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quinta-feira, 24 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 4 / 2º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 4


(Revista Editora Betel)

Tema: MISSÕES E O MINISTÉRIO DE CRISTO



Texto de Referência: Lc 15.1-7 

VERSÍCULO DO DIA
"E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida". Lc 15.6

VERDADE APLICADA 
Jesus veio ao mundo para resgatar e salvar todo aquele que estava perdido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a universalidade do Ministério de Cristo: 
 Apresentar o Reino de Deus como esperança universal; 
✔Mostrar a Paixão de Cristo como evento universal.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que tenhamos ousadia ao falar sobre Cristo aos perdidos.

LEITURA SEMANAL
Seg Lc 15.7 Há alegria no céu quando um pecador se arrepende. 
Ter Mc 7.26 Jesus libertou a filha de uma mulher grega.  
Qua Is 52.7 O Reino de Deus são as Boas-Novas.
Qui Mc 1.15 Jesus pregou a proximidade do Reino de Deus. 
Sex Mc 10.45 Jesus deu Sua vida em resgate.
Sáb Rm 8.32 Jesus se ofereceu para a salvação da humanidade.

INTRODUÇÃO  
Professor(a), esta lição fala de como o Senhor Jesus trouxe um evangelho que fala uma linguagem universal, isto é, que pode ser pregado a todas as culturas e nações, e neste subsídio colocamos alguns acréscimos para enriquecer a aula. 
O universalismo do ministério de Jesus significa que Seu ministério, pregação e morte vicária sempre foi apontado para todos, pois Ele sabia que seria rejeitado por Israel (Jo 1.11,12). A promessa do Evangelho foi para o mundo inteiro, como se pode ver na promessa feita a Abraão:
"E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.", Gênesis 12.3
Aqui o Senhor estava mostrando para Abraão, qual seria o alcance da salvação que o Senhor providenciaria por meio dele. 

Ponto-Chave
"A mensagem do Reino de Deus pregada por Jesus é universal, não cabendo barreiras sociais, ideológicas, étnicas ou culturais."

1. A UNIVERSALIDADE DO MINISTÉRIO DE CRISTO
Apesar do Ministério de Jesus ser voltado para o resgate das ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15.24), Seu sacrifício e morte foram além dos limites de Israel, de modo a agregar aos Seus discípulos os gentios de todo mundo.

1.1. A missão de Jesus em resgate aos perdidos
Algumas vezes, os judeus questionaram o porquê de Jesus se relacionar com pecadores (Lc 15.2). Neste ínterim, Jesus responde com três Parábolas tal questionamento: a Parábola da ovelha perdida (Lc 15.4-7); da dracma perdida (Lc 15.8-10); e a do Filho Pródigo (Lc 15.11-32). Todas as parábolas explicam o Ministério de Jesus e sua busca por todos aqueles que são subjugados pelo pecado. Nestas Parábolas, é nítido o cuidado de Deus com as ovelhas que se desprendem do rebanho; a grande alegria ao encontrar
a dracma que se perdeu e o amor do Pai aos filhos perdidos, pelo que estava distante e pelo que estava em casa. Tudo o que o Senhor realizou desde o Antigo Testamento, até a vinda de Cristo e a instituição da Igreja, foi pensando nas almas. Logo em seguida à Queda do homem, o Senhor proferiu uma profecia onde resgataria o ser humano de volta:
"E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.", Gênesis 3.15
A partir dessa promessa, todas as ações do Senhor registradas na Sua Palavra foi para a salvação do ser humano e para trazê-lo de volta à Sua presença.
Por isso estava previsto que o Cristo viria a ser rejeitado pelo Seu povo. Com isso, o Senhor condenou a falsa religiosidade e estendeu o Evangelho ao mundo. Dentre alguns momentos em que Cristo afirmou que o Seu evangelho seria dado ao mundo inteiro, separamos esse em particular que ocorreu na ocasião em que uma mulher derrama um perfume caro sobre a cabeça do Senhor:
"Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.", Mateus 26.13
Após fazer essa declaração, o Senhor Jesus mostrou Sua intensão em dar a vida em sacrifício e levar o Seu Evangelho ao mundo. 

1.2. A missão de Jesus em resgate aos gentios
O Ministério de Jesus não foi direcionado somente para Israel, mas podemos ver alguns eventos em que Jesus se dirigiu a pessoas que não pertenciam ao povo de Israel, como no caso da mulher samaritana (Jo
4.1-42). Apesar de serem povos irmãos, os samaritanos e judeus tinham uma rivalidade acirrada devido às queixas históricas. Outro milagre que abençoou uma pessoa que, neste caso, era gentia, foi a mulher cananeia (Mt 15.21-28), que Marcos chama de grega, de origem siro-fenícia (Mc 7.26). Jesus também curou o servo de um centurião romano (Mt 8.5-13) e libertou um gadareno (Mc 5.1-20), região na Galileia chamada de Decápolis, conhecida por ser habitada por muitos gentios. Os judeus naquela ocasião tinham um senso de exclusividade, pois acreditavam que o Senhor era Deus apenas deles. Inclusive, a rivalidade com os samaritanos vinha dessa percepção errada, veja o questionamento da mulher samaritana:
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.", João 4.20
Os judeus condenavam o local de adoração dos samaritanos e não os recebiam no Templo. Mas Jesus mostrou para ela que o local de adoração não seria mais no Templo nem em lugar nenhum, e sim no coração de qualquer um que adorasse de verdade:
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.", João 4.23
Essa é a base da obra de missões, levar a possibilidade de toda pessoa adorar a Deus em qualquer lugar do mundo. 

Refletindo
"Não é possível estar perto de Deus e não pensar nos perdidos. Eles estão sempre presentes nos pensamentos do Senhor".
Randy Alcorn

2. O REINO DE DEUS COMO ESPERANÇA UNIVERSAL 
Em Seu Ministério terreno, Jesus pregou a mensagem do Reino de Deus. Este governo como profetizado no AT, tanto em Isaias 52.7, quanto em Salmos 93.1, afirmam que o Senhor reina, que todo domínio está em Suas mãos.

2.1. A esperança do Reino de Deus no AT 
O senhorio de Deus é uma mensagem retratada no AT que expressa que o Senhor reina, mas também, se tornará Senhor sobre todo tipo de poder ou autoridade. A mensagem escatológica, que aponta para o fim dos tempos, designa que todos os poderes que se opõem a Deus serão subjugados, e o Senhor implantará um reinado de justiça e paz. O Senhor julgará os povos com aquilo que é correto e direito e exercerá a equidade (Sl 96.10). Este Reino de paz e justiça foi preparado por Deus antes mesmo da fundação do mundo e serve ao propósito missionário das Boas-Novas (Mt 25.34). O Reino de Deus no mundo tem três fases, vejamos:
1ª fase: é a que vivemos atualmente, nesta fase, o Reino está no mundo de forma espiritual, mas não governa o mundo físico. Veja o que Jesus disse:
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.", João 18.36
2ª fase: nesta fase o Reino será estabelecido de forma física com o governo mundial de mil anos, estabelecido em Jerusalém, essa fase ocorrerá após a Grande Tribulação:
"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.", Apocalipse 20.4 
3ª fase: esta será a última e definitiva fase do Reino do Senhor, em que Ele habitará para Sempre com o ser humano numa Nova Terra:
"1 E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.", Apocalipse 21.1,3

2.2. A mensagem de Jesus sobre o Reino de Deus
Além da mensagem central de Jesus que foi a pregação do Reino de Deus (Мc 1.15) e sua manifestação através da vida e ministério de Cristo, o Reino de Deus é a ação régia do Senhor e um novo relacionamento com o ser humano. Desta forma, está contida na mensagem do Reino de Deus a paternidade divina. É por meio de Jesus que nós passamos a ser filhos de Deus e herdeiros das bênçãos celestiais. Este reinado é universal, e se estende à humanidade de todas as gerações e épocas. Ele também é presente, mas velado, mas também é escatológico, ou seja, tem um caráter futuro, pois Deus reinará plenamente sobre todos.  Esse subtópico se encaixa perfeitamente nas fases mencionadas sobre o Reino de Deus, ou seja, no momento estamos vivendo a primeira fase, onde o Reino de Deus é "velado", isto é ele está operando no mundo por meio do Espírito Santo e da Igreja, mas não é visível no plano físico, sendo assim, ele é velado.
"20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está dentro de vós.", Lucas 17.20,21
E quando o comentarista afirma, que é "também escatológico", se refere à segunda fase, que nesse momento é apenas uma promessa escatológica, veja:
"Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,", Daniel 2.44
Por isso, neste momento precisamos espalhar a boa nova sobre o Reino de Deus, afirmando a promessa do Reino futuro, fazendo missões, como Cristo fez.  

