LEITURA BÍBLICA
Marcos 15.22-27, 33-39
A MENSAGEM
“Ele nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado. E ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados.” Colossenses 1.13-14
DEVOCIONAL
Segunda » 1 Co 1.17
Terça » Gl 3.13
Quarta » Ef 2.16
Quinta » Gl 6.14
Sexta » Ef 2.17
Sábado » Cl 2.14
OBJETIVOS
APRENDER a história da crucificação;
ENTENDER que a morte de Jesus nos trouxe vida;
PERCEBER que a morte de Jesus nos reconciliou com Deus.
EI PROFESSOR!
O sacrifício de Jesus no Calvário foi o ponto alto da história da Salvação. Ele não era o responsável pelo pecado humano e, diante disso, poderia ter abandonado o caminho da cruz. E por que não o fez ? Porque Ele nos amou — um esmagador, constrangedor e inegociável amor (Jo 3.16). Todas as manhãs, quando acordamos podemos ter uma certeza ,a bondade e o amor de Deus se estende sobre as nossas vidas mais uma vez. Ao longo dos anos, podemos nos frustrar com o amor de algumas pessoas, afinal os seres humanos erram. Entretanto, em Deus encontramos um amor perfeito, que suplanta toda a falta que podemos ter. Aceite o amor de Deus e entenda que você é um (a) filho (a) amado (a) pelo Pai.
PONTO DE PARTIDA
Para começar esta lição pergunte se alguém na turma já assistiu algum filme sobre a crucificação, ou se eles já participaram de alguma cantata evangélica na páscoa. Permita que eles compartilhem suas experiências uns com os outros. Em seguida, mostre para eles imagens dos lugares que Jesus passou durante esse momento. Você pode mostrar figuras do jardim do Getsêmani. do Sinédrio. do Palácio de Pilatos e de Herodes do monte Caveira e do sepulcro vazio. (Tais fotos estão disponíveis na internet e também em livros e atlas publicados pela CPAD.) E, então, pergunte se seus alunos reconhecem esses lugares. Após despertar a curiosidade deles, inicie a aula e no momento certo aponte para as figuras informando sua identificação.
VAMOS DESCOBRIR
Antes da crucificação, Jesus se reuniu com seus amigos e mostrou-lhes como seria o futuro deles neste mundo sem a Sua companhia física. Após, buscou a face do Pai, em oração, no jardim do Getsêmani. Em seguida, foi preso e enfrentou um julgamento injusto, no qual foi condenado. Nesta aula, estudaremos a história da crucificação e as implicações do sacrifício do Redentor. Você tem ideia do que Jesus passou por te amar?
Hora de Aprender
I – ELE SE ENTREGOU POR NÓS
1- Uma noite de oração.
Após a celebração da Páscoa, Jesus se dirige com seus seguidores para um jardim chamado Getsêmani. Ali, Ele se isola com Pedro, Tiago e João para orar, preparando-se para cumprir sua missão como “Cordeiro de Deus” (Mt 26.36,37). Os discípulos, porém, não conseguem orar e dormem durante a madrugada. Jesus se encontra sozinho, isolado e extremamente angustiado. Você consegue imaginar essa cena? Jesus encerra seu momento de oração, desperta os discípulos e sai ao encontro do grupo que está vindo prendê-lo (Mt 26.46). Eles são guiados por Judas, que prometeu fazer a identificação de Jesus. O grupo, composto por homens armados, chegou preparado para um verdadeiro enfrentamento. Mas encontraram o Senhor pronto para entregar-se. Assim, Jesus foi levado para o julgamento.
2- O Julgamento.
Jesus foi preso sob um pretexto dos Líderes religiosos (Mt 26.57, 65, 66). A acusação contra Ele era ter-se declarado “Rei dos Judeus”. Assim, Jesus foi julgado pelo Sinédrio, um conselho formado por cerca de 70 líderes de alto escalão do Templo. Jesus passou a madrugada sob julgamento e quando o Sinédrio o concluiu, Ele foi levado para ser acusado diante de Pilatos — a autoridade romana que poderia condená-lo à morte. Pilatos o interrogou, mas preferiu se abster e enviou Jesus para ser julgado por Herodes — a autoridade romana responsável pela Galileia, onde Jesus morou. Entretanto, ele também não pôde condená-lo e o encaminhou de volta a Pilatos. Paralelamente, os líderes religiosos incitavam a população, aumentando a confusão na cidade. Pilatos, queria manter a ordem e começou a se preocupar em encerrar o dilema.
