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quarta-feira, 23 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 4 / 2º Trim 2025

A ESSÊNCIA DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Sl 29.2 

VERSÍCULO DO DIA
“Ó vinde, adoremos e prostremo-nos: ajoelhemos diante do Senhor que nos criou”, Sl 95.6.

VERDADE APLICADA
O padrão divino para uma adoração eficaz é adorar a Deus em Espírito e em verdade.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Entender o que é adoração; 
 Mostrar à adoração segundo o padrão bíblico;
 Explicar que Deus procura os verdadeiros adoradores.

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Oremos para que a verdadeira adoração a Deus seja a primazia na vida do cristão.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 29.2 Dai ao Senhor a glória devida.
Ter  Sl 95.6 Ó, vinde e nos ajoelhemos diante do Senhor.     
Qua  Sl 2.11 Adorem o Senhor com temor.
Qui  Sl 63.4 Adorarei ao Senhor levantando a minha mão.
Sex  Sl 63.1 A nossa alma necessita ter sede de Deus.  
Sáb  Sl 100.2 Prestem culto ao Senhor com alegria.

INTRODUÇÃO 
A Bíblia é um livro de adoração, e para termos uma plena visão sobre a verdadeira adoração é necessário imergirmos alegremente no livro dos Salmos pois, através dos Salmos, tudo nos leva à adoração a Deus com a honra que Lhe é devida.

Ponto-Chave 
"Deus é digno de ser adorado sobre que nos salvou das trevas para Sua tudo e sobre todos".

1. O BOM É ADORAR AO SENHOR 
O salmista no Salmo 122 evidencia todo seu prazer em estar na Casa de Deus para que pudesse adorá-Lo: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!" (Sl 122.1). Sua narrativa nos faz entender que o salmista entendia que, naquele ambiente, ele estaria mais perto de Deus para adorá-Lo na beleza da Sua santidade. 

1.1. Afinal, o que é adoração? 
No Dicionário Houaiss Conciso (Moderna, 2022, p.23) a palavra "adoração" tem o seguinte significado: culto que se rende a divindade, ou a alguém, ou algo assim considerado. Entretanto, ao estudar a Bíblia, observamos que é infinitamente mais complexa e intensa. Se prestarmos atenção, veremos que, por toda a Bíblia, o ato de adoração sempre fez parte da vida do povo de Deus (Sl 63.4). Dr Russel Sheed, diz que: "Adorar ao Senhor é uma responsabilidade nossa de glorificar ao nosso Criador, de honrar nosso Pai, Aquele que nos salvou das trevas para Sua maravilhosa luz". 

1.2. Somos convocados à adoração
Adoração é um ato de sujeição ao Eterno Deus de Israel. A adoração deve ser dirigida ao Senhor e não ao homem (Sl 95.6). Na bagagem de um adorador não pode faltar um coração integro (Sl 119.7). O Pastor Elias Croce (Revista Betel Dominical 4° Trimestre de 2016 - Lição 1), escrevendo sobre o ato de adorar a Deus, relatou: "Para entrar na presença de Deus, supõe-se que o adorador saiba o que está fazendo e tenha legitimidade para isto." É sempre bom destacar que, no entender dos salmistas, a adoração ao Senhor abrange louvores, contentamento, reverência, proclamação e também submissão.

Refletindo
A essência da adoração é reconhecer a presença de Deus na sua vida, e relacionar a sua vida Aquela presença" 
Myer Pearlman

2. A VERDADEIRA ADORAÇÃO 
O livro dos Salmos sempre foi utilizado no decorrer da História do povo de Deus, como manancial poético na adoração individual ou coletiva. Sem negar toda a sua relevância, os Salmos nos instruem sobre o fundamental motivo da nossa vida: adorar o único e soberano Deus (Sl 135.5). 

2.1. Adoração segundo o padrão bíblico
O salmista, no Salmo 95, experimentou um enorme encanto em adorar ao Senhor, e se dedicou ao trabalho de convidar a todos a estabelecer uma adoração sincera ao Deus em Israel (Sl 95.6). Nos versos 1 e 2, revelam o conteúdo da adoração: cantar e celebrar. O Bispo Abner Ferreira (Salmos: uma referência para a vida de adoração e oração do cristão, 2020, p.105), diz que: "Por certo, o salmista possuía uma constelação de atributos relacionados à arte de adorar ao Senhor." Neste Salmo, o salmista nos convida a adorar a Deus e cantar com alegria o Seu nome e reconhecer a Sua soberania (Sl 95.3).

2.2. O Salmo de convite 
Em sua trajetória, o Salmo 95 reconstitui uma importante etapa de abrangência e agudeza com que aborda o convite a adoração a Deus (Sl 95.6). Como diz Derek Kidner (Salmos 1-150, Introdução e Comentário, Vida Nova, 2000, p. 366): "Cada um dos três verbos principais do v.6 implica em abaixar-se diante de Deus, sendo que a palavra padrão para adorar nas Escrituras significa prostrar-se." Esta observação é fundamental na análise literária deste Salmo que tem sido chamado de o "Salmo de Convite", pela busca mais abrangente do salmista em nos convidar a adorarmos ao Senhor, porque somente Ele tem a soberana distinção e é o único Senhor que deve ser adorado pelo Seu grande poder (Sl 95.4,5). 

3. A GRAÇA DA ADORAÇÃO 
Não podemos deixar de considerar quais implicações e benfeitorias a adoração tem para nossa vida. O salmista diz que somos guardados por um Deus que estabeleceu o Seu trono bem firme no céu; e de lá, Ele como Rei possui o comando de tudo (Sl 103.19). 

3.1. Jovem adore ao Senhor com todas as suas forças 
O salmista no Salmo 47 convoca a todos a aplaudirem ao Senhor. Ele nos exorta a cantarmos ao Senhor com todas as nossas forças (Sl 47.1). Isso inclui a participação direta dos jovens. Não é à toa que o Apóstolo João, em sua primeira Carta, afirma que os jovens são fortes (1Jo 2.14). No Salmo 103.5, Davi diz que, quem enche sua boca de bens, tem a sua mocidade renovada como a da águia. Podemos dizer que o Senhor convoca todos os jovens para segui-Lo e servi-Lo neste mundo para fazerem a diferença. É relevante dizer ainda que os jovens que louvam ao Senhor de todo coração, possuem mais força para encarar e resistir a pornografia, a prostituição, aos jogos violentos, as sagacidades das redes sociais, as más companhias, as lutas da carne, aos vícios e etc. 

3.2. Deus procura os verdadeiros adoradores
Adoração é dar louvor, honra e glória a Deus. Tomemos como referencial comparativo que a Bíblia nos mostra que devemos adorar a Deus e lhe render graças em qualquer situação. Isso nos conduz a pensar que adorar a Deus é dedicar a Ele o nosso amor, adoração, serviço e entrega (Sl 99.5). Quando adoramos a Deus, mostramos que Ele é nosso único Deus (Sl 95.6). Podemos aprender através desta lição que jamais um cristão deve negligenciar a grande importância da verdadeira adoração a Deus em sua vida. Deus procura os verdadeiros adoradores, e não as celebridades (Jo 4.23,24)!

