toda a classe. Em seguida, inicie a aula apresentando o primeiro tópico da lição, o qual mostra duas pessoas que reagiram à mensagem do Evangelho de formas totalmente diferentes.

VAMOS DESCOBRIR
Na aula passada, vimos a rota da primeira viagem de Paulo. Hoje, estudaremos com atenção alguns episódios que ocorreram durante as paradas. Veremos também que a pregação do Apóstolo era baseada nas Escrituras. Ele falava de Jesus, mostrando como o texto do Antigo Testamento já apontava para a vinda, morte e ressurreição do Filho de Deus.

HORA DE APRENDER
Em sua primeira viagem, Paulo saiu da Síria, passou pela ilha de Chipre, regiões da Cilícia, Panfília e Pisídia, que estão na Ásia Menor. Ele, juntamente com Barnabé, tinha a estratégia de pregar nas sinagogas. Esta pregação se baseava de forma consistente nas Escrituras Sagradas.

I- A PARADA EM PAFOS PARA CONVERSAR COM O GOVERNADOR
A primeira parada de Paulo, Barnabé e João Marcos foi na ilha de Chipre. O barco chegou à cidade de Salamina, e eles logo começaram a falar de Jesus nas sinagogas (At 13.5). Eles atravessaram toda a ilha até chegar do outro lado, na cidade de Pafos, sempre pregando o Evangelho. Em Pafos, conheceram duas pessoas: o governador da ilha, Sérgio Paulo, e seu amigo mágico e falso profeta Barjesus, ou Elimas (At 13.6,8). Sérgio Paulo era quem administrava a região. O mágico não queria que o amigo entendesse a Palavra de Deus e ficou atrapalhando. Por isso, Paulo repreendeu “e disse: – Filho do Diabo! Inimigo de tudo o que é bom! Homem mau e mentiroso! Por que é que você não para de torcer o verdadeiro ensinamento do Senhor?” (At 13.10).

A consequência da má conduta de Elimas foi uma doença: ele ficou cego. O governador presenciou isso e passou a acreditar em Deus (At 13.12). Tanto Sérgio Paulo quanto Barjesus tiveram a oportunidade de se arrepender dos pecados e servir a Deus, mas um deles se opôs a Deus. Elimas não só rejeitou a mensagem de salvação, como também quis atrapalhar o amigo de entender a Escrituras. Isso, porém, não impediu a ação do Espírito Santo. Paulo não desistiu da pregação. Essa história nos leva a pensar sobre o tipo de amigo que somos. Somos aqueles que ajudam as pessoas a se aproximarem de Deus ou os que as afastam do Caminho?

I – AUXÍLIO DIDÁTICO
Quando Roma conquistava um povo seu território passava ser uma província romana. Nomeava-se, então, um procônsul para governar. Caso fosse um lugar de instabilidade, eram nomeados procuradores e governadores e enviadas tropas para garantir a ordem. Algumas cidades tinham permissão de autogoverno, tais como Éfeso e Atenas; outras eram colônias, onde seus moradores tinham os mesmos direitos que os cidadãos romanos, era o caso de Filipos. Jerusalém, por sua vez, era uma cidade sagrada e tinha alguma autonomia sobre os assuntos religiosos. Sérgio Paulo era o governador da ilha de Pafos. Portanto, ele ocupava um cargo de alta responsabilidade. Ele era uma autoridade romana na região. Sua conversão representou um grande exemplo para todos os demais moradores da região.

