LEITURA BÍBLICA
Mateus 5.43-48
A MENSAGEM
Se o seu inimigo estiver com fome, dê comida a ele; se estiver com sede, dê água. Provérbios 25.21
DEVOCIONAL
Segunda » Rm 12.21
Terça » Sl 57.1-3
Quarta » Pv 2.9-15
Quinta » Mt 11.28-30
Sexta » Rm 13.8
Sábado » 1 Pe 3.9
OBJETIVOS
RESSALTAR que o amor é uma característica daqueles que pertencem ao Reino de Deus;
ADVERTIR que as perseguições fazem parte da vida do cristão;
INDICAR que o cristão é chamado para ser pacificador de conflitos.
EI PROFESSOR!
Na aula desta semana o assunto a ser estudado é o amor que vence o mal. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos que eles deveriam praticar o bem em contraste ao pensamento mundano que visa a vingança. O apóstolo Paulo também disse que não devemos nos deixar vencer pelo mal, mas vencer o mal com o bem. O compromisso do cristão com o bem deve ser mantido com base no relacionamento com Deus. Com o cristãos, não fazemos o bem porque somos bons, e sim porque entendemos que fomos perdoados sem merecer. Logo, se o amor de Deus nos alcançou e perdoou, quem somos nós para não perdoar aqueles que nos fazem o mal? Mostre aos seus alunos com esta lição que o amor que vence o mal é uma marca do verdadeiro cristão.
PONTO DE PARTIDA
Amigo(a) professor(a), nesta aula seus alunos refletirão sobre lidar com as ofensas e perseguições. Para vencer o mal o adolescente crente precisa entender que, muitas vezes, o que importa não é a ação, mas sim a reação. Lidar com as emoções e não se deixar levar pela raiva é uma forma de vencer o mal. A Palavra de Deus ensina que o servo de Deus deve estar pronto para ouvir, tardio para falar e para ficar com raiva (Tg 1.19). Converse com os seus adolescentes sobre a forma como eles reagem às provocações e perseguições. Abra espaço para perguntas e mostre-os que o Espírito Santo nos capacita a produzir as virtudes do Fruto do Espírito.
VAMOS DESCOBRIR
Você já passou por uma situação em que uma pessoa não faz outra coisa a não ser lhe importunar e lhe fazer mal? E quando alguém decide que não quer mais olhar para você? Qual é a primeira vontade de reagir nesses casos? Parece que o mais apropriado é retribuir na mesma moeda, não?! A Bíblia tem uma lógica contrária, é a de pagar o m al com o bem.
HORA DE APRENDER
Já vimos em outras lições que o pecado atrapalha nossa vida com Deus e nosso relacionamento com as outras pessoas. A consequência é sofrimento e destruição. Quando temos um encontro com Jesus, a graça divina extrapola o pecado (Rm 5.20). Dessa forma, a maneira como lidamos com aquelas pessoas que nos fazem mal deve seguir a regra do Reino de Deus e não as paixões humanas.
I- AMANDO O INIMIGO
Certo dia, Jesus ensinava seus discípulos e uma multidão se juntou a eles,. Por isso, subiu ao monte para que de lá todos pudessem ouvi-lo (Mt 5.1). Jesus falou sobre as características daqueles que pertencem ao Reino do Céu. Uma delas é amar os inimigos. Como? Isso mesmo, se você serve a Jesus e pertence ao seu Reino, então, você se sacrifica por aquela pessoa que não gosta de você ou se opõe ao que você faz.
1.1. Orar pelos que nos perseguem.
Jesus diz que devemos amar e orar por essas pessoas (Mt 5.44). Como você pode perceber, falar do amor de acordo com a visão bíblica é coisa muito séria. Como é possível seguir essa orientação? Tendo Jesus como o centro da nossa vida. Porque a fonte do nosso amor é Deus, não vem de nossas próprias forças (Mt 5.48). Jesus explica à multidão e aos discípulos que amar quem nos ama não é problema, isso qualquer pessoa faz. Difícil é tratar bem quem lhe faz mal. Agora, quem é fiel e busca viver de acordo com as regras divinas, Deus reconhece esse esforço de tentar agir corretamente e dá ao seu servo a recompensa (M t 5.46).
