COMPREENDER que o ensino dos apóstolos era
prático;
CONSCIENTIZAR de que a doutrina suscita amor;
SABER que a doutrina gera serviço.
INTERAÇÃO
Professor (a), a Igreja está firmada sobre a
doutrina dos apóstolos, que está firmada em Cristo, o fundamento da Igreja. Por
esta razão, a lição se dedica a esta temática, com o objetivo de mostrar a
importância do nosso compromisso com a doutrina dos apóstolos. Estudaremos a
respeito da praticidade do ensino dos apóstolos, mostrando que tal ensino
produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao
próximo. É importante que os alunos compreendam o significado do vocábulo
apóstolo. Esse termo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo
significado vai além de simplesmente “mensageiro”, e aponta para “o enviado”. É
importante ressaltar que, embora tenham desempenhado importante papel na edificação
da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram
e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado (a) professor (a), inicie a lição
explicando aos alunos que “a igreja somente poderá ser genuína se for
alicerçada na revelação infalível, inspirada por Cristo aos primeiros
apóstolos”. Os apóstolos do Novo Testamento foram os mensageiros originais,
testemunhas e representantes autorizados do Senhor crucificado e ressurreto (Ef
2.20). “Foram as pedras fundamentais da Igreja, e sua mensagem encontra-se nos
escritos do Novo Testamento, como o testemunho original e fundamental do
Evangelho de Cristo, válido para todas as épocas” (Manual da Bíblia de
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p. 1811).
TEXTO BÍBLICO
Atos 2.42-47
42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e
sinais se faziam pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo
em comum.
45 Vendiam suas propriedades e fazendas e
repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no
templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração
47 Louvando a Deus e caindo na graça de todo o
povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de
salvar.
INTRODUÇÃO
A doutrina dos apóstolos deve ser estudada e
praticada pelos crentes, pois consiste em Cristo, o fundamento
da Igreja. Esta lição tem como objetivo mostrar que
precisamos manter o compromisso de não negligenciar a doutrina dos apóstolos.
Vamos discorrer a respeito do ensino prático dos apóstolos, mostrando que ele
produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao
próximo.
I – O ENSINO DOS APÓSTOLOS ERA PRÁTICO
1- Os apóstolos.
O
vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado
vai além de “mensageiro”. O termo significa também “o enviado”, e nas
Escrituras Sagradas a ênfase é mais sobre aquele que envia do que quem é
enviado. É importante destacar que, embora tenham desempenhado um importante
papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em
si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo,
quem os escolheu e os enviou. As palavras de alguns dos apóstolos nas
apresentações de suas cartas atestam isso, já que elas deveriam ser lidas e
obedecidas, não porque eles as estavam escrevendo, mas porque foram chamados
pelo Senhor Jesus (Rm 1.1; 1 Pe 1.1). Portanto, falar sobre a doutrina dos
apóstolos refere-se aos ensinos dos que receberam o chamado e a autoridade necessária para isso, o que faz dessa doutrina “digna
de toda aceitação” (1Tm 1.15).
2- A doutrina dos apóstolos.
Paulo
afirma que os crentes em Cristo estão “edificados sobre o fundamento dos
apóstolos” (Ef 2.20), que é o mesmo que “doutrina dos apóstolos” (At 2.42),
pois a eles foi dada a missão de Lançar as bases doutrinárias da Igreja de
Cristo. No entanto, essas duas expressões fazem referência ao ensino dos
apóstolos e não aos apóstolos em si, ou seja, a Igreja não está fundamentada
nestes homens, mas na doutrina que receberam de Cristo e repassaram à Igreja do
Senhor. A validade do que eles ensinaram está no fato de que “Jesus Cristo é a
principal pedra de esquina”, ou seja, o Senhor é a base e o sustento de toda doutrina
ensinada pelos apóstolos. Sem Cristo, esses ensinos não existiriam ou não
teriam valor nenhum, pois Cristo é o insubstituível.
3- A praticidade da doutrina dos apóstolos.
