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segunda-feira, 22 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 4 / 2º Trim 2024


Uma História sobre Graça e Responsabilidade
28 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Mateus 18.23-35

A MENSAGEM
“Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros.” Colossenses 3.13

DEVOCIONAL
Segunda » Ef 4.32
Terça » Cl 3.12-14
Quarta » Lc 7.41-43,47
Quinta » Mt 5.7
Sexta » 2 Co 2.5-8
Sábado » Rm 12.14-21

OBJETIVOS
REFLETIR com os adolescentes sobre o valor da Graça perdoadora de Deus;
ENSINAR sobre a responsabilidade que nós, que recebemos a Graça de Deus, temos diante do próximo;
ALERTAR sobre o perigo de se negar o perdão a alguém.

EI PROFESSOR !
Pensar em uma educação cristã meramente intelectualizada, sem qualquer vínculo concreto com uma espiritualidade fervorosa e equilibrada é um equívoco que nós professores não podemos cometer. Infelizmente, há alguns professores que não oram mais, não leem a Bíblia, não jejuam e nem tem vida devocional ativa há algum tempo. Mas isso não pode acontecer com você! Por essa razão, a palavra de incentivo e despertamento para você hoje, é: ore, leia e medite nas Escrituras, jejue. Afinal de contas: “Educação cristã é pesquisar em oração, preparar a aula em oração, ensinar em oração e continuar em oração”. Deus te abençoe!

PONTO DE PARTIDA
Alguém já disse que perdão é graça encarnada. Por quê? Porque graça é favor imerecido, é o ato de dar algo a alguém que não merece receber, é Deus estendendo a mão para resgatar quem não merece e nos ensinando a tomar a mesma atitude para seguir a caminhada sem o peso do ressentimento, da mágoa e do ódio. Hoje falaremos sobre a graça de ser perdoado e a responsabilidade de oferecer perdão aos nossos ofensores. Por mais dolorosa e difícil que seja a prática dessa virtude cristã, ela é imprescindível, uma vez que Deus não mediu esforços para nos perdoar. Que o Senhor nos fortaleça em graça, trazendo consciência, arrependimento e quebrantamento a cada coração quando precisamos perdoar alguém.

VAMOS DESCOBRIR
Você sabe o que é perdão? Você já precisou pedir perdão a alguém? O perdão nunca foi um caminho fácil de ser percorrido; caso fosse, seu preço não seria a cruz. Somente aqueles que sofreram a dor de ser traídos, decepcionados, enganados, caluniados, trapaceados ou machucados sabem o quanto é difícil lidar com esse tema. Na aula de hoje, falaremos sobre a graça de receber o perdão e a responsabilidade de compartilhá-lo com o próximo.

HORA DE APRENDER
A lição de hoje está focada na parábola do empregado mau. Jesus contou essa história em um contexto muito interessante. Foi assim: após ouvir Jesus falar sobre a importância da correção de um irmão que erra, Pedro, um discípulo de Jesus, questiona quantas vezes deveria perdoar a um irmão. Ele sugere que sete vezes era uma boa quantidade. Confiante que sua proposta era suficiente, Pedro é, de certa forma, surpreendido por Jesus ao ser ensinado que ele deveria perdoar quantas vezes fosse necessário (Mt 18.21,22).
Jesus, então, lhe conta uma história para ilustrar a importância do perdão e a gravidade em sonegá-lo a quem precisa (vv. 23-35). Certamente Jesus sabia da complexidade desse tema, mas não deixou de tratá-lo. A parábola do empregado mau nos mostra reflexões profundas sobre a nossa condição de pecadores e o ato deliberado e gracioso de Deus em nos perdoar. Além disso, ensina também a resposta que o Senhor espera que ofereçamos ao nosso próximo. Vejamos:

I- O REI PERDOA A DÍVIDA COM UM ATO DE GRAÇA
Um rei resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Ao analisar sua “listagem de devedores”, observa que no topo da lista tem um que deve milhões de moedas de prata. Em função do tamanho de sua dívida, sabendo que não teria condições de pagá-lo, o rei, ao invés de sentenciá-lo à morte, ordena que o servo, sua esposa e seus filhos sejam vendidos como escravos. O servo, então, suplica desesperadamente por tempo para pagar o que deve. Entretanto, o rei move-se de compaixão e resolve, deliberadamente, perdoar a dívida e deixar o servo ir embora. Essa primeira parte da história nos ensina duas importantes lições:

1- Todos temos uma dívida impagável.
Segundo Jesus, a dívida do servo era de “milhões de moedas de prata” (v.24). Além do rei, pouquíssimas pessoas seriam capazes de possuir uma quantia como essa. Tal valor era impossível de ser quitado, ainda que esse servo trabalhasse durante toda sua vida. Jesus usa esse valor exorbitante para ilustrar o tamanho da nossa dívida com Deus. Afinal de contas, nossos pecados são tão imensos aos olhos do Senhor quanto a dívida do servo com o rei da parábola. Como diz a Escritura “todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus” (Rm 3.23).

2- Todos carecemos de uma atitude graciosa. 
O rei, movido de compaixão, perdoa a dívida contraída e libera o servo para viver em paz o resto dos seus dias com sua família. Assim como o rei, o nosso Deus, por graça, bondade e generosidade, resolveu perdoar nossa dívida enviando o seu Filho para morrer pelos nossos pecados (Jo 3.16; Rm 4.25) e, com base na sua justiça, nos reconciliar consigo mesmo (2 Co 5.19); e agora “[…] Deus perdoou todos os nossos pecados e anulou a conta da nossa dívida, com os seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz” (Cl 2.13,14).

I- AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Sugerimos a “dinâmica da pedra” para você aplicar na introdução desta lição. É bem simples. Faça assim: entregue uma pedra pequena para cada aluno da classe. Em seguida, peça para eles realizarem diferentes atividades, como bater palma, dar um pulo ou arrumar as cadeiras, sempre com a pedra na mão. Depois que eles realizarem as atividades, pergunte se eles se sentiram incomodados com a pedra na mão. Provavelmente a resposta será, sim. Diga então que ela representa uma ofensa que não foi perdoada e que por alguma razão está promovendo algum desconforto na vida. Em seguida, faça uma reflexão sobre a importância do perdão e sobre como a não liberação do perdão pode ser prejudicial em nossa vida.

II- O SERVO PERDOADO NEGA PERDÃO AO SEU PRÓXIMO
Seguindo a história, ao sair feliz e vitorioso da audiência com o Rei, algo inacreditável aconteceu com o servo perdoado. Ele encontrou um companheiro de trabalho, servo como ele, que lhe devia, em comparação com a sua dívida, um insignificante valor de “cem moedas de prata” (Mt 18.28). Para a surpresa de todos que testemunhavam o encontro, o servo agraciado pelo rei se mostrou insensível, indiferente e intolerante à súplica do companheiro devedor. Infelizmente ele decidiu negar ao outro aquilo que havia recebido: o perdão.
Assim como era inimaginável a possibilidade do perdão do rei ao primeiro servo, seria impossível pensar que ele reagiria dessa maneira com o companheiro. Ele havia sido grandemente perdoado e agora, na primeira oportunidade de compartilhar o perdão, ele resolve viver como se nada tivesse acontecido em sua vida e lança na prisão alguém por lhe dever “migalhas”. Infelizmente, esta segunda parte da história nos mostra que é possível fazermos pouco caso do perdão recebido graciosamente.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
As palavras do teólogo Snodgrass podem nos auxiliar no aprofundamento deste tópico. Vejamos: “A parábola ilustra o perdão de Deus, a necessidade de os homens perdoarem em função de Deus nos perdoar e a advertência do juízo divino sobre aqueles que se negarem a perdoar. […] A importância desta parábola não deve ser subestimada, pois a sua posição de destaque no final do discurso eclesiástico a coloca como uma chave hermenêutica para o capítulo (Mt 18) como um todo. Jesus se dirigiu aos seus seguidores que já haviam experimentado o Reino, e não aos judeus em geral, e Mateus estruturou esta seção (Mt 18.15-22) de forma a enfatizar o que significa seguir a Jesus e a forma como isso se relaciona ao pecado e ao perdão.

[…] O Ensino desta parábola é […] a expressão mais contundente da forma como os cristãos deveriam levar suas vidas. No seu viver — em vez de ficar insistindo nos seus direitos — os cristãos deveriam ser distribuidores permanentes da misericórdia e do perdão, ou seja, um reflexo tanto do caráter, quanto do tratamento que Deus dispensa ao seu povo” (SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 112,113,126).

III- AS CONSEQUÊNCIAS DE SONEGAR PERDÃO
Jesus termina a história falando sobre a indignação do rei ao ficar sabendo da atitude indesculpável do primeiro servo. O rei que anteriormente agiu graciosamente, agora, aplica a lei com todo rigor e envia o servo ingrato à “cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida” (v.34). Um Deus de misericórdia e compaixão não pode aceitar, como seus filhos, homens e mulheres desprovidos de misericórdia e compaixão. Como vimos, aquele que não perdoa é castigado.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
O que acontece quando uma pessoa perdoada nega-se a perdoar o próximo? “O rei chama o servo de “malvado”, rescinde o perdão que ele havia dado e o entrega aos torturadores da prisão até que ele lhe pagasse a dívida. É óbvio que isso se refere ao castigo eterno – item importante na agenda de Mateus. Note também que as palavras ‘dívida’ (opheiletes) e ‘devia’ (opheilomenon, vv. 32-34) são derivadas da mesma família de palavras que se refere a pecado ou ofensa na Oração do Senhor (opheilema; Mt 6.12-15) […] O perdão de Deus é de graça e, portanto, trata-se de ato de graça não merecida; o que a pessoa faz em resposta à graça, determina onde ela passará a eternidade. O perdão aceito muda o coração de quem o recebe, se for verdadeiramente eficaz. A Frase “se do coração não perdoares, cada um a seu irmão” (v.35) frustra o pretexto de Legalismo e salvação própria; não obstante, a exigência de Deus para obter um perdão duradouro obsta um programa de graça barata que não transforma aquele que a recebe” (ARRINGTON, French L. & STRONSTAD, Roger (Ed). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. 4a Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.109).

