domingo, 3 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 10 / Revista nº 72

                                              

O Triunfo da Esperança

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Ezequiel 36.8-15,24
8- Mas vós, ó montes de Israel, vós produzireis os vossos ramos e dareis o
vosso fruto para o meu povo de Israel; porque estão prestes a vir. 
9- Porque eis que eu estou convosco; e eu me voltarei para vós, e sereis lavrados e semeados.
10- E multiplicarei homens sobre vós, a toda a casa de Israel, sim, a toda ela: e as cidades serão habitadas, e os lugares devastados serão edificados.
11- E multiplicarei homens e animais sobre vós; e eles se multiplicarão e frutificarão; e vos farei habitar como dantes e farei vosso estado melhor
que nos vossos princípios; e sabereis que eu sou o Senhor. 
12- E farei andar sobre vós os homens, o meu povo de Israel; eles te possuirão, e serás a sua herança e nunca mais os desfilharás.
13- Assim diz o Senhor Jeová: Visto como vos dizem: Tu és uma terra que devora os homens e és uma terra que desfilha os seus povos;
14- por isso, tu não devorarás mais os homens, nem desfilharás mais os teus povos, diz o Senhor Jeová.
15- E farei que nunca mais se ouça em ti a afronta dos gentios; e não levaras mais sobre ti o opróbrio das nações, nem mais desfilharás a tua nação, diz o Senhor Jeová.
24- E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todos os países, vos trarei para a vossa terra.

TEXTO ÁUREO
  E habitareis na terra que eu dei a vossos pais, e vós me sereis por povo, e eu vos serei por Deus. Ezequiel 36.28

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Ezequiel 37.11 
Pereceu a nossa esperança
3ª feira - Jeremias 17.13
O Senhor, esperança de Israel
4ª feira - Jeremias 14.8
O Senhor é a nossa esperança no tempo da angústia
5ª feira - Jeremias 31.17
Há esperança para o futuro de Israel
6ª feira - Salmo 146.5
Bem-aventurado aquele cuja esperança está no Senhor
Sábado - Romanos 8.24
A esperança salva

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: 
  Entender as causas das dificuldades dos exilados do Reino de Judá no cativeiro babilónico:
  Compreender que Deus é a esperança para o Seu amado povo:
  Conscientizar-se de que, por mais difícil que seja a situação que nos oprime, a presença do Senhor traz alento e certeza de proteção.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, nesta lição abordaremos a última seção do livro do profeta Ezequiel, que trata da restauração da nação de Israel. A esperança nas promessas de Deus estava vivida no coração de cada israelita. 
  Mostre aos alunos que, no ano 539 a.C., a Babilônia foi anexada pelo Império Medo-persa, e Ciro em cumprimento a uma profecia contida no livro do profeta Isaias - dera permissão aos judeus para retornar a Terra Prometida e restaurar o Templo (Is 45.1-6).
  Destaque em sua aula o fato de que Deus permitiu a calamidade e a destruição da nação, para que o povo fosse curado dos seus pecados e pudesse servir a Jeová de maneira mais profunda e intima.
  Ensine aos alunos que Deus tem o poder de mudar as situa- coes mais as alunos que desesperança sempre triunfa. 
  Tenha uma excelente aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  O livro do profeta Ezequiel, em seus primeiros 24 capítulos, prediz a destruição de Judá e da cidade de Jerusalém. Na sequência do livro (caps. 25-32), o profeta trata do cerco babilônico, da inevitável queda de Jerusalém e do juízo divino sobre sete nações pagãs. Nos últimos capítulos (33-48), a mensagem chega ao seu ápice, tratando da futura restauração da nação pela poderosa mão de Deus.

1. A ESPERANÇA NÃO MORREU
  Deus expôs a Ezequiel o sentimento que dominava o coração dos cativos, que estavam distantes de sua amada pátria, sofrendo com a opressão babilônica. Em meio ao caos, Deus proporcionou uma voz de alento e conforto ao povo, por intermédio do profeta da esperança.
  Com ousadia, Ezequiel anunciou aos corações endureci dos e desesperançados, que o Senhor os restauraria à Terra Prometida, e eles reedificariam tanto a cidade de Jerusalém quanto o Templo (Ez 37.11-14).

1.1. A desesperança da nação
  Ezequiel estava na Babilônia quando recebeu a mensagem de um israelita que escapara de Jerusalém, comunicando-lhe que a cidade fora destruída pelas forças babilônicas (Ez 33.21,22; Jr 51.4-14). O profeta recebeu visões sobre o futuro da nação - a restauração que ocorreria nos últimas dias, as quais teriam o seu cumprimento no retorno do povo do cativeiro babilônico.
  Judá estava dentro desse quadro de adversidade extrema, por quanto havia se contaminado com as práticas pecaminosas das nações vizinhas (Ez 36.17). Os israelitas estavam comprometi dos com a idolatria e a violência, derramando sangue sobre a terra, profanando o nome do Senhor (Ez 36.18). Por essa razão, receberam o julgamento divino, conforme seus caminhos e feitos (Ez 36.19). O justo Juiz espalhou os israelitas entre as nações.