II – A PARADA EM ANTIOQUIA E LISTRA PARA EXPLICAR AS ESCRITURAS
Da ilha de Chipre, os missionários pegaram outro barco até a região da Panfília, e pararam em Perge. Depois, João Marcos decidiu voltar para Jerusalém; Paulo e Barnabé seguiram para Antioquia da Pisídia (At 13.13,14). A pregação mais longa de Paulo registrada no livro de Atos é a que foi feita na sinagoga dessa cidade. Na mesma linha do discurso de Pedro, no Dia de Pentecostes, e de Estêvão, no dia do seu julgamento, o Apóstolo Paulo citou as Escrituras Sagradas para falar de Jesus (At 13.16-41). Jesus ensinou aos discípulos que Ele tinha encarnado para cumprir as profecias anunciadas nas Escrituras Sagradas. [Quando falamos das Escrituras, queremos dizer o texto sagrado dos judeus, o Antigo Testamento.] Por isso, era importante que os apóstolos as conhecessem para pregar a mensagem de salvação.

E vemos que eles as conheciam porque as pregações mencionadas no livro de Atos citam muitas passagens do Antigo Testamento. Na sinagoga em Antioquia, então, Paulo pregou para que os judeus entendessem a promessa do Messias e que ela foi cumprida em Jesus. O Apóstolo recontou a história do povo de Israel desde a saída do Egito (At 13.17-18); explicou que, conforme as Escrituras, Jesus era descendente do rei Davi (At 13.22,23); e demonstrou o significado da morte e ressurreição do Messias para perdoar os pecados (At 13.32-37). Os judeus presentes na sinagoga aceitaram a mensagem. Entretanto, eles não gostaram que os não judeus estivessem também ouvindo a pregação do Evangelho e frequentando suas reuniões. Isso provocou um conflito que culminou na expulsão de Paulo e Barnabé da cidade (At 13.45,50). Mas, os que se converteram “continuaram muito alegres e cheios do Espírito Santo” (At 13.52). Na parada seguinte, em Icônio, Paulo e Barnabé encontraram a mesma oposição dos judeus em relação aos não judeus (At 14.1,2).

Por isso, os missionários precisaram fugir para as regiões vizinhas (At 14.5,6). Eles partiram e chegaram em Listra, onde um dos resultados da pregação do Evangelho foi a cura de um paralítico (At 14.8-10). Em razão dos milagres que estavam acontecendo, os moradores dali interpretaram que Paulo era o “deus Mercúrio” e Barnabé, o “deus Júpiter”. Os apóstolos reprovaram os títulos e aproveitaram a oportunidade para pregar que acreditar nesses “deuses” não servia para nada (At 14.11-15). Eles disseram para o povo que precisavam se arrepender dos pecados e reconhecer o Deus verdadeiro. Os apóstolos estavam lidando com um grupo que não estava familiarizado com a história de Israel e do rei Davi. Então, eles dedicaram algum tempo para contar aos licaônicos do Deus Criador de Gênesis, que dá alegria em abundância aos que o servem (At 14.15-17).

Esse foi o ponto de contato para explicar o Evangelho. Mesmo assim, depois da mensagem de Deus ser anunciada, “os apóstolos tiveram muita dificuldade para evitar que o povo matasse os animais em sacrifício a eles” (At 14.18). Isso nos ensina que algumas vezes é difícil falar de Jesus. Mas, não podemos parar diante das dificuldades. Devemos seguir em frente, compartilhando a Palavra e orando para que o Espírito Santo nos use e convença quem nos ouve.

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A mensagem de Paulo em Antioquia é o primeiro e maior exemplo de pregação missionária de Paulo […]. Sua mensagem inspirada pelo Espírito segue o padrão simples da pregação de Pedro (At 2.14-36; 3.12-26; 10.34-43) e da pregação de Estevão (At 7.2-53). Paulo esboça as principais características da história da salvação, mostrando como Deus elaborou seu plano para Israel. (1) Ele começa com um breve relato da história da bondade de Deus para com Israel (At 13.16b-22); (2) Ele argumenta que, de acordo com profecias do Antigo Testamento, Jesus provou ser o Salvador mediante sua morte e ressurreição (vv. 23-37); (3) Ele apresenta que o perdão de pecados está disponível somente por Jesus Cristo (vv.38-41)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 698, 699).