3. A PAIXÃO COMO EVENTO UNIVERSAL
O sacrifício de Cristo quebra todas as barreiras étnicas, sociais, raciais, econômicas e culturais, pois é através de Sua morte que somos resgatados e o preço do pecado de toda a humanidade é pago (Cl 1.14). 

3.1. A Paixão de Cristo
A Paixão de Cristo faz referência aos últimos dias do Ministério terreno de Jesus em que foi crucificado pelos romanos. Este termo não se refere somente ao amor pelos pecadores, mas principalmente pelo Seu sofrimento e dor. A mensagem impactante é que a morte sacrificial de Cristo segue o propósito agradável de Deus em moer o Seu Filho Unigênito (Is 53.10). Jesus foi moído, assim como se moi a flor da farinha para se fazer o pão, tudo isso por nos amar. Seu amor quebra as barreiras; sublime amor, que se entrega, não em parte, mas totalmente. Jesus nos amou acima da própria vida. Somos constrangidos por esse amor (2Co 5.14). A paixão de Cristo se refere ao ato de Jesus se colocando em nosso lugar, sofrendo e morrendo por nós. Tudo na Paixão de Cristo foi idealizado por Deus, até mesmo a Lei do sacrifício do cordeiro pascal. Por isso o profeta afirma:
"Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.", Isaías 53.10
Com esse feito Jesus deu a maior demonstração do amor de Deus ao ser humano, um amor sacrificial descrito em 1 Coríntios 13. 
Convém lembrar, que Jesus em todo tempo poderia ter desistido daquela empreitada:
"52 Então, Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.
53 Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos.", Mateus 26.52,53

3.2. A extensão do sacrifício de Cristo 
O amor de Deus não busca seus interesses, ele é ágape, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.4-7). Desta forma, se o sacrifício de Cristo é a expressão plena do amor de Deus, logo sua extensão está além de qualquer barreira. Ele ama a todos e se entregou por todos, mesmo tendo aqueles que não responderam positivamente ao chamado para o banquete (Mt 22.1-14). Ele veio para dar a Sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45). Sua expiação é ilimitada, ou seja, Seu sacrifício é suficiente para salvar qualquer um que reconheça Jesus como Senhor e Salvador (Rm 10.9). Esse amor é chamado no grego de "amor Ágape" e em Coríntios é descrito assim:
"4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,
5 não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.", 1 Coríntios 13.4-7 
Esse amor foi dado em favor de toda a humanidade, veja como Jesus expressou isso em forma de parábola:
"9 Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
10 E os servos, saindo pelos caminhos,ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados.", Mateus 22.9,10
Nós somos os servos que tem a responsabilidade de convidar a todos que encontrarmos para as Bodas do Noivo, isto é, convidá-los à uma posição que outros rejeitaram.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
"Antes de subir ao céu, Jesus deu à Igreja a autoridade de Seu nome: 'E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas' (Mc 16.17). A partir de então, os discípulos partiram levando consigo o poder desse nome, que é sobre todo nome (Fp 2.9). Pedro e João tiveram uma grande experiência à porta do Templo, quando disseram ao paralítico: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou: Em nome de Jesus, o Nazareno, levanta-te e anda' (At 3.6). Usemos pois, este poder na principal tarefa da Igreja, a evangelização". Fonte: (FERREIRA, Samuel de Cássio. Revista Betel Dominical, 4o. Trimestre, 1996, Lição 1). 

CONCLUSÃO
A manifestação do Reino de Deus pregado por Jesus está ligada diretamente à pregação do Evangelho. Que possamos assumir a responsabilidade de sermos aqueles a quem Deus quer usar para salvar. 

Complementando 
O livro de Atos 1.8 descreve a explicação necessária a todos os discípulos de Jesus, bem como a relevância do Espírito Santo na jornada cristã, a fim de capacitar no cumprimento da missão: evangelizar o mundo. E começamos a missão sendo testemunha fiel de Cristo, vivendo de acordo com Seus ensinamentos, para que o mundo veja Cristo em nós. 

Eu ensinei que: 
A mensagem de Jesus sobre о Reino de Deus e Sua morte de cruz serve ao propósito universal da Salvação.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
___________________________________________________________

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 23 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 4 / 3º Trim 2025


MISSÕES E O MINISTÉRIO DE CRISTO
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Lc 15.1-7  

VERSÍCULO DO DIA
"E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida". Lc 15.6

VERDADE APLICADA 
Jesus veio ao mundo para resgatar e salvar todo aquele que estava perdido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a universalidade do Ministério de Cristo: 
Apresentar o Reino de Deus como esperança universal; 
✔Mostrar a Paixão de Cristo como evento universal.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que tenhamos ousadia ao falar sobre Cristo aos perdidos.

LEITURA SEMANAL
Seg Lc 15.7 Há alegria no céu quando um pecador se arrepende. 
Ter Mc 7.26 Jesus libertou a filha de uma mulher grega.  
Qua Is 52.7 O Reino de Deus são as Boas-Novas.
Qui Mc 1.15 Jesus pregou a proximidade do Reino de Deus. 
Sex Mc 10.45 Jesus deu Sua vida em resgate.
Sáb Rm 8.32 Jesus se ofereceu para a salvação da humanidade.

INTRODUÇÃO  
O universalismo do ministério de Jesus significa que Seu ministério, pregação e morte vicária sempre foi apontado para todos, pois Ele sabia que seria rejeitado por Israel (Jo 1.11,12).

Ponto-Chave
"A mensagem do Reino de Deus pregada por Jesus é universal, não cabendo barreiras sociais, ideológicas, étnicas ou culturais."

1. A UNIVERSALIDADE DO MINISTÉRIO DE CRISTO
Apesar do Ministério de Jesus ser voltado para o resgate das ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15.24), Seu sacrifício e morte foram além dos limites de Israel, de modo a agregar aos Seus discípulos os gentios de todo mundo.

1.1. A missão de Jesus em resgate aos perdidos
Algumas vezes, os judeus questionaram o porquê de Jesus se relacionar com pecadores (Lc 15.2). Neste ínterim, Jesus responde com três Parábolas tal questionamento: a Parábola da ovelha perdida (Lc 15.4-7); da dracma perdida (Lc 15.8-10); e a do Filho Pródigo (Lc 15.11-32). Todas as parábolas explicam o Ministério de Jesus e sua busca por todos aqueles que são subjugados pelo pecado. Nestas Parábolas, é nítido o cuidado de Deus com as ovelhas que se desprendem do rebanho; a grande alegria ao encontrar
a dracma que se perdeu e o amor do Pai aos filhos perdidos, pelo que estava distante e pelo que estava em casa.

1.2. A missão de Jesus em resgate aos gentios
O Ministério de Jesus não foi direcionado somente para Israel, mas podemos ver alguns eventos em que Jesus se dirigiu a pessoas que não pertenciam ao povo de Israel, como no caso da mulher samaritana (Jo
4.1-42). Apesar de serem povos irmãos, os samaritanos e judeus tinham uma rivalidade acirrada devido às queixas históricas. Outro milagre que abençoou uma pessoa que, neste caso, era gentia, foi a mulher cananeia (Mt 15.21-28), que Marcos chama de grega, de origem siro-fenícia (Mc 7.26). Jesus também curou o servo de um centurião romano (Mt 8.5-13) e libertou um gadareno (Mc 5.1-20), região na Galileia chamada de Decápolis, conhecida por ser habitada por muitos gentios.