Um aspecto importante da doutrina dos
apóstolos é o seu aspecto prático. Embora, do ponto de vista teórico, fossem
bem fundamentados, esses ensinamentos evocam a necessidade de práticas que
refletem a fé genuína (Tg 1.21,22). No Evangelho Segundo João, somos exortados
à produção de frutos que evidenciem o verdadeiro arrependimento (Jo 15.16). O Livro de Atos registra
a conversão de milhares de pessoas e o fato de que elas “perseveravam na
doutrina dos apóstolos”, como demonstração de uma verdadeira conversão,
compreensão e obediência aos princípios ensinados pelos apóstolos. Quem ama a
Cristo e ao próximo, guarda e pratica toda a doutrina de Deus.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), todos os crentes e igrejas locais
dependem das palavras, da mensagem e da fé dos primeiros apóstolos, conforme
estão registradas historicamente em Atos e nos seus escritos. A autoridade
deles é conservada no Novo Testamento. As gerações posteriores da igreja têm o
dever de obedecer à revelação apostólica e dar testemunho da sua verdade. O
Evangelho concedido aos apóstolos do Novo Testamento, mediante o Espírito
Santo, é a fonte permanente de vida, verdade e orientação à igreja.
II – A DOUTRINA SUSCITA AMOR
1- O amor na doutrina de Pedro.
O
amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina (Jo 15.10). A fé e os
ensinos de Pedro foram moldados pelo seu relacionamento com Jesus, e o
que ensinou sobre o amor foi influenciado pelas marcas de seu último diálogo
com o Mestre (Jo 21.15-17). Em sua Primeira Carta, Pedro adverte os crentes a amarem uns aos outros
ardentemente (1 Pe 4-8). Este versículo é a chave para a compreensão de seu
ensino sobre 0 amor. Pedro aponta para a transformação e mudança que Cristo
operou nos crentes pelo seu amor demonstrado na cruz. Ele diz que o amor é a
maior das virtudes, e a que valida todas as demais.
2- O amor na doutrina de João.
O
amor é um tema central nos ensinos de João. Por isso, ele tem sido chamado de
“o apóstolo do amor”. Parte do conteúdo do capítulo 4 de sua Primeira Epístola
identifica o quão essencial é o amor para João. Os versículos 10,11 e 19 do
capítulo 4 podem ser considerados o eixo central do ensino sobre o amor. João
afirma que Deus é que amou e ama o ser humano primeiro e nós respondemos
adequadamente ou não a este amor. João defende que o amor evidencia a nova vida
em Cristo e o fato de conhecer a Deus (1 Jo 4-7-9). Embora Ele não possa ser
visto, todavia, por meio do seu amor a sua presença é revelada e percebida. O
amor de Deus faz com que venhamos a desfrutar da comunhão com o Senhor e com o
Espírito Santo. O amor testifica a obra realizada por Cristo na cruz do
Calvário em nosso favor.
No
capítulo dois da Carta aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala de alguns pontos
doutrinários a respeito do amor. Ele enfatiza que o amor é: uma virtude a ser
compartilhada entre os irmãos; que a humildade é uma face genuína do amor, e
leva o crente a celebrar as qualidades uns dos outros, e que Cristo é o modelo
maior de amor, humildade e serviço (Fp 2.5-10). Paulo também ensina que o amor
não é somente um sentimento, mas uma ação, atitude. No capítulo 13 da Primeira
Carta aos Coríntios ele mostra que o amor tudo sofre, é benigno, não invejoso,
não leviano e que ele “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (1 Co
13.7). Sendo assim, não há doutrina aprovada por Deus que não produza o
verdadeiro amor.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte
pergunta; “O que é o amor?” Incentive a participação de todos. Em seguida
explique que o amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina. Peça que
um aluno (a), leia João 15.10. Em seguida, explique que “o crente deve viver na
atmosfera do amor de Cristo. Jesus declarou que isso se dá quando guardamos os
seus mandamentos. Todos os crentes e igrejas serão verdadeiros somente à medida
que fizerem o seguinte:
(a) Aceitar o ensino e revelação originais dos
apóstolos a respeito do evangelho, conforme o Novo Testamento registra, e
procurar manter-se fiéis a eles (At 2.42). Rejeitar os ensinos dos apóstolos é
rejeitar o próprio Senhor (Jo 16.13-15; 1 Co 14.36-38).
(b) Continuar a missão e ministério apostólico,
comunicando continuamente sua mensagem ao mundo e à igreja, através da
proclamação e ensino fiéis, no poder do Espírito (At 1.8),
(c) Não somente crer na mensagem apostólica, mas
também a defender e guardá-la contra todas as distorções ou aliterações. A
revelação dos apóstolos, conforme temos no Novo Testamento, nunca poderá ser
substituída ou anulada por revelação, testemunho ou profecia posterior (At
20.27-31).
III – A DOUTRINA GERA SERVIÇO
1- Jesus, o servo por excelência.