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Vivemos para adorar. Deus criou o homem para que este O adorasse (Ef 1.11,12). O combustível da adoração é a comunhão com Deus. Uma comunhão verdadeira e despretensiosa começa em um lugar secreto. Adoração é decidir investir a vida no Eterno. É quando nos redescobrimos em Deus e todas as demais coisas são periféricas diante de tão grande descoberta. Deus não procura adoração, mas adoradores. Deus procura o ser que O adora, não o produto. Ainda existem os verdadeiros adoradores, um remanescente. Gente que caminha na fé. Gente que faz da vida um louvor a Deus, e da Bíblia, a luz que ilumina o caminhar (Sl 119.105). Gente que não se vende no balcão da banalidade consumista. Gente que adora por natureza. Uma natureza transformada à luz da Palavra de Deus e do encontro com o Cristo das Escrituras. Quando a adoração é feita assim, reencontra sua razão de ser e fazer. [..] Fomos chamados para adorar a Deus em tudo que fizermos; nossas atitudes devem ser transformadas em adoração. Fonte: (Pr. Elias Croce. Revista Betel Dominical 40 Trimestre de 2016 - Lição 1).

CONCLUSÃO
A verdadeira adoração não é ofertada a Deus por obrigação ou medo, mas com amor e devoção a Ele por tudo que Ele é. Uma vida de obediência e observância à Palavra, leva-nos à comunhão e adoração a Deus em espírito e em verdade, isto é, de todo coração, com a ajuda do Espírito Santo.

Complementando
A verdadeira adoração a Deus é um ato integral que envolve palavras, ações e uma vida dedicada a Ele.

Eu ensinei que:
A verdadeira adoração a Deus é um ato integral que envolve palavras, ações e uma vida dedicada a Ele.

Fonte: Revista Betel Conectar

Subsídio da Lição 4

sexta-feira, 18 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 3 / 2º Trim 2025

AULA EM ____ DE ______________ DE ______ - LIÇÃO 3

(Revista Editora Betel)

Tema: DESPERTANDO GUERREIROS DE ORAÇÃO





Texto de Referência: Sl 65.2 

VERSÍCULO DO DIA
“Ouve-me quando eu clama, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”, Sl 41.

VERDADE APLICADA
 Para resistir às emboscadas do diabo, precisamos estar próximos de Deus mediante uma vida de oração.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Incentivar os crentes a orarem;
✔ Observar que, através da oração, Deus renova a nossa fé; 
✔ Avaliar que Davi era um homem de oração.

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que a Igreja busque incessantemente o fortalecimento espiritual através da oração.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 4.3 O Senhor nos ouve quando chamamos.
Ter  Sl 65.2 O Senhor ouve a nossa oração.     
Qua  Sl 66.18 Devemos confessar o nosso pecado em oração.
Qui  Sl 145.18 Perto está o Senhor de todos os que O invocam.
Sex  Sl 18.6 Na hora da angústia, clame a Deus.  
Sáb  Sl 37.7 Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência.

INTRODUÇÃO
Professor(a), nesta lição vamos ver como a meditação nos Salmos ajuda a despertar o interesse e o prazer dos cristãos pela vida de oração e de intimidade com Deus. Uma curiosidade, é que os Salmos são, na verdade, orações expressadas em forma de louvores.
Uma das principais características da literatura do livro dos Salmos é o clamor por parte dos salmistas (Sl 4.1). A rigor, são diversos teólogos que corroboram com a ideia de que o clamor sempre fez parte da história do povo de Deus (Sl 18.6). É normal imaginarmos que o clamor sempre fez parte da história do judaísmo, pois ele nasce de uma necessidade humana, desde Abel e Caim, que ofertaram a Deus e depois com Sete que passou a invocar o nome do Senhor, e não há relatos bíblicos de que eles tenham sido orientados a buscar o Senhor. Somente após a aliança da Lei é que o povo passou a ser orientado de como se faria esse clamor. E os Salmos são a melhor expressão do clamor ao Senhor.
"Na angústia invoquei ao Senhor, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face.", Salmos 18.6 

Ponto-Chave 
“Os ouvidos do Senhor jamais se fecharão ao clamor do Seu povo”. 

1. SEDENTOS POR DEUS 
O salmista faz menção de um animal sedento para expressar o desespero de sua alma por Deus: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” Sl 42.1. Através deste clamor do salmista, somos incitados pelo próprio Deus, para que possamos entrar num outro plano de comunhão com Ele. 

1.1. O anseio por Deus 
Deve-se salientar o posicionamento do salmista ao escrever que assim como um cervo sedento anseia por uma corrente de águas frescas em um deserto árido, o salmista descreve que sua alma anela por Deus (Sl 42.1). Percebe-se então, de modo evidente, que este Salmo é um dos que mais nos pode amparar nos períodos de sede de Deus. No Salmo 119.131, o salmista expressa seu anseio por Deus, por meio de um pensamento semelhante quando escreve: “Abri a minha boca e respirei, pois que desejei os teus Mandamentos”. Pelo exposto, percebe-se que o salmista ansiava pela presença de Deus de forma apaixonada. No Salmo 42 podemos ver que o salmista está passando por um momento de grande aperto na alma, que reflete nos seus sentimentos:
"As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?", Salmos 42.3
Um jovem que passa por dificuldades na sua caminhada de fé, encontra neste Salmo um sinal de esperança, pois nele o salmista não afirma que o seu problema foi resolvido, mas declara a sua fé e esperança no socorro divino:
"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.", Salmos 42.11
Já no Salmo 119.131, o salmista declara um amor tremendo ao declarar que os mandamentos de Deus são como o ar que ele respira, veja como o salmista afirma isso:
"Abri a minha boca, e respirei, pois que desejei os teus mandamentos.", Salmos 119.131 

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!", Salmos 42.1

1.2. Um manancial de águas vivas
A perturbação do salmista, exposta no Salmo 42, é vista em seu clamor quando anseia estar na presença de Deus. À oração inicial do salmista indica que a sua inquietação era um fruto direto de uma comunhão longínqua com Deus. Claro está em suas palavras que o salmista expõe não haver dúvidas de que Deus é o único “manancial de águas vivas”: “[...] a mim me deixaram, o manancial de águas vivas”, Jr 2.13. Jovens, quando sentimos sede de Deus, devemos recorrer a este Salmo e meditar nele, para que as nossas forças sejam revigoradas e, assim, o Senhor possa satisfazer a nossa sede por Ele nos tempos mais complexos e áridos da nossa vida. Notamos que o Salmo 42 expressa o sofrimento de alguém que já sentiu a presença de Deus, mas agora havia perdido isso. O servo (ou corça) é um animal que procura água dos canais, rios e nascentes, e assim como a água é uma necessidade diária, tem a presença de Deus em nossa vida, por isso, no dia em que o servo não encontra água, ele brama, ou seja, ele grita ao bando. A mesma expressão de necessidade deve ter aqueles que estão na presença de Deus e por algum motivo começam a perder essa presença. 
E note que o salmista não buscava solução para o seu problema, mas apenas a presença de Deus.
Um detalhe interessante, é que quando vemos a expressão "água viva" na Bíblia, ela está se referindo à "água corrente", assim é Deus em nossa vida, como águas correntes, onde tudo se renova o tempo todo.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.", Jeremias 2.13

Refletindo
“No livro dos Salmos, encontramos as respostas de Deus para os nossos problemas, sendo um canal de cura para nossa alma”. 
Bispo Abner Ferreira

2. A ORAÇÃO DE UMA ALMA ANGUSTIADA 
Quem nunca ficou angustiado em algum momento da vida? Neste momento, a oração é necessária para acalmar o coração e trazer a paz, o alívio e o acolhimento de que necessitamos. No Salmo 77, observamos o salmista expondo sua alma diante do Senhor, abrindo seu coração, e confessando que não aguentava mais ansiar por Ele (Sl 77.2). 