Entretanto, mesmo interrogando a Jesus novamente, Pilatos não encontrava infração cometida contra a Lei romana, de modo que não tinha como condená-lo à morte. A fim de agradar a multidão enfurecida e terminar com a confusão que estava sendo fomentada pelos líderes judeus, Pilatos encontrou uma saída jurídica. Fazendo uso de uma antiga tradição, na qual um preso era libertado na Páscoa, ele trouxe um criminoso condenado, chamado Barrabás, e deixou que o povo escolhesse quem seria condenado: ele ou Jesus (Mt 27.15-17). A multidão enfurecida escolheu condenar Jesus e libertar Barrabás – um criminoso condenado. A partir desse momento, Jesus passou a sofrer todas as sanções de um condenado à morte pelo governo romano.
3- A crucificação.
Jesus passou por todo o tipo de agressão que seus acusadores se sentiram à vontade para fazer, mediante a permissão de Pilatos (Lc 23.25). Em seguida, os soldados lhe entregaram a cruz e o levaram até o local da execução. Chegando ao Gólgota, Jesus é crucificado entre dois ladrões. A primeira frase dita por Jesus na cruz é “Pai, perdoa esta gente” (Lc 23.34). Uma sequência de episódios singulares acontece durante as horas seguintes:
• Os soldados lançam sortes sobre suas vestes, cumprindo assim uma profecia (Mt 27.35);
• Ele é alvo da zombaria dos judeus (Mt 27.39-42);
• Um dos ladrões o reconhece como Senhor e se reconcilia com Deus (Lc 23.39-43);
• Uma escuridão se estabelece no céu e dura 3 horas (Mt 27.45);
• Cristo clama pelo Pai (Mt 27.46);
Tendo completado todo o seu sacrifício, Jesus declara “Está Consumado’’ e entrega seu espírito (Jo 19.30). E assim, ele morreu. Imediatamente, o véu do templo se rasgou por completo. Ele dividia o templo em dois espaços, representando o impedimento dos homens ao Lugar da presença de Deus.
4- A ressurreição.
O corpo de Jesus foi solicitado por José de Arimatéia e por Nicodemos (Jo 19.38,39). Esses dois homens garantiram que Ele tivesse um sepultamento digno. Assim, Jesus foi enterrado em um jardim, num sepulcro novo, nunca utilizado antes. Tudo isso já tinha sido anunciado pelos profetas e pelo próprio Senhor. Entretanto, esse ensinamento só foi bem compreendido depois do pleno cumprimento. Por isso, as mulheres que seguiam Jesus foram surpreendidas com uma grande notícia na manhã do domingo seguinte. Ao chegarem no sepulcro para cumprirem as tradições de luto, elas se depararam com a maior notícia da história: Jesus não estava ali, Ele já tinha ressuscitado! Imediatamente elas foram avisar aos discípulos. Eles não puderam acreditar… até que viram o sepulcro vazio. Posteriormente, o próprio Jesus apareceu para as mulheres e para os discípulos. Ele conviveu por mais 40 dias neste mundo, foi visto por centenas de pessoas, se alimentou e ainda ensinou antes de ascender aos céus (1 Co 15.6). Jesus venceu a morte! Ele vive!
I – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Jesus é pregado a uma viga que é colocada cruzada sobre outro pedaço de madeira. A cruz é levantada e fixada no chão. A crucificação era o tipo mais cruel de punição conhecido pelos romanos. Também era um acontecimento público. Jesus “veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Assim, apesar de sua situação desesperadora, Ele prossegue em sua missão de oferecer perdão de pecado. Ele ora por aqueles que o executaram e pleiteia a Deus que os perdoe, porque eles agiram por ignorância ao crucificar o Filho de Deus; mas a ignorância nunca retira a culpa. […] o Messias Jesus abre as portas do paraíso para todos os que confiam nEle e os envolve em seus braços de misericórdia. Como ladrão penitente, todos os crentes compartilharão a glória e poder do Reino na Segunda Vinda de Cristo” (ARRINGTON, French L, STONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento, 2° ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.471-472).
II – ELE MORREU PARA DAR VIDA
1- Por sua morte, viveremos.
Uma semente, para dar vida a uma nova árvore, precisa, antes, morrer (Jo 12.24). Você sabia disso? Assim, tudo precisava ter acontecido do jeito que foi, para que o plano de Salvação fosse efetuado com sucesso. Da mesma forma que pela desobediência e transgressão de um homem entrou o pecado na humanidade, pelo sacrifício de um homem santo e justo, as portas da graça se abriram para todos (Rm 5.18). E como Cristo venceu a morte, ressuscitando dentre os mortos, nós também ressuscitaremos (1 Co 15.20-22) e, assim como Ele, teremos o nosso corpo transformado e viveremos na presença do Pai eternamente.
2- Por sua morte, fomos libertos da condenação.