1.2. Um amor na contramão do mundo.
Interessante observar que Jesus começa seu ensino citando um ditado popular “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos” (M t 5.43) e deixa bem claro que ele está errado. Em outras palavras, Ele diz que “a voz do povo não é a voz de Deus”. Aprendemos com isso que nem sempre o que todo mundo diz ou faz está certo. É preciso avaliar o que se fala por aí com base no que a Palavra de Deus ensina. Querido(a) adolescente, existe alguém que tem incomodado sua vida e seus planos? Ore por essa pessoa para que Deus a abençoe.
I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Os adultos exigem e impõem respeito. As crianças precisam do respeito e da compreensão de todos, visto que são frágeis e dependentes. Os adolescentes estão na situação intermediária. Eles querem ser respeitados e sentem que precisam conquistar isso frente aos adultos e frente aos seus páreos. Em depoimento pessoal, o psicólogo Allan Moraes ponderou sobre esse tema, destacando o seguinte: ‘Respeito todos merecem, e para os adolescentes, que são pré-adultos, é de imensa importância que sejam (e realmente se sintam) respeitados pelos pais principalmente. Por se tratar de um momento em que há grande necessidade de organização da personalidade para ser tornarem adultos, os pais e demais adultos de influência são os mais importantes para promover o estímulo das habilidades, capacidades e resiliência destes jovens. Bem certo que, por se tratar de uma fase com inconsistências e relativa inconsequência (dentre outros impulsos), tem que ser uma liberdade em parte controlada: sem ser ditadora ou invasiva aos jovens, e, ao mesmo tempo, sem ser extremamente liberal ou desassistida”. Líderes precisam lembrar que respeito não é mimo, é básico. Aliás, respeito nem é opcional” (VAZ, Flavianne. Liderando Adolescentes. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, pp. 53,54).
II- PASSANDO PELAS PERSEGUIÇÕES
A Bíblia nos conta de um homem que sofreu perseguições de seus inimigos: Davi. Saul perseguiu Davi injustamente (1 Sm 18.5-15; 19.1) porque estava com ciúmes da sua popularidade entre os soldados e as pessoas do reino. Certo dia, quando teve a oportunidade de matá-lo, Davi poupou a vida do rei Saul (1 Sm 24.2- 16). Davi poderia ter dado fim ao seu sofrimento, mas não retribuiu a maldade com maldade, e sim com respeito.
2.1. Davi aprendeu a suportar perseguições.
Para você ter uma ideia do que Davi sentia, leia alguns salmos que ele escreveu neste momento de perseguição e angústia: Salmos 35, 57, 69 e 109. Sabe qual o segredo de Davi? Ele nunca deixou de louvar a Deus e entregar a situação ao Senhor em oração e confiou que Ele cuidaria de tudo. Foi justamente o que aconteceu, quando Saul morreu numa batalha, Davi foi coroado rei no lugar dele.
2.2. Apóstolo Paulo, exemplo de amor.
O apóstolo Paulo seguiu o exemplo de Davi, obedeceu à instrução de Jesus sobre amar os inimigos e ensinou a igreja de Roma a fazer o mesmo (Rm 12.17-21). A maneira correta de o crente viver é buscar a paz com todas as pessoas e, quando algo estiver errado, o próprio Deus se ocupará de resolver o problema. Quando uma pessoa age com maldade para prejudicar o próximo, isso não ocorre em razão do que o outro fez contra ela, e sim porque a pessoa tem um dilema dentro de si. Veja o caso de Davi, Saul o perseguia porque se sentia um rei fraco e não porque Davi tinha feito algo contra ele (1 Sm 18.6-9).
III- AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Quando as pessoas agem errado conosco, nunca devemos tornar mal por mal, por mais que possamos querer fazê-lo (veja 1 Pe 3.9). Antes, devemos fazer as coisas de tal modo que todos possam ver que somos pessoas honradas (1 Pe 2.1,12). O padrão de comportamento de Paulo não era o consenso, mas a santidade. O que ele defende aqui é que o comportamento dos crentes deve ser de tal maneira que ninguém possa acusá-los, de forma justa e verdadeira, de que estejam fazendo algo errado. Cometer o mesmo mal que foi feito contra nós nos torna iguais àqueles que nos ofenderam a princípio. Paulo aconselha o crente a manter relações pacíficas, o quanto for possível, com seus vizinhos e associados descrentes. Em um mundo perfeito, todos podem viver juntos pacificamente; mas, na realidade, isso é impossível em nosso mundo imperfeito. Entretanto, os crentes, sendo o sal da terra, devem se esforçar para ter paz com todos e não ser a causa de dissensões. Eles devem fazer o possível para promover a reconciliação. […] Não ceda ao seu desejo de se vingar ou de retaliar com o mal, mas tome uma atitude positiva. Paulo faz um longo retorno a esse ponto no versículo 9. Aborrecer o mal é vencer fazendo o bem. Quando perseveramos em nossa vida nessas coisas que são boas e em Deus, estamos vencendo o mal. Tudo isso será conseguido à medida que permitamos que Deus crie em nós um amor sincero” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 80).