2.1. Uma dolorosa amargura
Tomemos como exemplo a ideia-chave de que, no Salmo 77, o salmista Asafe expõe do verso 1 ao 9 uma dolorosa amargura; demonstrando uma baixa autoconfiança, uma terrível dúvida e uma dolorida consternação. O Bispo Abner Ferreira (Salmos: uma referência para a vida de adoração e oração do cristão, Betel, 2020, p.100), nos diz que: "o Salmo 77 relata, em seus versos, diversos sintomas reveladores da angústia sofrida por Asafe". O salmista nos faz entender que esse angustiante e terrível momento de amargura é passível de ocorrer a todos nós e, não podemos esquecer que até mesmo grandes homens de Deus experimentaram em suas vidas momentos de amargura (1Rs 19.4). Ou seja, o Salmo 77 expressa com palavras os sentimentos de dor do salmista, que é comum a todas as pessoas. Vejamos uma análise rápida do que o salmista viveu, expressa nos versos dele:
"2 No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite e não cessava; a minha alma recusava ser consolada.
3 Lembrava-me de Deus e me perturbava; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. (Selá)
4 Sustentaste os meus olhos vigilantes; estou tão perturbado, que não posso falar.
5 Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos passados.", Salmos 77.2
- No versículo 2 ele relata uma "tristeza profunda";
No versículo 3 ele relata sobre "dúvidas que abalavam seu espírito";
No versículo 4 ele relata uma "dificuldade de orar e clamar a Deus";
No versículo 5 ele relata uma "concentração do pensamento nas coisas que deram errado no passado";
E o interessante aqui, é que o salmista é um levita de renome no serviço do Templo. Isso demonstra que os problemas internos que esse salmista passou, pode ser vivido por qualquer crente, até mesmo pelos que possuem cargos nas igrejas. Pois o cristão mais fiel, não etá livre das adiversidades, pois elas são parte de um processo de Deus.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.", 1 Reis 19.4

2.2. Uma fé restabelecida 
O Salmo 77 revela profunda percepção de que Asafe não concluiu o Salmo com as suas amarguras. Sem dúvidas, é surpreendente observar que ele se recorda dos feitos do Senhor e da Sua misericórdia (Sl 77.14-20). No meio de todo esse redemoinho, nos versos 11 e 12, Asafe deixa de meditar em suas amarguras e passa a meditar nas ações do Criador. Especial destaque ele dá ao lembrar-se dos feitos do Senhor em prol do povo de Israel no episódio em que o Senhor abriu o mar Vermelho (Sl 77.19). Podemos ver que o salmista restabeleceu a sua fé em Deus, a partir do momento em que deixou de olhar suas amarguras e passou a focar nos feitos do Senhor. Asafe aponta a solução que ele encontrou, veja:
"11 Lembrar-me-ei, pois, das obras do Senhor; certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade.
12 Meditarei também em todas as tuas obras e falarei dos teus feitos.
13 O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Que deus é tão grande como o nosso Deus?", Salmos 77.11-13
Ou seja, Asafe passou a se lembrar das grandes obras que Deus fez no passado, e isso o confortou. 
Notemos que o salmista está falando de algo que ele viveu no passado, mas que Deus já o havia respondido, veja como ele inicia o Salmo 77:
"Clamei a Deus com a minha voz; a Deus levantei a minha voz, e ele inclinou para mim os ouvidos.", Salmos 77.1
Concluímos que Deus não o deixou sem resposta, e com isso podemos dizer que o Senhor não deixa ninguém sem resposta, porque ainda que Ele tarde, mas a Sua resposta sempre chega. E concluímos também que o conforto que temos está em olhar para as obras de Deus no passado, tanto na história da humanidade como um todo, quanto em nossas próprias experiências.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"Pelo mar foi teu caminho, e tuas veredas, pelas grandes águas; e as tuas pegadas não se conheceram.", Salmos 77.19

3. UMA ORAÇÃO SINCERA 
No Salmo 17, Davi suplica pela proteção divina para ouvir a sua voz e protegê-lo dos seus inimigos. Convém observar que, perante o Todo Poderoso, Davi abre o seu coração e pede ao Senhor que escute o seu pedido de ajuda, e ouça a oração que ele faz com sinceridade (Sl 17.1). 

3.1. Um jovem de oração 
Davi jamais teria sido um homem segundo o coração de Deus se não tivesse sido um homem de oração (At 13.22). Assim como Davi, cada jovem pode ser um servo segundo o coração de Deus. Para isso, é imprescindível entregar o seu coração como oferta ao Senhor (1Cr 28.9). Não foram os atributos físicos de Davi que chamaram a atenção do Senhor, todavia, sim, foi o seu coração de adorador (1Sm 16.7). Davi não orava apenas a Deus, e sim, orava com Deus. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi era um mestre da arte sagrada da súplica. Podemos notar que foi um processo de semeadura, pois ele semeou na sua juventude e colheu na sua vida adulta:
"7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.", Gálatas 6.7
Davi foi um jovem de oração e adorador, com isso se tornou um homem, valente, de guerra, líder do povo e um grande nome na linhagem do Messias.
Professor(a), pergunte aos jovens o que eles estão semeando hoje? Quais são suas atividades, suas amizades, seus sonhos? Esse é um ponto importante na aula, pois Satanás encontra muita facilidade para tirar jovens da presença do Senhor. Vale a penas dedicar tempo nesta parte da lição, talvez deixar os jovens falar sobra alguma experiência, etc.