CONCLUSÃO
Cada cristão deve se identificar com o servo que devia grande valor ao rei e ver as pessoas que, de alguma forma lhe prejudicam, como o segundo servo. De maneira que a nossa dívida perdoada por Deus é tão grande que qualquer tentativa de recusar o perdão a outras pessoas é tão triste quanto o comportamento do servo incompassível da parábola. Todo aquele que recebeu perdão deve estar pronto a perdoar quem quer que esteja em débito, e deve fazê-lo de todo o coração. Você foi perdoado para ser um perdoador!

VAMOS PRATICAR
1- Segundo a lição, o que acontece com aquele que não perdoa ao próximo?
Aquele que não perdoa é castigado.

2- Responda com (C) Certo ou (E) Errado:
( C ) Você foi perdoado para ser um perdoador.
( E ) Aquele que perdoa é castigado.
( C ) Cada cristão deve se identificar como o servo que devia grande valor ao rei.
( E ) Não precisamos da graça de Deus para nos salvar.

PENSE NISSO
Hoje, o Espírito Santo está nos dando a oportunidade de confessar os nossos pecados, nos arrepender e nos dirigir o quanto antes àqueles que nos ofenderam para lhes oferecer aquilo que de Deus temos recebido: o perdão. Não se esqueça: O perdão é o caminho pavimentado pelo próprio Cristo para nos conduzir da dor à paz.

Fonte CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

terça-feira, 16 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 3 / 2º Trim 2024


O Semeador e a sua Semente
21 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Mateus 13.1-9,18-23

A MENSAGEM
“Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um.” Mateus 13.8

DEVOCIONAL
Segunda » Sl 126.5,6
Terça » Mt 28.19,20
Quarta » Lc 8.11-15
Quinta » Mc 4.8,9
Sexta » Gl 6.7-9
Sábado » Jo 15.1-4

OBJETIVOS
ENSINAR ao adolescente sobre o valor da Palavra de Deus e acerca do poder transformador das Escrituras na vida de quem nela crê;
DESCREVER a condição dos solos apresentados na parábola e sua relação com o coração humano;
GRATIFICAR a importância da frutificação no Reino de Deus.

EI PROFESSOR !
Como já dizia o saudoso Pastor e Teólogo Pentecostal Antônio Gilberto “A Escola Dominical não é uma parte da igreja; é a própria igreja ministrando ensino bíblico metódico”. Essa é a razão pela qual, você deve se dedicar ao estudo metódico e sistemático das Sagradas Escrituras, a fim de compartilhar com zelo, profundidade e amor a revelação de Deus aos seus alunos. A Escola Dominical é o departamento da igreja local que consegue evangelizar enquanto ensina, cumprindo de forma exemplar a Grande Comissão. Honre a Jesus e a liderança da igreja local que te escolheu e confiou uma classe para você compartilhar a sã doutrina”. Deus te abençoe!

PONTO DE PARTIDA
Durante seu ministério, Jesus se deparou com pelo menos quatro grupos de pessoas: (1) os adversários; (2) as multidões; (3) o discípulo traidor, Judas; e (4) os demais discípulos. Todos eles, de alguma maneira, receberam a semente do Evangelho. Entretanto, conforme observamos nos relatos dos evangelistas, apenas alguns creram e frutificaram para o Reino de Deus. Na aula de hoje analisaremos a parábola do semeador. Ela também é chamada de “parábola dos solos ou terrenos , devido à ênfase que se dá aos terrenos cujas sementes foram lançadas com o objetivo de produzirem frutos. Essa é uma ótima oportunidade para você semear a Palavra de Deus e cuidar dos corações dos seus alunos. Tenha uma ótima aula!

VAMOS DESCOBRIR
Você já plantou alguma semente? Você sabe como uma semente nasce, cresce e se torna uma planta? Na aula de hoje vamos falar sobre a história de um agricultor que semeou muitas sementes, porém, nem todas deram os frutos esperados, pois alguns dos solos em que foram semeadas estavam com problemas. Que tal descobrirmos juntos o que essa história contada por Jesus tem a ver com a nossa vida e, em especial, com o nosso coração?

HORA DE APRENDER
A parábola desta lição faz parte de um conjunto de outras seis parábolas, narradas por Mateus, no capítulo treze, que se propõe a falar sobre o Reino de Deus. Ela nos descreve como a Palavra é pregada ou lançada, como uma semente, ao coração das pessoas.

I – SEMEADOR E A SEMENTE
Como você pode observar na Leitura bíblica, essa história acontece em um cenário rural. Há um homem que carrega sementes. Conforme ele caminha, cada grão caí em um lugar diferente. E assim, o semeador vê desfechos distintos para cada semente. Vamos começar entendendo o significado de dois elementos centrais: o semeador e a semente.

1- O semeador é quem prega a Palavra.
Embora o semeador não seja identificado por Jesus em sua explicação da parábola (Mt 13.18-23), ele é indispensável, pois é aquele que lança a semente ao solo esperando a frutificação. Jesus queria que seus ouvintes entendessem que além dEle, todo discípulo, que prega a Palavra de Deus, é um verdadeiro semeador. Quem semeia a Palavra pode estar sobre um púlpito, numa roda de amigos na escola ou num ambiente virtual. Não importa sua idade, classe social ou origem. Afinal de contas, quem carrega consigo a semente da Palavra de Deus e a espalha entre as pessoas é como o semeador dessa parábola. Você tem sido um semeador no Reino de Deus? Caso não, ainda dá tempo. Use todas as oportunidades para semear a Palavra de Deus aos corações dos seus conhecidos. Crie grupos de evangelização com outros adolescentes e anuncie a Palavra com responsabilidade e criatividade. Seja um semeador!

2- A semente é a Palavra.
Não há no texto uma preocupação em se dizer o tipo ou a qualidade da semente, uma vez que ela é única, exclusiva; ela é, na explicação de Jesus, a Palavra de Deus. A boa notícia a ser semeada é que “[…] Deus não leva em conta os pecados dos seres humanos e, por meio de Cristo, ele está fazendo com que eles sejam seus amigos. E Deus nos mandou entregar a mensagem que fala da maneira como ele faz com que eles se tornem seus amigos” (2 Co 5.19). Essa semente, quando semeada e recebida em nosso coração, germina e cria raízes profundas que transformam toda nossa maneira de ser. Permita que o Evangelho crie raízes profundas no seu coração; se alimente diariamente desta Palavra e seja fortalecido por ela. Esta Palavra é lâmpada para os pés (Sl 119.105), fonte de alegria (Sl 119.162), alimento (Mt 4.4; 1 Pe 2.2), e vida (Hb 4.12; 1 Pe 1.23-25).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO

O SEMEADOR
“O contexto da parábola indica o próprio Cristo como “o semeador”. No texto está escrito que: “o semeador saiu a semear” (v. 3). Por que? Ao analisar as circunstâncias anteriores no capítulo 12, vemos que Jesus havia se deparado com muita oposição e dureza de coração daqueles ouvintes. Sua mensagem não havia sido bem aceita, especialmente pelos escribas e fariseus que sempre buscavam algo para acusá-lo. Muitas pessoas foram até Ele, e já era o fim da tarde quando Cristo entrou num pequeno barco e dali passou a falar a multidão desejosa pelos seus ensinos. O ponto de partida da interpretação acerca de quem era o semeador tem um caráter particular, porque indica subjetivamente o próprio Cristo como “o semeador”. Todavia, essa característica particular da interpretação não impede que se de um sentido genérico aos cristãos como “semeadores”. Não acrescenta nem fere os princípios hermenêuticos que regem a interpretação dessa parábola” (CABRAL, Elienai. Parábolas de Jesus – Advertências para os dias de hoje. Rio de Janeiro: CPAD, Ia Ed. 2005, p 16). EBD Adolescentes | 2° Trimestre De 2024 | Tema: As Parábolas de Jesus são Vivas | Lição 03: O Semeador e a sua Semente | Escola Biblica Dominical | CPAD

II – QUEM VÊ SOLOS, VÊ CORAÇÕES
Na parábola, as sementes caíram em lugares diferentes: algumas à beira do caminho, outras entre as pedras, algumas entre espinhos e uma parte caiu em uma boa terra. Jesus destacou que, apesar de serem sementes do mesmo tipo, houve quatro desfechos diferentes, de acordo com o lugar em que foram semeadas. Como veremos a seguir, os quatro tipos de solos representam o coração humano e suas respectivas respostas à pregação do Evangelho.

1- Solo à beira do caminho. 
Esse terreno, em tempo de secas, era duro como concreto. A semente não adentrava a terra e acabava ficando exposta a ser pisoteada ou comida pelos pássaros. Na história, esse solo representa aquele cujo coração a Palavra não consegue adentrar. Esse ouvinte até ouve a Palavra, mas de acordo com Jesus, “não a entende” (Mt 13.19), e nem se interessa por entender. Então, o Diabo vem e lhe tira a semente e, consequentemente, não frutifica.