Refletindo
"Não é possível estar perto de Deus e não pensar nos perdidos. Eles estão sempre presentes nos pensamentos do Senhor".
Randy Alcorn

2. O REINO DE DEUS COMO ESPERANÇA UNIVERSAL 
Em Seu Ministério terreno, Jesus pregou a mensagem do Reino de Deus. Este governo como profetizado no AT, tanto em Isaias 52.7, quanto em Salmos 93.1, afirmam que o Senhor reina, que todo domínio está em Suas mãos.

2.1. A esperança do Reino de Deus no AT 
O senhorio de Deus é uma mensagem retratada no AT que expressa que o Senhor reina, mas também, se tornará Senhor sobre todo tipo de poder ou autoridade. A mensagem escatológica, que aponta para o fim dos tempos, designa que todos os poderes que se opõem a Deus serão subjugados, e o Senhor implantará um reinado de justiça e paz. O Senhor julgará os povos com aquilo que é correto e direito e exercerá a equidade (Sl 96.10). Este Reino de paz e justiça foi preparado por Deus antes mesmo da fundação do mundo e serve ao propósito missionário das Boas-Novas (Mt 25.34). 

2.2. A mensagem de Jesus sobre o Reino de Deus
Além da mensagem central de Jesus que foi a pregação do Reino de Deus (Мc 1.15) e sua manifestação através da vida e ministério de Cristo, o Reino de Deus é a ação régia do Senhor e um novo relacionamento com o ser humano. Desta forma, está contida na mensagem do Reino de Deus a paternidade divina. É por meio de Jesus que nós passamos a ser filhos de Deus e herdeiros das bênçãos celestiais. Este reinado é universal, e se estende à humanidade de todas as gerações e épocas. Ele também é presente, mas velado, mas também é escatológico, ou seja, tem um caráter futuro, pois Deus reinará plenamente sobre todos. 

3. A PAIXÃO COMO EVENTO UNIVERSAL
O sacrifício de Cristo quebra todas as barreiras étnicas, sociais, raciais, econômicas e culturais, pois é através de Sua morte que somos resgatados e o preço do pecado de toda a humanidade é pago (Cl 1.14). 

3.1. A Paixão de Cristo
A Paixão de Cristo faz referência aos últimos dias do Ministério terreno de Jesus em que foi crucificado pelos romanos. Este termo não se refere somente ao amor pelos pecadores, mas principalmente pelo Seu sofrimento e dor. A mensagem impactante é que a morte sacrificial de Cristo segue o propósito agradável de Deus em moer o Seu Filho Unigênito (Is 53.10). Jesus foi moído, assim como se moi a flor da farinha para se fazer o pão, tudo isso por nos amar. Seu amor quebra as barreiras; sublime amor, que se entrega, não em parte, mas totalmente. Jesus nos amou acima da própria vida. Somos constrangidos por esse amor (2Co 5.14). 

3.2. A extensão do sacrifício de Cristo 
O amor de Deus não busca seus interesses, ele é ágape, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.4-7). Desta forma, se o sacrifício de Cristo é a expressão plena do amor de Deus, logo sua extensão está além de qualquer barreira. Ele ama a todos e se entregou por todos, mesmo tendo aqueles que não responderam positivamente ao chamado para o banquete (Mt 22.1-14). Ele veio para dar a Sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45). Sua expiação é ilimitada, ou seja, Seu sacrifício é suficiente para salvar qualquer um que reconheça Jesus como Senhor e Salvador (Rm 10.9). 

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
"Antes de subir ao céu, Jesus deu à Igreja a autoridade de Seu nome: 'E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas' (Mc 16.17). A partir de então, os discípulos partiram levando consigo o poder desse nome, que é sobre todo nome (Fp 2.9). Pedro e João tiveram uma grande experiência à porta do Templo, quando disseram ao paralítico: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou: Em nome de Jesus, o Nazareno, levanta-te e anda' (At 3.6). Usemos pois, este poder na principal tarefa da Igreja, a evangelização". Fonte: (FERREIRA, Samuel de Cássio. Revista Betel Dominical, 4o. Trimestre, 1996, Lição 1). 

CONCLUSÃO
A manifestação do Reino de Deus pregado por Jesus está ligada diretamente à pregação do Evangelho. Que possamos assumir a responsabilidade de sermos aqueles a quem Deus quer usar para salvar. 

Complementando 
O livro de Atos 1.8 descreve a explicação necessária a todos os discípulos de Jesus, bem como a relevância do Espírito Santo na jornada cristã, a fim de capacitar no cumprimento da missão: evangelizar o mundo. E começamos a missão sendo testemunha fiel de Cristo, vivendo de acordo com Seus ensinamentos, para que o mundo veja Cristo em nós. 

Eu ensinei que: 
A mensagem de Jesus sobre о Reino de Deus e Sua morte de cruz serve ao propósito universal da Salvação.

Fonte: Revista Betel Conectar

terça-feira, 15 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 3 / 3º Trim 2025


MISSÕES E OS ATRIBUTOS DE DEUS
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Ef 2.1-6  

VERSÍCULO DO DIA
"Que nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos", 2Tm 1.9

VERDADE APLICADA 
A própria essência de Deus faz com que Ele anele em se relacionar com o ser humano, compartilhar de Si mesmo e se derramar completamente sobre Seus filhos. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o propósito da Missão em Deus;
 Apresentar o relacionamento com Deus como impeto da Missão;
✔ Mostrar que o amor divino é a base da Missão.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que possamos amar as almas perdidas assim como Deus as amou.

LEITURA SEMANAL
Seg Sl 4.3 O plano da Salvação é um projeto da eternidade. 
Ter Sl 65.2 O propósito eterno de Deus foi realizado em Cristo.  
Qua Sl 66.18 Deus deseja que todos os homens sejam salvos.
Qui Sl 145.18 Deus amou o mundo. 
Sex Sl 18.6 Deus mostrou o Seu amor ao enviar Cristo para morrer em nosso lugar.
Sáb Sl 37.7 Deus é misericordioso.

INTRODUÇÃO  
A base do ímpeto missionário, de sua mensagem na história da Salvação se encontra na própria essência divina, no caráter de Deus e Seus atributos. O Deus que se revela em Cristo é Aquele que é amor e vai ao encontro do perdido a fim de resgatá-lo.

Ponto-Chave
“O reconhecimento e a manifestação da Glória de Deus são os maiores e principais objetivos da ordenança.”

1. O PROPÓSITO DA MISSÃO EM DEUS
Deus estabeleceu o Plano da Salvação antes mesmo da Criação, de modo que, Missões sempre estiveram no coração de Deus, a vinda de Jesus, Sua vida, ministério, morte e ressurreição nos ensinam isto (Cl 1.26,27).

1.1. Um projeto na eternidade
O Plano da Salvação não foi projetado após a Queda do primeiro casal no Éden, pelo contrário, foi planejado na eternidade passada (Ef 1.4). Tal compreensão é denominada na teologia de protológica (estudo sobre o propósito inicial das coisas), ou seja, em Sua infinita sabedoria e ciência, Deus sabia que o ser humano cairia de sua condição original. Desta forma, em Seu infinito amor e misericórdia, planejou na eternidade o Plano Salvífico que seria realizado pelo Filho (1Pe 1.20). Aqueles que foram alcançados pelo Evangelho vivem aquilo que Deus destinou para a humanidade lá nos tempos pretéritos, antes mesmo de toda criação.

1.2. Missões e a manifestação da Glória de Deus
O Plano da Salvação executado por Cristo serve a vontade estabelecida por Deus na eternidade, chamado por Paulo de eterno propósito (Ef 3.11). Sendo assim, a ação de Cristo é a expressão plena do amor do Pai, com o propósito de revelar a Sua Glória para o Seu louvor. Deus não precisa de nada, logo a manifestação de Sua Glória e louvor é, na verdade, uma das maiores bênçãos que a criação pode receber, pois compartilhar e vivenciar a Glória de Deus é encontrar o seu propósito e significado de existência. O ser humano só encontra a verdadeira vida, quando retorna a sua condição original, ser o ser humano de Deus.