Outras referências utilizadas neste subtópico:
"E, quando este foi retirado, lhes levantou como rei a Davi, ao qual também deu testemunho e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, varão conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.", Atos 13.22

"E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.", 1 Crônicas 28.9

"Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.", 1 Samuel 16.7

3.2. O chamado de Deus à oração
Os Salmos de Davi nos fazem aprender sobre a precisão de buscarmos a Deus em todo o tempo. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi recorria a Deus em oração assim como um comandante de navio que acelera a velocidade para chegar ao porto na premência de uma tempestade. Como podemos observar, Davi desde o amanhecer elevava sua voz e falava com Deus (Sl 5.3). Com este relevante exemplo, devemos aprender a orar como Davi (Sl 18.29). Jovens, é imprescindível ter tempo para o Todo-Poderoso e desejar estar com Ele, buscando intimidade por intermédio da Palavra e da oração. Esse subtópico fala de um investimento específico, o tempo, veja:
"Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei.", Salmos 5.3
Enquanto muitos jovens trocam o dia pela noite, e gastam a madrugada em redes sociais, e pela manhã ficam procrastinando na cama, outros jovens que serão adultos de sucesso, tanto na Casa do Senhor, quanto na vida, gastam seu tempo investindo na oração e na comunhão com Deus. Grande parte da indústria do entretenimento, hoje, é voltada para os jovens. Esses entretenimentos são jogos eletrônicos, séries de TV, filmes, redes sociais, etc. Podemos ver nisso as estratégias de Satanás para tirar os jovens da igreja. 
Professor(a), informe aos jovens alunos que a vida de oração é como uma guerra, veja como Davi considerava isso:
"Porque contigo entrei pelo meio de um esquadrão e com o meu Deus saltei uma muralha.", Salmos 18.29

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
O livro dos Salmos é um dos mais citados e utilizados nas igrejas evangélicas ainda que de forma parcial, na liturgia e nos devocionais e na pregação propriamente dita. Esta popularidade deve-se ao fato de que muitos Salmos que o compõem sejam a expressão de sentimentos interiores em relação a Deus, o que ajuda também o adorador a se expressar melhor em seus momentos de devoção. Em outras palavras, no geral, os Salmos, em primeira mão e na grande maioria, são compostos por palavras proferidas por homens para Deus e não por palavras de Deus para os homens. Isso dificulta a sua utilização na pregação, onde se espera que Deus fale ao homem, mas facilita na adoração e no louvor durante os cultos, onde se espera que os homens falem a Deus. Fonte: (Renato Gusso. Os Livros Poéticos e os da Sabedoria, AD Santos, 2012, p.45). 

CONCLUSÃO
Ao orar nos aproximamos de Deus, fortalecendo assim, a nossa comunhão com o Criador. A oração não pode ser vista como um ritual ou formalidade, mas como necessidade de um coração pulsante pela presença do Pai, como bem relatou o salmista. 

Complementando 
As Escrituras Sagradas nos ensinam que as orações devem ser dirigidas a Deus (Sl 65.2); em nome de Jesus (Jo 16.24); com fé (Hb 11.6); com coração quebrantado (Sl 62.8); sem vãs repetições (Mt 6.7); em secreto (Mt 6.6) ou em público com os irmãos (Mt 18.19); seguindo o modelo dado por Cristo (Mt 6.5-15).  

Eu ensinei que: 
Os salmistas, a partir de seus escritos sobre oração, deixaram uma herança incomensurável para os cristãos de todos os tempos e lugares.

 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 16 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 3 / 2º Trim 2025

DESPERTANDO GUERREIROS DE ORAÇÃO
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Sl 65.2 

VERSÍCULO DO DIA
“Ouve-me quando eu clama, ó Deus da minha justiça; na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”, Sl 41.

VERDADE APLICADA
 Para resistir às emboscadas do diabo, precisamos estar próximos de Deus mediante uma vida de oração.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Incentivar os crentes a orarem;
✔ Observar que, através da oração, Deus renova a nossa fé; 
✔ Avaliar que Davi era um homem de oração.

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que a Igreja busque incessantemente o fortalecimento espiritual através da oração.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 4.3 O Senhor nos ouve quando chamamos.
Ter  Sl 65.2 O Senhor ouve a nossa oração.     
Qua  Sl 66.18 Devemos confessar o nosso pecado em oração.
Qui  Sl 145.18 Perto está o Senhor de todos os que O invocam.
Sex  Sl 18.6 Na hora da angústia, clame a Deus.  
Sáb  Sl 37.7 Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência.

INTRODUÇÃO 
Uma das principais características da literatura do livro dos Salmos é o clamor por parte dos salmistas (Sl 4.1). A rigor, são diversos teólogos que corroboram com a ideia de que o clamor sempre fez parte da história do povo de Deus (Sl 18.6). 

Ponto-Chave 
“Os ouvidos do Senhor jamais se fecharão ao clamor do Seu povo”. 

1. SEDENTOS POR DEUS 
O salmista faz menção de um animal sedento para expressar o desespero de sua alma por Deus: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” Sl 42.1. Através deste clamor do salmista, somos incitados pelo próprio Deus, para que possamos entrar num outro plano de comunhão com Ele. 

1.1. O anseio por Deus 
Deve-se salientar o posicionamento do salmista ao escrever que assim como um cervo sedento anseia por uma corrente de águas frescas em um deserto árido, o salmista descreve que sua alma anela por Deus (Sl 42.1). Percebe-se então, de modo evidente, que este Salmo é um dos que mais nos pode amparar nos períodos de sede de Deus. No Salmo 119.131, o salmista expressa seu anseio por Deus, por meio de um pensamento semelhante quando escreve: “Abri a minha boca e respirei, pois que desejei os teus Mandamentos”. Pelo exposto, percebe-se que o salmista ansiava pela presença de Deus de forma apaixonada. 

1.2. Um manancial de águas vivas
A perturbação do salmista, exposta no Salmo 42, é vista em seu clamor quando anseia estar na presença de Deus. À oração inicial do salmista indica que a sua inquietação era um fruto direto de uma comunhão longínqua com Deus. Claro está em suas palavras que o salmista expõe não haver dúvidas de que Deus é o único “manancial de águas vivas”: “[...] a mim me deixaram, o manancial de águas vivas”, Jr 2.13. Jovens, quando sentimos sede de Deus, devemos recorrer a este Salmo e meditar nele, para que as nossas forças sejam revigoradas e, assim, o Senhor possa satisfazer a nossa sede por Ele nos tempos mais complexos e áridos da nossa vida.

Refletindo
“No livro dos Salmos, encontramos as respostas de Deus para os nossos problemas, sendo um canal de cura para nossa alma”. 
Bispo Abner Ferreira

2. A ORAÇÃO DE UMA ALMA ANGUSTIADA 
Quem nunca ficou angustiado em algum momento da vida? Neste momento, a oração é necessária para acalmar o coração e trazer a paz, o alívio e o acolhimento de que necessitamos. No Salmo 77, observamos o salmista expondo sua alma diante do Senhor, abrindo seu coração, e confessando que não aguentava mais ansiar por Ele (Sl 77.2). 

2.1. Uma dolorosa amargura
Tomemos como exemplo a ideia-chave de que, no Salmo 77, o salmista Asafe expõe do verso 1 ao 9 uma dolorosa amargura; demonstrando uma baixa autoconfiança, uma terrível dúvida e uma dolorida consternação. O Bispo Abner Ferreira (Salmos: uma referência para a vida de adoração e oração do cristão, Betel, 2020, p.100), nos diz que: "o Salmo 77 relata, em seus versos, diversos sintomas reveladores da angústia sofrida por Asafe". O salmista nos faz entender que esse angustiante e terrível momento de amargura é passível de ocorrer a todos nós e, não podemos esquecer que até mesmo grandes homens de Deus experimentaram em suas vidas momentos de amargura (1Rs 19.4).