2- Solo cheio de pedras e pouca terra. 
Essas pedras, citadas na parábola, não estão expostas na superfície do terreno, como alguns pensam. Pelo contrário, Jesus está descrevendo um terreno com uma camada rochosa sob a superfície do campo, coberta por uma camada pequena de terra, fazendo com que o crescimento da planta seja rápido, porém superficial, pois não criou raízes profundas, em função das pedras escondidas (vv. 5,6). Representa aquele coração que responde positivamente à Palavra com entusiasmo emocional, porém, de modo superficial, pois suas raízes não alcançaram profundidade, devido às pedras escondidas. Como consequência, a sua caminhada é curta, sua decisão é oscilante e seu compromisso é frágil, sendo interrompido rapidamente. Logo, a angústia e a perseguição os fazem abandonar a fé, não chegando ao ponto de frutificar (vv. 20,21).

3- Solo cheio de espinhos.
Esse terreno repleto de espinhos é altamente prejudicial para as sementes, pois os espinhos sufocam a semente boa, tirando dela todo seu nutriente, espaço e luz. Assim também é o ouvinte cujo coração foi seduzido pelas coisas dessa vida, como disse Jesus “[…] as preocupações deste mundo e a ilusão das riquezas sufocam a mensagem, e essas pessoas não produzem frutos” (v.22). Como bem nos ensinou o Senhor: “onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês” (Mt 6.21). Neste terreno, o fruto do Reino também não aparece; as prioridades e pensamentos estão exclusivamente nas coisas terrenas.

4- Solo fértil.
Essa terra é o sonho de consumo de todo agricultor, pois é uma terra boa para o plantio. A semente consegue adentrar o solo, ficando longe dos pássaros; suas raízes se aprofundam na terra, alimentando-se dos seus nutrientes e, longe das ervas daninhas, seus frutos aparecem abundantemente, pois trata-se de uma terra preparada (vv. 8,23). Este terreno representa o ouvinte cujo coração tem fome e sede de Deus; que ouve, aceita, entende e pratica a Palavra em sua vida.

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICA
Ao final deste tópico é importante que você, professor (a), produza a seguinte reflexão com seus alunos: “O nosso coração é como um terreno que pode receber uma semente e produzir frutos, como também poderá desenvolver dureza, superficialidade e rejeição a qualquer tipo de semente”. Pergunte a eles de forma retórica, apenas para refletirem: “Que tipo de coração é o seu?” Em seguida, leia o seguinte trecho para a turma: “Os quatro tipos de solos representam as diferentes respostas que podemos dar em relação à mensagem de Deus. Respondemos de formas diferentes por termos diferentes disposições quanto a Deus.
Algumas pessoas são duras, e outras são superficiais. Há também as que estão contaminadas por cuidados que as deixam distraídas quanto ao Reino de Deus e ainda as que são receptivas a mensagem. Estas são transformadas pelo Espírito Santo” (Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal, CPAD, p.1091). Após alguns segundos de reflexão, termine orando para que o Espírito Santo trabalhe nos corações a fim de que os adolescentes sejam permanentemente regados e cuidados por Ele e o arrependimento seja uma resposta diária de nossa alma ao Senhor que nos perdoou e salvou. Conclua com eles dizendo: “Que o nosso coração seja terra fértil para glória de Deus”.

III – A NECESSIDADE DE FRUTIFICAÇÃO
A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos. Não podemos aceitar uma vida cristã infrutífera, pois as palavras de Jesus aos seus discípulos são claras: “toda árvore que não dá frutas boas é cortada e jogada no fogo” (Mt 7.19). Cada pessoa tem a oportunidade de ser um instrumento de Deus para impactar a sociedade, mas para isso, Deus espera dela uma resposta comprometida com o seu Nome, seu Reino e sua Vontade (Mt 6.9,10). Não podemos nos esquecer de quem nos escolheu e para qual propósito: “não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca” (Jo 15.16a).

III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Termine a aula de hoje fazendo a seguinte reflexão com seus alunos: “Todo agricultor sabe que de nada adianta uma semente produzir um talo que consegue chegar até a superfície, ou brotar algumas folhas ou mesmo crescer o suficiente, se o tão esperado fruto para o qual ela foi plantada nunca cresce. Mas cedo ou mais tarde o lavrador tomará alguma atitude em relação à árvore infrutífera. Assim também somos nós, o Senhor aguarda os nossos bons frutos, afinal de contas, a Palavra semeada em nossos corações é viva e poderosa para transformar pecadores em pessoas arrependidas, fiéis e frutíferas no Reino de Deus”.

CONCLUSÃO
De acordo com a parábola, dos quatro solos, apenas um, o fértil, produziu frutos para colheita (Mt 13.23). Como é possível observar, o importante não é a quantidade em si, mas a necessidade de frutificar. Não aceite uma vida improdutiva no Reino de Deus. Cresça e produza frutos dignos de arrependimento no lugar onde você foi plantado por Deus.

VAMOS PRATICAR
1- Além de Jesus, quem mais pode ser entendido como o semeador da parábola? 
Todo discípulo que prega a Palavra de Deus.

2- Complete a frase abaixo:
“A Palavra de Deus semeada em nossos corações deve ser cultivada a fim de produzir bons frutos

3- Marque com um “X” os lugares nos quais você pode semear o Evangelho:
(x) Redes sociais
(x) Escola
(x) Casa
(x) Praças

4- Relacione as colunas, de acordo com a lição:
(A) Solo à beira do caminho
(B) Solo cheio de pedras e pouca terra
(C) Solo cheio de espinhos
D) Solo fértil
(B) coração superficial
(D) coração com fome e sede de Deus
(A) coração impenetrável
(C) coração seduzido

PENSE NISSO
Hoje vimos a importância da Palavra de Deus e o seu poder transformador na vida de quem nela crê. Jesus espera que aqueles que se relacionam com Ele creiam em sua Palavra, que sejam obedientes e produzam abundantemente frutos para glória do seu nome. Seja você uma benção para o Reino de Deus e frutifique sempre.

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quinta-feira, 11 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 2 / 2º Trim 2024


Uma História sobre a Oração
14 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Lucas 11.1-13

A MENSAGEM
Por isso eu digo: peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.” Lucas 11.9

DEVOCIONAL
Segunda » Hb 5.7
Terça » Sl 4.3
Quarta » Mt 6.7-13
Quinta » Mt 21.22
Sexta » Lc 18.1-8
Sábado » Fp 4.6

OBJETIVOS
ENSINAR ao adolescente sobre a importância da oração;
ESTIMULAR a prática da perseverança na oração;
SALIENTAR a bênção de se viver uma vida de oração.

EI PROFESSOR !
A oração está para o discípulo de Jesus, assim como o ar está para os pulmões. É impossível pensar em vida espiritual saudável, sem uma vida de oração abundante. Orar não é uma opção para os cristãos, é uma necessidade básica e vital. Inúmeras pessoas morrem por insuficiência respiratória todos os dias. Da mesma forma, muitos cristãos estão mortos espiritualmente, pois não oram mais. Considere, ninguém em plena saúde, diz: ‘‘hoje eu não vou respirar, estou cansado . Igualmente, como cristãos, não podemos deixar de orar porque estamos cansados ou atarefados. Não pare de orar! E lembre-se, seus alunos precisam de você e de sua oração perseverante. Entregue-os constantemente diante de Deus.

PONTO DE PARTIDA
Todos os homens e mulheres que caminharam com Deus consideravam a oração a atividade principal da vida. Eles oravam sozinhos e acompanhados. Ensinar essa disciplina aos adolescentes não é uma tarefa tão simples, mas também não é impossível. Por essa razão, sugerimos que no início da aula de hoje você divida sua classe em duplas ou trios de oração e dê um momento para eles orarem entre si. O ideal é que eles compartilhem motivos de oração (ex.: salvação dos pais, renovação espiritual, batismo com o Espírito Santo, etc). Eles precisam ter uma experiência com o Deus que nos ensina a orar e que diz que ouve e responde a nossa oração. Ao final da aula, estimule seus alunos a orar uns pelos outros com regularidade. Boa aula!

VAMOS DESCOBRIR
Jesus Cristo fez do oração uma atividade permanente em seu ministério. Ele falava com o Pai incessantemente. Tal prática fez com que seus discípulos se interessassem pela oração e o pedissem que os ensinassem a orar. Ele é uma inspiração para todos nós. Hoje vamos conversar sobre a importância da oração na vida do discípulo de Jesus, bem como acerca da necessidade de se perseverar em oração. Você está pronto para aprender?

HORA DE APRENDER
Você sabia que Lucas é o evangelista que mais falou sobre oração em comparação a Mateus, Marcos e João? Seu livro dá uma ênfase tão grande à oração que é considerado o “Evangelho da Oração”. Veremos através do capítulo 11 de Lucas o que o Senhor tem a nos ensinar sobre essa importante disciplina espiritual.

I – A IMPORTANCIA DA ORAÇÃO

1- Jesus, um homem de oração. 
No Evangelho escrito por Lucas, vemos Jesus orando em seu batismo (3.21); num lugar deserto (5.16); antes de escolher os doze apóstolos (6.12,13); sozinho (9.18); acompanhado no monte da transfiguração (9.28,29); ensinando a orar e a perseverar em oração (11.1-9); orando por Pedro (22.31,32); orando por si mesmo (22.41,42); por seus inimigos (23.34); e, também, clamando antes de morrer (23.46). Mesmo sendo o Filho Unigênito do Pai, Jesus orava constantemente. Lendo todos esses textos, fica mais do que evidente que a oração não era um “faz de conta” na vida de Jesus. Pelo contrário, era algo profundamente essencial. Afinal, antes de falar sobre oração, Ele orava; antes de falar sobre o Pai, Ele falava com Deus. Ele foi um verdadeiro exemplo de homem de oração. Siga os passos do Mestre e seja você também um adolescente de oração!

