domingo, 17 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 12 / Revista nº 72

                                            

A Soberania de Deus na História

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Daniel 2.16-23,47
16- E Daniel entrou e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que pudesse dar a interpretação.
17- Então, Daniel foi para a sua casa e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18- para que pedissem misericórdia ao Deus dos céus sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem com o resto dos sábios da Babilônia. 
19- Então, foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite; e Daniel louvou o Deus do céu.
20- Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a força;
21- ele muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
22- Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.
23- Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e força; e, agora, me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei.
47- Respondeu o rei a Daniel e disse: Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este segredo.

TEXTO AUREO
  Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba. Daniel 4.37

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Daniel 2.21,22
O Soberano sobre reis
3ª feira - Daniel 2.47
O Senhor dos reis
4ª feira - Daniel 4.1-3
O Soberano engrandecido por Nabucodonosor
5ª feira - Daniel 4.17
O Soberano sobre os reinos dos homens
6ª feira - Daniel 6.26,27
O Soberano que tudo realiza
Sábado - Daniel 7.13,14 
O Soberano que domina sobre tudo e todos

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
  Compreender o atributo incomunicável de Deus, Sua soberania;
  Entender a soberania do Altíssimo na História; 
 Conscientizar-se de que o soberano plano de Deus não pode, jamais, ser ofuscado ou impedido.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Os doze capítulos do livro de Daniel sempre despertaram muito interesse e costumam ocupar espaço nos grandes de- bates teológicos.
  O livro como um todo tem basicamente duas seções: a histórica (caps. 1-6) e a profética (caps. 7-12). Nele observamos a ação do Soberano na história das nações e na vida das pessoas, individualmente.
  Caro professor, enfatize a grandeza e o domínio de Deus no governo de todas as coisas. Ele não apenas diz o que vai acontecer, Ele é poderoso para cumprir tudo o que Sua vontade desejar.
  Tenha uma aula abençoada.

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Na Bíblia Judaica a - Tanakh -, o livro de Daniel faz parte do Ketuvim, ou Escritos. O tomo possui duas grandes divisões: a primeira (caps. 1-6) contempla uma narrativa histórica; a segunda (caps. 7-12), uma narrativa profética, ou apocalíptica.
  O livro versa sobre a soberania e o controle de Deus na História; além de destacar o privilégio e a importância da fidelidade ao Senhor. Ao longo de seus 12 capítulos, o livro revela que Deus zela por Seus servos, provendo livramentos, bênçãos e proteção diante das adversidades e tribulações.
  Na profecia de Daniel, fica evidente que o futuro está nas mãos de Jeová, que a todos e tudo guia com propósito e sabedoria inigualável, visando sempre a um fim glorioso.
  Com uma mensagem clara e objetiva, Daniel afirma que os céus, todos os reinos humanos e seus poderosos estão de- baixo do governo eterno do Soberano do Universo (Dn 2.20-23,47; 4.37).

1. O ÚNICO E SOBERANO DEUS
  No livro profético de Daniel, Deus revela-se como o Soberano sobre toda a Criação. Ele não é apenas o Criador; por direito legal. Ele é a mantenedor de tudo que há nos céus e na terra (SI 24.1,2).
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  O conceito de soberania expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, dono, amo e autoridade máxima sobre todas as coisas. Chamá-lo de Senhor é reconhecer a grandeza de Seu majestoso caráter e o Seu poder de agir livremente, da maneira que desejar, sem admitir quaisquer influências nem ceder às pressões à Sua volta (Is 43.13).
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1.1. O atributo divino da soberania
  A palavra atributo, no campo teológico, descreve aquilo que Deus é e realiza, correspondendo, deste modo, às Suas qualidades essenciais. A soberania do Altíssimo não pode ser encarada como uma barreira capaz de impedir o Seu relacionamento com o ser humano.
  O Deus revelado nas Escrituras não pode ser manipulado como um fantoche; ao contrário, é Ele quem governa sobre tudo e todos, com au-tonomia, sabedoria, retidão e justiça, podendo realizar tudo o que desejar, segundo Sua boa e perfeita vontade.
1.1.1. A soberania divina no livro de Daniel
  Em Daniel, o Soberano revela-se como o Deus dos céus; afinal, as grandes determinações da vida não são tomadas neste chão, mas na eternidade (Dn 4.26). A vida e o caminho de todos os homens estão em Suas poderosas mãos (Dn 5.23). 
  O Senhor revelou a Daniel o sonho do ímpio Nabucodonosor, e, por ele, o jovem foi reverenciado (Dn 2.18,19,47; 4.37). Deus é o único capaz de revelar os segredos que a sabedoria e a ciência humana são incapazes de descobrir (Dn 2.27-30).  
  Nabucodonosor só fora alçado ao posto de imperador pela exclusiva vontade divina (Dn 2.37). Ele, no entanto, levantará um Reino -o de Cristo,- que jamais será destruído (Dn 2.37,44).

