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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 13 / 3º Trim 2024


AULA EM 22 DE SETEMBRO DE 2024 - LIÇÃO 12
(Revista Editora CPAD)

Tema: Estudo, Oração e as Setenta Semanas de Daniel
 

TEXTO PRINCIPAL 
“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade […].” (Dn 9.24) 

RESUMO DA LIÇÃO 
Deus revela os seus planos, mas os fiéis devem buscar entendimento e interceder pelo povo da promessa. 

LEITURA SEMANAL 
SEGUNDA – Jr 25.12-14 Setenta anos profetizados por Jeremias 
TERÇA – 2 Pe 1.20,21 Homens que falaram inspirados pelo Espírito 
QUARTA – Hb 1.14 Anjos, espíritos ministradores 
QUINTA – Ne 2 O início das Setenta Semanas 
SEXTA – Lc 21.24 O tempo dos gentios 
SÁBADO – 1Ts 1.10 A igreja preservada 

OBJETIVOS 
APRENDER com a postura de Daniel de estudo e oração diante da profecia: 
COMPREENDER a revelação de Deus sobre o futuro de Israel; 
ENTENDER o teor da profecia das Setenta Semanas. 

TEXTO BÍBLICO 

Daniel 9.1-4; 4.20-24 
1 No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus. 
2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 
3 E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza. 
4 E orei ao SENHOR, meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos. 
20 Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do SENHOR, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus. 
21 Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me a hora do sacrifício da tarde. 
22 E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido. 
23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para te declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão. 
24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos. 

INTRODUÇÃO 
Professor(a), para esta lição é interessante dar um contexto do trimestre, falando do tema central e da última lição ministrada. Isso é importante para ambientar os alunos na lição atual. 
"Ele busca entender o plano de Deus para a restauração de Israel e o fim do exílio. Com fervor espiritual, orou a Deus buscando respostas", A história dos reis medo-persas é um pouco complicada, pois vem de fontes variadas, por isso é bom apenas dar um contexto histórico rápido: Ciro havia tomado Babilônia no ano 539 a.C. e já no ano seguinte ele autorizou a libertação do povo de Israel, mas Daniel está falando que na época de Dario o povo ainda estava no cativeiro, ou seja, a libertação não estava completa, e por isso ele buscou a Deus as resposta em oração. 
"contém a profecia das Setenta Semanas, por meio da qual Deus faz saber sobre um período de tempo decretado para o seu povo e sua cidade santa.", Como Daniel buscou de forma profunda, Deus respondeu também de forma profunda, pois Ele revelou a profecia sobre os tempos determinado para o Seu povo até o tempo do fim. Sendo assim, Deus mostrou para Daniel que aquilo era somente o começo e que ainda havia muita água para rolar. Aprende-se aqui, que se alguém deseja profundas revelações do Senhor, é preciso buscar com mais perseverança e profundidade.

I- ESTUDO E INTERCESSÃO DE DANIEL

1- Estudando as profecias.
"Ele se recordou da referência de Jeremias, profeta que vaticinou sobre o cativeiro babilônico. Este tinha convicção de que Deus falava com Jeremias e que podia falar com ele também.", O povo foi liberto do cativeiro em três levas, uma com Zorobabel, outra com Esdras e a última com Neemias, mas algo incomodava Daniel, e pelo que percebemos poderia ser o fato de o período do cativeiro não estar batendo com a profecia de Jeremias, e Daniel precisava de uma resposta. O problema é que a matemática não poderia fechar, pois o povo não retornou todo de uma vez, como também não foi levado todo de uma vez ao cativeiro. 

"Daniel teve entendimento acerca do cumprimento da desolação de Jerusalém no período de setenta anos.", Ao interpretar os escritos de Jeremias Daniel pode entender que o cativeiro duraria setenta anos, e pelo que entendemos Daniel achou que Deus ainda não estava agindo por isso clama a Deus, e a sua petição vai dos versos 16 a 19, veja como inicia: 

"Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte; porque por causa dos nossos pecados, e por causa das iniqüidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós.", Daniel 9.16 (grifo meu)

Com isso, entendemos que Daniel não estava compreendendo que Deus já estava trabalhando. 

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sábado, 24 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 9 / 3º Trim 2024

                                       

Entre a Lei de Deus e a Lei dos Homens
1 de setembro de 2024

TEXTO PRINCIPAL
“Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava […].” (Dn 6.10)

RESUMO DA LIÇÃO
Antes de ser leal ao governo e à lei dos homens, o crente é fiel a Deus e à sua Lei.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Ex 20.3-17 A essência da Lei de Deus
TERÇA – Rm 7.12 As qualidades da Lei de Deus
QUARTA – Rm 2.15 A Lei gravada no coração
QUINTA – Fp 4.6 Buscando Deus em oração
SEXTA – Ts 5.17 Orando sempre
SÁBADO – At 5.29 Importa obedecer à Lei de Deus

OBJETIVOS
CONHECER as características do novo governo que Daniel estava submetido;
COMPREENDER como se deu a conspiração contra Daniel:
APRENDER sobre a diferença entre a Lei de Deus e a Lei dos homens.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), com a queda do Império Babilônico, emerge o Império Medo-Persa, trazendo consigo uma política de tolerância e liberdade religiosa. No entanto, é nesse contexto que Daniel enfrenta uma prova significativa de sua fé. O capítulo 6 nos oferece uma oportunidade valiosa para ponderar sobre as transições de poder nos governos humanos, a permanência inabalável da soberania divina e o exemplo de conduta fiel dos servos de Deus, independentemente das circunstâncias políticas. O conteúdo desta lição nos permitirá também discutir criticamente sobre a contraposição entre a Lei Natural de Deus e as leis humanas, especialmente quando surgem desafios à liberdade de crença. É um tema relevante para explorar, especialmente considerando as questões contemporâneas relacionadas à liberdade religiosa e as decisões judiciais que podem afetar o exercício dessa liberdade no país. Nossa análise desse capítulo ressalta a importância de manter a fé e a devoção a Deus, independentemente das restrições que possam surgir, ao mesmo tempo, em que respeitamos as leis e autoridades humanas, desde que não entrem em conflito com os princípios fundamentais da Bíblia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), comece a sua aula fazendo a seguinte pergunta aos seus alunos: “O que vem primeiro, a Lealdade ou a integridade?” Depois de ouvir as respostas, explique que a lealdade, embora seja uma virtude importante, vem em segundo lugar. Isso porque, se a lealdade não for baseada em princípios morais sólidos, ela pode ser perigosa. Enquanto isso, integridade significa inteireza, formando um todo completo. Na prática da vida, significa que nossas “ações devem ser coerentes com nossos pensamentos”. Aplicando isso ao capítulo 6 em estudo, explique que Daniel era leal ao rei, porém, antes de tudo ele era íntegro. Ele não poderia deixar de fazer aquilo que a Palavra de Deus exigia. Mostre que nos nossos dias temos esse mesmo desafio como cristãos. Podemos e devemos ser leais às pessoas e ao governo, até o limite que não fira a nossa integridade e fidelidade ao Senhor.

TEXTO BÍBLICO
Daniel 6.1-7
1 E pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte presidentes, que estivessem sobre todo o reino.
2 E sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um, aos quais esses presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu desses príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino
4 Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa
5 Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
6 Então, estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei e disseram-lhe assim: O rei Dario, vive eternamente
7 Todos os príncipes do reino, os prefeitos e presidentes, capitães e governadores tomaram conselho, a fim de estabelecerem um edito real e fazerem firme este mandamento: que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus ou a qualquer homem e não a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.

INTRODUÇÃO
O capítulo 6 do Livro de Daniel nos introduz a uma nova era política e governamental. Com a queda do poderoso império Babilônico, a cidade de Babilônia agora passa a ser controlada pelos Medo-persas, também conhecidos como o império Aquemênida. Esta mudança de regime trouxe consigo maior liberdade e tolerância religiosa. No entanto, mesmo sob um novo regime, o profeta Daniel se depara com a maior provação de sua vida. Ele é confrontado com a pressão de abandonar sua devoção inabalável ao Deus Altíssimo. Nesta Lição, estudaremos este relevante episódio, que nos trará valiosos ensinamentos sobre a fidelidade a Deus diante do governo dos homens e de suas leis, revigorando a importância da oração na vida do crente.