2- Jesus, um homem disponível a ensinar.
Além da oração, outra característica marcante da vida de Jesus é a sua capacidade e disponibilidade em ensinar. Ele ensinava no templo (Lc 19.47), nas sinagogas (Mt 4.23), nas casas (Lc 7.36,40), no monte (Mt 5.1,2), na beira de um poço (Jo 4.6,7), e em tantos outros lugares. O Mestre não desprezava um coração sedento por aprender. Em Lucas 11.1, vemos que após ser visto novamente orando, um dos seus discípulos resolveu “matricular” todos na escola da oração ao dizer: “Senhor, nos ensine a orar” (Lc 11.1). Você já se matriculou nesta escola? Aproveite, pois ainda há vagas; essa disciplina mudará sua vida! Assim como os discípulos, todos nós devemos aprender a orar. E você pode pedir a ajuda ao Espírito Santo, pois Ele irá te ensinar.

3- A oração ensinada por Jesus.
Jesus ensinou uma bela oração que podemos ler em Lucas 11.2-4, que muitas vezes é chamada de “a oração do Pai Nosso”. Através dela, Ele nos ensina três importantes lições:
a) O primeiro princípio é que podemos chamar Deus de Pai
O Deus a quem oramos não deve ser tratado como um ser distante e indiferente a nós; Ele deve ser visto como alguém próximo e amoroso: o nosso “Pai”, ou melhor, “Paizinho”. Pode parecer infantil essa expressão, mas ela manifesta com precisão o direito e o privilégio que temos por sermos seus filhos (Rm 8.15; Gl 4.6). Através de Jesus Cristo, fomos inseridos na Família de Deus.
b) O segundo princípio é que deve haver o reconhecimento e a exaltação de Deus. Jesus disse “Pai, que todos reconheçam que o teu nome é santo” (Lc 11.2). O nome de Deus não é apenas uma combinação de letras. Seu nome representa sua pessoa, seu caráter e, por isso, devemos honrar a sua santidade em toda nossa maneira de viver. Jesus também declarou “Venha o teu Reino” (v.2). Pedir pelo Reino é orar pela sua “presença e manifestação agora. Isso inclui a operação do poder de Deus entre o seu povo para destruir as obras de Satanás, curar os enfermos, salvar os perdidos, promover a justiça e derramar o Espírito” (BEP).
c) O terceiro princípio é que deve haver uma entrega total de todas as nossas necessidades ao Pai. A necessidade de ordem material (o pão cotidiano), espiritual (o perdão dos pecados) e a necessidade moral (o livramento do mal) precisam ser apresentadas a Deus em oração (vv. 3,4).

I – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Estima-se que os brasileiros investem cerca de 5 horas por dia em sites e programas de interação com outras pessoas. Os aplicativos mais usados são o WhatsApp (aproximadamente 30 horas por mês) e o Facebook (aproximadamente 15 horas por mês). —Esses dados nos levaram ao segundo lugar do ranking global dos países com maior tempo de uso das redes sociais, perdendo apenas para a Indonésia. Ao apresentar esses dados, não há nenhuma tentativa de demonizar a internet e a utilização de redes sociais. Pelo contrário, a reflexão que devemos fazer é como tem ficado a nossa vida de oração diante de imersão nas redes sociais? Será que temos gasto proporcionalmente a mesma quantidade de tempo, concentração e envolvimento na oração? Este é um oportuno momento para incentivar os alunos à prática da disciplina da oração e leitura da Palavra. Ajude-os a reverem suas prioridades. Ensine-os a interagiram de forma saudável com as redes sociais, administrando bem o tempo e priorizando a Deus. Esteja atento e disponível para auxiliá-los.

II – UMA HISTÓRIA SOBRE PERSEVERANÇA NA ORAÇÃO
Após ensinar os seus discípulos a orarem, Jesus contou uma história a fim de destacar a importância da perseverança na oração. Na parábola, temos a presença de três personagens: o viajante que chega a meia-noite de surpresa; seu amigo, que irá hospedá-lo, mas que não tem pão em casa para recebê-lo adequadamente; e o vizinho, pai de família, que já está deitado e não quer ser importunado (Lc 11.5-7). De acordo com a cultura judaica da época, o amigo hospedeiro tinha o dever sagrado de oferecer uma boa estadia ao amigo viajante, o que incluía um lugar para passar a noite e uma alimentação adequada. Faltando o que comer, ele sai ao encontro do vizinho para lhe pedir pães emprestados. Entretanto, mesmo diante de uma porta fechada, (um claro sinal de que o dono da casa já se recolhera para descansar), correndo o risco de ser taxado de inconveniente, ele insistentemente pede ajuda ao vizinho. O amigo não demonstra qualquer amizade pelo vizinho hospedeiro e, embora não lhe negue os pães, está decidido a ficar deitado com seus filhos (v.7).

Mas de acordo com Jesus, a insistência do hospedeiro fará com que o seu vizinho lhe atenda (v.8). Antes que você pense em vincular a ideia de Deus à imagem do vizinho que está deitado com seus filhos, com as portas trancadas sem disposição para levantar, é importante que você entenda que não é isso que a parábola está dizendo. A proposta da história é nos ensinar por contraste. Ou seja, se até um homem indisposto é capaz de atender um amigo persistente, quanto mais o nosso Pai amoroso que atenderá as orações de seus filhos que perseverantemente lhe clamam. A lição é que a oração perseverante produz grandes resultados.

II -AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Esta parábola incentiva abertamente que sejamos persistentes na oração. Não precisamos nos envergonhar de continuar pedindo. Deus eventualmente responderá nossa persistência e atenderá nossa oração, porque Ele verdadeiramente nos ama e cuida de nossas necessidades. Que melhor motivação podemos ter para sermos persistentes na oração? Nosso alvo não deve ser bajular Deus para que ele mude de mente quando Ele diz “não”. Deus não nos retém nada do que precisamos. Ele reserva suas bênçãos mais seletas para os que o estimam e continuam orando até que recebam” (Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro, CPAD, 4a Edição 2006, p. 391).

III – PEÇA, BUSQUE, BATA E RESPOSTA VIRÁ
Se o Filho de Deus não abriu mão de uma vida de oração enquanto esteve na Terra (Hb 5.7), quanto mais nós, que somos frágeis e limitados. Não podemos desprezar essa disciplina espiritual tão importante para vida cristã. Devemos orar o tempo todo (Ef 6.18; 1 Ts 5.17). Jesus exorta seus discípulos a continuarem pedindo e buscando em oração (Mt 7.7,8). Através dessa parábola, em outras palavras, Jesus estava dizendo: não procurem o Pai apenas quando surgirem situações emergenciais à meia noite; antes, permaneçam em comunhão com Deus através das orações constantes.

Sabendo que há promessa para os que pedem (receberão) e buscam (acharão) e batem (Lc 11.9,10). É importante destacar que Jesus não está dizendo que Deus sempre dará aquilo que pedimos. Afinal de contas, muitas vezes os motivos de nossos pedidos são maus (Tg 4.3). Na verdade, Jesus está ensinando que Deus responderá ao filho que ora. Mas, nem sempre essa resposta estará em conexão com a nossa vontade. O Pai Celestial pode dizer “Sim”, “Não” ou “Espere”. Sua vontade é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Ela sempre será a nossa melhor resposta. Por isso, não importa qual seja a sua situação, continue orando!

III – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Termine a aula de hoje lendo a frase do irmão Warren Wiersbe que diz: “orar é pedir que Deus nos use para realizar aquilo que ele deseja, de modo que seu nome seja glorificado, seu reino seja expandido e fortalecido, e sua vontade seja feita”. Após, diga aos alunos que Deus os chamou para se relacionarem com Ele e também para realizarem uma grande obra na Terra. Mas, isso só será possível se eles dedicarem suas vidas à oração. Afinal de contas, como dizia nosso irmão Matthew Henry “quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspirá-lo a orar”. Como último ato, faça um círculo de oração, com os alunos de mãos dadas, e ore junto com eles, pedindo que Deus desperte-os a uma vida de oração. Você pode dar oportunidade para dois ou três adolescentes orar nesse momento. Não se preocupe com o tempo. Lembre-se que orar é mais impactante do que falar e pensar sobre oração.

CONCLUSÃO
Como vimos, a oração é algo maravilhoso, pois é um diálogo com o Pai. Através dela temos o privilégio de rasgar o nosso coração diante de Deus e a garantia de que Ele não apenas nos ouvirá, mas também nos responderá. Aconteça o que acontecer não desista de orar por sua família, sua igreja, seu pastor, seus vizinhos e por seus sonhos. Saiba que o nosso Deus intervém na nossa história. Tenha uma vida de oração.

VAMOS PRATICAR

1- Cite três referências bíblicas sobre oração: Resposta pessoal.

2- Responda com (C) Certo ou (E) Errado:
(E) Jesus não era um homem de oração.
(C) Na oração podemos chamar Deus de Pai.
(C) Na oração deve haver uma entrega total de todas as nossas necessidades ao Pai.

3- Relacione o versículo e a referência bíblica corretamente:
(A) “[…] Senhor, nos ensine a orar […].”
(B) “Mas você, quando orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore ao seu Pai […].
(C) “[…] Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.”
(D) “Orem sempre.

(A) Lucas 11.1
(B) Mateus 6.6
(C) Lucas 11.9
(D) 1 Tessalonicenses 5.17

PENSE NISSO
Você já parou para pensar que os automóveis precisam de combustível para chegar a algum lugar? Eles podem ser velhos ou novos, pintados ou arranhados, sem combustível não vão a lugar nenhum. Assim também somos nós, precisamos do combustível da oração diariamente
para atravessar as dificuldades da vida, chegarmos próximos de Deus e para fazermos a sua vontade.