O
Antigo Testamento anunciou a chegada de Jesus em suas mais diferentes
condições, inclusive como Servo (Is 53.1-12). Os textos do Antigo Testamento
apontavam para o caráter de servo que Jesus assumiria em seu ministério
terreno, com o propósito de atender aos necessitados (Is 61.1-3). O apóstolo
Paulo fundamentou o seu argumento sobre o dever cristão de auxiliar os enfermos
em suas necessidades nas palavras de Jesus de que “mais bem-aventurada coisa é
dar do que receber” (At 20.35), Esse princípio está alinhado ao que o Senhor
ensinou – em palavras e obras – aos seus discípulos sobre servirem aos outros e
não a si mesmos (Mt 20.26,27), Jesus disse que “não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45), Ele entrega a
própria vida em favor de outros, razão pela qual o Pai o exaltou e lhe deu um
nome sobre todos os nomes (Fp 2.9). Jesus é o servo por excelência.
2- O serviço cristão na doutrina dos apóstolos.
Os
apóstolos lançaram as bases da doutrina cristã, e Cristo é o fundamento
central. Uma vez que o serviço foi uma das características fundamentais do
ministério de Jesus, essa virtude não poderia estar fora dos ensinos
apostólicos. Historicamente, o serviço a Deus e ao próximo é visto como fruto
da doutrina dos apóstolos a partir do registro no livro dos Atos.
Doutrinariamente, o apóstolo Pedro ensina que os dons espirituais devem ser
usados em favor do Corpo de Cristo, tratando-os como um serviço. No mesmo
contexto, ele indica que o cristão é chamado a sofrer à semelhança de Cristo,
ou seja, trabalhar em favor da Igreja, do Reino de Deus. No ensino de João, o
cristão deve estar pronto a servir o seu próximo com os seus bens e com a sua
própria vida (1 Jo 3.16,17). Paulo ensinou também que o crente deve considerar
o outro superior a si mesmo, e reafirma a sua alegria em se entregar no serviço
em favor dos outros (Fp 2.3,17). A verdadeira doutrina faz com que os crentes
desejem servir a Deus e ao próximo.
3- O serviço na vida cristã.
Jesus
é o alicerce da doutrina cristã, o modelo de servo a ser seguido pelos seus
discípulos e todos os crentes. Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma para
que não se amoldassem aos padrões deste mundo, mas que mudassem a forma (Rm
12.2). Segundo a forma de pensar deste mundo, maior é o que é servido, aquele
que está assentado à mesa. Entretanto, Jesus Cristo ensinou que no Reino de
Deus maior é o que serve (Lc 22.26,27). Portanto, uma vida cristã bíblica e
madura é marcada pelo serviço a Deus e ao próximo.
SUBSÍDIO 3
Servir os outros é um sinal característico dos
cristãos no mundo, Jesus iniciou o seu sermão com palavras que parecem
contradizer uma à outra. Mas o modo de vida prescrito e exigido por Deus
normalmente contradiz o do mundo. Se você quer viver para Deus, deve estar
pronto a dizer e fazer o que parece estranho para o mundo. Você deve estar
disposto a dar, quando os outros tomam; a amar, quando os outros odeiam; a
ajudar, quando os outros maltratam. Ao renunciar aos seus próprios direitos
para servir os outros, um dia você receberá tudo o que Deus reservou para você.
CONCLUSÃO
A doutrina dos apóstolos está fundamentada em
Jesus Cristo, e tal verdade implica aspectos teóricos e práticos. A doutrina dos
apóstolos revela o que os crentes de todos os tempos, precisam crer e praticar.
Aprendemos a respeito da praticidade dos ensinos apostólicos, indicando a
expectativa de Deus e das pessoas em relação à Igreja. Isso se dá em dois
aspectos na doutrina dos apóstolos: o primeiro é o amor, como fruto da
verdadeira doutrina, o segundo é o serviço abnegado, do qual o Senhor Jesus é o exemplo maior.
HORA DA REVISÃO
1- Qual a origem do vocábulo “apóstolo” e qual o
seu significado?
O
vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado
aponta para “o enviado”, e a ênfase é mais sobre aquele que envia do que em
quem é enviado.
2- De acordo com a lição, quem é a base e o
sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos?
Jesus
Cristo.
3- Qual virtude é evidenciada pela prática da
doutrina (Jo 15.10)?
O
amor.
4- Qual é o tema central nos ensinos de João?
O
amor é o tema central nos ensinos de João.
5- No Reino de Deus, o
maior é o que serve à mesa ou o que é servido (Lc 22.26,27)?
Segundo
Jesus Cristo, maior é o que serve (Lc 22.26,27).
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