2.2. Uma fé restabelecida 
O Salmo 77 revela profunda percepção de que Asafe não concluiu o Salmo com as suas amarguras. Sem dúvidas, é surpreendente observar que ele se recorda dos feitos do Senhor e da Sua misericórdia (Sl 77.14-20). No meio de todo esse redemoinho, nos versos 11 e 12, Asafe deixa de meditar em suas amarguras e passa a meditar nas ações do Criador. Especial destaque ele dá ao lembrar-se dos feitos do Senhor em prol do povo de Israel no episódio em que o Senhor abriu o mar Vermelho (Sl 77.19). Podemos ver que o salmista restabeleceu a sua fé em Deus, a partir do momento em que deixou de olhar suas amarguras e passou a focar nos feitos do Senhor. 

3. UMA ORAÇÃO SINCERA 
No Salmo 17, Davi suplica pela proteção divina para ouvir a sua voz e protegê-lo dos seus inimigos. Convém observar que, perante o Todo Poderoso, Davi abre o seu coração e pede ao Senhor que escute o seu pedido de ajuda, e ouça a oração que ele faz com sinceridade (Sl 17.1). 

3.1. Um jovem de oração 
Davi jamais teria sido um homem segundo o coração de Deus se não tivesse sido um homem de oração (At 13.22). Assim como Davi, cada jovem pode ser um servo segundo o coração de Deus. Para isso, é imprescindível entregar o seu coração como oferta ao Senhor (1Cr 28.9). Não foram os atributos físicos de Davi que chamaram a atenção do Senhor, todavia, sim, foi o seu coração de adorador (1Sm 16.7). Davi não orava apenas a Deus, e sim, orava com Deus. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi era um mestre da arte sagrada da súplica. 

3.2. O chamado de Deus à oração
Os Salmos de Davi nos fazem aprender sobre a precisão de buscarmos a Deus em todo o tempo. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.43), diz que Davi recorria a Deus em oração assim como um comandante de navio que acelera a velocidade para chegar ao porto na premência de uma tempestade. Como podemos observar, Davi desde o amanhecer elevava sua voz e falava com Deus (Sl 5.3). Com este relevante exemplo, devemos aprender a orar como Davi (Sl 18.29). Jovens, é imprescindível ter tempo para o Todo-Poderoso e desejar estar com Ele, buscando intimidade por intermédio da Palavra e da oração. 

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR 
O livro dos Salmos é um dos mais citados e utilizados nas igrejas evangélicas ainda que de forma parcial, na liturgia e nos devocionais e na pregação propriamente dita. Esta popularidade deve-se ao fato de que muitos Salmos que o compõem sejam a expressão de sentimentos interiores em relação a Deus, o que ajuda também o adorador a se expressar melhor em seus momentos de devoção. Em outras palavras, no geral, os Salmos, em primeira mão e na grande maioria, são compostos por palavras proferidas por homens para Deus e não por palavras de Deus para os homens. Isso dificulta a sua utilização na pregação, onde se espera que Deus fale ao homem, mas facilita na adoração e no louvor durante os cultos, onde se espera que os homens falem a Deus. Fonte: (Renato Gusso. Os Livros Poéticos e os da Sabedoria, AD Santos, 2012, p.45). 

CONCLUSÃO
Ao orar nos aproximamos de Deus, fortalecendo assim, a nossa comunhão com o Criador. A oração não pode ser vista como um ritual ou formalidade, mas como necessidade de um coração pulsante pela presença do Pai, como bem relatou o salmista. 

Complementando 
As Escrituras Sagradas nos ensinam que as orações devem ser dirigidas a Deus (Sl 65.2); em nome de Jesus (Jo 16.24); com fé (Hb 11.6); com coração quebrantado (Sl 62.8); sem vãs repetições (Mt 6.7); em secreto (Mt 6.6) ou em público com os irmãos (Mt 18.19); seguindo o modelo dado por Cristo (Mt 6.5-15).  

Eu ensinei que: 
Os salmistas, a partir de seus escritos sobre oração, deixaram uma herança incomensurável para os cristãos de todos os tempos e lugares. ' 
 
Fonte: Revista Betel Conectar

sexta-feira, 11 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 2 / 2º Trim 2025

AULA EM ____ DE ______________ DE ______ - LIÇÃO 2

(Revista Editora Betel)

Tema: UM CONVITE AO ARREPENDIMENTO EM SALMOS





Texto de Referência: Sl 6.6 

VERSÍCULO DO DIA
Senhor, diante de ti está todo O meu desejo, e o meu gemido não te é oculto”, Sl 38.9.

VERDADE APLICADA
 Na Bíblia, encontramos o caminho da reconciliação com Deus através do livro de Salmos que nos impõem transformações positivas através do arrependimento.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explorar a amplitude dos temas e autores dos Salmos;
 ✔ Apresentar os erros de Davi;
 Alertar que o pecado afeta a comunhão com Deus; 
✔ Mostrar a necessidade do arrependimento. 

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que tenhamos sempre um coração quebrantado diante de Deus.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 34.18 A oração com quebrantamento nos aproxima de Deus.
Ter  Sl 51.12 O arrependimento traz alegria.     
Qua Jó 22.23 Deus restaura o que se arrepende.
Qui  Mq 7.18,19 Deus perdoa e “esquece”.
Sex  At 3.19 Quem se arrepende será salvo.  
Sáb  1Jo 1.9 Deus perdoa quem se arrepende.

 INTRODUÇÃO
Professor(a), esta lição mostra como os Salmos são uma excelente ferramenta para a correção de conduta do povo de Deus, pois eles apontam o pecado e mostram a necessidade de correção. Quando o aluno entende o drama que estava vivendo o autor em alguns Salmos, ele é fortemente estimulado à mudança de direção.
O livro dos Salmos desperta os nossos olhos para que possamos contemplar as maravilhas da Lei do Senhor (Sl 119.18). Eles propagam de modo intenso os pensamentos e os sentimentos da alma, desde os conhecimentos mais içados de alegria e louvor até as lástimas mais profundas de lamentação. Os Salmos despertam os adoradores do Senhor a buscarem conhecer mais a Deus, e a forma mais eficaz para se fazer isso é pela Palavra, veja o pedido do Salmista:
"Abre tu os meus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.", Salmos 119.18
Veja outro pedido neste mesmo Salmo:
"Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.", Salmos 119.11

Ponto-Chave
“Alguns dos Salmos refletem a amargura trazida pelo pecado, ocasionando dor e o arrependimento do pecador”.

1. AS CONFISSÕES DO PENITENTE 
O Salmo 51 narra o arrependimento de Davi por seu envolvimento com Bate-Seba (2Sm 11.3), e a trama da morte do marido dela, Urias (2Sm 11.14-17). É oportuno lembrar que, após ser repreendido pelo profeta Natã, Davi reconhece o seu erro e diz ao profeta: “Pequei contra o Senhor”, 2Sm 12.13. 