2. O RELACIONAMENTO COM DEUS COMO ÍMPETO DA MISSÃO
Por Deus ser amor e nos amar, Ele deseja resgatar o ser humano da condição de caído e pecador e colocá-lo na condição de filho e herdeiro (Gl 4.7).

2.1. Deus Pai como missionário
Deus é a fonte de toda bondade, luz e misericórdia. Ele deseja compartilhar de Si mesmo a todos os seres humanos, de modo a se relacionar conosco como Pai (Rm 8.15) e amigo (Jo 15.15). Ele deseja em Seu íntimo abençoar a todos e resgatar aqueles que estão em trevas e trazê-los para Sua maravilhosa luz (1Pe 2.9). Desta forma, a iniciativa da salvação e busca pelo perdido inicia pelo próprio Deus Pai que nos amou, quando ainda éramos pecadores. Foi Ele mesmo que enviou o Seu único Filho para nos resgatar (Rm 5.8).

2.2. Um Deus que está à procura
Em João 4.23, Jesus afirma que o Pai está à procura dos verdadeiros adoradores. A palavra aqui é “zeteo”, transmite a ideia de alguém que busca e procura algo. Outra informação pertinente é o tempo verbal no grego que significa que esta ação é contínua, ou seja, Deus está, agora mesmo, a procura de verdadeiros adoradores, O nosso Deus não é um Deus estático que se encontra “dormindo sentado em um trono distante”, mas o nosso Deus é um Deus que trabalha (Jo 5.17) em favor daqueles que nEle esperam (Is 64.4).

3. O AMOR DIVINO COMO BASE DA MISSÃO
Deus está à procura do ser humano, Ele nos busca incansavelmente, pois o amor quebra todas as barreiras; todo aquele que ama, ama porque Deus o amou primeiro e derramou o Seu amor em nossos corações (1Jo 4.19).

3.1. Um Deus que ama
Um dos atributos comunicáveis de Deus é o amor (1Jo 4.8). Esta é a essência mais sublime de Seu caráter, o amor ágape, de auto doação, entrega voluntária e valorização. Ele compartilha o Seu amor na eternidade com as pessoas divinas: o Filho e o Espírito Santo. Seu amor é tão grande que deseja transbordar de Si mesmo a toda a Criação, pois todo amor que temos procede de Deus e todo aquele que ama é filho de Deus (1Jo 4.7). Ao entender que o amor deseja o bem ao próximo (1Co 13.4), fica fácil entender por que Missões estão no coração de Deus, pois Ele deseja resgatar das garras do pecado, das trevas e da condenação eterna o pecador.

3.2. Um Deus que deseja abençoar
Ao compreender que Deus é amor (1Jo 4.8), que amou o mundo de um jeito inominável e enviou Seu Filho para nos resgatar (Jo 3.16), que Ele é Pai, amigo e vive na luz inacessível, podemos entender que a busca do perdido e pecador é a base da missão da Igreja. Os seres humanos só serão verdadeiramente abençoados quando viverem de fato o amor de Deus. O foco e objetivo de nossas vidas não devem ser nem o dinheiro, nem os prazeres sexuais, o orgulho, ou as posições de destaque, mas sim, o verdadeiro relacionamento com o Deus Vivo que nos faz ser abençoados e abençoadores. Esta sim é a melhor e maior bênção que podemos receber.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A mensagem da cruz, aquela que afirma que todos somos pecadores e fomos destituídos da glória de Deus (Rm 3:23), que independente do que façamos, não conseguimos o favor divino e que Deus, através de sua Graça, misericórdia e amor, enviou Seu Filho Unigênito para morrer por nós (Jo 3.16), que se encontra hoje sentado à destra do Pai e um dia voltará para buscar a Sua igreja. Essa mensagem tão simples e singela mudou a História da humanidade, foi impactante na História da Igreja e deve ser resgatada novamente e pronunciada ao pecador.
Fonte: (COSTA; Sergio Nascimento da. Revista Betel Dominical, 20. Trimestre, 2019 - Lição 3)

CONCLUSÃO
Aquele que está em Deus por meio de Cristo e possui o Espírito Santo deve estar comprometido com o desejo ardente de proclamar as Boas-Novas e transbordar do amor de Deus. Somente aquele que é amado pode amar, assim como aquele que reconhece que é abençoado tem o dever de abençoar o próximo.

Complementando
A Teologia divide os atributos de Deus em duas categorias, que são:
  • Incomunicáveis: são exclusivos de Deus - eterno, onisciente, onipresente, imutável, entre outros.
  • Comunicáveis: Deus compartilha com o ser humano - amor, bondade, santidade, sabedoria, justiça, entre outros. Mesmo em nossas limitações devemos buscar conhecer os atributos do Senhor e admirá-lO em Sua majestade e grandiosidade.
Eu ensinei que:
Missões estão no coração de Deus, pois refletem a Sua própria essência, de Ser Amor, Pai e Luz.

Fonte: Revista Betel Conectar

Subsídio da Lição 3

quinta-feira, 10 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 2


(Revista Editora Betel)

Tema: A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DE ISRAEL NO ANTIGO TESTAMENTO



Texto de Referência: Êx 9.16  

VERSÍCULO DO DIA
“E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra”, Dt 28.1

VERDADE APLICADA 
Deus estabeleceu Israel como um modelo a todas as nações do mundo como um povo regido pela Sua Lei e Seus princípios. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o significado da Missão no AT; 
✔ Apresentar o propósito da Missão de Deus para Israel;
✔ Mostrar que Israel foi abençoado para abençoar.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que o Senhorio do Deus Altíssimo seja conhecido entre todos os povos.

LEITURA SEMANAL
Seg 1Cr 16.24 Proclamem a Glória de Deus a todas as nações. 
Ter Sl 83.18  Que todos os povos reconheçam que só o Senhor é o Deus Altíssimo.  
Qua Gn 18.18 Abrado foi abençoado para abençoar.
Qui Êx 9.16 O nome do Senhor será conhecido no mundo inteiro. 
Sex Êx 16.9 Israel foi constituído como um reino de sacerdotes.
Sáb Dt 7.16 Deus estabeleceu Israel como nação santa.

INTRODUÇÃO  

Professor(a), esta lição vai dar ao aluno o entendimento do que é ser referência no mundo e o que é atuar no mundo levando a Palavra. Vamos ver que as duas condições são importantes hoje para que a Igreja cumpra sua missão. Esse subsídio visa acrescentar informações à lição da revista, para enriquecer a aula dominical. 

A missão do AT se distingui da missão neotestamentária no “ser” e no “fazer”. Enquanto Israel deveria somente “ser”, a Igreja é chamada para “ser” e “ir” realizar o propósito de Deus na história humana, resgatar o que foi perdido.
Aqui já podemos ver que a missão da Igreja é mais ampla do que a missão de Israel no Antigo Testamento. E com isso devemos compreender que não basta somente ser, é preciso também fazer, e não basta somente fazer, é preciso também ser. Isto é, pregar o que se vive e viver o que se prega.

Ponto-Chave 
“Missão é a ação pela qual Deus utiliza um povo ou individuo em favor do mundo”.

1. ISRAEL, UM POVO COM UMA MISSÃO
Mesmo que diferente do propósito da Igreja, Israel foi estabelecido como a nação pela qual Deus age no mundo no AT.

1.1. A Missão de Israel
Antes de qualquer afirmação, devemos definir o que é Missão: é aquilo que Deus está fazendo em favor do mundo - é o Seu propósito que a longo prazo irá renovar toda a criação, quando Deus fará um novo céu e uma nova terra (2Pe 3.13). É a partir desta afirmação que entra o papel e a Missão de Israel no AT, de ser o instrumento de Deus para a salvação do mundo. Da mesma forma que Israel foi o instrumento de Deus para Sua ação no mundo, no NT é a Igreja que cumpre o propósito salvífico de Deus na história humana. Vale relembrar ao aluno, que o grande propósito de Deus ao enviar Seu Filho, é trazer o ser humano de novo para perto dEle, pois Deus deseja habitar junto ao ser humano, mas o pecado atrapalha esse propósito, veja o que vai acontecer no final:
"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.", Apocalipse 21.3
Para que se realize esse propósito, Deus instituiu um povo para ser referência no mundo e depois instituiu uma Igreja para além de ser referência, também anunciar Deus ao mundo. Ou seja, Israel preparou o caminho para que a Igreja agora possa levar a mensagem e apresentar Deus ao mundo. 