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sexta-feira, 5 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdos para a Revista da Escola Dominical da Editora CPAD - 2º Trimestre de 2024 - ADOLESCENTES


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Lição: 1 - Jesus, o Mestre que ensinava por Parábolas
Conteúdo
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Lição: 2 - Uma História sobre a Oração
Conteúdo
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Lição: 3 - O Semeador e a sua Semente
Conteúdo
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Lição: 4 - Uma História sobre Graça e Responsabilidade
Conteúdo
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CONTEÚDOS ANTIGOS

quinta-feira, 4 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 1 / 2º Trim 2024


Jesus, o Mestre que ensinava por Parábolas
7 de Abril de 2024



LEITURA BÍBLICA
Mateus 13.10-17

A MENSAGEM
“Então os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: — Por que é que o senhor usa parábolas para falar com essas pessoas?” Mateus 13.10

DEVOCIONAL
Segunda >> Sl 78.1,2
Terça >> Mc 4.11,12
Quarta >> Mc 4.34
Quinta >> Mt 15.15,16
Sexta >> Mc 4.2
Sábado >> Mt 7.28,29

OBJETIVOS
DEFINIR a palavra Parábola;
ENTENDER como as parábolas devem ser interpretadas;
REFLETIR sobre as respostas que as parábolas exigem de nós.

EI PROFESSOR!
Querido (a) professor (a), hoje iniciaremos mais um trimestre cheio de desafios e oportunidades. Esse é um ótimo momento para você reavaliar sua forma de conduzir as aulas, de conhecer melhor seus alunos, bem como de rever seus conteúdos. Aproveite esse tempo precioso para atualizar suas leituras, visitar seus alunos, estudar novos métodos de ensino/aprendizagem e buscar renovação espiritual. Prepare o seu coração e fortaleça sua comunhão com Deus orando e jejuando por seus alunos. Temos certeza que Deus irá lhe usar para ensinar sua poderosa Palavra aos adolescentes. Lembre-se da orientação de Paulo aos crentes de Roma: “Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. […] se é o de ensinar, então ensinemos” (Rm 12.6,7).

PONTO DE PARTIDA
Quem não gosta de ouvir uma boa história? Afinal de contas, boas histórias nos inspiram, divertem, informam e prendem a nossa atenção de uma maneira única e muito especial. Quando bem contadas, elas nos fazem mergulhar no mundo do narrador e interagir com seus personagens, sentindo seus dramas, medos, alegrias e expectativas; inevitavelmente, elas nos conduzem a sentimentos e reflexões profundas. Jesus conhecia o poder das histórias, razão pela qual ele escolheu utilizá-las para cativar a atenção dos seus ouvintes. Essas histórias de Jesus são chamadas de parábolas na Bíblia. Ele ensinava através delas, a fim de provocar uma resposta daqueles que o ouviam. É sobre essas histórias que vamos estudar hoje.

VAMOS DESCOBRIR
Você gosta de ler ou ouvir histórias?
Jesus contava muitas parábolas. Ou seja, Ele contava histórias para ensinar ao povo e aos discípulos sobre as Escrituras. Na aula de hoje, teremos a oportunidade de conhecer melhor esse método, essa forma de ensino tão utilizado por Jesus. Além disso, refletiremos sobre algumas dicas de como interpretar as parábolas adequadamente e veremos o tipo de resposta que essas histórias esperam daqueles que as ouvem.

HORA DE APRENDER
Estudiosos do Novo Testamento afirmam que cerca de um terço das Palavras de Jesus encontradas nos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos e Lucas foram transmitidas através de parábolas. Você sabia disso? Isso mostra que essa forma de compartilhar verdades foi devidamente pensada e aplicada por Jesus. Por essa razão, na aula de hoje, refletiremos sobre o significado, o propósito e a aplicação das parábolas para nós, cristãos do século XXI.

I – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS COM PROPÓSITOS

1- O que é uma Parábola.
Essa expressão vem do grego parabole que significa “colocar as coisas lado a lado”, com a finalidade de fazer uma comparação entre elas. Sendo assim, podemos dizer que uma parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra realidade. As parábolas já eram utilizadas em abundância no ambiente cultural judaico da Antiga Aliança. A parábola de Jotão (Jz 9.7,8), a história contada pelo profeta Natã a Davi, a fim de confrontar o rei com o seu pecado (2 Sm 12.1-15) e a vinha e as uvas citadas pelo profeta Isaías (Is 5.1-7) são alguns exemplos do uso delas no Antigo Testamento.

No Novo Testamento não é diferente, temos inúmeras parábolas. Dentre elas, destacaremos apenas aquelas que serão analisadas ao decorrer do trimestre: a parábola do amigo importuno (Lc 11.5-13); do semeador (Mt 13.1-23); do empregador mau (Mt 18.23-35); das sementes (Mc 4. 26-34); dos dois filhos (Mt 21.28-32); da ovelha perdida (Lc 15.4-7); das dez moças (Mt 25.1-13); da figueira estéril (Lc 13.6-9); do bom samaritano (Lc 10.25-37); dos dois alicerces (Mt 7.24-27); do rico insensato (Lc 12.13-21); e do filho pródigo (Lc 15.11-32).

2- O propósito das Parábolas
Parábolas não são histórias contadas para entreter ou distrair pessoas. De acordo com Jesus, sua finalidade era: esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (os que creem), conforme podemos ler em Marcos 4.10-12. Podemos perceber que Jesus não estava disposto a “dar pérolas aos porcos”. Afinal de contas, Ele conhecia perfeitamente as pessoas que diariamente vinham ao seu encontro. Sabia quem estava rejeitando deliberadamente sua mensagem e quem possuía um coração acolhedor para se tornar um discípulo. Sendo assim, as mesmas parábolas que serviam para iluminar a compreensão daquele cujo coração estava aberto às verdades do Reino de Deus, funcionava como um juízo divino contra aqueles que recebiam seu ensinamento com incredulidade.

I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
Prezado (a) Professor (a), ao falar sobre o primeiro tópico da lição é bom que se tenha em mente as palavras do teólogo Klyne Snodgrass, ao dizer que “o objetivo imediato de uma parábola é ser algo bastante atraente e, ao ser atraente, ela redireciona a atenção e desarma o ouvinte. O objetivo final de uma parábola é despertar uma compreensão mais profunda, estimular a consciência e levar os ouvintes a uma ação […]. As parábolas bíblicas revelam o caráter e a maneira como o nosso Deus age; mostram também o que é a humanidade e o que ela deve – e pode – se tornar. As parábolas não são meramente historietas informativas. Da mesma forma que os profetas que o antecederam, Jesus falava por meio de parábolas para
despertar o raciocínio e estimular uma reação das pessoas em relação a Deus. As parábolas normalmente atraem os ouvintes, provocam reflexão e geram ação”(SNODGRASS, Klyne. Compreendendo todas as parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p 34).

II – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE PRECISAM DE INTERPRETAÇÃO
As parábolas são histórias importantes que foram contadas por Jesus – o nosso Salvador. Por isso, elas merecem toda a nossa atenção e dedicação. Assim, a grande pergunta que precisamos responder é: o que devemos ou não fazer ao interpretar uma parábola? Vamos destacar aqui algumas dicas:

1- Devemos considerar o contexto.
É necessário estudar o contexto histórico da parábola, considerando as questões sociais, religiosas, políticas e geográficas envolvidas na história. Com esse exercício nos esforçamos para entender a parábola, prestando atenção aos detalhes que Jesus destacou, quando contou cada uma para as pessoas da sua época.

2- Devemos considerar o que está na parábola, não o que foi omitido dela.
Qualquer tentativa de interpretar uma parábola considerando aquilo que não foi dito ou está ausente, corre o risco de estar equivocada. É como pensarmos no sentimento da mãe que foi omitida na parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32) ou no tamanho das lamparinas das moças loucas (Mt 25.1-13). Os elementos ausentes são dispensáveis para o entendimento da parábola. Precisamos nos deter naquilo que é essencial.

3- Devemos evitar a alegorização excessiva.
Alegoria é uma forma de linguagem utilizada para representar um significado, de forma figurada. Algumas pessoas, quando leem uma parábola na Bíblia, tentam buscar significados de cada detalhe. Por exemplo, na parábola do “bom samaritano” é comum algumas pessoas
tentarem atribuir significados figurados ao azeite, ao vinho ou à estalagem quando a proposta inicial da parábola era responder à pergunta acerca do próximo (Lc 10.29).

II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“O método é entendido como um caminho a percorrer com o objetivo de atingir um fim. A palavra deriva do termo “metodologia”, que significa a “arte de dirigir o espírito na investigação da verdade, ou, a orientação para o ensino de uma disciplina”. Assim, o método interpretativo de estudo tem por objetivo descobrir e demonstrar a verdade, pois a interpretação textual é uma arte que visa explicar detalhadamente um texto. Isso resume o sentido da interpretação de texto. A ideia essencial da interpretação aponta para a explicação detalhada de um texto, ou seja, “o estudo de tudo que está escrito na ‘linha’ (aquilo que o texto literalmente diz – tudo que está explícito) e na ‘entrelinha’ (espaço entre duas linhas), ou seja, tudo que está implícito, e que, muitas vezes, não foi dito por questões políticas, morais, ideológicas, sociais ou religiosas”.