1.1. Aprendendo com os erros de Davi
O episódio da queda de Davi e o seu arrependimento é significativo sob diversos pontos de vista. Vejamos: Davi confessa o seu pecado e suplica o perdão (Sl 51.1). Verificamos, ainda, que ele ora pedindo que fosse purificado de sua maldade (Sl 51.2), além de pedir que o Senhor lhe desse um coração puro (Sl 51.10). Podemos acrescentar que Davi reconheceu a importância de Deus não desprezar um quebrantado e contrito coração (Sl 51.17). O Salmo se preocupa em ensinar o valor do arrependimento para que os transgressores não cometam o mesmo erro empreendido por Davi (Sl 51.13). Neste Salmo vemos a importância de se conhecer o contexto em que o salmista escreveu, e assim a leitura do Salmo se torna mais pessoal, pois passamos a imaginar alguém que foi desmascarado por Deus, e agora havia perdido a sua comunhão e pede a Deus desesperadamente por purificação do seu pecado:
"Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.", Salmos 51.2
Davi chega a relatar que a sua consciência o acusa:
"Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.", Salmos 51.3
Esse comportamento é de alguém que viu a glória de Deus, mas se acomodou e foi pego pelo pecado, e ao ser pego descobriu que não poderia viver sem a presença do Senhor. Que possamos alcançar esse nível de maturidade, de não conseguir viver mais sem o Senhor em nossa vida.
O próprio Salmo ensina sobre como Deus age em relação aos seus filhos arrependidos:
"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.", Salmos 51:17
Sabemos que Deus não recebe adoração de ímpios, no entanto, Ele ouve a oração do arrependido de coração.

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.", Salmos 51.1

"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto." Salmos 51.10

"Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.", Salmos 51.13

1.2. O que está de pé vigie 
O ensinamento contido no Salmo 51 serve para todos os seres humanos de qualquer raça, tribo ou nação. A recomendação de Paulo, o Apóstolo é: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia; 1Co 10.12. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.129), descreve que Davi teve uma queda tão exacerbada que, quando nos lembrarmos de seu pecado, lembremo-nos de sua compunção, e da longa série de penalidades que fizeram da sequência de sua vida uma história lastimável. Jovens fiquem alertas, muitos têm caído nestes tempos complexos em que estamos vivendo e dificilmente conseguirão se erguer. Não terão mais forças para segurar as mãos estendidas do nosso amável Pai (Sl 34.8). Cuidado! É tempo de vigiar. O Salmo 51 é uma canção que fala de arrependimento e busca pela comunhão com o Senhor. Mas um grande ensinamento nesse Salmo está de forma implícita, é a necessidade de vigilância. Pois o Salmo 51 foi escrito por um homem segundo o coração de Deus, mas que não vigiou. Veja:
"E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.", 2 Samuel 11.2
Foi a partir dessa falta de vigilância que o Salmo 51 foi escrito.
O mesmo problema que Davi passou, muitos jovens cristãos passam hoje na internet, na escola, nas faculdades, etc. A falta de vigilância tira muitos jovens da presença do Senhor, cabe aqui esse alerta:
"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.", Apocalipse 3.11

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.", Salmos 34.8

Refletindo
“O pecado de Davi lhe conduziu a um estado de completo esvaziamento espiritual e profunda angustia". 
Pastor Adriel G. Nascimento

2. O PECADO AFETA A INTIMIDADE COM DEUS 
Por pecar, Davi rompeu seu relacionamento com Deus. Da mesma forma, o pecado que herdamos nos afasta dEle: "... as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” Is 59.2. 

2.1. Um Salmo para abrir o nosso coração 
Após ser advertido pelo profeta Natã, Davi se arrepende e escreve este belo Salmo; pousando seu olhar unicamente em Deus (Sl 51.3). O Salmo processa inteligentemente um gesto de sentimento, expectativa e confiança em Deus de maneira única. Tendo isso em vista, este Salmo deve ser lido por cada jovem, analisado como um plano de vida para não cometer tal erro. Para situar rapidamente a cada jovem, suma atenção deve ser tomada ao ler este Salmo, pois ele o ajudará a abrir o coração a uma conversão verdadeira, conscientizando-o do pecado por meio de um Deus misericordioso, cujo acesso é direto e pessoal (Sl 51.10). O jovem deve ter em mente que este Salmo foi escrito por alguém que experimentou uma intimidade com Deus, por isso, o sentimento de perda foi tão profundo. 
"Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.", Salmos 51.12
Se o jovem viver a intimidade que Davi viveu, então ao menor sinal de perigo em sua vida espiritual, ele buscará o concerto.
O problema é que muitos jovens se contentam em viver uma vida superficial na presença de Deus, daí quando se desviam não sentem tanto falta do Senhor. Isso deve ser evitado a todo custo, pois a luta da juventude é ferrenha contra o pecado, porque Satanás tenta de muitas maneiras tirar os jovens da presença do Senhor. A sabedoria nesse Salmo é o ensino de que o jovem deve buscar o que o salmista busca, antes de a calamidade acontecer:
"Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.", Salmos 51.10  

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.", Salmos 51.3

2.2. Jovem, não abra mão do Espírito Santo
Certamente, uma das petições mais marcantes da vida de Davi está no Salmo 51. Ele não queria ser rejeitado por Deus devido às suas iniquidades. Após reconhecer o seu erro, em seu adultério com Bate-Seba, Davi ficou com medo de que o Espirito Santo se retirasse dele (S1 51.11). Ele entendia que é possível que o nosso pecado “entristeça o Espírito Santo” (Ef 4.30). Não é difícil enxergar que Davi estava apavorado com a ideia de perder Aquele que o fez ser tão íntimo de Deus: O Espirito Santo. Lemos que, no dia em que Samuel ungiu a cabeça de Davi diante de todos da sua casa, o Espírito Santo havia se apoderado dele (1Sm 16.13). Davi aponta nesse Salmo, a possibilidade de a pessoa perder a presença do Espírito Santo, esse pedido de Davi é um tiro contra a ideia calvinista de que o Espírito não se retira da pessoa e ela possa assim perder a sua salvação. Davi está mostrando que havia a possibilidade da perda do Espírito:
"Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.", Salmos 51.11
Davi, na sua mocidade, havia experimentado o que é ser cheio do Espírito Santo:
"Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.", 1 Samuel 16.13
Sendo cheio do Espírito, Davi passou a escrever os Salmos, a lutar contra ursos e leões, e inclusive a tanger a sua harpa para expulsar o espírito que atormentava a vida de Saul.
"E sucedia que, quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.", 1 Samuel 16.23
A expressão "da parte de Deus", significa que o espírito vinha por permissão de Deus. 

Mais referências utilizadas neste subtópico:
"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.", Efésios 4.30

3. A NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO 
O Salmo 32, de autoria de Davi, inicia declarando que é feliz aquele que tem a seu pecado perdoado (Sl 32.1). Por seu pecado, Davi colheu o fruto dos seus erros (2Sm 12.9-12). Sua consciência estava desassossegada (Sl 32.3). Até que ele reconheceu o seu pecado e alcançou a misericórdia divina (2Sm 12.13). 