III- A ÚLTIMA FASE DA VIAGEM
Os judeus de Antioquia da Pisídia e Icônio, que não gostavam de Paulo, seguiram o apóstolo até Listra. Ali na cidade, junto com uma multidão, eles causaram um tumulto e apedrejaram a Paulo (At 14.19). Depois disso, Paulo e Barnabé foram para Derbe. Será que eles desanimaram por conta da perseguição? Claro que não! Eles seguiram a viagem, parando nos lugares onde já tinham passado na ida, para dar ânimo aos irmãos recém-convertidos (At 14.22). A força deles vinha do Espírito Santo. Assim, retornaram ao ponto de partida, Antioquia da Síria. Lá, Paulo e Barnabé fizeram um relatório sobre o que Deus tinha feito em cada lugar em que passaram (At 14.26,27).

III- AUXÍLIO DIDÁTICO
Três cidades se destacam nesta lição. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas: • “Antioquia da Pisídia: Seleuco, o fundador da dinastia síria, que tinha seu nome, fundou também esta Antioquia. A rigor, não fazendo parte da Pisídia, Antioquia se tornou província romana da Galácia em 25 a.C, e por isso podia, de maneira mais justificável, ser chamada de Antioquia da Galácia. Sendo uma colônia romana fortificada e a capital da Galácia do sul, ela controlava as tribos bárbaras da área. • Icônio: a dois ou três dias de viagem de Antioquia (da Pisídia) pela Via Sebaste, Icônio era um oásis, na entrada de uma enorme planície, depois da travessia por uma passagem pelos montes. Por estar na rota comercial que levava ao ocidente, a Éfeso e Roma, a cidade se tornou uma colônia romana durante os tempos de Adriano. • Listra: a 32 quilômetros a sudoeste de Icônio, pelo gélido platô gaiata, a Listra foi fundada por César Augusto. Uma estátua a Zeus e Hermes (Júpiter e Mercúrio para os romanos) foi descoberta aqui […]’’ (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 365).

CONCLUSÃO
Paulo entendeu bem a ordem de Jesus para pregar o Evangelho a todas as pessoas. Ele anunciava as Boas-Novas com base nas Escrituras, para judeus e não judeus, em muitos lugares diferentes. Assim, muitas igrejas foram surgindo. Aprendemos, então, que devemos falar de Jesus para qualquer pessoa, para que ela decida se deseja se arrepender dos seus pecados e aceitar Jesus como o Salvador. Não podemos forçar essa decisão, pois, é o Espírito Santo quem trabalha com cada coração. Por isso, vamos compartilhar o que Jesus faz na nossa vida com todos os nossos amigos e familiares, crendo que o Espírito Santo fará a obra de salvação no tempo certo.

VAMOS PRATICAR

1- Leia as afirmações abaixo. Sinalize (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso.

(V) A estratégia de Paulo ao chegar numa cidade era pregar nas sinagogas.
(V) Existem duas cidades com o nome de Antioquia no livro de Atos.
(F) Elimas era um profeta dedicado ao Senhor.

2- Em qual cidade Paulo fez a pregação mais longa registrada no livro de Atos?

( ) Perge
( ) Chipre
(X) Antioquia da Pisídia
( ) Jerusalém

3- Descubra o nome dessas cidades onde Paulo passou:

SALAMINA
PAFOS
PERGE
ICÔNIO

PENSE NISSO
Você sabe por que a Bíblia está dividida em dois Testamentos? O primeiro Testamento trata da aliança de Deus com o povo de Israel e anuncia a vinda de um Salvador. O segundo Testamento mostra quem é este Salvador. Ele anuncia a nova aliança em Jesus, que substituiu a primeira. Jesus deu a vida para que qualquer pessoa (de qualquer povo) pudesse ser salva.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 24 de julho de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 4 / 3º Trim 2024


A Primeira Viagem Missionária
28 de Julho de 2024



LEITURA BÍBLICA
Atos 13.1-3; 14.21-28

A MENSAGEM
“Então eles jejuaram, e oraram, e puseram as mãos sobre Barnabé e Saulo. E os enviaram na sua missão.” Atos 13.3

DEVOCIONAL
Segunda » Is 6.8
Quarta » Jn 1.1,2
Terça » Am 7.14,15
Quinta » Mc 3.13-19
Sexta » At 13.46-49
Sábado » At 14.23

OBJETIVOS
DESCREVER a rota da primeira viagem missionária de Paulo;
EXPLICAR como eram as viagens na época do Apóstolo;
REFLETIR sobre a vocação missionária.