Outra ideia de interpretação aponta para a chegada ao sentido claro do texto através de uma análise detalhada e profunda dele. “Quer deseje ou não, todo leitor é, ao mesmo tempo, um intérprete.” No contexto bíblico, a interpretação não é uma atividade complexa, pelo contrário, “a maior parte da Escritura é, na verdade, de fácil entendimento. Ninguém precisa ser versado nos originais para compreender o seu propósito salvífico. Sua mensagem é basicamente simples. Todo aquele que dela se aproxima pode ser educado na justiça. Contudo, existem certas partes que não são de tão fácil compreensão, sendo de suma importância que o intérprete leitor, tenha algumas qualificações, sendo tais intelectuais, educacionais e espirituais. Em suma, o método interpretativo é a maneira ordenada de entender um texto. Trata-se de um procedimento que obedece alguns passos, cujo objetivo é chegar a uma conclusão. Existe, no entanto, uma diferença entre “interpretar” e “compreender” o texto, que consiste, respectivamente, na análise e inferência do que está escrito.

Para compreender um texto se faz necessário analisar o que está escrito literalmente, mas para interpretá-lo faz-se necessário entender sua subjetividade. Assim, no trabalho de
compreensão do texto estão envolvidos os aspectos explícitos do texto; já no da interpretação, os aspectos implícitos do texto […]. Para compreender e interpretar um texto bíblico se faz necessário entender que a Palavra de Deus foi revelada numa linguagem humana e, por isso, devemos considerar os princípios interpretativos que esclarece histórico e gramaticalmente os textos de qualquer natureza” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.5,7).

III – PARÁBOLAS: HISTÓRIAS QUE EXIGEM UMA RESPOSTA.
As parábolas de Jesus convocavam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus. A finalidade do ensino por parábolas era levar as pessoas a assumirem uma vida compromissada com Deus, santa, digna. Cada história desafiava os ouvintes a abandonarem os pecados e a viverem em obediência às Escrituras. Jesus é o Mestre dos mestres e cada um dos seus ensinamentos deve ser valorizado, honrado e seguido.

III – AUXÍLIO DIDÁTICO
“A parábola é uma “narração alegórica que encerra uma doutrina moral” e tem como propósito facilitar a compreensão de uma mensagem através do compartilhamento de uma história, fixando assim conceitos essenciais em nossa mente, e isto é possível, uma vez que a parábola contém sempre uma lição central. Para Champlin ‘parábola’ “indica, literalmente, comparação, e é comumente usada para indicar uma história breve, um exemplo esclarecedor, que ilustra uma verdade qualquer”. Assim, a parábola é uma história que objetiva que algo seja claramente compreendido a partir de uma ilustração com base na situação vivencial da vida comum. A parábola é diferente de uma fábula e de um mito. Sobre a diferença existente entre a parábola e a fábula, Champlin destaca que “a fábula é uma forma de história ilustrativa fictícia e que ensina através da fantasia, mediante a apresentação de animais que falam ou de objetos animados. A parábola nem sempre lança mão de histórias verídicas, mas admite a probabilidade, ensinando mediante ocorrências imaginárias, mas que jamais fogem à realidade das coisas”. É por isso que seus fechamentos sempre exigem uma resposta prática dos ouvintes” (GABY, Wagner Tadeu; GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 208, p.14).

CONCLUSÃO
Sinta-se hoje desafiado a ouvir e a aplicar as palavras de Jesus em sua vida diária. Seja um discípulo dedicado do Senhor em casa (no trato com seus familiares), na escola (na relação com seus colegas e professores), nas redes sociais e, principalmente, na igreja. Abra o seu coração para aprender mais sobre o Senhor Jesus e sobre o Reino de Deus. As parábolas de Jesus são vivas e têm muito a nos ensinar. Entenda que cada parábola é uma convocação de Jesus à uma decisão para o arrependimento e para vivermos uma vida de fé, esperança e amor.

VAMOS PRATICAR
1- O que é uma parábola?
Uma parábola é uma espécie de comparação, tirada do cotidiano da vida, para esclarecer outra realidade.
2- Quais os dois objetivos das parábolas ensinados por Jesus aos discípulos? 
A finalidade de Jesus era esconder a verdade das pessoas satisfeitas consigo mesmas (as incrédulas) e revelar a verdade às pessoas que tinham fome e sede de justiça (as que creem).
3– Cite os dois princípios necessários para se interpretar corretamente uma parábola.
São eles: (1) Considerar o contexto e (2) considerar o que está na parábola, e não o que foi omitido dela.
4- De acordo com a lição, descubra o erro na frase abaixo e reescreva-a corretamente: “As parábolas de Jesus convocam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão apenas com a verdade revelada através delas.” 
“As parábolas de Jesus convocavam homens e mulheres, jovens e adultos a tomarem uma decisão, não apenas com a verdade revelada através delas, mas, sobretudo, com a pessoa que as ensinava: Jesus.”

PENSE NISSO
Você sabia que Jesus era um especialista na arte de contar histórias inteligentes? Sem dúvidas Ele era o melhor! Saiba que essas histórias não eram contadas para entreter a multidão ou os seguidores de Jesus, mas para desafiá-los a tomarem uma atitude. Preparado para ser desafiado também? Então, fique atento às palavras de Jesus que estão na Bíblia e
às grandes histórias que vamos estudar nesta revista.

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

terça-feira, 26 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 13 / 1º Trim 2024


As Promessas Bíblicas para os Salvos
31 de Março de 2024



LEITURA BÍBLICA
João 14.1-3

A MENSAGEM
“E o que o próprio Cristo prometeu dar a todos nós foi isto: a vida eterna.” 1 João 2.25

DEVOCIONAL
Segunda » Dt 28.8
Terça » Ef l.3
Quarta » Hb 4.9
Quinta » 2 Pe 1.4
Sexta » 1 Ts 4.16,17
Sábado » 2 Pe 3.9

OBJETIVOS
COMPREENDER o que é a prosperidade bíblica;
ENTENDER quais são as principais bênçãos espirituais à disposição dos crentes;
CONHECER as bênçãos celestiais.

EI PROFESSOR!
A Bíblia apresenta muitas bênçãos que vêm da parte de Deus para os seus filhos e filhas. Deus é um Pai bom. generoso e misericordioso. Além da maravilhosa salvação, que recebemos por Sua Graça, Ele ainda nos dá bênçãos espirituais, materiais e celestiais. Certamente você já recebeu alguns presentes da parte de Deus. Então, que tal fazer um exercício de gratidão. Faça uma lista das bênçãos que você recebeu de Deus nos últimos meses. Pense com carinho e reflita com atenção. Anote, mesmo as bênçãos mais simples. É após, ore ao Senhor e agradeça uma por uma. Glorifique a Deus por sua bondade.

PONTO DE PARTIDA
Chegamos à última aula do trimestre. Glória a Deus! Você e seus alunos tiveram uma grande jornada de aprendizagem e crescimento. Antes de iniciar a lição, recorde eles os melhores momentos e as boas experiências que vocês tiveram nos últimos meses. Separe um tempo para celebrar, agradecer a Deus e assim, promover uma confirmação positiva da presença de cada aluno (a) na Escola Dominical. Parabenize os alunos (as) que não tiveram nenhuma falta. Se possível, organize um lanche especial para encerrar e incentive a participação de todos no próximo trimestre.

VAMOS DESCOBRIR
Hoje vamos aprender o que Deus prometeu nos dar se formos fiéis a Ele até o fim. Trataremos, a princípio, sobre bênçãos materiais. Quem não precisa de uma coisa ou outra? E como é bom quando as recebemos. Depois subiremos mais um degrau: estudaremos algumas bênçãos espirituais: salvação, batismo com o Espírito Santo e dons espirituais. No tópico final, subiremos outro nível e falaremos das bênçãos celestiais — as eternas — que jamais perderemos.

Hora de Aprender

I – BÊNÇÃOS MATERIAIS
Você sabe que é a prosperidade bíblica? Prosperidade não é a ausência de problemas. Jesus disse aos discípulos que eles — por renunciarem ao mundo para servi-lo — receberiam nesta vida cem vezes mais (Mc 10.30). Ou seja, o seguidor de Jesus que é fiel é uma pessoa abençoada e próspera; entretanto, poderá enfrentar dificuldades na vida. Ser próspero, assim, significa ser bem-sucedido ou viver bem, mesmo enfrentando alguns problemas (Sl 1.3). Portanto, a pessoa próspera não é, necessariamente, aquela que possui riqueza e saúde, mas sim a que tem todas as suas necessidades de ordem espiritual e material supridas em Cristo. Jesus, os apóstolos e a igreja primitiva enfrentaram muitos momentos de dor e de dificuldades. Vemos na Bíblia ensinamentos claros sobre as desaventuranças da vida cristã. Por exemplo, em Mateus 5.11, Jesus alerta sobre os caluniadores; Paulo também instrui a Timóteo a cerca de uma possível perseguição (2 Tm 3.12) e compartilha que foi abandonado por seus amigos no pior momento da sua vida (2 Tm 4.16).

Mesmo assim, os seguidores de Jesus nunca ficaram desassistidos a ponto de serem destruídos. Jamais! Mas sempre contaram com a presença de Deus, ainda que passando por dificuldades na vida. Isso aconteceu com eles e acontece conosco também. Que nós, como eles, em tudo sejamos gratos, independentemente dos problemas. Que possamos aprender com as palavras do apóstolo Paulo: “Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’’ (Fp 4.12,13).