I- VIVENDO SOB UM NOVO GOVERNO

1- A identidade do novo rei. 
O capítulo 6 começa com a descrição de um novo rei, que é chamado de ‘Dario, o medo'(Dn 5.31). A identidade deste governante, mencionado outras vezes no Livro (Dn 11.1), é uma questão debatida entre estudiosos, diante do fato de ‘Ciro, o persa’ ter sido o conquistador da Babilônia (Is 44.28; 45.1). A Bíblia menciona que Daniel também serviu sob o seu comando (Dn 1.21; 10.1). Uma corrente diz que se tratava da mesma pessoa. O entendimento majoritário, no entanto, compreende que Ciro, após a sua conquista, teria constituído Dario temporariamente como governante subordinado a ele. Segundo John Lennox, essa ideia é apoiada Linguisticamente, pelo fato de Daniel dizer que Dario foi ‘constituído rei’ (Dn 9.1) e que “ocupou o reino'(Dn 5,3r). Segundo a obra Contro o Correnteza, os relatos bíblicos também nunca se referem a Dario como rei da Media- Pérsia, mas apenas como governante da Babilônia.

2- O novo governo. 
O novo governante ficou conhecido por sua capacidade de manter a estabilidade política em seu império. Também estabeleceu uma série de reformas administrativas que ajudaram a estruturar o governo e a economia. O rei organizou o império em satrapias, que eram províncias administrativas com governadores nomeados por e[e, os quais detinham autoridade sobre os assuntos civis e militares de sua região. Acima deles, foram nomeados três presidentes, também chamados príncipes, incluindo Daniel (6.1-3). Eles tinham a responsabilidade de supervisionar a administração do império e garantir que as províncias fossem governadas de acordo com as Leis e diretrizes do rei. Eles eram responsáveis por relatar qualquer irregularidade ou comportamento inadequado dos sátrapas.

3- Uma política de tolerância religiosa. 
Ciro, o imperador, tinha uma política de maior tolerância com os povos conquistados. Promulgou um código de Leis conhecido como o ‘Cilindro de Ciro’, que promovia a justiça e a Liberdade religiosa, permitindo que vários grupos étnicos praticassem suas crenças. O chamado Edito de Ciro, também denominado como o ‘Decreto de Ciro’, possibilitou que os judeus deportados pelos babilônios retornassem para Jerusalém e reconstruírem o Templo (cf. Ed 1.1-3). Mesmo diante desse ambiente de maior liberdade e tolerância, Daniel foi perseguido por suas convicções. Isso mostra que, embora em muitos países os crentes tenham ampla proteção jurídica de expressão de suas crenças, com previsão na Declaração internacional de Direitos Humanos, não estão isentos de serem constrangidos e forçados a relegar a fé. A previsão da Liberdade religiosa na Constituição e nas leis não garante que os cristãos não serão discriminados e ofendidos, especialmente por causa de imposições ideológicas.

PENSE! Se você nunca foi constrangida por causa da sua fé? Será que falta testemunha?
PONTO IMPORTANTE! Embora em muitos países os crentes tenham ampla proteção jurídica de expressão de suas crenças, com previsão na Declaração Internacional de Direitos Humanos, não estão isentos de serem constrangidos e forçados a relegar-se à fé.

SUBSÍDIO 1
“O Reinado de Dario, o Medo, 6.1-28. O versículo final do capítulo 5 e o primeiro versículo do capítulo 6 nos introduzem ao novo governo, Embora Ciro fosse o conquistador, Dario, o medo, é apresentado. Como o monarca no poder na Babilônia, Parece que a política de Ciro era deixar a administração do governo nas mãos de outros, enquanto seguia em frente com novas conquistas. Durante muitos anos um dos problemas cruciais do livro de Daniel tem sido a identidade de Dario, o medo, o filho de Assuero (5.31; 9.1). A história secular não fornece nenhum tipo de ajuda para solucionar esse problema. Isso se podia dizer de Belsazar, até que as inscrições cuneiformes começaram a relegar seus segredos. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido pelos gregos por outro nome. Isso significaria que ele era neto de Ciaxares, o grande aliado medo de Nabucodonosor. Alguns têm tentado identificar Dario com Gobrias, o general do exército de Ciro que venceu a Babilônia, Acredita-se que seu reinado foi breve. Mas, sua morte dentro de dois meses após a captura da Babilônia dificilmente apoiaria essa teoria. Em seu livro Darius the Mede (Dario, o medo), John C. whitcomb oferece fortes indícios que identificam Dario, o medo, com um Gubaru, cujo nome estava separado nos registros cuneiformes, Esse Gubaru é chamado de “Governador da Babilônia e do Distrito Além do Rio”. Debaixo da autoridade de Ciro, Gubaru nomeou governadores para governar com ele na ausência de Ciro, que residia por longos períodos em sua capital em Ecbatana. Gubaru recebeu um poder praticamente ilimitado sobre a imensa satrapia da Babilônia, Mesmo no governo de Cambises, o filho de Ciro, Gubaru continuou a exercer sua autoridade.” (Comentário Bíblico Beacon, Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p, 518)

II- A CONSPIRAÇÃO CONTRA DANIEL

1- A distinção de Daniel.
Em razão de sua excelência, Daniel começou a se distinguir dentre os demais presidentes, razão pela qual o rei pensava em promovê-lo. Isso mostra que Daniel além de fiel e zeloso nas questões religiosas, era também um profissional qualificado e dedicado, fazendo com que se sobressaísse em suas atividades. É necessário lembrar que o trabalho, criado por Deus, e um elemento importante na vida e pode ser uma forma de vocação divina, A Bíblia nos recomenda a fazer tudo conforme as nossas forças (Ec 9.10) e para a glória de Deus (1 Co 10.31)

2- Inveja e conspiração.
Assim que o brilho de Daniel começou a ofuscar os demais, a inveja brotou em seus corações. Infelizmente, isso é algo que ocorre com enorme frequência em qualquer ambiente e até mesmo entre o povo de Deus, Em vez de reconhecer a excelência do outro e procurar aprender com ele, os invejosos preferem o caminho da destruição, fazendo uso de fofocas, tramas e acusações caluniosas. Por isso, dentro dos bastidores do poder do reino, os demais presidentes e governadores arquitetaram um complô diabólico para acabar com a imagem de Daniel perante o rei, procurando ocasião para difamá-lo. Contudo, a Bíblia afirma que eles não encontraram qualquer coisa de que pudesse acusá-lo, “nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa” (6.4). Lembre-se, jovem, de que quando se está na presença de Deus, os inimigos não terão nada para acusá-lo!

3- O plano contra Daniel. 
Percebendo que não teriam nada contra Daniel, tendo em vista sua conduta ilibada, os líderes mudam a estratégia e resolvem encontrar na “lei do seu Deus” (6.4) algo que pudesse prejudicá-lo. Eles deixam de procurar na conduta e passam a prejudicar Daniel com base em suas convicções. Para tal, os homens perversos propuseram ao rei que fosse proibido em todo o reino, no período de trinta dias, que se fizessem petições ou orações a qualquer divindade, ou homem, a não ser ao rei, A punição pela desobediência seria o lançamento na cova dos leões. A estratégia dos inimigos de Daniel em muito se assemelha aos secularistas anticristãos, procurando centralizar no Estado a figura da divindade. Sem dúvida, buscam de todas as maneiras restringir a manifestação das crenças e punir a convicção dos cristãos. Na Legislação e em decisões judiciais, surgem novos entendimentos que procuram amordaçar a voz da igreja, abolindo não somente a Liberdade de crença, mas também a Liberdade de expressão. Vivemos uma Era de suposta tolerância. Todavia, enquanto todas as expressões são válidas e permitidas, o Cristianismo cada vez mais é hostilizado por causa da sua defesa de valores absolutos. E a intolerância dos tolerantes!

SUBSÍDIO 2
“No caminho do “plano global” para a unidade religiosa está a pessoa de Cristo. Historicamente, o cristianismo o tem considerado inigualável o Filho unigênito especial de Deus, o Senhor, o Salvador. Mas muitos cristãos – ou pelo menos muitos daqueles que usam o rótulo de cristão – estão começando a pensar que já não podemos mais manter a exclusividade em meio a crescente consciência de outras convicções religiosas, E o ímpeto da unidade é muito forte e sedutor para ser resistido. […] Primeiramente, existe o pluralismo – a afirmação direta de que temos de aceitar todas as religiões como iguais. Cristo é só um homem, um profeta, um entre várias opções, e não necessariamente uma opção melhor entre outras. O pluralismo insiste que até a palavra tolerância cheira a fanatismo, a insinuação de que temos de “tolerar” aqueles que são diferentes de nós. Não devemos apenas tolerar as religiões diferentes: devemos conceder a elas o mesmo respeito que damos à nossa. Nesse cenário Cristo é interpretado de forma genérica, mas Ele sempre é despojado de sua deidade (a menos que suas afirmações sejam interpretadas com o sentido de que todos somos divinos). Este pluralismo (ou universalismo) afirma, sem competência, que nenhuma religião tem o direito de julgar a outra. Sem respeito mutuo, tolerância sem críticas e aceitação incondicional da “rica” herança dos outros, não há base para a unidade. A superioridade conduz ao preconceito, o qual deve ser exposto, desdenhado e subsequentemente arrancado pelas raízes.’ (LUTZER. Erwin, Cristo entre outros Deuses: Uma Defesa da Fé Cristã Numa era de tolerância, Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pp. 21,22)