EI PROFESSOR!
Nesta lição começaremos a estudar a rota das viagens paulinas. É interessante Levar um mapa para a sala de aula, seja digital ou físico, para que os alunos possam visualizar o trajeto do Apóstolo e se acostumar com a geografia do Novo Testamento. Em diversas Bíblias, editadas pela CPAD, há uma coleção de mapas. Na Bíblia de Estudo Pentecostal os mapas que correspondem às viagens paulinas são os de n° 3.14.15 e 16. Você também pode utilizar o livro As Viagens de Paulo (CPAD) e também o livro Quero Entender a Bíblia (CPAD) durante todo o trimestre. Ambos possuem uma linguagem acessível e diversas informações sobre o texto e contexto bíblico. Incentive seus alunos a pesquisarem sobre o ministério deste grande missionário.

PONTO DE PARTIDA
Vamos estudar hoje o início da jornada missionária de Paulo. Atente-se para o detalhe que acompanha o Apóstolo Durante todo o seu ministério o vínculo com a igreja de Antioquia. A ligação de Paulo com essa igreja, que o enviou como missionário, permaneceu até o fim do seu ministério. Essa ligação expressa uma postura de compromisso e obediência; essas atitudes essenciais para quem deseja exercer vocação missionária. Atualmente, a atividade missionária continua a ser exercida pela Igreja. Inicie a aula conversando sobre os missionários e/ou projetos missionários que a sua a igreja sustenta e promove. Compartilhe com os alunos testemunhos de missionários para que eles entendam a importância desse trabalho.

VAMOS DESCOBRIR
Veremos como ocorreu a vocação missionária na vida de Paulo. O Apóstolo foi motivado a sair da Antioquia, de onde ensinava, para pregar o Evangelho em outros lugares. Ele foi enviado como missionário por uma igreja e, por isso, tinha o compromisso de dar o relatório de suas atividades depois. O Apóstolo não viajou sozinho; Barnabé e João Marcos foram com ele. Você quer saber como foi esta viagem?

HORA DE APRENDER
Desde a época da experiência com Jesus, na estrada para Damasco, Paulo já sabia que tinha um chamado específico para pregar o Evangelho para os não judeus. No entanto, muitos anos se passaram, até que fossem registradas suas atividades e viagens missionárias. Durante esse tempo, Paulo estava sendo preparado para cumprir o chamado. Vejamos o que aconteceu depois que Barnabé o levou para ensinar em Antioquia.

I – O CHAMADO MISSIONÁRIO
Como estudamos anteriormente, a igreja de Jerusalém se dispersou quando Estêvão foi apedrejado (At 8.1,4; 11.19-21). Assim, os irmãos da Judéia fugiram por causa da perseguição e se espalharam por diversas regiões. O que parecia ruim, na verdade, transformou-se em bênção, pois os que fugiram falaram sobre Jesus nos lugares onde se estabeleceram. Em algumas cidades, esses irmãos evangelizaram somente judeus; em outras, pregaram também a não judeus, os também chamados gregos (algumas vezes na Bíblia, a palavra “grego” refere-se a não judeu). Vimos também que Paulo e Barnabé ensinavam na Antioquia da Síria (At 11.25,26). A igreja ali era generosa.