I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Muitos cristãos têm perguntado a si mesmos por que não são alcançados pelas bênçãos de Deus (refiro-me aqui às bênçãos materiais); quando passamos a analisar esse assunto dentro do contexto da Palavra de Deus, descobrimos, através dela, o caminho e a maneira correta através dos quais podemos alcançar e sermos alcançados pelas bênçãos que fluem de Deus São inúmeros os exemplos disso, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Eles mostram Deus chamando o homem com dois objetivos: no primeiro, o propósito do Senhor é salvar a sua alma mediante o perdão. A partir daí, todas as bênçãos espirituais que estão em Cristo são liberadas (Ef 1.3). No segundo, o propósito de Deus é nos abençoar materialmente, com tudo aquilo que é necessário para suprir todas as nossas necessidades (2 Cr 14.10; Mt 19.29; Fp 4.19). Em Deus está o poder tanto do querer como do efetuar: ‘Como pensei, assim sucederá; e, como determinei, assim se efetuará’ (Is 14.24b; Fp 2.13), e em nós está o desejo:’… o desejo dos justos Deus o cumprirá’ (Pv 10.24b). É somente crer” (SILVA, Severino Pedro. O crente e a prosperidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 13,14).

II – BÊNÇÃOS ESPIRITUAIS

1- A salvação.
Desfrutar da salvação em Cristo constitui-se em um grande privilégio. Você já pensou quantas pessoas vivem, neste mundo, perdidas, caminhando para o Inferno? Elas, muitas vezes, acham que estão certas nas coisas que fazem, mas quando estiverem diante de Deus, no Último Dia, para serem julgadas, receberão severa condenação. Elas sofrerão os danos da segunda morte. A primeira morte é a natural; àquela que todos enfrentaremos, caso Jesus não volte antes. A segunda morte se refere à eternidade sem Deus; ela é a condenação final, após o julgamento de Deus (Ap 20.14). Que coisa triste, não é? Entretanto, os filhos de Deus não passarão por isso. Ao contrário, viverão para sempre na presença do Pai.

2- O Batismo no Espírito Santo.
Jesus prometeu que o Espírito Santo (Consolador) seria enviado para ficar conosco e isso aconteceu no dia de Pentecostes, quando todos foram cheios do poder de Deus (At 2.1-4). O Batismo no Espírito Santo é uma promessa que foi feita para todos os crentes, em todos os tempos e devemos buscá-lo constantemente, até receber (Lc 24.49; At 1.4,5; 2.39).

3- Os dons espirituais.
Os cristãos têm à disposição os dons espirituais. Eles são distribuídos conforme a vontade do Senhor. Algumas pessoas acreditam que esses dons não mais existem, pois teriam cessado após a morte dos apóstolos. Entretanto, não é assim que a Bíblia nos ensina. Jesus prometeu dons aos seus discípulos (Mc 16.16-18); Paulo ordenou que orássemos pedindo os dons (1 Co 12.31). E não há versículo algum na Bíblia que mostre que eles deixaram de ser distribuídos aos crentes. A Bíblia fala que há diversidade nos dons. Deus é quem dá os dons, de acordo com os seus propósitos, para edificação da Igreja. Você sabe quais são eles? Na carta de Paulo à igreja de Corinto, ele menciona alguns deles.
Em 1 Coríntios 12.7-11 conhecemos nove dons, que podemos dividir em três categorias:
a) Dons de revelação
• Palavra da sabedoria
• Palavra da ciência
• Discernimento de espírito
b) Dons de poder
• Fé
• Dons de curar
• Operação de maravilhas
c) Dons de elocução
• Profecia
• Variedade de línguas
• Interpretação de línguas.
Já na Carta aos Romanos, podemos observar uma outra lista de dons, que também são distribuídos pelo Espírito (Rm 12.6-8). São eles:
• Anunciar a mensagem de Deus
• Serviço
• Ensino
• Trazer ânimo
• Repartir
• Liderança
• Ajudar aos outros
Quais desses dons você já pediu a Deus?

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Cremos, professamos e ensinamos que os dons do Espírito Santo são atuais e presentes na vida da igreja. O Batismo no Espírito Santo é um dom: “e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38) e é para todos os crentes: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39); mas os dons do Espírito Santo, ou ‘espirituais’ na Linguagem paulina: ‘Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes’ (1 Co 12.1) são restritos. Esses dons são capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja: ‘Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil’ (1 Co 12.7). São recursos sobrenaturais do Espírito Santo operados por meio dos seres humanos, os crentes em Jesus, enquanto a Igreja estiver na Terra, pois, no céu, não precisaremos mais deles. É por meio da Igreja que o Espírito Santo manifesta ao mundo o poder de Deus, usando os dons espirituais. Eles são dados à Igreja para sua edificação espiritual, seu conforto e seu crescimento espiritual” (SOARES, Esequias (Organizador). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 171,172).

III – BÊNÇÃOS CELESTIAIS
Jesus prometeu à sua Igreja um destino certo e seguro, o Céu — também chamado por Ele de “casa do meu Pai” (Jo 14.1). Um Lugar preparado para todos os seus filhos fiéis. Quão maravilhoso será compartilhar de um mesmo Lar com todos os santos e o nosso Senhor Jesus! No Céu, viveremos em plena comunhão com a grande família de Deus. Lá, desfrutaremos do maná escondido e receberemos, cravado em uma pedra branca, um novo nome (Ap 2.17b); nos vestiremos com vestes brancas (Ap 3.5-6); teremos acesso a Árvore da vida (Ap 2.7b); também receberemos um galardão que já está preparado. Essas são algumas bênçãos celestiais que estão nos aguardando na vida futura.

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
O apóstolo João teve uma visão. Vejamos um pequeno trecho de Apocalipse: “Então vi um novo céu e uma nova terra. O primeiro céu e a primeira terra desapareceram, e o mar sumiu. E vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia do céu. Ela vinha de Deus, enfeitada e preparada, vestida como uma noiva que vai se encontrar com o noivo” (Ap 21.1,2). “João viu como esta cidade gigantesca descia à nova terra criada por Deus. A cidade era um quadrado, com seus lados medindo 2.240 quilômetros e com paredes de 60 metros de altura. Feita de ouro puro, ela era decorada com todos os tipos de pedras preciosas […]. No centro desta cidade, estava Deus, o Cordeiro entronizado. A luz que vinha do seu trono iluminava toda a cidade. Do seu trono, fluía um rio da vida cristalina […]. O povo de Deus, formado por todos os crentes, viverá nesta cidade magnífica, descrita como uma esposa ataviada para o seu marido – pura e radiante, pronta para se unir àquele a quem ama (veja também 21.9). Em 19.7-9, o povo de Deus, a Igreja, é descrito como uma esposa que se prepara para um banquete de casamento; aqui, a nova Jerusalém também é descrita como uma noiva […]. Temos certeza de que haverá relacionamento na nova Jerusalém – primeiramente, entre Deus e o seu povo, e em segundo lugar, entre o povo de Deus” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.913).

CONCLUSÃO
As coisas que o Senhor tem preparado para nós vão além do que podemos imaginar.” O que ninguém nunca viu nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam” (1 Co 2.9). Por isso, como diz o hino 107 da Harpa Cristã, mantenhamo-nos firmes nas promessas de Jesus, Louvando e permanecendo na dispensação do amor dELe. Que possamos depositar a nossa confiança nas promessas do Senhor. E que a cada dia, Ele nos fortaleça para continuarmos fiéis até o fim.

VAMOS PRATICAR
1- Marque “V” para verdadeiro e “F” para Falso e corrija as frases incorretas.

(F) A prosperidade bíblica se refere àquela pessoa que possui riquezas e saúde. A prosperidade bíblica se refere àquela que a pessoa tem as suas necessidades de ordem espiritual e material supridas em Cristo.
(F) O crente fiel é uma pessoa abençoada, próspera, e nunca terá problemas. O crente fiel é uma pessoa abençoada e próspera, porém, ainda assim, ele poderá ter problemas.
(V) Se permanecermos fiéis até o fim, não sofreremos os danos da segunda morte.
(V) Jesus prometeu à sua Igreja um destino certo e seguro, o Céu.

PENSE NISSO
Quais as vantagens de ser filho de um homem bom, muito rico e poderoso? O que esse filho ganhará? Por ser herdeiro, terá o direito de desfrutar o padrão de vida da sua família e, no final de tudo, herdará todas as coisas do pai. Da mesma maneira, os salvos em Cristo, ainda nesta vida, receberão cem vezes mais e, por fim, a vida eterna (Mc 10.30).

Fonte: CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 18 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 12 / 1º Trim 2024


Salvos para mudar o Mundo
24 de Março de 2024



LEITURA BÍBLICA
Marcos 16.15-18; Mateus 28.18-20

A MENSAGEM
“Os discípulos foram anunciar o evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava e, por meio de milagres, provava que a mensagem deles era verdadeira.” Marcos 16.20

DEVOCIONAL
Segunda » At 1.8
Terça » Is 6.8
Quarta » Rm 1.16
Quinta » 1 Co 9.22
Sexta » Lc 19.10
Sábado » Mt 24.14

OBJETIVOS
EXPLICAR como a Igreja Primitiva, em Jerusalém, cumpriu sua missão,
DEMONSTRAR como o Evangelho transformou o mundo;
SABER como ganhar o mundo para Cristo.

EI PROFESSOR!
Você já sabe qual a missão que Deus estabeleceu para sua vida neste mundo? Se não sabe, Deus quer lhe revelar.
A missão de todos nós é mudar o mundo, ou seja: influenciá-la positivamente, a fim de que pessoas conheçam a Deus. Mas como fazer isso?
Há algumas perguntas relevantes para identificar sua missão:
1) Qual a atividade que ele empolga ou que faz seu coração arder?
2) O que você faz melhor? Ou seja, qual sua habilidade primordial?
3) O que lhe motiva para realizar essa ideia? Servir aos outros pontos de interrogação se a última resposta for positiva e as demais forem ações edificantes, provavelmente, você está diante do seu chamado.