III – A LEI DOS HOMENS EA LEI DE DEUS

1- Contrariando a lei dos homens. 
Mesmo diante do decreto do rei, novamente Daniel não se acovardou de dar testemunho de sua fé. Ainda que fosse um alto funcionário e ocupasse um Lugar de privilégio no império, Daniel não negou sua integridade e fidelidade a Deus. O servo de Deus sempre fora obediente ao rei, porém, ao perceber que a lei humana contrariava a lei divina, ele desobedeceria ao injusto mandamento, fazendo exatamente aquilo que o decreto proibia: buscou ao Senhor em oração (Dn 6.10). Em primeiro lugar, Daniel sabia que Dario tinha autoridade, mas tinha ainda mais convicção de que esta autoridade provinha de Deus (Rm 13.1). . Em segundo lugar, como um homem temente e bom cidadão, o profeta era cumpridor das leis dos homens; contudo, ele não as cumpriria quando se chocassem com as leis de Deus At 5.29). Afinal, mais importante que a lei estabelecida pelo governo humano e a Lei Natural revelada pelo Deus Altíssimo, imutável e atemporal, que não pode ser contrariada. Em terceiro lugar, Daniel sabia que o Senhor estava com ele.

2- O poder da oração. 
Diante daquele momento de provação, Daniel, foi para o seu quarto buscar a Deus em oração. Ele orou persistentemente, pondo-se de joelhos três vezes ao dia, A oração deve ser um hábito na vida de todo aquele que busca intimidade e resposta da parte do Senhor (Fp 4.6; 1Ts 5.17: Tg 5.16). Também, Daniel orou agradecendo a Deus, pois a verdadeira oração também se expressa por meio da gratidão. Não há vitória espiritual sem oração. Não há crescimento espiritual sem oração. Como disse Martinho Lutero: ‘A oração e o suor da alma’. E quanto a você, jovem, como tem sido a sua vida de oração? Lembre- -se de que a primeira oração que Deus não atende é aquela que nunca foi feita! É interessante notar que os amigos de Daniel ao serem confrontados com a adoração da estátua (Dn 3), recusaram-se a negar sua fé por meio de uma ação específica. Da mesma forma, Daniel não estava disposto a comprometer sua fé ao se abster da oração. Isso ilustra que resistir aos desafios da nossa fé requer tanto evitar ações que contradizem a Palavra de Deus quanto manter nossas práticas espirituais fundamentais.

3- Deus fecha a boca do leão. 
Ao ser denunciado, mesmo a contragosto (6.14), o rei Dario mandou que lançassem Daniel na cova dos leões, onde permaneceu durante a noite. Esse tipo de punição, conhecida como execução por leões, era uma prática esporádica que ocorria em algumas culturas antigas, não como uma regra do sistema judicial. O rei estava angustiado e passou a noite em vigília, preocupado com o destino de Daniel. Ao amanhecer, correu até a cova e, para sua surpresa, encontrou Daniel vivo e ileso. Deus havia enviado um anjo para fechar a boca dos leões, protegendo Daniel! Diante da provação e perseguição, o Senhor efetuou um verdadeiro milagre, guardando a vida do seu filho. A Bíblia também mostra que, no final, a justiça prevaleceu. Os conspiradores foram punidos por suas ações malignas.

PROFESSOR(A), “dos três presidentes, Daniel se distinguiu, E Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino. Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegará ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Deus na noite fatal da queda de Belsazar, Quaisquer que fosse as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse necessário. (Comentário Bíblico Beacon Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.518,519).

CONCLUSÃO
Ao enfrentar a pressão de abandonar sua devoção a Deus, Daniel escolheu permanecer firme em sua fé, continuando a orar diante das adversidades. Em vez de ser leal ao governo, manteve-se fiel a Deus. Sua coragem e confiança em Deus não apenas resultaram em sua proteção miraculosa na cova dos leões, mas também demonstraram um exemplo eterno de como podemos manter nossa integridade espiritual em face dos desafios culturais, políticos e jurídicos de hoje.

HORA DA REVISÃO
1- Quem é o novo rei no capítulo 6 de Daniel? 
‘Dario, o medo’ (Dn 5.31)
2- Qual o entendimento majoritário sobre a relação entre Ciro e Dario? 
O entendimento majoritário compreende que Ciro, após a sua conquista, teria constituído Dario temporariamente como governante subordinado a ele.
3- O que foi o Edito de Ciro? 
O chamado Edito de Ciro, também denominado como o ‘Decreto de Ciro’, possibilitou que os judeus deportados pelos babilônios retornassem para Jerusalém e reconstruírem o templo (cf Ed 1.1-3)
4- O que é mais importante do que a lei estabelecida pelo governo humano? 
Mais importante que a lei estabelecida pelo governo humano e a Lei Natural revelada pelo Deus Altíssimo, imutável e atemporal que não pode ser contrariada
5- Quais exemplos de leis e decisões judiciais, hoje, que confrontam a fé dos cristãos?
Resposta livre

Fonte: CPAD

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 8 / 3º Trim 2024

                                       

A Consequência Destruidora do Prazer Carnal
25 de agosto de 2024

TEXTO PRINCIPAL
“[…] MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.” (Dn 5.26-28)

RESUMO DA LIÇÃO
O prazer carnal pode satisfazer momentaneamente, mas o seu fim é a destruição.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Ec 2.10 O perigo do desejo
TERÇA – Gl 5.19-21 As obras da carne
QUARTA – Rm 7.22 O bom prazer na lei de Deus
QUINTA – Sl 111.2 O prazer dos mandamentos
SEXTA – Sl 9.2 Saltando de prazer
SÁBADO – Jo 10.10 Vida abundante

OBJETIVOS
COMPREENDER como se deu o banquete de Belsazar e o símbolo do hedonismo:
APRESENTAR o relato do enigma na parede:
APRENDER a respeito do cumprimento da sentença divina sobre o rei.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), dando continuidade ao nosso estudo do livro de Daniel, chegamos ao capítulo 6. Muitos anos transcorreram desde os acontecimentos do capítulo 5, e o profeta agora é um homem de idade avançada, longe dos dias de sua juventude. No entanto, como veremos, ele continua firme em sua jornada de coragem e fidelidade ao Senhor, Neste relato, nos deparamos com o episódio em que Belsazar, em um banquete dissoluto, entrega-se a prazeres carnais e profana objetos sagrados. Essa passagem oferece uma oportunidade para refletir sobre o hedonismo e as suas consequências na vida humana. Podemos extrair importantes conexões com a sociedade pós-moderna e a cultura do prazer que impera no tempo presente,

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), nesta lição você pode criar um exercício didático para enfatizar os perigos do hedonismo com base no Capítulo 6 de Daniel, usando palavras-chave e significados em forma de tabela. Projete a tabela abaixo no seu recurso visual:
Palavra-chave: Significado/Definição.
Hedonismo A busca desenfreada e egoísta do prazer.
Banquete Um festim ou refeição extravagante
Prazeres carnais Satisfação dos desejos físicos, muitas vezes sem moderação e em detrimento de valores morais e espirituais.
Profanação Ato de desrespeitar ou tornar impuro algo sagrado
Consequências: Resultados ou efeitos que ocorrem devido a ações específicas
Este exercício pode ser usado para encorajar a discussão e a reflexão sobre as lições espirituais e morais do estudo de hoje.

TEXTO BÍBLICO
Daniel 5.1-6; 25-31
1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
2 Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
3 Então, trouxeram os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes, as suas mulheres e concubinas.
4 Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
5 Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal na estucada parede do palácio real: e o rei via a parte da mão que estava escrevendo.
6 Então, se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro
25 Esta, pois, é a escrita que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
26 Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
27 TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
28 PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
29 Então, mandou Belsazar que vestissem a Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro no governo do seu reino.
30 Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.
31 E Dario, o medo, ocupou o reino, na idade de sessenta e dois anos.

INTRODUÇÃO
Após a morte de Nabucodonosor II, seu filho Evil-Merodaque (Jr 52.31-34) assumiu o trono da Babilônia por um curto período. No entanto, ele foi assassinado por seu cunhado Neriglissar, que então assumiu o controle do reino. Após o reinado de Neriglissar, o trono passou para seu filho Labashi-Marduk, que governou por apenas nove meses antes de ser assassinado. Com a sua morte, Nabonido, genro de Nabucodonosor, passou a reinar na Babilônia, fazendo seu filho Belsazar como corregente. Este é o rei mencionado no capítulo 5 do livro de Daniel, responsável por organizar um banquete extravagante e depravado para mil dos seus nobres. Nesta lição, estudaremos sobre este episódio, que realça os perigos da busca pelo prazer e as consequências da indiferença para com as coisas santas de Deus.