Ouvindo que havia fome em Jerusalém e na Judeia, por meio de Paulo e Barnabé, enviaram dinheiro para ajudar aos irmãos daquela região (At 11.29, 30). Certo dia, enquanto os profetas e mestres oravam, o Espírito Santo falou com a igreja. Ele ordenou que Barnabé e Paulo fossem enviados como missionários para outros lugares (At 13.2). Assim, eles seguiram a orientação divina. A liderança da igreja orou, jejuou e impôs as mãos sobre eles para que partissem. E, assim, Paulo partiu com Barnabé e João Marcos para sua primeira viagem missionária (At 13.5), que durou aproximadamente dois anos. A partir dessa passagem bíblica, o Apóstolo passa a ser chamado apenas por Paulo, a versão romana do seu nome, e não mais por Saulo (At 13.9).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Saulo, sabemos, fora comissionado pelo Senhor no momento de sua conversão para evangelizar aos gentios (At 26.16-18). Sua experiência na estrada de Damasco incluía grande transformação de sua vida ao conhecer Jesus Cristo como Salvador, e profunda revelação de que ele foi chamado para ser apóstolo aos gentios […]. A obra de Barnabé e Saulo se origina com Deus – não com planos inventados pelos homens – e é empreendida em obediência à voz do Espírito. Por conseguinte, a Igreja em Antioquia comissiona formalmente Barnabé e Saulo como missionários. Antes de fazê-lo, ela jejua e ora, e depois impõe as mãos nos dois homens. A imposição de mãos aqui não é ordenação ao ministério, mas a consagração a um trabalho especial. Dá-lhes uma responsabilidade solene, concedendo-lhes força e recomendando-os à graça de Deus. Barnabé e Saulo são enviados como representantes da Igreja em Antioquia” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 695).

II- AS VIAGENS NA ÉPOCA DE PAULO
Nesta época, uma viagem poderia ser feita por terra ou pelo mar. Viajar era perigoso. Por questão de segurança, os comerciantes viajavam em caravanas — grupos de pessoas com camelos e jumentos. Era comum as pessoas viajarem a pé. Em média, uma caravana percorria 30 km por dia, caminhando 3 km por hora. A cavalo, a média era de 120 km por dia. Alguns tinham mula ou jumento para carregar as bagagens; outros possuíam carruagem, como por exemplo, o eunuco etíope (At 8.26-31). Algumas viagens duravam dias. Então, onde os viajantes paravam para dormir? Os romanos não só construíram estradas, mas também hospedarias.

O objetivo era que os oficiais (do exército ou do Estado) tivessem condições de viajar com certa estabilidade. Porém, as pessoas comuns, que não eram militares ou oficiais do governo, também poderiam aproveitar o serviço. O mais comum, no entanto, era se hospedar nas casas das pessoas. Vemos que os cristãos eram incentivados a receber os viajantes: “Não deixem de receber bem aqueles que vêm à casa de vocês; pois alguns que foram hospitaleiros receberam anjos, sem saber” (Hb 13.2). As dificuldades de percurso não desanimaram Paulo e seus companheiros. Conscientes de que enfrentariam desafios durante a viagem, confiaram no Senhor. Sabiam que Deus estava com eles e guardaria o caminho por onde passassem.

II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Os barcos não eram novidade para as pessoas nos dias de Paulo. As embarcações eram usadas principalmente para o comércio, para as viagens e para a guerra […]. Paulo viajou frequentemente em barcos durante as suas viagens missionárias (At 13.4,13; 14.26; 16.11; 28.11-13). Não havia transatlânticos nem navios de cruzeiro naquela época, de modo que quem desejasse viajar por mar tinha que viajar em navios mercantes. Paulo iniciou a sua viagem a Roma em um barco que carregava trigo (At 27.38). A época de navegação era de abril a outubro. Durante os meses de inverno, o clima era inclemente e imprevisível. Uma vez que essa era também a estação chuvosa, o céu normalmente estava nublado, e as estrelas, a bússola dos tempos antigos, não podiam ser vistas” (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 366).