1.2. A soberania de Deus sobre as nações
  Na cultura babilônica, havia a crença de que os deuses se comunicavam por meio de manifestações oníricas. Caso a pessoa se esquecesse do conteúdo de um sonho, ela corria sérios riscos de receber um duro juízo por esse descuido.
  Os sábios da Babilônia haviam reconhecido a impossibilidade de revelarem o teor do sonho de Nabucodonosor. Deus, no entanto, não apenas o revelou, mas deu ao imperador, por intermédio de Daniel, sua devida e correta interpretação. O profeta, em gratidão, adorou ao soberano Deus (Dn 2.19-23).
1.2.1. O conteúdo do sonho de Nabucodonosor
  A mensagem do sonho de Nabucodonosor faz uma apresentação da soberania de Deus sobre os reinos humanos que surgiriam no transcorrer da História. Ao olhar para o passado dos levantes imperialistas, é possível constatar que a mensagem profética, revelada por intermédio de Daniel, referia-se aos Impérios Babilônico, Persa, Grego e Romano. Depois desses, surgiria um reino diferente de todos eles, que encheria a terra.
  O sonho de Nabucodonosor sobre a estátua, que era imensa grande em esplendor (Dn 2.31), tinha o seguinte significado: e
  A cabeça representava o governo centralizado e totalitário do Império Babilônico implementado por Nabucodonosor. A ênfase ao ouro alude ao destaque que obtiveram na área do conhecimento, da arte e da engenharia (Dn 2.32,37,38; 5.18,19).
  O peito e os braços da estátua representavam o Império Medo-persa, formado pela união de duas nações (Dn 2.32,39). A ênfase à prata alude ao fato de o imperador não governar sozinho; sua autoridade era limitada - isto é, o comando era compartilhado entre o imperador e a nobreza, que participava de forma efetiva (Dn 6.14,15).
  O ventre e as coxas representavam a união entre os reinos da Macedônia e da Grécia. A ênfase ao bronze corresponde à fusão desses impérios, que ficou conhecida na História como o Grande Império Grego, com seu poderoso comandante Alexandre, o Grande e seus generais (Dn 2.32,39).
  As pernas e pés representavam o Império Romano. A ênfase ao ferro (pernas) corresponde à divisão do reino romano (o ferro representando sua dureza e durabilidade). Os pés e dedos representam o reino do anticristo, que será uma mistura de barro (democracia) e ferro (ditadura).

1.2.2. O reino do anticristo e do Cristo
  No momento presente, é possível observar, de forma nítida, a formação do futuro reino do anticristo, que será formado por dez nações (= dez dedos dos pés). Este, no entanto, será fragorosamente derrotado pelo Senhor Jesus Cristo e por Seus exércitos ao final da Grande Tribulação (Ap 17.12- 14; 19.11-21).
  O Reino de Cristo não precisará de qualquer colaboração humana, pois será estabelecido pelo soberano Deus (Dn 2.44-45).

1.3. A soberania de Deus sobre pessoas e indivíduos
  A soberania divina também se manifesta sobre indivíduos. Nabucodonosor, a quem Deus chamou de meu servo (Jr 25.8- 26), recebeu autoridade sobre homens - e até sobre os animais e aves do céu - para conquistar o mundo de sua época, incluindo o povo de Judá (Dn 2.37,38; 5.18,19). 
  O imperador Ciro, de igual modo, foi chamado de servo do Senhor dos senhores. Ele venceu os babilônios e decretou o retorno dos israelitas à sua amada terra - quando os 70 anos de cativeiro se completaram, conforme palavra dada ao profeta Jeremias, - para reedificarem a cidade de Jerusalém (Is 44.21- 28; Jr 29.10; Ed 1.1,2).
  Percebe-se, pelo estudo das Escrituras, que Deus, em Sua soberania, domina as políticas nacionais e internacionais. No momento certo, Ele intervém, constituindo e destituindo impérios e governantes. Ele levantou a Babilônia, com Nabucodonosor, como vara de correção para corrigir a idolatria e os pecados de Judá.
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  Todos os governantes precisam ouvir o que Nabucodonosor ouviu: Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles (Dn 4.17).
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2. OS EFEITOS DA SOBERANIA DE DEUS
  A soberania de Deus coloca toda a Criação sob o Seu eixo. Por Seu poder e justiça, o Altíssimo a todos limita, impondo enquadramentos às presunções dos poderosos, que acham que podem agir livremente.