1.2. Israel foi chamado para SER
Deus estabeleceu o povo de Israel como exemplo para todas as nações do mundo, expressando assim, como Ele deseja que os outros povos fossem, uma comunidade regida pelos Seus princípios e valores estabelecidos na Lei, nos quais Ele habitaria em seu meio. Por este motivo, a Missão de Israel no AT
não está relacionada, primeiramente, em "ir", ou fazer alguma coisa, mas antes em “SER”. Este povo foi chamado Para ser santo, diferente das outras nações e com o propósito e finalidade de expressar a Glória de Deus ao mundo, povos, tribos e nações (1Cr 16.24). O Senhor sempre faz Sua obra de forma perfeita, por isso, Ele estabelece primeiramente, um povo referencial, para que o mundo observasse nesse povo um diferencial em relação às outras nações. Deus deu a esse povo uma cultura forte, espalhou esse povo pelo mundo, nas duas diásporas que conhecemos (Cativeiro babilônico e a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.), e mesmo espalhado, o povo judeu não perdeu sua cultura e nem deixou de cumprir seus ritos. Obviamente, Israel não é um povo perfeito, mas foi chamado para "ser" povo de Deus na terra. Até hoje o povo judeu é um povo diferenciado, pois ao longo de sua história, tem se destacado em diversas áreas, com contribuições significativas para a cultura, ciência, filosofia e religião mundial. Suas realizações abrangem desde figuras bíblicas até pensadores, cientistas e artistas que moldaram o mundo moderno.
Convém informar também que, Deus em nenhum momento ordenou que Israel fosse ao nundo anunciar a salvação, apenas falou que eles expressariam a Sua Glória:
"Contai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas.", 1 Crônicas 16.24  

Refletindo 
“Fundamentalmente, nossa missão significa nossa participação comprometida como povo de Deus, mediante o convite e a ordem de Deus, na própria missão de Deus na história do mundo para a redenção da criação de Deus’
Christopher Wright

2. O PROPÓSITO DE ISRAEL
Deus estabeleceu Israel como nação Sua, propriedade particular, nação santa e reino de sacerdotes.

2.1. Israel, nação santa
Partindo do princípio de que, primeiramente, a missão de Israel era “ser” e não “ir” ou “fazer”, devemos entender que o povo de Deus foi chamado a ser um povo santo (Dt 7.6). A santidade em Deus é o atributo que o distingue de as demais divindades do mundo antigo, pois, o Senhor além de ser Santo, exige que Seu povo seja também santo (1Pe 1.16). Este é o primeiro propósito da Missão de Israel no AT: servir a Deus através de uma vida de santidade e separação. A Igreja, como o novo Israel de Deus, deve primeiramente viver em santificação, orientada para Deus e para o Seu agir no mundo. Tudo o que aconteceu com a nação de Israel no Antigo Testamento, serve para que possamos aprender para os nossos dias, e os conceitos morais que o Senhor exigiu daquela nação também requer de Seu povo hoje, a Igreja. No caso da santidade, Deus exigiu de Israel, veja:
"Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a face da terra.", Deuteronômio 7.6
A santificação que o Senhor exige é a separação do mundo, sem, no entanto, sair do mundo, mas sim, ser um referencial de santificação dentro do mundo. Em Israel havia um rígido código de leis contra a mistura com estrangeiros, seja por casamento ou por associações. E para a Igreja hoje o Senhor requer essa santidade em todas as suas ações:
"Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.", 1 Pedro 1.16
Aqui o apóstolo Pedro está fazendo um link com o que foi dito em Levítico 11.44
E o Senhor também requer a santidade como condição para passar a eternidade com Ele:
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;", Hebreus 12.14

2.2. Reino de sacerdotes
A função básica de um sacerdote era ministrar as coisas sagradas, o culto e o sacrifício, viver uma vida de devoção e relacionamento com Deus. Do mesmo jeito, Israel deveria apresentar ao mundo a Gloria de Deus, Seu poder e governo justo e piedoso (Sl 83.18). Esta função faz com que todos os povos reconheçam o Senhor como o Único Deus (Dt 6.4). Tal afirmação leva a compreensão de que Deus é Senhor e Criador. Desta forma, todas as criaturas devem obediência a Ele, mas todos aqueles que não reconhecem Sua soberania estão em rebelião, e consequentemente, estão diante de Sua ira e
julgamento. O sacerdote era, e ainda é, um representante de Deus na terra, por isso, é aquele que ministra as coisas sagradas. Quando alguém de qualquer nação, no tempo do Antigo Testamento, queria servir ao Deus de Israel, deveria ir até lá, se apresentar ao sacerdote e se circuncidar, e assim poderia participar dos ritos sagrados:
"Porém se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo o homem, e então chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela.", Êxodo 12.48 (grifo meu)
Dessa forma, o povo judeu poderia ministrar as coisas sagradas a todos os povos. Qualquer um que quisesse se aproximar de Deus, teria em Israel essa oportunidade. Hoje a Igreja tem a responsabilidade de exercer esse sacerdócio, sendo responsável por ministrar a todas as pessoas que desejarem se aproximar do Senhor.

3. ABENÇOADOS PARA ABENÇOAR
O chamado de Israel não foi para servir a si mesmo, mas sim de servir como testemunho de Deus aos outros povos, tribos e nações.

3.1. O chamado dos patriarcas
Abraão recebeu de Deus uma dupla promessa. A primeira: se tornar uma grande nação (Gn 18.18), de modo que não poderia ser contada a sua descendência, assim como a areia da praia ou como as estrelas do céu (Gn 22.17), A segunda: abençoar todas as nações da terra (Gn 12.3). A intenção de Deus no AT é que toda criação, toda vida e cultura humana possam, por meio de Abraão e de sua descendência, tornar-se novamente algo muito bom. Essa promessa é cumprida em dois tempos, o primeiro na formação do povo de Israel no Egito e na segunda, na vida e ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A afirmação do comentarista, de que o Senhor desejou que, por meio de Abraão, toda a cultura e vida humana se torna novamente algo muito bom, se refere às qualidades da criação, principalmente o que Ele criou no sexto dia:
"E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.", Gênesis 1.31
Por meio de Jesus, o Senhor reconciliou o ser humano e por meio do Espírito Santo, o Senhor o regenera, o habilitando novamente a se aproximar do Senhor, para a posição de onde havia sido expulso no jardim do Éden.
"Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo,", Tito 3.5

3.2. O papel de Israel ante as nações
Foi no Êxodo que Israel se tornou uma nação e no Sinai que Deus estabeleceu as exigências para se viver conforme seus princípios e valores. Deus estabeleceu para o Seu povo que em todas as esferas da vida deveriam ser santos, por isso, estabeleceu leis que regiam a família (Lv 19.3); a adoração (Lv 19.4); o cuidado com os pobres e estrangeiros (Lv 19.9,10); o amor fraternal (Lv 19.18); a fidelidade sexual (Lv 19.20-22), dentre outras leis. Quando Israel foi disperso entre as nações (Jr 29.4), Deus enviou para o interior dos povos pagãos tais princípios como testemunho de Seu caráter Santo, Glória e Majestade. A dispersão de Israel entre as nações, mencionada aqui, se refere à primeira diáspora, quando Israel foi disperso para Babilônia e para suas províncias, e nessas províncias o povo judeu agia de acordo com a Palavra de Deus, demonstrando os valores da Lei. Apesar de Israel sempre ter sido muito odiado entre essas nações, ele sempre foi um bom referencial de valores, principalmente os mencionados aqui: fidelidade sexual, amor fraternal e cuidado com os pobres, etc. Israel também é um referencial, até hoje, de trabalho e conhecimento. Podemos ver isso em muitas áreas, principalmente na área de tecnologia militar, onde Israel apresenta um aparato bélico superior aos dos países árabes e grupos terroristas que ameaçam o estado judeu. No último conflito de Israel contra o Hamas, Hezbollah e o Irã, foi um verdadeiro show de tecnologia, inteligência e estratégia, mesmo com a mídia internacional querendo colocar na conta de Israel as mortes na faixa de Gaza, ignorando que os terroristas fizeram suas bases em túneis de baixo de hospitais e escolas e toda vez que Israel atacou esses locais foi feito com aviso prévio.
Deve-se esclarecer o seguinte: alguns dizem que Israel falhou em sua missão, mas a verdade é que Israel fez exatamente aquilo que o Senhor queria que ele fizesse, ser um referencial de Deus no mundo, pois até hoje os códigos de leis no mundo inteiro tem como base a Lei de Moisés, além de muitas outras contribuições científicas. 