III- O CHAMADO PARA SER PACIFICADOR
As pessoas que seguem a Jesus são chamadas para agir com bondade a todo o tempo, mesmo em relação aos seus inimigos. O apóstolo Paulo escreveu que a ninguém devamos nada a não ser o amor (Rm 13.8).
3.1. Chamados para ser pacificadores.
Querido(a) adolescente, você sabia que existe uma profissão de pacificador? Sim, alguns advogados trabalham como conciliadores para ajudar as pessoas a resolverem suas disputas. Diplomatas também têm a opção de trabalhar para lidar com os conflitos internacionais entre dois países ou entre empresas. Imagine se é um crente em Jesus que ocupa essa posição? O quanto do amor de Deus ele não poderá compartilhar com aqueles envolvidos no confronto!
3.2. Vivendo em harmonia com todos.
A Bíblia instrui que devemos buscar a paz com todos e nos esforçarmos para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Essa deve ser a nossa postura enquanto cristãos. Deus nos chama para nos comportarmos diferente da maneira como o mundo se comporta.
III – AUXÍLIO TEOLOGICO
“Como se dá em algumas das outras bem-aventuranças, o conceito ocidental não se ajusta com as palavras que Jesus usa. Nossa palavra ‘paz’ é paralelo lamentável ao que Jesus quis dizer. Definimos a paz como o estado oposto à guerra e a pacificação, como o ato de pôr de lado um conflito pela trégua — conceito que também se ajusta ao uso do grego clássico da palavra. A palavra hebraica shalon expressa melhor o intento de Jesus. Shalom é um estado de inteireza, integridade, nos indivíduos ou nações, incluindo segurança, saúde e riqueza no contexto do concerto de Deus com seu povo. […] dada a natureza ampla e abrangente de shalom, os pacificadores são criadores de inteireza [ou integridade]’, cujo trabalho afeta toda a comunidade. Eles são mais do que reconciliadores, pelo fato de trabalharem pela cura e inteireza da sociedade. Esta definição mais vasta e apoiada no chamado de Jesus para ‘amarmos os inimigos’ (Mt 5.44; cf. Lc 6.27). O último comentário sobre este aspecto da pacificação é o próprio Jesus, que morreu para reconciliar os inimigos de Deus com Ele (Rm 5.8). Assim também nós, como filhos de Deus, somos chamados a amar o não amável e indigno [„]” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal- Novo Testamento: Mateus – Atos. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 42,43).
CONCLUSÃO
As pessoas que pertencem ao Reino do Céu são amigas de Jesus. Elas reconhecem que são falhas e que precisam da graça divina para amarem o momento de perseguição. Que essa seja nossa meta!
VAMOS PRATICAR
1- Você conhece alguém que procura viver em harmonia com todos?
De que maneira você pode ser influenciado por essa pessoa e aprender com ela? R: Resposta pessoal.
2- Escolha a alternativa correta. Quem pertence ao Reino do Céus…:
a) Busca a presença de Jesus todos os dias. ( X )
b) Responde o inimigo com maldade. ( )
c) Reconhece suas falhas e necessidade da graça divina. ( X )
3- Complete o versículo: “Felizes as PESSOAS que trabalham pela PAZ, pois Deus as tratará como seus FILHOS.” (M t 5.9).
PENSE NISSO
Jesus prometeu que estaria conosco todos os dias até o fim. Quando entregamos a canseira e o sofrimento a Ele, Jesus substitui por paz e descanso e temos vida plena. Assim, a jornada no mundo difícil e corrupto se torna possível porque a nossa força para enfrentar a maldade vem do Senhor.
Fonte: CPAD
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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