I- O BANQUETE DE BELSAZAR E O HEDONISMO

1- Uma festa carnal e irresponsável. 
No decorrer da festa carnal, o rei, embriagado, ordenou que fossem trazidos os vasos de ouro e prata saqueados do templo em Jerusalém pelo rei Nabucodonosor (5.2,3). De forma irresponsável, Belsazar e seus convidados profanaram esses vasos sagrados ao utilizá-los para beber vinho e render culto aos seus ídolos. Nesta ocasião, enquanto Nabonido encontrava-se ausente da Babilônia, Belsazar promovia o seu festejo com mulheres e amigos, satisfazendo as suas paixões, mesmo diante de um momento conturbado para o Império Babilônico, Na ocasião, os medo-persas preparavam a invasão da cidade. Segundo historiadores, a festa teria sido realizada como forma de demonstração de confiança perante os exércitos de Ciro.

2- Uma festa profana. 
Como muitos, Belsazar deixou-se levar pelos desejos e pela imprudência. Seu festim degenerado, regado de luxúria, bebida e muita comida, acabou por profanar os utensílios sagrados de Israel. Tendo crescido no palácio, Belsazar tinha consciência do que estava fazendo e, possivelmente, sabia da humilhante experiência de Nabucodonosor com Deus (cf. 5.2à). Porém, ainda assim, resolveu, deliberadamente, cometer um ato de sacrilégio, demonstrando falta de reverência em desafio direto às leis divinas.

3- O perigo do hedonismo. 
O banquete extravagante de Belsazar simboliza a busca pelo prazer carnal e a indiferença espiritual na sociedade atual, imersa em uma cultura orientada ao prazer. O hedonismo é uma doutrina e, ao mesmo tempo, uma forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida. Os hedonistas defendem que a coisa mais importante na vida e a conquista do prazer e a fuga do sofrimento, de sorte que a primeira pergunta que fazem não é: “Isto é correto?”, mas sim: “Trará prazer?” Hoje, vemos muitas manifestações onde o prazer imediato e a busca por satisfação pessoal superam considerações morais e espirituais. Isso se reflete em comportamentos libertinos na sexualidade, no uso de drogas, na exploração de outros para uso pessoal e uma mentalidade de gratificação instantânea. Vivemos uma época de excessos, na qual as pessoas têm acesso, sem precedentes, a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais, etc. O desafio humano atual não é a escassez, mas o excesso. Pesquisas têm demonstrado que o excesso de prazer está deixando as pessoas infelizes. O exagero de estímulos leva a comportamentos viciantes e compulsivos. As Escrituras oferecem várias advertências em relação a esses comportamentos. Em Eclesiastes 2.10,11, o rei Salomão, que buscou prazeres mundanos em sua busca de sabedoria, concluiu que tudo é vaidade. Em Gálatas 5.19-21, o apóstolo Paulo adverte contra as obras da carne, que incluem “orgias” e “bebedices”.

PENSE! Vale a pena se satisfazer em algo que o conduzirá cedo ou tarde ao sofrimento?
PONTO IMPORTANTE! O hedonismo é uma doutrina e ao mesmo tempo uma forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida.

SUBSÍDIO 1
A Orgia Profana de Belsazar (5.1-4) Além de toda a herança real do grande Nabucodonosor, seu avô, Belsazar tornou-se conhecido por causa da sua devassidão e crueldade. Atribui-se a Xenofonte a história em que um dos nobres de Belsazar venceu o rei numa caçada. Por esse motivo, Belsazar matou o nobre na mesma hora. Mais tarde, em uma festa, um dos convidados foi elogiado por uma das mulheres. O rei ordenou que o convidado fosse mutilado para eliminar qualquer possibilidade de ser elogiado novamente. Criado em um ambiente de luxo, em que o poder e a adulação fizeram parte da sua vida já em tenra idade, ele tinha poucas chances de não se tornar um egoísta insensato e um autocrata cruel. Mas agora, catorze anos como segundo no comando do reino, Belsazar precisava encarar grandes responsabilidades. Nabonido, seu pai, estava no campo de batalha com o exército caldeu tentando rechaçar os ataques das forças conjuntas dos Medos e Persas. Uma província após outra do império da Babilônia tinha caído. Agora, os exércitos de Ciro cercavam a capital como o último obstáculo a ser vencido. Mas não era essa a grande Babilônia inconquistável? Seus muros podiam resistir a qualquer assalto. Sua fartura em mantimentos e seu suprimento de água inesgotável poderiam sobreviver a qualquer cerco. Para demonstrar seu desdém pela ameaça persa, Belsazar decretou uma festa para toda a cidade. Por meio de um convite especial para mil dos seus grandes (1), ele preparou uma festa no palácio real. Ele convidou as mulheres do harém real para acrescentar diversão à festa. Então o próprio rei liderou a festa oferecendo bebida para todos. Em dado momento, ‘inflamado pelo muito vinho’, Belsazar se deixou levar por um impulso imprudente. Ele ordenou que fossem buscados os utensílios sagrados que seu avô tinha trazido de Jerusalém para a Babilônia (3) cinquenta anos atrás. Eles beberam dessas taças, coisa que nenhum outro ousara fazer até então, Belsazar e seus companheiros de festa beberam dessas taças e deram louvores aos deuses (4) da Babilônia. Xenofonte relata que a festa se tornou tão barulhenta que o general de Ciro, Gobrias, declarou: ‘Não deveria me surpreender se as portas do palácio estivessem abertas agora, porque parece que toda a cidade se entregou à folia.’ (Comentário Bíblico Beacon. V.4. Rio de Janeiro: CPAD, 2076, p. 515.)

II- O ENIGMA NA PAREDE

1- A escrita na parede. 
Enquanto o rei e seus convidados se alegravam em seus prazeres, subitamente algo misterioso aconteceu. Apareceram uns dedos de mão humana que começaram a escrever na parede do palácio do rei (5.5). A euforia deu lugar ao silêncio e o pavor tomou conta de todos. O rei ficou tão assustado que seu rosto empalideceu, seus joelhos batiam um no outro e as pernas vacilaram.

2- O enigma. 
A escrita era um enigma para todos, incluindo o próprio rei Belsazar, Como era comum, ele chamou os sábios da Babilônia e prometeu que aquele que conseguisse interpretar a escrita receberia honras e seria o terceiro em comando no reino. Isso reforça que Nabonido era o primeiro e Belsazar o segundo (5.7). Porém, apesar dos esforços, nenhum deles foi capaz de interpretar a escrita misteriosa na parede. Isso deixou o rei ainda mais angustiado e aterrorizado, pois ele sabia que esse evento incomum tinha um significado profundo e possivelmente uma mensagem divina.

3- Daniel é chamado. 
Diante de mais esse momento de crise, a rainha se lembra de Daniel e faz referência do seu nome ao rei (5.10,11). Nessa ocasião, o profeta não é mais um moço, mas um senhor de idade avançada. Ainda assim, temente e fiel a Deus. Em primeiro lugar, isso mostra que o testemunho de Daniel era conhecido, a ponto de ser lembrado por alguém por suas qualidades. Em que ocasiões você tem sido lembrado? Somente em momentos de festas, ou em momentos em que alguém precisa de ajuda espiritual? Em segundo lugar, mostra que Daniel havia amadurecido na presença de Deus. Uma juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida toda.

PENSE! Você tem sido convidado somente para festas ou também momentos de oração e ajuda?
PONTO IMPORTANTE! Uma juventude de fidelidade ao Senhor tem consequências para a vida toda.

SUBSÍDIO 2
‘Deus está nos treinando para nos tornarmos cada vez mais corno Jesus, em personalidade e propósito. Deus deseja nos usar em seus campos de colheita, pedindo todos os nossos esforços para apresentá-lo a aqueles que não o conhecem. Ele nos quer para fazer isto com a mesma metodologia e o mesmo caráter de seu Filho. A batalha pela pureza sexual deve ser combatida e vencida para que estejamos prontos para servir a Deus na luta pelas almas dos homens, mulheres e crianças. Quando o povo de Deus não vive de maneira santa, ele se torna inútil a Deus e se perverte. O pecado sexual de um cristão é um ato de se afundar na batalha pelas almas dos homens, tornando-nos inúteis ao santo Deus. Um navio é designado para flutuar na água, mas a água dentro do navio é mortal. Vivemos em um mundo repleto e saturado de sexo. Em contraste, Deus fixou padrões para uma vida santa e correta levando em consideração a conduta e o pensamento sexual Violar esses padrões irá afundar nossa fé. O inimigo vence outra batalha sempre que afunda um cristão antes mesmo de ele entrar na luta. Não podemos esperar que falemos com eficácia e verdade sobre nosso Senhor, se não estamos obedecendo a Ele no que se relaciona às nossas vidas sexuais.” DANIELS, Robert. Pureza Sexual, Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.51,52.)