3.1. O arrependimento é necessário
O arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus, ele nos conduz a uma tristeza profunda ocasionada pela violação das Leis divinas. No livro dos Salmos, vemos que o ato do arrependimento é uma oração que expressa o desejo de nos redimirmos diante de Deus (Sl 31.10). Os salmistas nos ensinam que estamos perante “um mar da misericórdia divina” e somos livres para mergulhar nesse mar (Sl 136.1-14). Aos jovens é significativo ressaltar que o arrependimento não pode ser algo a ser procrastinado. Sem arrependimento não acontece mudança de vida. Há uma realidade na vida de muitos jovens que deixaram a presença de Deus e se foram atrás dos prazeres do mundo, que é achar que seus pecados não podem ser perdoados, ou achar que jamais conseguirão se firmar na presença de Deus. Mas os Salmos falam o contrário:
"Mas a misericórdia do Senhor é desde a eternidade e até a eternidade sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos;", Salmos 103.17
Com os Salmos se aprende que o Senhor recebe e usa de misericórdia para com o arrependido:
"9 Tem misericórdia de mim, ó Senhor, porque estou angustiado. Consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu ventre.
10 Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se consomem.", Salmos 31.9,10
Procrastinar, significa deixar para depois o que se pode fazer agora, e esse tem sido um mal presente na vida de muitos jovens hoje.

3.2. O arrependimento leva a sorrir novamente 
A experiência da ausência de confissão do pecado, levou Davi a sentir amargura pela vida (Sl 32.4). Seu pecado fez com que envelhecessem os seus ossos todos os dias. Davi nos diz que, enquanto não confessou o seu pecado, ele se cansava, chorando o dia inteiro (Sl 32.3). Diante de tais circunstâncias, Davi decidiu confessar toda a sua maldade e o Senhor perdoou todos os seus pecados (Sl 32.5). É inconteste notarmos que muitos vivem infelizes por não admitirem seus pecados, o que os impossibilita de voltarem a sorrir (Tg 5.16). Não podemos deixar de lembrar aos jovens que a falta de alegria pela vida tem levado muitos ao suicídio (Mt 27.4,5). O arrependimento e a confissão não são fáceis de se alcançar, e alguns só se arrependem após serem descobertos, como foi o caso de Davi. No entanto, o conselho é que o pecador se liberte do peso da culpa confessando o seu pecado, veja a referência no Salmo:
"3 Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia.
4 Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. (Selá.)
5 Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Selá.)", Salmos 32.3-5
Quando um jovem está muito calado, triste e evitando a interação com o grupo na igreja, provavelmente está com algum peso de culpa sobre os ombros.
"Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração do justo pode muito em seus efeitos.", Tiago 5.16
Há um número grande de jovens que tentam o suicídio por causa do peso da culpa, pois perdem a esperança de consertarem a situação e acreditam que tudo está perdido, veja o que aconteceu com Judas:
"3 Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, 
Dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo.
5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.", Mateus 27.3,5
Judas tentou consertar as coisas, mas ao ver que era tarde demais, deixou a culpa o consumir e se enforcou. Por isso, se algum irmão perceber algum jovem da igreja local, meio triste, deve tentar se aproximar para ver o que está acontecendo e se pode ajudar de alguma forma. 

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR 
Se para um pecador penitente o arrependimento traz alívio (Sl 51.12), para Deus há uma verdadeira festa (Lc 15.7). [...] O processo do arrependimento trouxe ao salmista a alegria tão desejada para a sua alma: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação [...]” (Sl 51.12a). Essa alegria vem de Deus para o homem: manifestando-se através de Sua graça redentora (Sl 30.5,11). [...] O arrependimento faz parte do processo divino para alcançar o homem caído. Deus ajuda o homem nesse processo, mas a decisão final é nossa. É necessário, pois, que estejamos sempre abertos à voz do Espírito Santo, que nos ajuda na compreensão desses propósitos para nossa vida, e que aceitemos suas repreensões quando nos convence de nossos pecados. Ao nos arrepender, desfrutamos e alcançamos a comunhão com o nosso Criador. Fonte: (Bispo Samuel Ferreira. Revista Betel Dominical 3º Trimestre de 2002).

CONCLUSÃO
A vida de Davi nos faz ver que a misericórdia divina sempre acompanhará os que verdadeiramente se arrependem. O sábio deixou escrito que: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, Pv 28.13. 

Complementando
O arrependimento está atrelado à uma mudança de mente e atitudes. Encontramos dois tipos de arrependimentos: A) Atrição - ocorre lamentação diante do castigo pelo pecado, mas é vazia e não há mudança. B) Contrição - sentimento de arrependimento, reconhecimento e afastamento do pecado. 

Eu ensinei que:
Assim como Davi, da mesma forma não podemos pecar contra Deus, pois o pecado resulta em conse- quências catastróficas. No entanto, se pecarmos contra o Senhor, devemos suplicar por Sua misericórdia, que é abundante.
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quarta-feira, 9 de abril de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 2 / 2º Trim 2025

UM CONVITE AO ARREPENDIMENTO EM SALMOS
 ___/ ___/ _____

Texto de Referência: Sl 6.6 

VERSÍCULO DO DIA
Senhor, diante de ti está todo O meu desejo, e o meu gemido não te é oculto”, Sl 38.9.

VERDADE APLICADA
 Na Bíblia, encontramos o caminho da reconciliação com Deus através do livro de Salmos que nos impõem transformações positivas através do arrependimento.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explorar a amplitude dos temas e autores dos Salmos;
 ✔ Apresentar os erros de Davi;
 Alertar que o pecado afeta a comunhão com Deus; 
✔ Mostrar a necessidade do arrependimento. 

MOMENTO DE ORAÇÃO 
Ore para que tenhamos sempre um coração quebrantado diante de Deus.

LEITURA SEMANAL
Seg  Sl 34.18 A oração com quebrantamento nos aproxima de Deus.
Ter  Sl 51.12 O arrependimento traz alegria.     
Qua Jó 22.23 Deus restaura o que se arrepende.
Qui  Mq 7.18,19 Deus perdoa e “esquece”.
Sex  At 3.19 Quem se arrepende será salvo.  
Sáb  1Jo 1.9 Deus perdoa quem se arrepende.

INTRODUÇÃO 
O livro dos Salmos desperta os nossos olhos para que possamos contemplar as maravilhas da Lei do Senhor (Sl 119.18). Eles propagam de modo intenso os pensamentos e os sentimentos da alma, desde os conhecimentos mais içados de alegria e louvor até as lástimas mais profundas de lamentação.
 
Ponto-Chave
“Alguns dos Salmos refletem a amargura trazida pelo pecado, ocasionando dor e o arrependimento do pecador”.

1. AS CONFISSÕES DO PENITENTE 
O Salmo 51 narra o arrependimento de Davi por seu envolvimento com Bate-Seba (2Sm 11.3), e a trama da morte do marido dela, Urias (2Sm 11.14-17). É oportuno lembrar que, após ser repreendido pelo profeta Natã, Davi reconhece o seu erro e diz ao profeta: “Pequei contra o Senhor”, 2Sm 12.13. 

