AMÓS, O PROFETA QUE CONDENOU A INJUSTIÇA SOCIAL
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Texto de Referência: Am 2.6
VERSÍCULO DO DIA
"Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel e por quatro, não
retirarei o castigo, porque vendem
o justo por dinheiro, e o necessitado, por um par de sapatos". Am 2.6.
VERDADE APLICADA
Quando o homem se distancia de Deus, ele se torna arrogante, deixando de cultivar a virtude da humildade.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Exibir a estrutura e mensagem do livro de Amós;✔ Discorrer sobre a mensagem
de arrependimento;
✔ Comentar sobre as lições do
livro de Amós para os dias de hoje.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que a Igreja entenda
que bem-aventurado é aquele que
atende ao pobre.
LEITURA SEMANAL
Seg Am 7.14 Deus chama um fazendeiro.
Ter Am 2.7 Declínio moral de uma nação.
Qua Am 7.15 Devemos cumprir o nosso chamado.
Qua Am 7.15 Devemos cumprir o nosso chamado.
Qui Am 7.16,17 Não devemos nos intimidar.
Sex Am 8.5 A desonestidade imperava nas transações comerciais.
Sáb Am 5.12 O Senhor conhece as nossas transgressões.
Sáb Am 5.12 O Senhor conhece as nossas transgressões.
INTRODUÇÃO
O profeta Amós não se furtou em
apontar a iniquidade contra aqueles
que oprimiam ou ignoravam os necessitados, por isso foi desprezado por
aqueles que resistiam à sua mensagem
profética.
Ponto-Chave
"Na Bíblia, temos vários exemplos de
que Deus sempre evidenciou Seu grande
amor pelos pobres e oprimidos."
1. O PROFETA AMÓS
Amós era uma pessoa simples, era um
vaqueiro, e cultivador de sicômoros,
uma espécie de figos silvestres (Am 7.14),
tendo desempenhado seu ministério nos
reinados de Uzias de Judá, e de Jeroboão II
(Am 1.1), os quais gozavam de grande
prosperidade econômica.
1.1. As profecias de Amós
Amós não gozava de uma elevada posição social, ele não era profeta, não tinha o dom da profecia, não era filho de
profeta, e nem estudou para ser profeta,
antes de ser chamado pelo Senhor (Am
7,14-17). Ele profetizou veementemente contra a idolatria, as injustiças sociais
(Am 2.7,8; 5.10-12; 8.4-6), condenando
o luxo extravagante, a prostituição e a
idolatria (Am 2.7; 5.12; 6.1-3). Amós
nos revela que os israelitas passaram a
adorar outros deuses, praticar pecados
sexuais, receber dinheiro de multas injustas e comprar vinho com dinheiro
ilícito (Am 2.4-8). O profeta também
prenunciou uma mensagem de esperança
(Am 9.11-15).
1.2. Uma religiosidade vazia
O livro de Amós apresenta um cenário
religioso de total desvio das coisas de
Deus. Diante disso, Amós denuncia o
rompimento dos líderes religiosos com a
violação da Lei de Moisés (Dt 24.6,17),
expondo que os sacerdotes estavam se
empregando de suas funções para tratar
de seus próprios interesses para enriquecerem à custa do povo. Nesse modo de
vida tão adverso às Leis do Senhor, era
corriqueiro comer comidas oferecidas
aos ídolos; a iniquidade prevalecia entre
a liderança religiosa que se ocultava atrás
de uma falsa moralidade e uma espiritualidade oca, apresentando cultos que não
apraziam mais ao Senhor (Am 5.21,22).
Refletindo
Amós talvez não fosse a pessoa mais indicada para trazer uma profecia nas circunstâncias em que se encontrava. Ele não era profeta ou, pelo menos, não tinha estudado para ser profetar
Alexandre Coelho e Silas Daniel
2. UM PROFETA QUE DENUNCIOU
O PECADO
O profeta Amós, em suas profecias, embora grande parte tenha sido direcionada ao Reino do Norte, o profeta também
apontou os pecados do Reino do Sul (Am
2.4,5; 9.11).