III- A SENTENÇA DIVINA

1- A conduta de Daniel. 
Ao ser introduzido diante do rei, é importante perceber que Daniel é chamado pelo seu nome hebreu (5.19) e não pelo apelido babilônico. Afinal, os anos haviam se passado, mas o servo de Deus não havia perdido a sua identidade, inclusive para os outros. Nessa ocasião, novamente aprendemos com a conduta de Daniel. Ele fez questão de deixar claro que o rei poderia ficar com os seus presentes (5.17). Era uma forma de dizer que a sua presença ali e a sua interpretação do sonho não se devia a qualquer benefício material que pudesse receber. Em dias em que falsos profetas vivem de benefícios e profetizam de acordo com a conveniência daqui[o que podem lucrar, fazendo negócio da obra de Deus, a ação de Daniel é um importante Lembrete de como o servo do Senhor deve proceder. Além disso, mesmo diante do rei e podendo ser morto, o profeta não suaviza a sua mensagem. Ele exorta Belsazar sobre a sua prepotência e pelo pecado que cometeu (5.22,23). Era o mesmo Daniel que havia advertido Nabucodonosor.

2- O significado da escrita. 
Daniel faz saber o teor da escrita na parede e a sua interpretação: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM, A primeira palavra estava repetida – MENE, MENE – e significava “contar ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última palavra, PARSIM, significava “dividido” (Dn 5,25). Para interpretar a mensagem, Daniel usou o termo “PERES”, palavra com o mesmo sentido de PARSIM. A mensagem, portanto, era um veredicto claro: o juízo de Deus havia chegado sobre o rei e sobre o império Babilônico!

3- O juízo concretizado. 
O juízo divino se abateu rapidamente. Naquela mesma noite a palavra se cumpriu e o rei foi morto pelos caldeus (5.30). Dario entrou e tomou a cidade da Babilônia. A festa se converteu em pranto, O prazer momentâneo deu lugar ao sofrimento. Belsazar morreu sem se arrepender de seus pecados. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia. Deus, mais uma vez, demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra e a consequência destruidora do prazer carnal. Ao reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer, podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores espirituais. Em Gálatas 5.22-23. Paulo destaca o fruto do Espírito, que inclui o autocontrole, e a importância de viver de acordo com esses princípios para evitar a destruição espiritual.

PENSE! Tudo o que o homem planta, ele colhe.
PONTO IMPORTANTE! Ao reconhecermos as armadilhas do hedonismo e da busca desenfreada por prazer podemos escolher um caminho de equilíbrio, autocontrole e busca de valores espirituais.

PROFESSOR(a), “os atos de Belsazar foram explicados, cuidadosamente numerados, pesados e considerados insuficientes. Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado, Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos encontremos em falta” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. p.517).

CONCLUSÃO
Em resumo, a história de Belsazar em Daniel 5 serve como um lembrete de que o hedonismo desenfreado e a indiferença espiritual podem levar a consequências destrutivas. O deleite e a satisfação do cristão não estão nas coisas materiais e deste mundo, mas em Deus. Em Cristo, temos vida abundante (Jo 10.10).

HORA DA REVISÃO
1- Quem era o pai de Belsazar? 
Nabonido
2- O que é o hedonismo? 
É uma doutrina e ao mesmo tempo uma forma de viver que coloca o prazer como o principal objetivo da vida.
3- O que os hedonistas defendem? 
Que a coisa mais importante na vida é a conquista do prazer e a fuga ao sofrimento, de sorte que a primeira pergunta que fazem não é, ‘Isto é correto?’, mas: ‘Trará prazer?’
4- Qual o sentido da mensagem escrita na parede? 
A mensagem era um veredicto claro, o juízo de Deus havia chegado sobre o rei e sobre o império Babilônico.
5- Quem entrou e tomou a cidade da Babilônia? 
Dário

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 7 / 3º Trim 2024

                                      

Deus Abate o Coração Orgulhoso
18 de agosto de 2024

TEXTO PRINCIPAL
"Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba.” (Dn 4.37)

RESUMO DA LIÇÃO
Nunca devemos nos orgulhar de nossas capacidades e realizações, pois em tudo dependemos da graça de Deus.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Pv 16.18 A soberba precede a destruição
TERÇA – Tg 4.6 Deus se opõe aos orgulhosos
QUARTA – Pv 29.23 O orgulho do homem o abaterá
QUINTA – 2 Pe 5.5 Revestidos de humildade
SEXTA – Fp 2.5-8 O exemplo de Jesus
SÁBADO – Mc 16.15 Pregando para todos

OBJETIVOS
APRESENTAR o edito do rei e o relato do seu sonho;
APRENDER com a conduta de Daniel na interpretação do sonho:
COMPREENDER como se deu o cumprimento do sonho e a restauração de Nabucodonosor.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nos capítulos anteriores vimos os desafios e as crises suportadas por Daniel e seus amigos de Judá. Agora, no capítulo 4, lemos sobre a crise de Nabucodonosor. Neste testemunho pessoal, veremos como Deus abateu o orgulho e a soberba do rei e o conduziu à humilhação e ao arrependimento. Este relato destaca a importância da humildade e o reconhecimento da soberania divina, e ilustra como Deus pode agir para humilhar os orgulhosos e levá-los a uma transformação espiritual, caso se rendam. Esta lição nos conduz a uma profunda reflexão sobre o perigo da soberba e a necessidade do reconhecimento da majestade de Deus sobre todas as coisas. Também nos ensina que o Evangelho deve ser pregado a todas as pessoas, independentemente da posição e classe social, pois todos carecem da graça de Deus. Esta Lição é uma importante oportunidade para refletirmos sobre os perigos do orgulho e da altivez, destacando a necessidade de sempre reconhecermos a graça de Deus sobre as nossas vidas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), uma dinâmica interessante para explorar o tema desta lição e a discussão em grupo. Divida os alunos em pequenos grupos e peça a cada um que discuta as seguintes perguntas:
Como a arrogância de Nabucodonosor o afetou?
Quais são os sinais de arrogância em nossas vidas hoje?
Como podemos aplicar lições da história de Nabucodonosor em nossas vidas?
O que é humildade?
Como a colocamos em prática?
Tempo: 15 minutos.
Encerre a dinâmica enfatizando a importância de permanecer humilde, reconhecendo que somos dependentes de Deus, e discutindo maneiras práticas de aplicar essas lições em suas vidas cotidianas.

TEXTO BÍBLICO
Daniel 4.1-6
1 Nabucodonosor, rei, a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada!
2 Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
3 Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração.
4 Eu, Nabucodonosor, estava sossegado em minha casa e florescente no meu palácio.
5 Tive um sonho, que me espantou; e as imaginações na minha cama e as visões da minha cabeça me turbaram.
6 Por mim, pois, se fez um decreto, pelo qual fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho.

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, iremos explorar o quarto capítulo do livro de Daniel que apresenta um impactante testemunho pessoal do rei Nabucodonosor. Neste relato, testemunhamos como sua soberba o levou, por divina sentença, a uma condição de insanidade, fazendo-o viver como um animal selvagem por um período conhecido como “sete tempos”, até que Deus o redimiu dessa situação. Ao fim desse período, Nabucodonosor experimentou uma profunda transformação, reconhecendo a soberania do Deus Altíssimo.

I- O EDITO E O SONHO DO REI

1- O edito real. 
O quarto capítulo do livro de Daniel começa com um edito de Nabucodonosor, uma espécie de pronunciamento oficial para conhecimento de todos. Nele, o rei declara a grandeza de Deus (4.3). Contudo, como veremos, o reconhecimento da grandiosidade de Deus pelo rei se deu somente depois da experiência dramática que ele narra a seguir (4.37).

2- A satisfação momentânea do rei e o seu sonho. 
O rei estava satisfeito e próspero em seu palácio (4.4). Com suas conquistas, ele havia estendido o domínio do seu vasto império, alcançando grande sucesso. Nabucodonosor desfrutava de riqueza e fama. Sua cidade, Babilônia, era um esplendor e ele se sentia sossegado. No entanto, a paz e a satisfação do rei foram abruptamente interrompidas por um sonho perturbador, convocados para darem a interpretação do sonho, mais uma vez os sábios da corte não são capazes de desvendar o seu sentido (vv. 6,7). O rei, então, manda chamar novamente Daniel. O monarca sabia que Daniel era diferente, em quem habitava o espírito de um ser divino (vv. 8,9). Diante das dificuldades, os descrentes buscam o socorro daqueles que dão testemunho de Deus.