Mediante a morte de Jesus, recebemos a vida espiritual e somos libertos dos nossos pecados, o que nos garante a vida eterna (Rm 8.1). É por causa do sangue derramado naquela cruz que nós somos justificados diante do Pai.
II – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Por que a cruz é o símbolo de nossa fé? Para encontrar a resposta não é necessário olhar além da cruz. Seu desenho não poderia ser mais simples. Um traço horizontal — outro vertical. Um na horizontal — como o amor de Deus. O outro na vertical, para cima — como a santidade de Deus. Um representa a dimensão do seu amor; o outro reflete a altura de sua santidade. A cruz é a interseção. É onde Deus perdoou seus filhos sem descer seus padrões. Como Ele pôde fazer isto? Em uma única sentença: Deus colocou nossos pecados sobre seu Filho e nEle os puniu […]. Visualize o momento. Deus em seu trono. Você na terra. E, entre você e Deus, suspenso entre você e o céu, está Cristo na cruz. Seus pecados foram colocados sobre Jesus. Deus, que pune o pecado, derrama sua ira de justiça sobre os nossos erros. Jesus sofre essa ira. Uma vez que Cristo está entre você e Deus, você não é atingido, mas salvo — salvo à sombra da cruz” (LUCADO, Max. Ele escolheu os cravos. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.107).
III – RECONCILIOU-NOS COMO CRIADOR
1- O véu se rasgou.
No templo, em Jerusalém, havia uma pesada cortina (chamada “véu”) que separava o lugar santíssimo, representando que, por causa de nossos pecados, estávamos separados de Deus. Assim, quando Jesus deu seu último suspiro e entregou o Seu Espírito (Mt 27.50), o “véu do templo” se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51). Deus fez isso para demonstrar que o caminho até Ele estava aberto definitivamente. Agora, não precisamos mais de um sacerdote para interceder por nossos pecados, pois Cristo, o nosso “Grande Sacerdote”, se sacrificou por nós. Ele se tornou o único mediador entre Deus e os homens. E, assim, podemos ter um relacionamento direto com Deus. É por isso que todos os dias você pode orar diretamente ao Pai por meio de Jesus (Jo 14.13).
2- O Espírito Santo foi enviado.
A morte de Jesus também nos garantiu que o Espírito Santo fosse enviado. Ele disse: “se eu não for, o Consolador não virá a vós” (Jo 16.7 ARC). Assim, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo de Deus foi enviado sobre a Igreja. O Espírito Santo é quem nos ensina, orienta, capacita, revela, dá o discernimento e sabedoria para que consigamos viver e fazer a vontade de Deus. Ele é quem nos consola e dá forças para enfrentar as adversidades. E é quem intercede ao Pai por nós.
III – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Quando vamos a Cristo, Deus não apenas nos perdoa, como também nos adota […]. Passamos de órfãos condenados sem nenhuma esperança a filhos adotados sem qualquer medo. Veja como acontece: você chega perante a cadeira de julgamento de Deus cheio de erros e rebeliões. Por causa de sua justiça, Ele não pode deixar de lado seu pecado, mas por causa de seu amor, Ele não pode deixar você de Lado. Então, num ato que atordoa os céus, Ele [Cristo] pune a si mesmo sobre a cruz, por seus pecados. A Justiça e o amor de Deus são igualmente honrados. E você, criação de Deus, é perdoado.” (LUCADO, Max. A grande Casa de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.13).
CONCLUSÃO
Jesus nasceu como uma criança e cresceu como um homem comum. No tempo certo, começou seu ministério. Ele pregou, ensinou, fez milagres. Porém, seu maior ato foi entregar-se para morrer na cruz em nosso lugar. Ele morreu, mas também ressuscitou. E, assim, Jesus fez um sacrifício completo e suficiente para atender à justiça de Deus. Na cruz, Ele cumpriu sua ação de redimir os que creem.
VAMOS PRATICAR
1- Marque “V” para verdadeiro e “F” para falso.
(V) A morte de cruz era uma maldição, pois a morte era lenta, acompanhada de muita dor, vergonha e constrangimento.
(F) A morte de Jesus foi por acaso, tudo aconteceu fora dos planos de Deus.
(F) Quando Jesus morreu a situação da humanidade perante Deus permaneceu a mesma.
(V) O sacrifício de Cristo restaurou o nosso relacionamento com Deus
PENSE NISSO
No Antigo Testamento é possível encontrar várias menções à ação do Messias, que foram cumpridas na vida de Jesus:Traição de Judas (Zc 11.12-13);
Os sofrimentos (Is 50.6);
A ferida nos pés e nas mãos (Sl 22.16);
O sorteio das roupas (Sl 22.18);
Preservação dos ossos (Sl 34.20).
Fonte: CPAD
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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