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
O significado da Missão no AT se dá a partir de trés conceitos distintos: 1) universalismo, que afirma que o Deus de Israel é o Único Deus e Senhor, Criador e Dominador de toda terra e de todos os povos; 2) incorporação de estrangeiros, de modo que os estrangeiros deveriam adotar as obrigações do grupo, sejam de caráter étnico, social e religioso, ao se tornarem integrantes plenos da comunidade de Israel; e 3) proselitismo, que alcançou seu auge nos tempos de Jesus, onde muitos gentios se converteram ao judaísmo.
Fonte: (GOHEEN, Michael W. A igreja missional na Bíblia. São Paulo, Vida Nova, 2014, p.35,36).

CONCLUSÃO
A Missão de Israel no AT se difere da Igreja no NT; o primeiro foi chamado a “ser”, enquanto que a Igreja, que é o novo povo de Deus, foi chamada para “ser” santa e “ir” ao mundo pregar o Evangelho, anunciando o Reino de Deus na Pessoa de Cristo Jesus.
Professor(a), ore com os jovens da sua classe pela nação de Israel, para que haja paz em Jerusalém. E se desejar, siga essas instruções para finalizar: 
- revise os pontos mais importantes comentados; 
- elabore perguntas para o final da aula se der tempo; 
- Anuncie a próxima aula, comentando um ou mais assuntos interessantes que serão tratados.

Complementando
Nem o maior ateu consegue negar que existe uma bênção sobre os descendentes de Abraão, os judeus. Elencamos aqui alguns nomes de judeus que foram excepcionais e transformaram o mundo de alguma forma com suas descobertas: Albert Einstein (físico teórico), desenvolveu a teoria da relatividade transformando toda a compreensão do tempo, espaço e gravidade; Sigmund Freud (Pai da psicanálise) revolucionou a psicologia e a psiquiatria através de suas teorias sobre o inconsciente; Robert Oppenheimer (físico e teórico) diretor do projeto Manhattan e desenvolvedor da bomba atômica, dentre outros judeus.

Eu ensinei que:
O chamado de Israel no AT não foi de “ir” ou “fazer”, mas, antes “ser” um povo santo em meio as nações pagãs, enquanto que a Igreja assume estas duas vocações.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
___________________________________________________________

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 9 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 2 / 3º Trim 2025


A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DE ISRAEL NO ANTIGO TESTAMENTO
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Êx 9.16  

VERSÍCULO DO DIA
“E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra”, Dt 28.1

VERDADE APLICADA 
Deus estabeleceu Israel como um modelo a todas as nações do mundo como um povo regido pela Sua Lei e Seus princípios. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o significado da Missão no AT; 
✔ Apresentar o propósito da Missão de Deus para Israel;
✔ Mostrar que Israel foi abençoado para abençoar.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que o Senhorio do Deus Altíssimo seja conhecido entre todos os povos.

LEITURA SEMANAL
Seg 1Cr 16.24 Proclamem a Glória de Deus a todas as nações. 
Ter Sl 83.18  Que todos os povos reconheçam que só o Senhor é o Deus Altíssimo.  
Qua Gn 18.18 Abrado foi abençoado para abençoar.
Qui Êx 9.16 O nome do Senhor será conhecido no mundo inteiro. 
Sex Êx 16.9 Israel foi constituído como um reino de sacerdotes.
Sáb Dt 7.16 Deus estabeleceu Israel como nação santa.

INTRODUÇÃO  
A missão do AT se distingui da missão neotestamentária no “ser” e no “fazer”. Enquanto Israel deveria somente “ser”, a Igreja é chamada para “ser” e “ir” realizar o propósito de Deus na história humana, resgatar o que foi perdido.

Ponto-Chave 
“Missão é a ação pela qual Deus utiliza um povo ou individuo em favor do mundo”.

1. ISRAEL, UM POVO COM UMA MISSÃO
Mesmo que diferente do propósito da Igreja, Israel foi estabelecido como a nação pela qual Deus age no mundo no AT.

1.1. A Missão de Israel
Antes de qualquer afirmação, devemos definir o que é Missão: é aquilo que Deus está fazendo em favor do mundo - é o Seu propósito que a longo prazo irá renovar toda a criação, quando Deus fará um novo céu e uma nova terra (2Pe 3.13). É a partir desta afirmação que entra o papel e a Missão de Israel no AT, de ser o instrumento de Deus para a salvação do mundo. Da mesma forma que Israel foi o instrumento de Deus para Sua ação no mundo, no NT é a Igreja que cumpre o propósito salvífico de Deus na história humana.

1.2. Israel foi chamado para SER
Deus estabeleceu o povo de Israel como exemplo para todas as nações do mundo, expressando assim, como Ele deseja que os outros povos fossem, uma comunidade regida pelos Seus princípios e valores estabelecidos na Lei, nos quais Ele habitaria em seu meio. Por este motivo, a Missão de Israel no AT
não está relacionada, primeiramente, em "ir", ou fazer alguma coisa, mas antes em “SER”. Este povo foi chamado Para ser santo, diferente das outras nações e com o propósito e finalidade de expressar a Glória de Deus ao mundo, povos, tribos e nações (1Cr 16.24).

Refletindo 
“Fundamentalmente, nossa missão significa nossa participação comprometida como povo de Deus, mediante o convite e a ordem de Deus, na própria missão de Deus na história do mundo para a redenção da criação de Deus’
Christopher Wright

2. O PROPÓSITO DE ISRAEL
Deus estabeleceu Israel como nação Sua, propriedade particular, nação santa e reino de sacerdotes.

2.1. Israel, nação santa
Partindo do princípio de que, primeiramente, a missão de Israel era “ser” e não “ir” ou “fazer”, devemos entender que o povo de Deus foi chamado a ser um povo santo (Dt 7.6). A santidade em Deus é o atributo que o distingue de as demais divindades do mundo antigo, pois, o Senhor além de ser Santo, exige que Seu povo seja também santo (1Pe 1.16). Este é o primeiro propósito da Missão de Israel no AT: servir a Deus através de uma vida de santidade e separação. A Igreja, como o novo Israel de Deus, deve primeiramente viver em santificação, orientada para Deus e para o Seu agir no mundo.

2.2. Reino de sacerdotes
A função básica de um sacerdote era ministrar as coisas sagradas, o culto e o sacrifício, viver uma vida de devoção e relacionamento com Deus. Do mesmo jeito, Israel deveria apresentar ao mundo a Gloria de Deus, Seu poder e governo justo e piedoso (Sl 83.18). Esta função faz com que todos os povos reconheçam o Senhor como o Único Deus (Dt 6.4). Tal afirmação leva a compreensão de que Deus é Senhor e Criador. Desta forma, todas as criaturas devem obediência a Ele, mas todos aqueles que não reconhecem Sua soberania estão em rebelião, e consequentemente, estão diante de Sua ira e
julgamento.