3- A descrição do sonho. 
Ao narrar o sonho, o rei diz ter visto uma árvore frondosa, que crescia cada vez mais até sua copa chegar ao céu. Suas folhas eram belas e muitos eram os seus frutos. Os animais do campo se abrigavam debaixo dela e os pássaros faziam ninhos em seus ramos (vv.10,12). No sonho surge uma sentinela, um anjo que descia do céu que dava ordem para que a árvore fosse derrubada, deixando somente o toco e suas raízes, presos com ferro e bronze. Ele deveria ser molhado como orvalho do céu, e viveria com os animais selvagens. Durante sete tempos, teria a mente de um animal selvagem em vez de mente humana (vv. 15-17).

SUBSÍDIO 1
Professor (a), explique que buscar arrogantemente o poder não é atributo espiritual. É sinal de egoísmo e orgulho. Todo aquele que deseja o poder para obter prestígio é traiçoeiro. No esforço de tornar-se imperial adquire a mentalidade que diz: ‘Estou gostando dessa liderança. Sei o que é melhor, apenas sigam-me! Apreciam alguns poderosos – leigos, pregadores, empresários, educadores, oficiais do governo ou quem quer que seja – o brilho, a honra e o prestígio da liderança? Tem prazer em chegar ao topo pela escada da adubação? Veem as pessoas como irmãos e irmãs, e a si mesmos como um de seus companheiros de serviço? Ou estão mais inclinados a manter o rebanho em seu lugar? Trovejam mensagens quanto ao que o trabalho deve ser? Ou guiam alegremente como um pastor? Quero chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já temos. Nossa atitude com relação às pessoas é, frequentemente, uma ofensa a Deus e aos que estão se esforçando para servir. Enquanto as pessoas estão quase sempre ansiosas para liderar – liderança santa e inspirada – estamos afundados em nosso trabalho! Quando isso acontece, podemos facilmente nos tornar insensíveis aos sentimentos alheios.’ (DORTCH R. W. Orgulho Fatal. Rio de Janeiro; CPAD 1996, pp. 103,104.)

 II- DANIEL INTERPRETA O SONHO E ACONSELHA O REI


1- Agindo com prudência. 
Depois de ouvir o relato do sonho, Daniel ficou bastante estarrecido durante certo tempo (v.19), de sorte que até mesmo o rei tentou tranquilizá-lo. Daniel, porém, sabia do significado do sonho, e possivelmente estava preocupado em como declarar a interpretação ao rei. Mesmo para comunicar a verdade, é preciso ter prudência, e saber a forma adequada de se expressar.

2- A Interpretação do sonho. 
Agindo com coragem e cautela, Daniel passou a contar ao rei a interpretação do sonho:
a) A árvore majestosa (vv 11, 12). A árvore simbolizava a formosura, a grandeza, o poder e a riqueza do reino de Nabucodonosor. Realmente, este rei que governou a Babilônia no período de 605 a 562 a.C., foi um dos mais poderosos da história da Mesopotâmia. Daniel, foi enfático ao dizer que a árvore era do próprio rei: ‘És tu, o rei'(v. 22).
b) O juízo divino. O semblante do rei deve ter caído ao ouvir o restante da interpretação. O seu reino estava com os dias contados. Isso porque, a árvore deveria ser cortada, deixando somente o tronco com as suas raízes, presas com ferro e bronze. O verso 15 mostra que a intenção não era a destruição completa de Nabucodonosor, e sim dar-lhe a oportunidade de se converter e reconhecer que o céu reina (v.26).
c) Vivendo entre os animais. Daniel diz, ainda, que o entendimento do rei seria afetado, passando a viver e a comer entre os animais, durante sete tempos. Isso indicava a perda do discernimento mental, por algum tipo de insanidade.

3- O conselho de Daniel. 
Percebemos que Daniel não se limitou a explicar o sentido do sonho. Ele também aconselhou o rei a deixar a sua soberba e a renunciar aos seus pecados (v.27). Isso envolvia a prática da justiça e o abandono da iniquidade, usando de misericórdia com os pobres. Isso mostra que a disciplina sobre o imperador também se devia a sua negligência e falta de misericórdia com os menos afortunados. O Senhor considerou essas falhas tão graves que o rei teria de passar por um período de disciplina, comendo com os animais do campo. Daniel era um conselheiro de valor e não estava preocupado em satisfazer o rei para manter o seu cargo na corte, razão pela qual admoestou Nabucodonosor sobre seus vícios de caráter.

SUBSÍDIO 2
A LIÇÃO DA HUMILDADE
E, lançando mão de uma criança (v.36). Cristo, assim como os profetas da antiguidade, ensinava por meio de gestos, sinais e objetos materiais. A lição da humanidade é tão importante que, de qualquer maneira, devemos aprendê-la. Em vez de menosprezar as crianças, como nosso orgulho nos leva a fazer, devemos contemplá-las e meditar nesta lição de Cristo sobre a humildade.
Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3). Aos que procuram os lugares de mais honra no Reino, Jesus declara que realmente não estão no Reino. Anjos foram lançados fora dos céus por causa do orgulho. Os que se ensoberbecem cairão na condenação do diabo (Tm 3.6). Se não abandonarmos o nosso orgulho, a entrada nos céus ser-nos-á vedada. Se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino de Deus (Mt 18.3). E evidente, portanto, que as criancinhas são salvas. Aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus (Mt 18.4). A resposta de Jesus causa grande surpresa. Conforme a ideia popular, deveria responder: Quem, pois, se tornar como um anjo, ou como o pastor de nossa igreja, esse e o maior no Reino dos céus. Se não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3). Não significa meninos:
1) no entendimento (1 Co 14.20);
2) na firmeza (Ef 4.14);
3) na censura (Mt 11.16,17);
4)no conhecimento da Palavra (Hb 5.12-14).
Mas, sim, meninos:
1) em desejar o leite espiritual da Palavra (1 Pe 2.2);
2) em confiar no Pai celestial que nos alimentará e vestirá (Mt 6.25);
3) isentos da milícia (1 Co 14.20);
4) na humildade.
É a isso que se refere Cristo. Como crianças, ‘não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes, não sejais sábios em vós mesmos’ (Rm 12.16). Qualquer que receber uma destas (v.32). Receamos que se nos humilharmos como criança, ninguém nos receberá mais? Receamos que o próximo nos maltratará? Mas a essa dificuldade Cristo antecipa, acrescentando: ‘Qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar’ (Mt 18.5,6). Esta palavra divina é como uma barreira de fogo em redor dos seus fiéis, A mim me recebe (v.37). Quem põe sua mão sobre a cabeça da criança, põe-na sobre o coração da mãe da criança. Igualmente, quem recebe um dos menores recebe a Cristo, que tanto ama os pequeninos. (BOYER O. Espada Cortante 1: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos, Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.542)

III – O CUMPRIMENTO DA PROFECIA E A RESTAURAÇÃO DO REI

1- Deus abate o orgulho. 
Doze meses após o sonho, ele cumpriu-se cabalmente sobre a vida de Nabucodonosor (4.29). Quando o rei se vangloriava (4.39), uma voz do céu declarou-lhe o destino, sendo expulso da companhia humana e passando o rei a viver como animal. Teve um surto que retirou a sua sanidade mental. Deus estava mostrando quem era o verdadeiro soberano, e que ele resiste aos soberbos. No capítulo 5, Daniel declara que “quando o seu coração se exaltou, e o seu espírito se endureceu em soberba, foi derrubado do seu trono real, e passou dele a sua glória” (5.20). Reiteradamente a Bíblia adverte sobre os perigos da soberba e do orgulho prepotente (Pv 16.5,18; Tg 4.6). Jesus afirmou que qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado (Lc 14.10,11). Portanto, é melhor se humilhar, para ser exaltado por Deus, do que se exaltar, e ser humilhado por ele.

2- O rei reconhece a grandeza de Deus. 
Tudo isso sobreveio sobre Nabucodonosor para que ele reconhecesse o poder do Altíssimo. Embora fosse chamado pelo profeta Jeremias de “servo” do Senhor (Jr 26.9), no sentido de ter sido o instrumento divino para punir Israel, o rei babilônio não assumiu uma posição de humildade perante Deus. Ocorre que o ímpio precisa ser confrontado pela Palavra de Deus e saber que se encontra perdido. Muito diferente de algumas pregações de hoje, a mensagem de Deus para o rei não buscou inflar o seu ego, mas mostrar o seu estado, para que pudesse se arrepender. E assim aconteceu. Passados os dias conforme a revelação, a consciência de Nabucodonosor retornou, recobrando o juízo. Ele glorificou ao Senhor e reconheceu o seu poder eterno (4.34). A restauração do rei da Babilônia mostra que o evangelho tem poder, é capaz de transformar a vida de qualquer pessoa. O evangelho e o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16).