1.1.1. O juízo de Edom
  Jeová destinou Canaã ao povo escolhido (Gn 12.1-3; js 1.6; Ez 37.14). Os edomitas, descendentes de Esaú, nutriam grande ódio, inveja e inimizade contra os israelitas (Gn 36; Ez 35.11), porque desejavam possuir a Terra Prometida para transformá-la em pasto (Ez 35.10,12).
  Naquela época, havia o entendimento de que a derrota de uma nação refletia a incapacidade de a sua divindade defendê-la (Ez 36.19,20). Deste modo, o juízo divino sobre Israel alegrou as nações inimigas (Ez 36.2). Nesse clima de inimizade, de longuíssima data, os edomitas, propositadamente, abandonaram os filhos de Israel à violência da espada (Ez 35.5) e, com alegria, contemplaram a destruição de Israel (SI 137.7; Ez 35.15).
  Ezequiel, no entanto, anunciou que o Senhor julgaria todas as nações, inclusive Edom (Ez 36.5). Mesmo em cativeiro, Israel não perderia sua terra para qualquer outra nação.
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  Em nenhum período de sua história, Israel conquistou a terra plenamente, como era a vontade do Senhor. O tempo de possuí-la em plenitude ocorrerá no Milênio, quando Cristo reinará gloriosamente com os escolhidos.
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1.2. O Deus da esperança
  A palavra esperança tem origem no substantivo grego elpis, que significa "expectativa favorável e confiante", e no vocábulo latino sperare, o sentimento que leva o homem a olhar para o futuro de maneira favorável.
  A esperança não é apenas um sentimento, mas um comportamento a ser cultivado no enfrentamento das adversidades momentâneas, com a certeza de que mudanças promissoras ocorrerão.
  Mesmo diante da destruição do Reino de Judá, da cidade de Jerusalém e do Templo, os israelitas receberam da parte de Deus uma mensagem de esperança, indicando que um futuro glorioso lhes aguardava (Jr 31.16,17). A esperança de Israel não havia perecido; ela os resgataria no tempo da angústia (Jr 14.8).

1.3. A mensagem de esperança
  O Senhor colocou nos lábios de Ezequiel uma mensagem de restauração para a nação - não mais de julgamento - , a qual encheu o povo de esperança.
  Os israelitas, que haviam sofrido com a deportação para uma terra que não conheciam e com a destruição de sua nação, receberam do Eterno a promessa de voltar para sua terra e contemplar, novamente, a fruição da vida (Ez 36.8).
  Os montes, outeiros, correntes e vales que foram assolados tornar-se-iam um jardim do Éden (Ez 36.4.35). A população que fora dizimada pela fome, peste e guerra seria lavrada, semeada e multiplicada (Ez 36.9,10) e novamente andaria no chão da sua possessão (Ez 36.12; Gn 13.17; Js 1.3).
  As cidades devastadas pelo poderio bélico dos invasores seriam reedificadas e habitadas (Ez 36.33). Os animais se multiplicariam e, assim, encheriam os pastos de Israel (Ez 36.11).
  Deus colocou um ponto final nas afrontas dos gentias (Ez 36.15); assim, os povos que cobiçaram o território israelita e profanaram Seu santo nome ficaram cientes de que Ele é o único Soberano e tem o poder de restaurar e cumprir as promessas que fez ao Seu amado povo (Ez 36.35-38).

2. PASSOS PARA A RESTAURAÇÃO DA NAÇÃO
  Deus sempre age de maneira completa. Ele não propos restaurar a nação apenas do ponto de vista territorial e/ou económico, isto é, no que tange à reconstrução das cidades, da fauna e da flora. Mas, principalmente, de sua decadència espiritual (Ez 36.33). A partir deste verso é possível observar que as bênçãos materiais são consequência de uma vida espiritual santificada e alicerçada nas Escrituras.
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  Na conversa com Nicodemos, o mestre Jesus ensina sobre a necessidade do novo nascimento, que ocorre pela ação do Espírito Santo e da Palavra (Jo 3.5; Ef 5.26,27).
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2.1. A purificação 
  Após promover o retorno de Judá à sua própria terra, o Senhor purificaria a nação de todas as imundícies e práticas idólatras, espalhando água (Ez 36.25) uma prática comum de purificação das impurezas cerimoniais (Ex 29.4; 30.17-21).

2.2. A regeneração
  O coração corresponde à sede das emoções, vontade e decisões, o espirito, à sede da razão e do pensamento. O espírito deve regular as emoções, e ambos necessitam da transformação e do controle do Espírito Santo (Ez 36.26).
  Apenas Deus conhece profundamente o coração do homem e suas verdadeiras intenções. Por essa razão, somente Ele tem o poder de transformar um coração insensível, rebelde, duro e obstinado em um coração sensível, obediente, leal e desejoso de cumprir Sua boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12.1,2)

2.3. A ação do Espírito Santo
  O Senhor colocaria o Seu Espírito no coração dos israelitas, e eles obedeceriam à Sua Palavra e praticariam os Seus mandamentos (Ez 36.27). Este texto de Ezequiel revela a grande afinidade havida entre o Espírito Santo e as Escrituras Sagradas: Ele usa as verdades bíblicas para restaurar e santificar o Seu povo (Jo 14.26; 17.17).
  Por esta operação do Espírito Santo, Israel habitaria em sua própria terra e Jeová seria o seu único Deus, concedendo-lhe toda sorte de bênçãos, inclusive as materiais (Ez 36.29,30).