3. ABENÇOADOS PARA ABENÇOAR
O chamado de Israel não foi para servir a si mesmo, mas sim de servir como testemunho de Deus aos outros povos, tribos e nações.

3.1. O chamado dos patriarcas
Abraão recebeu de Deus uma dupla promessa. A primeira: se tornar uma grande nação (Gn 18.18), de modo que não poderia ser contada a sua descendência, assim como a areia da praia ou como as estrelas do céu (Gn 22.17), A segunda: abençoar todas as nações da terra (Gn 12.3). A intenção de Deus no AT é que toda criação, toda vida e cultura humana possam, por meio de Abraão e de sua descendência, tornar-se novamente algo muito bom. Essa promessa é cumprida em dois tempos, o primeiro na formação do povo de Israel no Egito e na segunda, na vida e ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

3.2. O papel de Israel ante as nações
Foi no Êxodo que Israel se tornou uma nação e no Sinai que Deus estabeleceu as exigências para se viver conforme seus princípios e valores. Deus estabeleceu para o Seu povo que em todas as esferas da vida deveriam ser santos, por isso, estabeleceu leis que regiam a família (Lv 19.3); a adoração (Lv 19.4); o cuidado com os pobres e estrangeiros (Lv 19.9,10); o amor fraternal (Lv 19.18); a fidelidade sexual (Lv 19.20-22), dentre outras leis. Quando Israel foi disperso entre as nações (Jr 29.4), Deus enviou para o interior dos povos pagãos tais princípios como testemunho de Seu caráter Santo, Glória e Majestade.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
O significado da Missão no AT se dá a partir de trés conceitos distintos: 1) universalismo, que afirma que o Deus de Israel é o Único Deus e Senhor, Criador e Dominador de toda terra e de todos os povos; 2) incorporação de estrangeiros, de modo que os estrangeiros deveriam adotar as obrigações do grupo, sejam de caráter étnico, social e religioso, ao se tornarem integrantes plenos da comunidade de Israel; e 3) proselitismo, que alcançou seu auge nos tempos de Jesus, onde muitos gentios se converteram ao judaísmo.
Fonte: (GOHEEN, Michael W. A igreja missional na Bíblia. São Paulo, Vida Nova, 2014, p.35,36).

CONCLUSÃO
A Missão de Israel no AT se difere da Igreja no NT; o primeiro foi chamado a “ser”, enquanto que a Igreja, que é o novo povo de Deus, foi chamada para “ser” santa e “ir” ao mundo pregar o Evangelho, anunciando o Reino de Deus na Pessoa de Cristo Jesus.

Complementando
Nem o maior ateu consegue negar que existe uma bênção sobre os descendentes de Abraão, os judeus. Elencamos aqui alguns nomes de judeus que foram excepcionais e transformaram o mundo de alguma forma com suas descobertas: Albert Einstein (físico teórico), desenvolveu a teoria da relatividade transformando toda a compreensão do tempo, espaço e gravidade; Sigmund Freud (Pai da psicanálise) revolucionou a psicologia e a psiquiatria através de suas teorias sobre o inconsciente; Robert Oppenheimer (físico e teórico) diretor do projeto Manhattan e desenvolvedor da bomba atômica, dentre outros judeus.

Eu ensinei que:
O chamado de Israel no AT não foi de “ir” ou “fazer”, mas, antes “ser” um povo santo em meio as nações pagãs, enquanto que a Igreja assume estas duas vocações.

Fonte: Revista Betel Conectar

Subsídio da Lição 2

quinta-feira, 3 de julho de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 1 / 2º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 1


(Revista Editora Betel)

Tema: A GRANDE COMISSÃO




Texto de Referência: Mc 16.15-18 

VERSÍCULO DO DIA
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,", Mt 28.19

VERDADE APLICADA 
A identidade evangélica é definida pelo propósito da Igreja de pregar o Evangelho a toda criatura. 

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a universalidade da pregação do Evangelho a luz do AT;
✔ Apresentar o imperativo de Jesus;
✔ Mostrar o propósito da Igreja e sua missão.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Oremos para que possamos ser uma Igreja e comprometida com o "Ide" de Jesus.

LEITURA SEMANAL
Seg Is 45.22 Deus deseja salvar todos os povos. 
Ter Gn 12.3 Por Jesus todas as famílias da terra são abençoadas.  
Qua Mt 28.19 A missão principal da Igreja é pregar, ensinar e batizar.
Qui At 1.8 É necessário a ação do Espírito Santo para a Grande Comissão. 
Sex Jó 16.8 O Espírito Santo convence o homem do pecado e do juízo.
Sáb 1 Co 9.16 Pregar o Evangelho é uma obrigação do cristão.

INTRODUÇÃO  
Professor(a), estamos iniciando mais um trimestre, e com um dos temas mais importantes do Reino de Deus, que é missões. Sugiro que apresente a nova revista para a classe e fale dos temas das lições. Neste subsídio vou dar dicas interessantes sobre como evangelizar além de outros acréscimos.  
Após a ressurreição, Jesus deixou uma ordem a todos os Seus discípulos, sejam os de outrora, ou os de hoje em dia: "pregar o Evangelho". Nós, como os discípulos da última hora, devemos nos ater ao chamado missionário de levar as Boas-Novas aos pecadores que estão escravizados por Satanás. 
Quando Jesus falou aos discípulos para irem ao mundo pregar o Evangelho, obviamente Ele não disse para aquele grupo de onze discípulos irem ao mundo, mas falou a todos os Seus discípulos, veja o que o Senhor havia dito na Sua oração sacerdotal:
"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;", João 17.20
Ou seja, o próprio Senhor testificou que haveria outros que creriam nele.

1. A UNIVERSALIDADE DA PREGAÇÃO DO EVANGELHO À LUZ DO AT 
Na universalidade da mensagem no AT, observamos a intenção de Deus para a Deus se revela como salvação em caráter universal por intermédio de Israel.

1.1. Todas as famílias da terra
Quando Deus chamou Abrão de Ur dos Caldeus e lhe fez uma promessa de posteridade numerosa, Ele afirmou que todas as famílias da terra seriam abençoadas por meio de seus descendentes, e em especial, através de Cristo (Gn 12.1-3). Desta forma, podemos observar que, desde o AT a mensagem de Deus para os patriarcas e para a nação de Israel sempre foi universal, ou seja, o propósito de Deus sempre foi extensivo, não somente para Israel. Desta forma, aprendemos que a Palavra de Salvação não deve ficar confinada nos Templos e na Igreja, mas deve ser anunciada para que o Reino de Deus se faça presente entre nós (Lc 17.20-21). Veja o que Paulo afirmou sobre a pregação do Evangelho:
"Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.", Gálatas 3.8
Aqui, Paulo está afirmando que o Senhor já tinha a intensão de levar a salvação ao mundo inteiro e revelou isso a Abraão.
E note que na promessa de Deus a Abraão, o Senhor direciona a benção da salvação para as famílias:
"E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.", Gênesis 12.3
Ou seja, se o jovem é salvo em Cristo, então deve saber que a intensão do Senhor é salvar toda a sua família.

1.2. Todos os povos da terra deverão olhar para o Senhor
Em Isaías 45.22, o profeta conclama a todos os povos que fitem seus olhos para o Senhor, todos os “termos” da terra, para serem salvos. A locução “todos os termos da terra” significa: todos os povos até os limites da terra. Desde o AT Deus se revela como Aquele que está acima de todas as coisas e sobre tudo, chamado assim de El Elyon, o Deus Altíssimo, (2Sm 22.14). Portanto, mesmo que pronunciada após a ressurreição de Cristo a ordem da Grande Comissão, em várias passagens, podemos ver que a intenção de Deus sempre foi a salvação universal; primeiramente, através de Israel, agora, por meio de Sua Igreja. Vejamos a passagem mencionada de Isaías:
"Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.", Isaías 45.22
Note que o Senhor promete salvação a todos que olharem para Ele, assim como o Senhor Jesus falou a Nicodemos:
"E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;", João 3.14
No caso da serpente que Moisés fez no deserto, todos que olhavam para ela eram salvos da morte, e assim, todos os que olham para Cristo também são salvos da morte eterna.
Com isso, aprendemos que o Senhor, desde o Antigo Testamento, já propunha salvação para todos os povos. Pois Ele é o Deus Altíssimo, não somente de Israel, mas de todos os povos.