3- Pregando para todas as pessoas. 
A postura de Daniel ao transmitir integralmente a mensagem divina ao rei, nos ensina sobre a necessidade de pregarmos para todas as pessoas, sem medo (Mc 16.15). Na universidade, no trabalho ou em qualquer lugar, fale de Jesus e do plano da salvação indistintamente. Anuncie o evangelho aos pobres e ricos, e não tenha receio de testemunhar para as autoridades. Daniel não desistiu de Nabucodonosor, e não se deixou levar pelo histórico. Ele sabia que quem transforma é Deus.

CONCLUSÃO
A história pessoal de Nabucodonosor nos oferece uma poderosa lição sobre as consequências da arrogância e da exaltação diante da majestade do Todo-Poderoso. Ela destaca a suprema soberania divina sobre toda a criação, lembrando-nos de que nenhuma criatura pode rivalizar com a glória de Deus. O episódio ilustra a capacidade da misericórdia e da justiça divinas de redimir o ser humano arrependido, revelando a esperança de transformação e restauração para qualquer pessoa.

HORA DA REVISÃO
1- Qual a ordem que a sentinela que surge no sonho dá?
Para que a árvore fosse derrubada, deixando somente o toco e suas raízes, preso com ferro e bronze.
2- O que simbolizava a árvore majestosa?
A árvore simbolizava formosura, a grandeza, o poder e a riqueza do reino de Nabucodonosor
3- Quanto tempo depois o sonho se cumpriu?
Doze meses (4.29)
4- Quais palavras foram usadas por Nabucodonosor demonstrando a sua vanglória?
‘Não é esta grande Babilônia que eu edifiquei para casa real, com a força do meu poder e para a glória da minha magnificência?’ (4.39)
5- O que nos ensina a postura de Daniel de transmitir a mensagem divina ao rei?
Nos ensina sobre a necessidade de pregarmos para todas as pessoas sem medo (Mc 16.15).

Fonte: CPAD


sexta-feira, 2 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 6 / 3º Trim 2024

                                       

Coragem para Enfrentar a Fornalha Ardente
11 de agosto de 2024



TEXTO PRINCIPAL
"Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e da tua mão, ó rei." (Dn 3.17)

RESUMO DA LIÇÃO
Se demonstrarmos a coragem de recusar a idolatria, podemos confiar que Deus nos protegerá.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Êx 20.3 Não terás outros deuses
TERÇA – 2 Tm 1.7 Deus não nos deu o espírito de covardia
QUARTA – Rm 8.33-32 É Deus quem nos justifica
QUINTA– Cl 2.8 Cuidado com as ideologias
SEXTA – 2Tm 3.2 Amantes de si mesmos, um tipo de idolatria
SÁBADO – Mt 6.24 Não podemos servir a Deus e a Mamom

OBJETIVOS
NARRAR o episódio em que o rei mandou construir a estátua de ouro;
INSPIRAR-SE com a coragem dos amigos de Daniel;
COMPREENDER o conceito de idolatria e a sua aplicação atualmente.

INTERAÇÃO
Prezado(a) professor (a), na sequência do livro de Daniel, mais especificamente no capítulo 3, nos deparamos com uma história muito conhecida, repleta de coragem e ousadia. Esta passagem descreve o momento em que o rei Nabucodonosor decretou que todos se curvassem diante de uma imponente estátua que ele havia erguido, com a pena de serem queimados vivos na fornalha em caso de desobediência. Sem a menção de Daniel no ocorrido, veremos que os três jovens hebreus – Ananias, Misael e Azarias – possuíam a mesma tenacidade e fidelidade do seu Líder. Em toda a sua profundidade, a narrativa nos fornece um importante ponto de contato com as tentativas contemporâneas de imposição totalitária, tanto religiosas quanto seculares. Também nos leva a perceber os perigos das formas mais sutis de idolatria, que procuram, de maneiras diversas, retirar a primazia de Deus em nossas vidas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), nesta aula, a fim de esclarecer e facilitar a compreensão dos alunos sobre o significado do sonho de Nabucodonosor, reproduza em algum recurso visual a demonstração da estátua. Destaque o cumprimento histórico do sonho, com os impérios mundiais que existiram.

TEXTO BÍBLICO
Daniel 3.1-6
1 O Rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura, de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.
2 E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para que viessem à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
3 Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.
4 E o arauto apregoava em voz alta’. Ordena-se a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas:
5 Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor tem levantado.
6 E qualquer que se não prostrar e não a adorar será na mesma hora lançado dentro do forno de fogo ardente.

INTRODUÇÃO
Nesta Lição trataremos do episódio em que Ananias, Misael e Azarias resistem bravamente a ordem de Nabucodonosor para que todos adorassem a estátua de ouro por ele erigida. Esse é um relato de como três jovens tementes a Deus ousam enfrentar um monarca tirano e totalitário que procurou impor sua religião a todas as pessoas. Mesmo ameaçados de morte, eles não negaram ao Deus Altíssimo, preferindo enfrentar a fornalha ardente. Neste estudo, além de inspirados pela resistência dos jovens hebreus, seremos advertidos sobre os cuidados com as formas sutis de idolatria que procuram retirar a centralidade de Deus de nossas vidas.

I – O REI TOTALITÁRIO MANDA CONSTRUIR UMA ESTÁTUA DE OURO

1- O endeusamento do rei. 
Ao longo da história muitos homens tentaram assumir a posição de deuses, em busca de glória e reverência. Envenenado pelo poder, Nabucodonosor também fez isso. O monarca mandou construir no campo de Dura uma estátua de ouro com mais de vinte e sete metros de altura. O fato de ter ouvido anteriormente que ele era a cabeça de ouro da estátua de seu próprio sonho seria a causa dessa soberba construção? A Bíblia não dá detalhes sobre isso. Também não menciona de quem era a representação da imagem, se dele mesmo ou se de alguma de suas divindades. Seja como for, vemos aqui um ato extremo de auto exaltação e demonstração de poder. Muitas vezes a religião é somente um pretexto para alguém esconder o desejo de ser notado pelo mundo, usando-a para fins egoístas. Não era incomum também entre os monarcas babilônios o Levantamento de imagens em sua própria honra.

2- Em busca de adoração. 
O rei extravagante mandou convocar todas as autoridades do seu reino para comparecerem à cerimônia de consagração da imagem levantada. Mais que um simples convite, era uma ordem! Dessa forma ele queria impor sua religião a todos, além da presença, todos deveriam se prostrar em adoração diante da suntuosa imagem assim que os instrumentos fossem tocados. A estátua sobrepujava um objeto arquitetônico; era um ídolo que deveria ser reverenciado por todos os súditos, tanto que a palavra “adorar” (hb. sãghadh) é mencionada diversas vezes (vv. 5, 6, 7, 10, 11, 12, 14, 15, 18, 28). A punição para o descumprimento seria a morte dentro da fornalha, A solenidade é extravagante e pomposa. Assim que os instrumentos musicais fossem tocados, todos, incluindo as autoridades, deveriam se prostrar e adorar a imagem levantada pelo rei.

3- A ausência de Daniel. 
Daniel não é mencionado neste episódio. Onde estava e o que fazia na ocasião não é revelado. Mesmo aqui extraímos algumas lições. O fato dele não estar diretamente envolvido nesse relato, apesar de ser o personagem humano principal no livro, indica que a coragem e a fé não eram exclusivas dele. Mostra que a fé e a fidelidade ao Senhor eram qualidades compartilhadas igualmente pelos outros jovens judeus. Além disso, o fato de Daniel, autor do livro, ter registrado o episódio sem a sua presença, demonstra sua humildade ao não se colocar como a única testemunha fiel na Babilônia, mas sim como alguém que deseja transmitir as lições e os exemplos de fé de seus companheiros. A fidelidade não é exclusiva de alguém. Da mesma forma, não existem heróis solitários na vida cristã e sempre há alguém com quem podemos contar. A igreja é um corpo, formado por muitos membros (Rm 12.4,5).

