ESSÊNCIA OU APARÊNCIA?
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Texto de Referência: Mt 13.24-30
LEITURA SEMANAL
Seg Mt 13.37 Jesus semeia a boa semente.
Ter Jo 12.2 Jesus comparou sua vida e sua morte com o grão de trigo semeado na terra.
Qua Mt 13.38 O joio simboliza os filhos do maligno
Qui 1Co 3.7 Deus é quem faz a Igreja crescer.
Sex Mt 13.39,40 O tempo da colheita será no fim do mundo".
Sab 1Tm 1.16 Cristo é paciente para conosco.
VERSÍCULO DO DIA
"Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro", Mt 13.30.
VERDADE APLICADA
Tão logo chegará o dia em que o trigo será pelo Senhor recolhido e o joio no fogo será destruído.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o contexto da vida no campo nos tempos de Jesus;
✔ Distinguir as características do trigo e do joio;
✔ Apresentar a longanimidade e o juízo divino.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que em tudo em nossa vida tenhamos a essência de Cristo.
INTRODUÇÃO
A Parábola do trigo e do joio foi pronunciada para explicar o "mal, o porquê Deus o permite, mas também, o dia em que Ele trará justiça a todos que praticam a iniquidade.
Ponto-Chave
"O trigo e o joio coexistirão até o dia do juízo."
1- CENAS DA VIDA CAMPESINA
Mais uma vez Jesus faz a comparação do Reino de Deus com a vida no campo, em especial com a semeadura (Mt 13.24). No caso da Parábola do trigo e do joio, podemos observar a presença de uma plantação de trigo na qual o inimigo planta a erva má, a saber, o joio.
1.1. A boa semente
Jesus afirma que o proprietário das terras plantou em seus campos a boa semente de trigo. Posteriormente, Ele explica o significado da Parábola afirmando que: 1) o proprietário é o próprio Cristo; e 2) as sementes boas de trigo pertencem ao Reino de Deus (Mt 13.37). Georg Eldon Ladd (Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2003, p. 438) afirma que o Reino de Deus já se faz presente no mundo, mas ainda não há divisão na sociedade, tanto justos e ímpios ocupam os mesmos espaços. Devemos, portanto, conviver nesta era coexistindo com os ímpios numa sociedade mista. Apesar de juntos, o justo permanece integro, santo e separado espiritualmente dos valores e dos anseios do mundo (Rm 12.2).
1.2. O joio
Sobre o joio, Jesus afirma que ele foi plantado pelo inimigo enquanto estava dormindo (Mt 13.25). Craig S. Keener ressalta que, na Antiguidade, era comum existir disputa de terras por parte dos grandes latifundiários, a lei romana proibia a prática de plantar ervas venenosas no campo de outrem (Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2017, p.86,87). Todavia, existia uma erva venenosa, tipo um azevém, conhecido como joio. Ele é, no começo, muito parecido com o trigo, no entanto, cresce de forma larga em relação ao trigo. O joio é o resultado da obra do inimigo, logo, o proprietário não tem culpa alguma pela sua presença. Devemos nos ater que o joio não representa somente o crente carnal, mas sim todos os que praticam a iniquidade e que são sementes do maligno.
Refletindo
"O verdadeiro milagre não é ver pedras se transformarem em pães, mas sim pessoas transformadas no caráter de Cristo". Bispa Marvi Ferreira
2- A ÚLTIMA COLHEITA
O joio não poderia ser arrancado antes do trigo, pois suas raízes entrelaçavam-se, era necessário esperar a ceifa para que quando ambos colhidos, deveriam ser separados.
2.1. A utilidade do joio
O joio foi plantado pelo inimigo de modo a tentar sabotar a plantação de trigo. Entretanto, uma característica interessante sobre o joio nos chama atenção, Keener afirma que, embora um pouco arborizada, em especial, as margens do rio Jordão, existia certa ausência de matéria-prima para ser usada como combustível em Israel, neste caso, o joio só servia com um propósito, ser usado como combustível para o fogo (Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2017, p.87). O mal não é uma criação de Deus, pois nEle só existe a bondade, a justiça e o amor, mas é a ação do próprio diabo que um dia será lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10).