1.1. Aprendendo com os erros de Davi
O episódio da queda de Davi e o seu arrependimento é significativo sob diversos pontos de vista. Vejamos: Davi confessa o seu pecado e suplica o perdão (Sl 51.1). Verificamos, ainda, que ele ora pedindo que fosse purificado de sua maldade (Sl 51.2), além de pedir que o Senhor lhe desse um coração puro (Sl 51.10). Podemos acrescentar que Davi reconheceu a importância de Deus não desprezar um quebrantado e contrito coração (Sl 51.17). O Salmo se preocupa em ensinar o valor do arrependimento para que os transgressores não cometam o mesmo erro empreendido por Davi (Sl 51.13). 

1.2. O que está de pé vigie 
O ensinamento contido no Salmo 51 serve para todos os seres humanos de qualquer raça, tribo ou nação. A recomendação de Paulo, o Apóstolo é: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia; 1Co 10.12. C.H. Spurgeon (Esboços Bíblicos de Salmos, Shedd, 2005, p.129), descreve que Davi teve uma queda tão exacerbada que, quando nos lembrarmos de seu pecado, lembremo-nos de sua compunção, e da longa série de penalidades que fizeram da sequência de sua vida uma história lastimável. Jovens fiquem alertas, muitos têm caído nestes tempos complexos em que estamos vivendo e dificilmente conseguirão se erguer. Não terão mais forças para segurar as mãos estendidas do nosso amável Pai (Sl 34.8). Cuidado! É tempo de vigiar.

Refletindo
“O pecado de Davi lhe conduziu a um estado de completo esvaziamento espiritual e profunda angustia". 
Pastor Adriel G. Nascimento

2. O PECADO AFETA A INTIMIDADE COM DEUS 
Por pecar, Davi rompeu seu relacionamento com Deus. Da mesma forma, o pecado que herdamos nos afasta dEle: "... as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” Is 59.2. 

2.1. Um Salmo para abrir o nosso coração 
Após ser advertido pelo profeta Natã, Davi se arrepende e escreve este belo Salmo; pousando seu olhar unicamente em Deus (Sl 51.3). O Salmo processa inteligentemente um gesto de sentimento, expectativa e confiança em Deus de maneira única. Tendo isso em vista, este Salmo deve ser lido por cada jovem, analisado como um plano de vida para não cometer tal erro. Para situar rapidamente a cada jovem, suma atenção deve ser tomada ao ler este Salmo, pois ele o ajudará a abrir o coração a uma conversão verdadeira, conscientizando-o do pecado por meio de um Deus misericordioso, cujo acesso é direto e pessoal (Sl 51.10). 

2.2. Jovem, não abra mão do Espírito Santo
Certamente, uma das petições mais marcantes da vida de Davi está no Salmo 51. Ele não queria ser rejeitado por Deus devido às suas iniquidades. Após reconhecer o seu erro, em seu adultério com Bate-Seba, Davi ficou com medo de que o Espirito Santo se retirasse dele (S1 51.11). Ele entendia que é possível que o nosso pecado “entristeça o Espírito Santo” (Ef 4.30). Não é difícil enxergar que Davi estava apavorado com a ideia de perder Aquele que o fez ser tão íntimo de Deus: O Espirito Santo. Lemos que, no dia em que Samuel ungiu a cabeça de Davi diante de todos da sua casa, o Espírito Santo havia se apoderado dele (1Sm 16.13). 

3. A NECESSIDADE DO ARREPENDIMENTO 
O Salmo 32, de autoria de Davi, inicia declarando que é feliz aquele que tem a seu pecado perdoado (Sl 32.1). Por seu pecado, Davi colheu o fruto dos seus erros (2Sm 12.9-12). Sua consciência estava desassossegada (Sl 32.3). Até que ele reconheceu o seu pecado e alcançou a misericórdia divina (2Sm 12.13). 

3.1. O arrependimento é necessário
O arrependimento é uma mudança de coração e mente que nos aproxima de Deus, ele nos conduz a uma tristeza profunda ocasionada pela violação das Leis divinas. No livro dos Salmos, vemos que o ato do arrependimento é uma oração que expressa o desejo de nos redimirmos diante de Deus (Sl 31.10). Os salmistas nos ensinam que estamos perante “um mar da misericórdia divina” e somos livres para mergulhar nesse mar (Sl 136.1-14). Aos jovens é significativo ressaltar que o arrependimento não pode ser algo a ser procrastinado. Sem arrependimento não acontece mudança de vida. 

3.2. O arrependimento leva a sorrir novamente 
A experiência da ausência de confissão do pecado, levou Davi a sentir amargura pela vida (Sl 32.4). Seu pecado fez com que envelhecessem os seus ossos todos os dias. Davi nos diz que, enquanto não confessou o seu pecado, ele se cansava, chorando o dia inteiro (Sl 32.3). Diante de tais circunstâncias, Davi decidiu confessar toda a sua maldade e o Senhor perdoou todos os seus pecados (Sl 32.5). É inconteste notarmos que muitos vivem infelizes por não admitirem seus pecados, o que os impossibilita de voltarem a sorrir (Tg 5.16). Não podemos deixar de lembrar aos jovens que a falta de alegria pela vida tem levado muitos ao suicídio (Mt 27.4,5).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR 
Se para um pecador penitente o arrependimento traz alívio (Sl 51.12), para Deus há uma verdadeira festa (Lc 15.7). [...] O processo do arrependimento trouxe ao salmista a alegria tão desejada para a sua alma: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação [...]” (Sl 51.12a). Essa alegria vem de Deus para o homem: manifestando-se através de Sua graça redentora (Sl 30.5,11). [...] O arrependimento faz parte do processo divino para alcançar o homem caído. Deus ajuda o homem nesse processo, mas a decisão final é nossa. É necessário, pois, que estejamos sempre abertos à voz do Espírito Santo, que nos ajuda na compreensão desses propósitos para nossa vida, e que aceitemos suas repreensões quando nos convence de nossos pecados. Ao nos arrepender, desfrutamos e alcançamos a comunhão com o nosso Criador. Fonte: (Bispo Samuel Ferreira. Revista Betel Dominical 3º Trimestre de 2002).

CONCLUSÃO
A vida de Davi nos faz ver que a misericórdia divina sempre acompanhará os que verdadeiramente se arrependem. O sábio deixou escrito que: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”, Pv 28.13. 

Complementando
O arrependimento está atrelado à uma mudança de mente e atitudes. Encontramos dois tipos de arrependimentos: A) Atrição - ocorre lamentação diante do castigo pelo pecado, mas é vazia e não há mudança. B) Contrição - sentimento de arrependimento, reconhecimento e afastamento do pecado. 

Eu ensinei que:
Assim como Davi, da mesma forma não podemos pecar contra Deus, pois o pecado resulta em conse- quências catastróficas. No entanto, se pecarmos contra o Senhor, devemos suplicar por Sua misericórdia, que é abundante.  
 
Fonte: Revista Betel Conectar