2.1. Deus abate a soberba humana
  Nabucodonosor aprendeu da maneira mais difícil possível que, acima dele, estava o que domina sobre o tempo, homens enações. Assim, Deus lhe concedeu mais um sonho.
  Dessa vez, o imperador lembrava-se do que sonhara, mas ninguém entre os seus sábios foi capaz de interpretar o conteúdo do sonho. Mais uma vez, depois de um tempo atónito, Daniel recebeu do Senhor a revelação (Dn 4.4-19). Nela ficou evidente que o rei deveria humilhar-se diante de Deus para não ser abatido.
2.1.2. O pecado da soberba
  Após doze meses da interpretação do sonho, Nabucodonosor manifestou sua soberba. Olhando para a grandeza do seu império, ele caiu na armadilha da vaidade e do orgulho (Dn 4.30). Sem dúvida, a soberba exalta o coração, endurece o espírito e promove a queda (Dn 5.20,21).

2.2. Deus abate a profanação ao Seu santo nome
  O rei Belsazar promoveu um grande banquete para mil homens poderosos. A festa foi regada a prostituição, vícios e idolatria. Não satisfeitos, eles profanaram os utensílios que haviam sido santificados ao Deus de Israel em um ato de grave afronta à santidade de Jeová (Dn 5.1-4).
  De forma surpreendente, pela ação divina, apareceram uns dedos de mão de homem escrevendo nas paredes do palácio real, e o rei mudou o seu semblante.
  Mais uma vez, ninguém entre os mais capazes e inteligentes sábios babilônios conseguiu interpretar a escrita (Dn 5.5-9). Porém, ainda existia um homem que não se deixara contaminar com o pecado: Daniel. Assim, por orientação da rainha-mãe, o rei mandou chamá-lo (Dn 5.10-12).
  Como um arauto do supremo Soberano, Daniel anunciou a gravidade do pecado do rei e da sua corte e decretou o juízo divino sobre o reino. Este deixaria de existir e o rei Belsazar seria morto naquela mesma noite, para que todos entendessem que do Altíssimo ninguém zomba (Dn 5.17-30).

3. DEUS ESTÁ ATIVO NA HISTÓRIA
  O Pai eterno manifesta a Sua graça e amor, livrando o Seu povo das arbitrariedades dos poderosos e de todo tipo de adversidades. Dentre outras maneiras, Deus se faz ativo na História das seguintes formas:

3.1. O Eterno protege o Seu povo
  Os amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, em razão da sua fidelidade ao Senhor, enfrentaram uma prova de fogo. Nabucodonosor determinara a adoração a uma estátua de ouro, construída por ele, para que todas as autoridades do reino lhe demonstrassem fidelidade (Dn 3.1-8).
  Os homens judeus, no entanto, não cederam à pressão real; eles não negociaram a sua fé em troca de posições privilegiadas no reino nem temeram a morte. Assim, diante da firmeza dos amigos de Daniel, o rei mandou aquecer a fornalha sete vezes mais, na tentativa de fazê-los negar a sua fé. Entretanto, o Eterno, em Sua fidelidade, protegeu-os das chamas e da ira do rei (Dn 3.19-29).

3.2. O Eterno faz o que os soberanos terrenos não podem fazer
 Nabucodonosor desejou humilhar e destruir cruelmente os servos fiéis do Altíssimo, mas não conseguiu, pois o Soberano livrou-os da fornalha (Dn 3.24-28).
  Belsazar profanou os utensílios sagrados, pensando que suas divindades teriam vencido o Deus de Israel, mas contemplou o peso da mão divina e a dureza do Seu juízo (Dn 5.17-30).
  Dario pretendeu livrar o profeta Daniel da cova dos leões, mas não pôde, pois acima dele estavam as leis dos medo-persas. O Deus vivo, no entanto, que a ninguém pode ser comparado, não permitiu que os leões atacassem Seu servo fiel (Dn 6).

CONCLUSÃO
  Soberania divina e responsabilidade humana são princípios que andam de mãos dadas: um não exclui o outro. Para ser alguém tão abençoado na Babilônia, Daniel teve de assumir responsabilidades intransferíveis: a de não se contaminar com as s iguarias do rei e a de dedicar-se ao estudo da Palavra e à consagração pessoal. Por ter-se mantido fiel naquele ímpio império, o profeta foi honrado pelo Senhor.
  Os servos do Altíssimo podem descansar no Deus de Daniel, pois Ele é fiel e poderoso para fazer cumprir Sua Palavra, pronunciada acerca do futuro da humanidade, da Igreja e dos reinos da terra (Is 46.9,10; Mt 16.18; Dn 4.33).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. O que se entende por soberania divina?
R.: O conceito de soberania divina expressa o fato de Deus ser o Senhor, chefe supremo, o dono, amor e autoridade máxima sobre todas as coisas.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp) 

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