LEITURA BÍBLICA
Atos 13.4; 15.43-49.
A MENSAGEM
“Estamos aqui anunciando o evangelho a vocês para que abandonem essas coisas que não servem para nada. Convertam-se ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que existe neles.” (Atos 14.15b)
DEVOCIONAL
Segunda » Gn 3.14,15
Terça » Is 9.6,7
Quarta » Is 61.1-4
Quinta » Lc 4.16-21
Sexta » At 2.22-24
Sábado » At 8.30-38
OBJETIVOS
APRESENTAR a história da conversão de Sérgio Paulo, em Pafos;
MOSTRAR como Paulo anunciava a Jesus Cristo aos judeus, utilizando a Escritura;
REFLETIR sobre a pregação do Evangelho, pois ela ocorria em meio a perseguições e resistências.
EI PROFESSOR!
Aproveite esta lição para ir além da narrativa e explicar a relação entre o Antigo e o Novo Testamento, cujo elo é Jesus. Os apóstolos e Paulo centralizavam sua mensagem nas Escrituras porque assim os ensinou Jesus. Os adolescentes precisam aprender os fundamentos da fé cristã, e o primeiro passo é estar familiarizado com o texto bíblico. Estudar uma passagem para entendê-la e aplicá-la é importante, mas ler longos trechos também é recomendável, porque isso ajuda a ter uma visão mais completa da mensagem da Bíblia. Incentive seus alunos a lerem o livro de Atos durante este trimestre.
PONTO DE PARTIDA
Na aula passada, estudamos sobre a rota da primeira viagem. Nesta lição, o foco são os milagres e conversões, que ocorreram na viagem, e o conteúdo da pregação de Paulo. Para iniciar a aula pergunte para os alunos como eles imaginam a reação das pessoas ao ouvirem que Jesus morreu e ressuscitou para perdoar os pecados da humanidade. Dê um tempo para eles expressarem suas ideias e incentive a participação de toda a classe. Em seguida, inicie a aula apresentando o primeiro tópico da lição, o qual mostra duas pessoas que reagiram à mensagem do Evangelho de formas totalmente diferentes.
VAMOS DESCOBRIR
Na aula passada, vimos a rota da primeira viagem de Paulo. Hoje, estudaremos com atenção alguns episódios que ocorreram durante as paradas. Veremos também que a pregação do Apóstolo era baseada nas Escrituras. Ele falava de Jesus, mostrando como o texto do Antigo Testamento já apontava para a vinda, morte e ressurreição do Filho de Deus.
HORA DE APRENDER
Em sua primeira viagem, Paulo saiu da Síria, passou pela ilha de Chipre, regiões da Cilícia, Panfília e Pisídia, que estão na Ásia Menor. Ele, juntamente com Barnabé, tinha a estratégia de pregar nas sinagogas. Esta pregação se baseava de forma consistente nas Escrituras Sagradas.
I- A PARADA EM PAFOS PARA CONVERSAR COM O GOVERNADOR
A primeira parada de Paulo, Barnabé e João Marcos foi na ilha de Chipre. O barco chegou à cidade de Salamina, e eles logo começaram a falar de Jesus nas sinagogas (At 13.5). Eles atravessaram toda a ilha até chegar do outro lado, na cidade de Pafos, sempre pregando o Evangelho. Em Pafos, conheceram duas pessoas: o governador da ilha, Sérgio Paulo, e seu amigo mágico e falso profeta Barjesus, ou Elimas (At 13.6,8). Sérgio Paulo era quem administrava a região. O mágico não queria que o amigo entendesse a Palavra de Deus e ficou atrapalhando. Por isso, Paulo repreendeu “e disse: – Filho do Diabo! Inimigo de tudo o que é bom! Homem mau e mentiroso! Por que é que você não para de torcer o verdadeiro ensinamento do Senhor?” (At 13.10).
A consequência da má conduta de Elimas foi uma doença: ele ficou cego. O governador presenciou isso e passou a acreditar em Deus (At 13.12). Tanto Sérgio Paulo quanto Barjesus tiveram a oportunidade de se arrepender dos pecados e servir a Deus, mas um deles se opôs a Deus. Elimas não só rejeitou a mensagem de salvação, como também quis atrapalhar o amigo de entender a Escrituras. Isso, porém, não impediu a ação do Espírito Santo. Paulo não desistiu da pregação. Essa história nos leva a pensar sobre o tipo de amigo que somos. Somos aqueles que ajudam as pessoas a se aproximarem de Deus ou os que as afastam do Caminho?