Refletindo 
"A evangelização é o único meio pelo qual a Igreja pode mudar a situação atual do mundo."
Bispo Samuel Ferreira

2. O IMPERATIVO DE JESUS
A todos nós, discípulos de Cristo, é nos dada a missão de pregar o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15).

2.1. A Grande Comissão
Após Sua morte e ressurreição, Jesus se reuniu novamente com Seus discípulos e lhes deu uma ordem: “Ide por todo o mundo” (Mc 16.15). A palavra “Ide” (do grego, “poreuomai”) significa: conduzir, transportar, persistir em uma jornada, dando a ideia de que se deve ir a algum lugar levando algo consigo. Já a palavra “pregai” (do grego, “kerysso”), é um imperativo, que significa uma ordem expressa. Paulo deixa bem claro sua obrigação em proclamar o Evangelho: “(...) pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o Evangelho!” 1Co 9.16. Pelas palavras de Paulo no Novo Testamento, temos o exemplo de como deve ser encarado esse "Ide de Jesus", veja:
"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!", 1 Coríntios 9.16
Assim, devemos entender que a ordem de pregar o Evangelho, não é só mais um mandamento, mas é o grande mandamento para todos os crentes. Por isso, tudo o que fazemos deve ter o objetivo e atender a Grande Comissão, ou pelo menos, de colaborar com ela. Por exemplo: se um jovem servo do Senhor, joga on-line, ele deve ter o cuidado de não falar palavrões ou comentários torpes e impróprios, pois até ali ele pode fazer o convite para um colega ir aos cultos de sua igreja, e se ele der um mal testemunho ali, jamais alguém irá aceitar esse convite. 

2.2. O Evangelho em quatro paredes
Certamente, que a ordem expressa de Jesus possui duas direções, uma para dentro; ensinar, (Mt 28.19) e outra para fora: pregar, (Mc 16.15). No entanto, atualmente, a vida cristã se resumiu a uma posição de isolamento e conformação. O isolamento se dá tendo em vista que muitos cristãos não querem mais compartilhar da Palavra de Deus é das bênçãos salvíficas devido à falta de tempo e de prioridades. Já a conformação, acontece porque muitos não querem sair de sua zona de conforto, gerando um sentimento de desinteresse a vocação divina. Mas o verdadeiro discípulo não é definido ou delimitado pelas estruturas institucionais, mas pela comunhão, espírito missionário e relacionamento com Deus. O interessante é que essa conformação dos crentes dentro das igrejas, afetam as duas direções do Ide, tanto para fora como para dentro. Pois, atualmente os crentes pouco saem a buscar almas para Cristo, como também não gostam de ensino da Palavra, evitam os cultos de estudo e quase não vão à Escola Dominical. Esse é um grande mal dos últimos tempos. Alguns pastores e líderes de congregação, para atraírem irmãos para os cultos de ensino, transformaram eles em cultos normais, onde as pregações não são estudos, mas pregações normais, com quase nada de aprendizado.
Os líderes devem ensinar o povo dentro das igrejas, a evangelizarem fora dela, e para esse evangelismo, o crente não precisa ser um missionário e nem formado em teologia, basta que convide pessoas para os cultos.

3. A AMISSÃO DA IGREJA
A missão da Igreja é realizada a partir da Obra e ação do Espírito Santo que nos capacita a tão sublime vocação.

3.1. A ação do Espírito Santo na Grande Comissão
Quando Jesus ressuscitou e comissionou Seus discípulos, também ordenou que estes permanecessem em Jerusalém até a descida do Espírito Santo (At 1.4). Algo extraordinário aconteceu depois dos 10 dias da ascensão de Jesus, a descida do Espírito Santo (At 2.1.4). Antes da descida do Espírito, os discípulos eram tímidos, e às vezes, incrédulos (Mc 4.40), mas depois da experiência pentecostal, eles se transformaram em pessoas cheias de poder e ousadia. A vida do cristão cheio do Espírito é uma vida que anela em pregar a Palavra de Deus e ver Os sinais e maravilhas que Jesus nos prometeu (Mc 16.17,18). A Bíblia não afirma que foram 10 dias o tempo de espera após a ascensão de Jesus, mas ela diz que o Pentecostes ocorria 50 dias após a Páscoa e como João afirma que Jesus subiu 40 dias após a ressurreição, então calculamos os dias de espera. E notamos que, após a descida do Espírito no Pentecostes, Pedro já iniciou pregando com energia e direção espiritual, de forma que foram quase três mil conversões só naquele dia e depois vieram mais:
"Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.", Atos 4.4
Isso debaixo de perseguição, o que não poderíamos fazer hoje em nossa nação?

3.2. A Obra do Espírito na Grande Comissão
É importante pontuar que quem convence o homem da justiça, do pecado e do juízo é a Pessoa do Espírito Santo (Jo 16.8). É Ele quem capacita o homem a reconhecer o senhorio de Cristo (1Co 12.3). Deste modo, cabe ao discípulo de Cristo somente anunciar as Boas Novas de Salvação. É Deus quem faz a boa obra, é dEle o agir e o efetuar (Fp 2.13). Somos aqueles em quem o Senhor confiou os talentos de acordo com as nossas habilidades e capacidades (Mt 25.15). Portanto, seja em tempo e fora de tempo, pregue a Palavra (2Tm 4.2), pois mesmo que aparentemente o trabalho pareça mínimo, nosso trabalho não é vão no Senhor (1Co 15.58). Aqui se comprova o que eu disse antes, que não precismos de grandes talentos evangelísticos, nem de doutorado em missões para fazer os convites aos ímpios, é necessário apenas convidar. Claro que esse convite deve ser acompanhado de uma Palavra de Deus, pois a Palavra é a espada do Espírito e é com ela que o Espírito falará ao coração, e essa palavra pode ser simples, e o resto o Espírito Santo fará. 

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
A Igreja é detentora de algo poderoso, o Evangelho, que é o poder de Deus para a Salvação de todo aquele que crê (Rm 116). Não podemos ter vergonha de anunciar as Boas-Novas de Salvação aos que estão perdidos e aprisionados por Satanás, pois temos em nossas mãos a arma que liberta: O Evangelho. O Apóstolo Paulo fez uso dessa arma poderosa em suas viagens missionárias, destruindo toda altivez contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo (2Co 105).
Fonte: (FERREIRA, Samuel de Cássio.
Revista Betel Dominical, 4o. Trimestre, 1996, Lição 1).

CONCLUSÃO
Somos todos exigidos a pregar a Palavra a toda criatura, sejam os que estão perto os que estão longe. Esta é a principal missão da Igreja do Senhor. Aqueles que não possuem em seu espírito o ardor missionário, precisam rever seus princípios e fundamentos de caráter de verdadeiros discípulos de Cristo. Professor(a), ore com os jovens da sua classe para que eles saibam obedecer essa ordenança de Cristo, e assim evangelizar outros jovens do seu convívio. E se desejar, siga essas instruções para finalizar: 
- revise os pontos mais importantes comentados; 
- elabore perguntas para o final da aula se der tempo; 
- Anuncie a próxima aula, comentando um ou mais assuntos interessantes que serão tratados.

Complementando
Pesquisas do Datafolha (2022), mostram que, entre os jovens entrevistados de 16 a 24 anos, o percentual dos sem religião chega a 25% em âmbito nacional. Nas grandes metrópoles como São Paulo, esse percentual chega a 30%, e no Rio de Janeiro, a 34% nesta faixa etária. A missão de levar o Evangelho está em nossas mãos.
Fonte: bbc.com

Eu ensinei que:
O chamado à evangelização é universal, antes mesmo da manifestação de Cristo em Seu ministério terreno, e a Igreja, através da ação do Espírito Santo, será bem-sucedida em sua Missão.

Fonte: Revista Betel Conectar
 
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