2.2. Joio ou trigo
Como afirmado por Jesus, o campo não é somente a Igreja, mas sim o mundo criado (Mt 13.38), e apesar de existir pessoas boas na Igreja, há também pessoas que não passaram por uma verdadeira conversão. O Reino de Deus se estende além das paredes das Igrejas, do denominacionalismo, pois é uma grandeza real de ação direta de Deus na história da humanidade iniciado por Jesus. Desta forma, não há outra escolha, ou somos o trigo plantado pelo Senhor, ou o joio, plantado pelo inimigo. Aquele que foi plantado pelo Senhor, age como tal, através de uma vida transformada e pautada pela Palavra de Deus, enquanto que o joio só age em benefício próprio, evidenciando valores opostos ao Reino de Deus.
3- A CONSUMAÇÃO
A ceifa representa o final dos tempos e a intervenção direta de Deus na História humana, mas, para tal evento, é necessário que a Igreja cumpra sua missão.
3.1. A longanimidade divina
O proprietário, em sua sabedoria e paciência, tem um discernimento diferente de seus servos, o da espera do momento oportuno em que o trigo estaria maduro e pronto para a ceifa, pois depois de ter atingido o seu desenvolvimento completo, não dependeria mais da alimentação fornecida por suas raízes. A longanimidade de Deus se encontra presente no mundo, muitos questionam por que existe o mal e por que o Senhor não age com justiça e juízo, no entanto, é sobre isso que a Pará- bola nos ensina, haverá um momento na História em que Deus agirá, e os ímpios cria-sofrerão o juízo e a condenação.
3.2. Justos e ímpios coexistirão até a intervenção de Deus
O fim dos tempos será um evento de juízo para os ímpios, de todos os que praticam a maldade e são impenitentes, Deus não tem o culpado por inocente (Ex 34.7). Todavia, para os justos, aqueles que se arrependeram de seus pecados, que tiveram suas vestes lavadas no sangue do Cordeiro, e que vivem uma vida pautada pela Palavra de Deus e pela ação do Espírito, para esses, nenhuma condenação há (Rm 8.1). O tempo de maturação do trigo mostra que é necessário o tempo de crescimento que reflete também o tempo da pregação do Evangelho. A plantação só estará pronta para a ceifa quando estiver cumprido o tempo estabelecido, a pregação do Evangelho às nações (Mt 24.14).
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O destino dos ímpios é apresentado como sendo lançado na "fornalha de fogo" (Mt 13.42). Diversas nações na história utilizaram a fornalha como uma espécie de punição. Tanto em Daniel 3.6 e Jeremias 29.22, faz referência a fornalha utilizada pelos babilônicos. Antioco Epifanio também utilizou esse método contra os judeus. no tempo dos Macabeus, e não podemos esquecer também dos métodos de tortura utilizado pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial. Mas todos esses exemplos não se comparam com a punição dos ímpios que será por toda eternidade (Ap 20.10).
Fonte: (Russel Norman Champlin O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. VI. São Paulo: Hagnos, 2008, p.410).
CONCLUSÃO
Devemos confiar na sabedoria e na longanimidade divina, que em seu momento oportuno agirá com justiça e juízo contra todo mal.
Complementando
O Reino de Deus se diferencia da Igreja por ser uma grandeza real de domínio, reconhecimento e governo. Sendo assim, a Igreja não é o Reino, mas o povo do Reino, a comunidade dos santos, salvos e remidos por Jesus. Estes dois conceitos, Reino de Deus e Igreja, apesar de distintos, estão completamente relacionados, com isso, o joio não é somente o crente falso, mas todo aquele que pratica a iniquidade. Fonte: (George Elson Ladd. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Hagnos, 2003, p. 488),
Eu ensinei que:
O trigo e o joio se assemelham, mas se diferem na essência. Na colheita final o trigo será recolhido e o joio queimado no fogo.
Fonte: Editora Betel
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