I – AUXÍLIO DIDÁTICO
Quando Roma conquistava um povo seu território passava ser uma província romana. Nomeava-se, então, um procônsul para governar. Caso fosse um lugar de instabilidade, eram nomeados procuradores e governadores e enviadas tropas para garantir a ordem. Algumas cidades tinham permissão de autogoverno, tais como Éfeso e Atenas; outras eram colônias, onde seus moradores tinham os mesmos direitos que os cidadãos romanos, era o caso de Filipos. Jerusalém, por sua vez, era uma cidade sagrada e tinha alguma autonomia sobre os assuntos religiosos. Sérgio Paulo era o governador da ilha de Pafos. Portanto, ele ocupava um cargo de alta responsabilidade. Ele era uma autoridade romana na região. Sua conversão representou um grande exemplo para todos os demais moradores da região.
II – A PARADA EM ANTIOQUIA E LISTRA PARA EXPLICAR AS ESCRITURAS
Da ilha de Chipre, os missionários pegaram outro barco até a região da Panfília, e pararam em Perge. Depois, João Marcos decidiu voltar para Jerusalém; Paulo e Barnabé seguiram para Antioquia da Pisídia (At 13.13,14). A pregação mais longa de Paulo registrada no livro de Atos é a que foi feita na sinagoga dessa cidade. Na mesma linha do discurso de Pedro, no Dia de Pentecostes, e de Estêvão, no dia do seu julgamento, o Apóstolo Paulo citou as Escrituras Sagradas para falar de Jesus (At 13.16-41). Jesus ensinou aos discípulos que Ele tinha encarnado para cumprir as profecias anunciadas nas Escrituras Sagradas. [Quando falamos das Escrituras, queremos dizer o texto sagrado dos judeus, o Antigo Testamento.] Por isso, era importante que os apóstolos as conhecessem para pregar a mensagem de salvação.
E vemos que eles as conheciam porque as pregações mencionadas no livro de Atos citam muitas passagens do Antigo Testamento. Na sinagoga em Antioquia, então, Paulo pregou para que os judeus entendessem a promessa do Messias e que ela foi cumprida em Jesus. O Apóstolo recontou a história do povo de Israel desde a saída do Egito (At 13.17-18); explicou que, conforme as Escrituras, Jesus era descendente do rei Davi (At 13.22,23); e demonstrou o significado da morte e ressurreição do Messias para perdoar os pecados (At 13.32-37). Os judeus presentes na sinagoga aceitaram a mensagem. Entretanto, eles não gostaram que os não judeus estivessem também ouvindo a pregação do Evangelho e frequentando suas reuniões. Isso provocou um conflito que culminou na expulsão de Paulo e Barnabé da cidade (At 13.45,50). Mas, os que se converteram “continuaram muito alegres e cheios do Espírito Santo” (At 13.52). Na parada seguinte, em Icônio, Paulo e Barnabé encontraram a mesma oposição dos judeus em relação aos não judeus (At 14.1,2).
Por isso, os missionários precisaram fugir para as regiões vizinhas (At 14.5,6). Eles partiram e chegaram em Listra, onde um dos resultados da pregação do Evangelho foi a cura de um paralítico (At 14.8-10). Em razão dos milagres que estavam acontecendo, os moradores dali interpretaram que Paulo era o “deus Mercúrio” e Barnabé, o “deus Júpiter”. Os apóstolos reprovaram os títulos e aproveitaram a oportunidade para pregar que acreditar nesses “deuses” não servia para nada (At 14.11-15). Eles disseram para o povo que precisavam se arrepender dos pecados e reconhecer o Deus verdadeiro. Os apóstolos estavam lidando com um grupo que não estava familiarizado com a história de Israel e do rei Davi. Então, eles dedicaram algum tempo para contar aos licaônicos do Deus Criador de Gênesis, que dá alegria em abundância aos que o servem (At 14.15-17).
Esse foi o ponto de contato para explicar o Evangelho. Mesmo assim, depois da mensagem de Deus ser anunciada, “os apóstolos tiveram muita dificuldade para evitar que o povo matasse os animais em sacrifício a eles” (At 14.18). Isso nos ensina que algumas vezes é difícil falar de Jesus. Mas, não podemos parar diante das dificuldades. Devemos seguir em frente, compartilhando a Palavra e orando para que o Espírito Santo nos use e convença quem nos ouve.