III- A ROTA DA PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
Partindo de Antioquia da Síria, a rota foi a seguinte: Paulo e Barnabé foram para Selêucia e de lá pegaram um barco até a ilha de Chipre (At 13.4), passando pelas cidades de Salamina e Pafos. De Chipre, continuaram para Perge da Panfília (At 13.13) até Antioquia da Pisídia (At 13.14). A parada seguinte foi em Icônio (At 14.1), de onde foram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia (At 14.6). Dali, fizeram o caminho de volta pelos mesmos lugares até regressarem ao ponto de partida, Antioquia da Síria. Se olharmos em um mapa, veremos que hoje esses lugares estão na Turquia. Por onde passavam, Paulo e seus companheiros usaram a estratégia de pregar o Evangelho na sinagoga da cidade.

A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam aos sábados para ouvir sobre as Escrituras, orar e cantar. Quando o Apóstolo falava de Jesus, a mensagem do Evangelho impactava a audiência. Além disso, milagres e sinais aconteciam. Os ensinos de Paulo tiveram impacto para além do território das sinagogas. De modo que, não demorou muito para que os não judeus também se interessassem pela mensagem trazida pelos viajantes. Era o Espírito Santo trabalhando nos corações e levando os pecadores ao arrependimento. Assim, aumentava o número de cristãos e novas igrejas foram surgindo.

Ao final dessa primeira viagem, ao visitar as igrejas por onde tinham passado, Paulo e Barnabé seguiram o modelo que a igreja de Antioquia havia estabelecido. Eles escolheram a liderança local, oraram e jejuaram com esses líderes para que o Senhor os protegesse e eles cuidassem com amor e sabedoria da igreja (At 14.23). Esse vínculo do Apóstolo com a igreja que o enviou revela obediência e compromisso com a igreja e com Deus.

III- AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Procure fotos atuais das regiões por onde o Apóstolo Paulo passou e mostre para a classe. As fotos podem ser digitais ou estar impressas. Isso ajudará os alunos a visualizarem o cenário por onde os apóstolos viajaram. Além disso, incentive os alunos a memorizarem os nomes das cidades de cada viagem. Abaixo indicamos algumas cidades:
__________________________________________
Cidade na época de Paulo                          Cidade hoje

Antioquia da Síria                                       Antakya
Selêucia                                                        Ceviik
Salamina                                                      Salamina
Pafos                                                               Pafos
Perge                                                    Próximo à Lara (ruínas)
Antioquia da Pisídia                                     Yalvac
Icônio                                                            Konya
Listra                                             Próximo à Hatunsaray (não escavada)
Derbe                                                           KertiHõyük
_____________________________________________

CONCLUSÃO
O relato de Atos dos Apóstolos conta que a liderança da igreja em Antioquia estava servindo a Deus quando o Espírito Santo revelou que era o momento de enviar Paulo e Barnabé para o trabalho missionário. Os dois partiram com a bênção dos seus líderes para realizar a tarefa de pregar o Evangelho de Jesus. Ao final da viagem, voltaram à Antioquia para contar sobre o que Deus fez em cada cidade (At 14.27). Aprendemos com Paulo e Barnabé a importância de obedecer aos líderes e prestar conta da atividade ministerial. Que Deus continue despertando a chama missionária em sua Igreja nos dias atuais!

VAMOS PRATICAR

1- Enumere na ordem correta os lugares da rota da primeira viagem de Paulo.
(5) Antioquia da Pisídia
(2) Selêucia
(3) Chipre
(4) Perge da Panfília
(1) Antioquia da Síria
(7) Licaônia
(6) Icônio

2- O que é uma sinagoga? A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam aos sábados para ouvir sobre as Escrituras, orar e cantar.

PENSE NISSO
Verifique se nas últimas páginas da sua Bíblia tem algum mapa. Seria interessante se você conseguisse um para acompanhar os passos do Apóstolo. Atenção: o mapa precisa mostrar o território do século 1. Se você pegar um dos dias de hoje, o espaço territorial é o mesmo, mas os nomes dos lugares e as divisões serão diferentes. Anote esta dica e faça esta pesquisa.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)