PONTO DE PARTIDA
Professor (a), estamos chegando ao final do trimestre. Hoje é a penúltima aula. Que tal fazer algo diferente e marcante para a classe? Convide uma pessoa para contar um testemunho homem experiência que lustre o quanto um pequeno gesto cristão pode mudar a vida de alguém. Pode ser o pastor, uma dirigente de círculo de oração ou mesmo membro da igreja. O relato deve ser breve, no máximo 10 minutos. Não precisa ser algo grande, milagroso: só precisa ser real; um relato que toque as vidas das pessoas. Assim, seus alunos perceberam, na prática, que como cristão podemos influenciar o mundo com nossa fé e atitude.

VAMOS DESCOBRIR
Você sabe qual é a sua missão no mundo? Jesus estabeleceu um grande propósito para a sua Igreja. Nesta aula você vai aprender como os cristãos do primeiro século cumpriram esse chamado e o que aconteceu com o mundo quando o Evangelho foi pregado, sob o poder do Espírito Santo. Mesmo após 2 milênios de cristianismo ainda encontramos muitos desafios na evangelização. Nossa geração ainda pode fazer muito pelo Reino de Deus. E já está na hora de descobrir a sua missão! Você está pronto (a)?

Hora de Aprender
I – A IGREJA E SUA MISSÃO TRANSFORMADORA

1- A Igreja Primitiva em Jerusalém.
Após o Batismo no Espírito Santo, os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento. Eles estavam dispostos a falar de Jesus incansavelmente, compartilhavam seus bens uns com os outros, de maneira que não havia entre eles quem tivesse necessidade de roupa e comida. Eles participavam da Santa Ceia e levavam uma vida de oração. Com isso, milagres extraordinários aconteciam cotidianamente e muitos se convertiam ao Evangelho (At 2.42-47). Com as pessoas sendo transformadas, o mundo ao redor delas também começou a ser mudado. Algum tempo depois, o Cristianismo tomou proporções universais e a história foi dividida em duas fases: antes e depois de Cristo.

2- Uma poderosa comunidade perseguida.
Milagres aconteciam frequentemente no meio da igreja cristã do primeiro século. O sobrenatural estava presente na vida cotidiana dos primeiros cristãos. O poder de Deus se manifestava de maneira tão intensa, que os doentes ficavam nas ruas esperando o apóstolo Pedro passar, porque quando a sombra dele os cobria, eram curados (At 5.15,16). Noutras ocasiões, mortos ressuscitaram e o nome do Senhor sempre era glorificado (At 9.39-41; 20.9-12).

I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
A perseguição dispersa os crentes: “Depois do martírio de Estevão, os judeus prosseguiram com sua perseguição aos seguidores de Cristo. O homem apresentado como Saulo (At 8.1) provou ser um grande líder na sua ampla campanha de intolerância e terror. A partir de uma perspectiva humana, isto representava uma triste mudança nos acontecimentos; a partir de uma perspectiva divina, isto produzia um bem muito maior. Os cristãos que tinham estado em Jerusalém, agora, eram forçados a migrar para as regiões vizinhas da Judeia e de Samaria, cumprindo assim a segunda parte do mandamento de Jesus (Atos 1.8). Evidentemente, eles estiveram relativamente confortáveis nas proximidades de Jerusalém. Tudo isso foi instantaneamente transformado com a morte de Estevão, e a perseguição resultante’’ (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.657, 658).

II – VIVENDO EM UM MUNDO MELHOR

1- Transformando o mundo em redor.
O Cristianismo não mudou apenas o calendário, mas também impactou os valores morais da humanidade. Com a mensagem de Jesus, pregada pelos discípulos, por exemplo, as mulheres foram valorizadas e os judeus e não judeus (gentios) puderam se tornar irmãos. O Evangelho de Jesus chamava todas as pessoas para Deus, independente da sua cor de pele, nacionalidade ou situação financeira, pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34,35). Além de muitas contribuições sociais e culturais, a mais expressiva bênção que o cristianismo trouxe para o mundo foi espiritual: pela pregação da mensagem de Jesus, a humanidade conheceu o Caminho de volta para Deus: Jesus Cristo.

2- Caindo na simpatia do povo.
A Igreja em Jerusalém tinha um grande diferencial. E não era apenas os milagres, testemunhos e pregações cheias de poder. O maior diferencial dessa igreja foi a sua capacidade de amar. Foi principalmente por isso que os cristãos caíram na simpatia do povo (At 2.47). A Bíblia diz que todos os dias pessoas se convertiam. Isso acontecia porque, onde há amor verdadeiro, o Espírito Santo tem liberdade para atuar. Assim, quando os apóstolos testemunharam do Senhor, multidões vinham a Cristo. E hoje? Isso ainda acontece? Será que vivemos o padrão de amor ensinado por Jesus? Leia 1 Coríntios 13.1-7 e veja o padrão do amor de Deus.

II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Uma palavra grega singular, que aparece 11 vezes no Novo Testamento, sendo 10 no livro de Atos, nos ajuda a entender o caráter único da comunidade Cristã. Homothumadon é composta por duas palavras que significam ‘correr juntos’ e ‘em união’ […]. Às vezes estudamos os primeiros capítulos do livro de Atos, como se eles retratassem uma igreja que está perdida —como se a unidade, o amor e a experiência da presença de Jesus fossem coisas que na verdade não pudessem ser nossas hoje. Não vamos cometer esse erro. O Espírito de Deus ainda é uma realidade presente. Homothumadon ainda é possível no mundo fragmentado e impessoal de hoje. [E] se procurarmos uma razão para o vazio em nossa própria experiência, devemos olhar primeiramente para nossa hesitação em compartilhar com os nossos irmãos e irmãs […]. A Igreja, a nova comunidade que Cristo formou, está aqui hoje. Nós somos a Igreja. E Deus […] orquestrou nossa vida de acordo com sua maravilhosa unidade” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 257, 258).

III – GANHANDO O MUNDO PARA CRISTO

1- Saindo da zona de conforto.
Jesus disse aos discípulos que pregassem o Evangelho em todos os lugares (Mc 16.15), mas, como disse o pastor Alexandre Coelho, “infelizmente, os cristãos de Jerusalém demoraram a obedecer à ordem de ir (…) e Deus Levantou uma perseguição para dispensá-los” (O vento sopra onde quer, p. 143). Deus os incomodou, tirando-os da “zona de conforto” que era Jerusalém, e eles saíram pregando o Evangelho por todos os lugares por onde iam passando. O Senhor tinha o projeto de alcançar o mundo inteiro com a mensagem da salvação. E foi o que aconteceu.

2- Evangelizando o mundo.
Os cristãos começaram a evangelizar o mundo e nunca mais pararam. Missionários como Paulo, Lucas e Barnabé no Século I, e tantos outros ao longo desses dois milênios de Cristianismo, trouxeram à luz da mensagem da salvação a muitos povos e nações. Em nosso país, a mensagem do Evangelho, junto com o anúncio do Pentecostes — como pregada na igreja primitiva —, chegou no início do Século XX, com o envio de dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel Berg. Hoje, mais de cem anos após, continuamos pregando que “Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e em breve voltará”. O tempo passa, as ideologias são alteradas, os homens se corrompem, mas o Evangelho continua o mesmo, pois no Senhor “não há mudança, nem sombra de variação” (Tg 1.17b – ARC).

III – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Os discípulos de Jesus foram missionários. Alguns deles tiveram uma experiência missionária quando enviados por Jesus aos lugares onde Ele deveria ir. (…) Aqueles homens não tinham dúvida de que Jesus é o Filho de Deus, que ressuscitou, que lhes enviou o Santo Espírito e que estaria com eles todos os dias. Foi esse ardor que os moveu para tornar o nome de Jesus conhecido em sua época […]. A ordem de Jesus era clara: que seus discípulos fossem suas testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Da mesma forma que Ele ordenou que os discípulos estivessem esperando o cumprimento da promessa de revestimento de poder em Jerusalém – o que eles fizeram em oração e foram cheios do Espírito Santo – o Senhor ordenou que os discípulos se dirigissem a esses lugares para falarem ao seu respeito […]. Os discípulos deveriam falar do Senhor simultaneamente. Mesmo com as diferenças culturais existentes nesses lugares, os seguidores de Jesus deveriam alcançar a todos.” (COELHO, Alexandre. O vento sopra onde quer. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.142,143).

CONCLUSÃO
A igreja primitiva, em Jerusalém, mudou as estruturas do mundo pela força transformadora da mensagem do Evangelho. E nós também, que compomos a Igreja no século XXI, somos chamados por Deus para cumprir nossa missão de ganhar o mundo para Cristo. As multidões estão com sede de salvação e você pode fazer a diferença! Fale de Jesus para seus amigos e para sua família! Seja uma testemunha de Cristo onde você estiver!

VAMOS PRATICAR
1- Os cristãos primitivos, em Jerusalém, experimentaram um grande avivamento; quem causou esse movimento?
O Espírito Santo.
2- Desde o início da igreja, três características ficaram acentuadas. Quais foram?
A Igreja Primitiva vivia em comunhão, experimentava milagres e sofria perseguição.
3- De que forma você pode cooperar cumprindo a ordem de Cristo em espalhar o Evangelho?
Resposta pessoal.

PENSE NISSO
Nós somos um sinal vivo da presença de Deus, um testemunho completo do seu amor e da sua graça. Nossas ações, palavras, atitudes e relacionamentos precisam comprovar o nosso relacionamento com Jesus. É assim, com pequenas atitudes, que vamos ganhar pessoas para Cristo!

Fonte: CPAD

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)