II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A mensagem de Paulo em Antioquia é o primeiro e maior exemplo de pregação missionária de Paulo […]. Sua mensagem inspirada pelo Espírito segue o padrão simples da pregação de Pedro (At 2.14-36; 3.12-26; 10.34-43) e da pregação de Estevão (At 7.2-53). Paulo esboça as principais características da história da salvação, mostrando como Deus elaborou seu plano para Israel. (1) Ele começa com um breve relato da história da bondade de Deus para com Israel (At 13.16b-22); (2) Ele argumenta que, de acordo com profecias do Antigo Testamento, Jesus provou ser o Salvador mediante sua morte e ressurreição (vv. 23-37); (3) Ele apresenta que o perdão de pecados está disponível somente por Jesus Cristo (vv.38-41)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 698, 699).
III- A ÚLTIMA FASE DA VIAGEM
Os judeus de Antioquia da Pisídia e Icônio, que não gostavam de Paulo, seguiram o apóstolo até Listra. Ali na cidade, junto com uma multidão, eles causaram um tumulto e apedrejaram a Paulo (At 14.19). Depois disso, Paulo e Barnabé foram para Derbe. Será que eles desanimaram por conta da perseguição? Claro que não! Eles seguiram a viagem, parando nos lugares onde já tinham passado na ida, para dar ânimo aos irmãos recém-convertidos (At 14.22). A força deles vinha do Espírito Santo. Assim, retornaram ao ponto de partida, Antioquia da Síria. Lá, Paulo e Barnabé fizeram um relatório sobre o que Deus tinha feito em cada lugar em que passaram (At 14.26,27).
III- AUXÍLIO DIDÁTICO
Três cidades se destacam nesta lição. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas: • “Antioquia da Pisídia: Seleuco, o fundador da dinastia síria, que tinha seu nome, fundou também esta Antioquia. A rigor, não fazendo parte da Pisídia, Antioquia se tornou província romana da Galácia em 25 a.C, e por isso podia, de maneira mais justificável, ser chamada de Antioquia da Galácia. Sendo uma colônia romana fortificada e a capital da Galácia do sul, ela controlava as tribos bárbaras da área. • Icônio: a dois ou três dias de viagem de Antioquia (da Pisídia) pela Via Sebaste, Icônio era um oásis, na entrada de uma enorme planície, depois da travessia por uma passagem pelos montes. Por estar na rota comercial que levava ao ocidente, a Éfeso e Roma, a cidade se tornou uma colônia romana durante os tempos de Adriano. • Listra: a 32 quilômetros a sudoeste de Icônio, pelo gélido platô gaiata, a Listra foi fundada por César Augusto. Uma estátua a Zeus e Hermes (Júpiter e Mercúrio para os romanos) foi descoberta aqui […]’’ (BEERS, V. Gilbert. Viaje através da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 365).
CONCLUSÃO
Paulo entendeu bem a ordem de Jesus para pregar o Evangelho a todas as pessoas. Ele anunciava as Boas-Novas com base nas Escrituras, para judeus e não judeus, em muitos lugares diferentes. Assim, muitas igrejas foram surgindo. Aprendemos, então, que devemos falar de Jesus para qualquer pessoa, para que ela decida se deseja se arrepender dos seus pecados e aceitar Jesus como o Salvador. Não podemos forçar essa decisão, pois, é o Espírito Santo quem trabalha com cada coração. Por isso, vamos compartilhar o que Jesus faz na nossa vida com todos os nossos amigos e familiares, crendo que o Espírito Santo fará a obra de salvação no tempo certo.
VAMOS PRATICAR
1- Leia as afirmações abaixo. Sinalize (V) para Verdadeiro ou (F) para Falso.
(V) A estratégia de Paulo ao chegar numa cidade era pregar nas sinagogas.
(V) Existem duas cidades com o nome de Antioquia no livro de Atos.
(F) Elimas era um profeta dedicado ao Senhor.
2- Em qual cidade Paulo fez a pregação mais longa registrada no livro de Atos?
( ) Perge
( ) Chipre
(X) Antioquia da Pisídia
( ) Jerusalém
3- Descubra o nome dessas cidades onde Paulo passou:
SALAMINA
PAFOS
PERGE
ICÔNIO
PENSE NISSO
Você sabe por que a Bíblia está dividida em dois Testamentos? O primeiro Testamento trata da aliança de Deus com o povo de Israel e anuncia a vinda de um Salvador. O segundo Testamento mostra quem é este Salvador. Ele anuncia a nova aliança em Jesus, que substituiu a primeira. Jesus deu a vida para que qualquer pessoa (de qualquer povo) pudesse ser salva.
Fonte CPAD
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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