3. NÍVEIS DA RESTAURAÇÃO
  A visão do vale de ossos secos é uma das passagens mais conhecidas e pregadas pela cristandade (Ez 37.1-14). Entre os judeus, corresponde à leitura dos profetas nas sinagogas durante a festa da Páscoa.

3.1. A restauração nacional e espiritual de Israel
  Nesta visão, Deus confortou uma nação desesperançosa, que nutria o sentimento de ter sido cortada (Ez 37.11). A mensagem do vale de ossos secos foi concedida e interpretada pelo próprio Deus de Israel (Ez 37.1,2, 11,12): o vale corresponderia ao lugar do juízo; os ossos desconjuntados e separados seriam os israelitas separados e dispersos com a destruição dos Reinos do Norte (Israel), pelos assírios, e do Sul (Judá), pelos babilônios. Eles estariam secos porque sua esperança havia morrido (Ez 37.11).
  É preciso destacar que esta mensagem não se destina à Igreja, como alguns costumam afirmar, mas trata da restauração política (Ez 37.1-8) e espiritual (Ez 37.9-14) da nação de Israel. 
  No primeiro Congresso Sionista Basileia, Suíça, 1897 -, o jornalista Theodor Herzl declarou: "Em Basileia fundei o Estado Judeu. Se eu dissesse isto em voz alta, hoje em dia, o riso generalizado seria a resposta. Talvez em cinco anos, certamente dentro de 50 anos, todos o reconhecerão.". Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel como continuidade do Israel bíblico. 
  A vontade de Deus sempre prevalece sobre a vontade humana: a primeira parte desta gloriosa profecia - a restauração política - cumpriu-se diante das impossibilidades diplomáticas e da gigantesca oposição árabe. Certamente, a segunda parte - a restauração espiritual - também ocorrerá. Afinal, Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa (Nm 23.19).

3.2. O fim da divisão
  Israel desfrutou de um período de unidade nos reinados de Saul, Davi e Salomão. Esse período é conhecido como monarquia unida e durou aproximadamente 120 anos. No fim do reinado de Salomão, seu filho, Roboão, sucedeu-o no trono e infelizmente, provocou a ruptura do reino unido em 931 a.C.
  Assim, surgiu o Reino do Norte (ou Israel), formado por dez tribos, com Samaria como capital. As dez tribos foram levadas para o cativeiro assírio em 722 a.C. O Reino do Sul (ou Judá), formado pelas tribos de Judá e Benjamim, com Jerusalém como capital, caiu diante do poderio militar dos babilônios entre os anos 606-586 a.C.- o que aconteceu em três etapas.
  Deus usou um recurso visual - a figura de dois pedaços de madeira, correspondentes aos reinos divididos de Judá e Israel - para demonstrar que ambos seriam reunidos novamente para formarem uma única nação debaixo da liderança do descendente de Davi (Ez 37.16,17, 22,24).
  Isto revela que o desejo de Deus é a união do Seu povo (Ez 37.19; Jo 17.22-24). E, para que essa união se concretizasse, Ele aplicaria o poder da Sua Palavra e constituiria um líder capaz de zelar pela unidade do Seu povo (Ez 37.23,24).

CONCLUSÃO
  Deus não permite que a esperança do Seu povo morra; Ele sempre age no sentido de restaurá-la (Ez 37.1,2). Com essa finalidade, Ele anuncia Sua poderosa Palavra (Ez 37.4- 6); manifesta Seu poder sobre o impossível e traz de volta a vida (Ez 37.7-9,12,14).
  Mesmo tendo poder para operar sozinho, Deus chama homens para colaborar com Sua obra, como fez com Ezequiel, seu atalaia. Jeová chamou o profeta para contemplar o impossível (Ez 37.2); ativou sua fé (Ez 37.3); e deu-lhe a Sua Palavra, a qual ele obedientemente anunciou (Ez 37.4,5,7). 
  O agente supremo da restauração é o Espírito Santo; no entanto, espera-se do ser humano os seguintes posicionamentos de conversão e rendição: 
  Liberdade e convite - Vem dos quatro ventos, ó Espírito (Ez 37.9);
  Acessibilidade - (...) então o Espírito entrou neles (Ez 37.10);
  Ação produtora de vida - (...) então o Espírito entrou neles e viveram (Ez 37.10);
  Levante e permanência - (...) e se puseram em pé (Ez 37.10); 
  Mudança de perspectiva (...) um exército grande em extremo (Ez 37.10).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quem é a esperança de Israel?

R.: O Senhor dos Exércitos.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp) 

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