SUBSÍDIO 1
“[…] uma estátua de ouro […]”
Alguns comentadores de renome têm pensado que a estátua do presente texto fosse uma imagem do deus Merodaque, o padroeiro da cidade de Babilônia: ou do deus Nebo, do qual derivava o nome do rei. Outros, porém, são de opinião que a estátua ali erigida era do próprio monarca Nabucodonosor. (Ver Jz 8.27; 2 Sm 18.18). Entre os antigos conquistadores era natural que, após uma grande conquista, o conquistador fizesse uma estátua de sua própria pessoa, gravando nela o seu nome e o nome de seu deus. Segundo Heródoto, a estátua de Sesostris, do Egito, tinha na largura do peito, de ombro a ombro, uma inscrição com os caracteres sagrados do Egito, onde se lia: ‘Com meus próprios ombros conquistei esta terra’ . E, segundo Cícero, havia ‘uma bela estátua de Apoio, em cuja coxa estava o nome de Miro, em minúsculas letras de prata’. Pode, de fato, ser imaginado que a estátua erigida ali, fosse a do próprio rei, contendo, na altura do peito, o nome de seu deus (Comp. com Ap 13.15). Quanto ao testemunho da Arqueologia. Operte, que fez escavações nas ruínas de Babilônia, em 1854, achou o pedestal de uma colossal estátua que pode ter sido um resto da gigante imagem de ouro de Nabucodonosor.” (SILVA” Severino Pedro da. Daniel. Versículo por Veículos. As Visões para Estes Últimos Dias. Rio de Janeiro: CPAD, 1985, pp. 53,54)

II- A CORAGEM DOS AMIGOS DE DANIEL

1- A denúncia e o perfil dos acusadores. 
Diante do decreto, alguns caldeus (9,8) se dirigem ao rei e denunciam o trio de jovens hebreus, dizendo: “Há uns homens judeus, que tu constituíste sobre os negócios da província de Babilônia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti: a teus deuses não servem, nem a estátua de ouro, que Levantaste, adoraram” (3.12). Em primeiro lugar, as palavras dos acusadores revelam que eram invejosos, ao mencionar a posição privilegiada que os jovens judeus conquistaram em tão pouco tempo. Em segundo lugar, eram bajuladores, ao apelarem para o ego do rei (“não fizeram caso de ti”). Em terceiro lugar, eram ingratos, porquanto se esqueceram que eles tiveram a vida poupada pela intervenção de Daniel e destes jovens que agora denunciam (2.24).

2- A bravura dos jovens. 
Tomado de fúria, o rei manda chamar os três rapazes e lhes dá o ultimato: se adorassem a estátua estariam livres; do contrário seriam lançados imediatamente na fornalha. Em sua prepotência, ainda diz: “[..,] e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” (v.15). Mostrando profunda convicção e força de caráter, que se manifesta em crentes sinceros que não se acovardam (z Tm t.7), os três rapazes rejeitam até mesmo se defender. Eles não precisam se justificar diante da injustiça; e Deus quem os justifica (Rm 8.33). Com bravura, afirmam que se forem lançados na fornalha Deus os livrará. E mesmo se isso não ocorresse, em hipótese alguma iriam cultuar a imagem (v.18). Não negociaram a fé. Mesmo que as pessoas mais influentes tivessem cedido e ainda que a multidão tenha se curvado a estátua, estes não o fariam. Tal resposta mostra que estes jovens eram novos em idade, mais maduros na fé. Sabiam que eventualmente, dependendo da vontade de Deus, estariam preparados para a morte. Preferiam morrer a ceder ao pecado!

3- O Deus que salva na fornalha. 
Nabucodonosor mandou aquecer a fornalha sete vezes mais, e determinou que os moços fossem amarrados e jogados dentro dela. E o milagre acontece. O próprio rei percebeu que eles não estavam sós, mas havia um quarto homem com eles, com aparência divina. Eles estão vivos, e caminham Livremente pelo fogo (v.25). O fogo queimou as cordas, mas eles estão ilesos, O Senhor permite que passemos por vales e provações, mas sempre está conosco (Is 43,2; Mt 28.20). Como resultado da fidelidade e bom testemunho dos jovens, o rei, agora, em vez de exigir adoração, louva a Deus (v.28). Quando o crente e fiel, o Senhor é exaltado, Quando o crente honra a Deus, Deus também o honra (v.26)

SUBSÍDIO 2
‘A religião e o estado´
Fomos apresentados à questão dos valores em Daniel 1, onde observamos que o modo de Nabucodonosor tratar os utensílios do Templo de Jerusalém representa a tendência generalizada de relativizar o absoluto. Em Daniel 2, é mostrado para Nabucodonosor que nenhum Estado ou sistema político tem valor absoluto aos olhos de Deus. No entanto, agora, em Daniel 3, Nabucodonosor desafia a noção, fazendo do seu império e governo um absoluto, na medida em que insiste em ser tratado como Deus é adorado. E assim, Nabucodonosor absolutiza o relativo.” (LENNOX, John, Contra a Correnteza: A inspiração de Daniel para uma época de Relativismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2077, p. 155.)

III- IDOLATRIAS E FORNALHAS DO TEMPO PRESENTE

1- O pecado da idolatria. 
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento a Palavra de Deus adverte enfaticamente sobre a idolatria (Dt 5.7; 1 Co 10.14; Gl 5.20; 1Pe 4.3). É um pecado grave que viola o primeiro mandamento (Ex 20.3). É a adoração a um ídolo, uma imagem ou qualquer outra coisa que seja considerada um falso deus ou objeto de adoração no lugar do Deus verdadeiro. Por essa razão, os jovens hebreus se negaram a atender a ordem do rei. A sua nação estava sendo castigada pelo Senhor por causa da idolatria, e eles não estavam dispostos a cometer o mesmo erro do povo. Eles não chegaram a considerar sequer a possibilidade de realizar uma adoração falsa em público enquanto mantinham a fé em Deus dentro de seus corações. Sabiam eles que qualquer forma de compromisso com a idolatria já era uma negação de Deus, pois o verdadeiro testemunho é baseado na integridade, expresso pelos lábios e guardado no coração.

2- Tipos de idolatria. 
Além da devoção religiosa a falsos deuses e imagens de escultura, a idolatria também pode se manifestar em várias outras condutas que excluem a primazia do Senhor da vida:
a) Autolatria. Forma de idolatria própria que conduz ao egoísmo, ao individualismo e ao narcisismo. Quando o ego e a autoimagem são colocados acima de tudo, as pessoas se tornam amantes de si mesmas (2 Tm 3.2)
b) Culto à personalidade. Valorização e veneração excessiva de outras pessoas, tais como figuras públicas, artistas, influencers e até mesmo religiosos. Paulo combateu esse tipo de prática que levava ao partidarismo na igreja de Corinto (2 Co 1.12,13).
c) Amor ao dinheiro e a riqueza. A busca desenfreada por riqueza e o foco no dinheiro como o principal objetivo da vida. Jesus disse que ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom (Mt 6.24).
d) Idolatria política. Esse pecado também se manifesta na supervalorização de ideias e formas de pensamento segundo a tradição dos homens (Cl 2.8). Em nossos dias, novas formas de idolatria se escondem em ideologias políticas que prometem algum tipo de salvação ou redenção humana. Devemos ter a convicção de que nenhum homem, partido e nem mesmo o Estado é capaz de salvar. Só temos um Deus e Salvador!

3- As novas fornalhas. 
Nabucodonosor não foi o único governante a exigir das pessoas lealdade absoluta. Esse tipo de regime totalitário aconteceu diversas vezes na história, transformando o Estado ou o líder político em objeto de reverência absoluta, por meio do culto a personalidade, E um sistema no qual. o governo possui controle sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos, e não há espaço para oposição política ou liberdades individuais. Em muitos casos, a religião é distorcida e usada como instrumento desse tipo de regime. Em nossa cultura ocidental, os cristãos estão sendo empurrados para formas atualizadas de fornalhas ardentes. Elas não queimam o corpo, mas tentam destruir a fé, a espiritualidade e as convicções daqueles que servem ao Deus das Escrituras. Pensamentos totalitários procuram jogar os cristãos para a morte na cultura, caso não adoremos os seus ídolos. As fornalhas são novas, mas a estratégia é antiga. Vale a pena seguir o exemplo dos jovens hebreus e batalhar pela fé.

CONCLUSÃO
Muitos anos se passaram desde o episódio em que os jovens hebreus enfrentaram a ameaça de serem lançados em um forno ardente por não adorarem a estátua do rei. Hoje, a igreja de Cristo se depara com pressões para ceder a ideologias prejudiciais. É essencial encontrar a coragem de resistir a essas pressões idólatras evidentes e, ao mesmo tempo, discernimento para evitar a adoração de ídolos que sutilmente se ocultam em outras formas de expressão.

HORA DA REVISÃO
1- Em que local o Nabucodonosor mandou construir a estátua de ouro?
R. No campo de Dura
2- O fato de Daniel não estar diretamente envolvido nesse relato, apesar de ser o personagem humano principal no livro, indica o quê?
R. Indica que a coragem e a fé não eram exclusivas dele.
3- Quantas vezes Nabucodonosor mandou aquecer a fornalha?
R. Sete vezes
4- O que é a idolatria?
É um pecado grave que viola o primeiro mandamento. É a adoração a um ídolo, uma imagem ou qualquer outra coisa que seja considerado o falso deus ou objeto de adoração no lugar do Deus verdadeiro.
5- Além da devoção religiosa a falsos deuses e imagens de escultura, de que outra forma a idolatria pode se manifestar?
R. Autolatria, culto a personalidade, amor ao dinheiro e a riqueza e idolatria política.

Fonte CPAD