2.l. Um chamado ao arrependimento
A acentuada prosperidade da nação israelita nos dias de Amós não fez que o povo
se voltasse para Deus, antes vivia uma
espiritualidade leviana, especialmente,
dos seus líderes e, como decorrência, as
suas relações estavam marcadas por injustiças e corrupções comerciais. Como
poderiam crer na iminência do castigo
divino quando Deus os fazia viver uma
vida próspera? O povo via a prosperidade como um sinal de concordância divina. Através de Amós, Deus convoca Seu
povo ao arrependimento (Am 3.1; 4.1;
5.1), assim, ao ministrar uma mensagem
de arrependimento, o profeta Amós foi
rejeitado pelo povo.
2.2. Um profeta que não temeu em
falar a verdade
Amós profetiza contra o imprudente
esquecimento do Povo de Israel para com a Lei do Senhor (Am 2.4). Diante
da advertência de Amós, ele passou a
enfrentar uma forte aversão por parte
do sacerdote Amazias, de Betel, que
procurou bani-lo do país (Am 7.10-
13), fazendo uso de sua influência política e aproveitando-se da estupidez
do povo. Amós, entretanto, era corajoso e obediente ao Senhor e não se
deixou abater pelas palavras de Amazias; confrontando-o, dizendo que foi
o Senhor que lhe mandou pregar (Am
7.15) e ainda disse a Amazias que, por
sua rejeição, a ira de Deus ruiria sobre ele (Am 7.16,17).
3. O DECLÍNIO SOCIAL DE UMA
NAÇÃO
Em suas mensagens, o profeta Amós
combate o preconceito e a apatia dos
mais ricos, que usurpavam os mais desprovidos (Am 2.7; 4.1; 5.11; 8.4-6). O
profeta condena a todos que se tornam
ricos e poderosos à custa dos outros.
3.1. O cuidado de Deus com os
pobres
O livro de Amós tem muito a dizer
a respeito de como os crentes devem
tratar os pobres e necessitados (Am
5.12). O contexto histórico em que
Amós viveu era marcado pela estabilidade econômica de Israel e Judá.
Estas duas nações, mesmo vivendo
uma fase áurea de riquezas materiais,
estavam mergulhadas em injustiças e
iniquidades. O governo não compartilhava igualitariamente suas riquezas,
uma classe privilegiada acumulava poder e riqueza às custas da opressão
e exploração dos mais pobres. Entre
Israel, a indiferença e o amor ao próximo eram coisas tão remotas que
pessoas retas eram vendidas como escravos, caso não pudessem quitar os
seus débitos (Am 8.6).
3.2. O que Amós tem a ensinar para
a Igreja hoje
Ao analisar a vida do profeta Amós
neste campo da justiça social, devemos aplicar seu exemplo à nossa vida
hoje, como Igreja. Ele foi um exemplo
de servo obediente, não estava ocioso
quando foi convocado por Deus, estava ocupado em seus afazeres (Am
7.14-16). Diante do caos instalado
na nação de Israel (Am 2.4-8), ele foi
obediente à voz de Deus, e enfrentou
os poderosos, apresentando a mensagem divina sem temer (Am 5.24). Não
hesitando em denunciar o pecado, a
idolatria e os ricos que sufocavam os
pobres sem misericórdia (Am 4.1).
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Amós vivia à 7 quilômetros ao sul
de Jerusalém, nas altas colinas de
Judá, perto da estrada que ia de Jerusalém a Hebrom e Berseba. Afirma-se ter sido nessa mesma região
que João Batista cresceu, muito
tempo depois. Betel, onde Amós
profetizou, localiza-se a cerca de 35
quilômetros ao norte de Tecoa, e à
3 quilômetros ao norte dos limites
de Judá. Era o principal santuário de Israel, lugar de moradia do sumo
sacerdote, enquanto a residência real
de Jeroboão II ficava em Samaria, a
cerca de 40 quilômetros também ao
norte. Foi daquele centro religioso
que Amós se dirigiu à nação.
Fonte: (ELLISEN, Stanley. Conheça
melhor o Antigo Testamento; Um
guia com esboços e gráficos explicativos dos primeiros 39 livros da
Bíblia, 200l, p.336).
CONCLUSÃO
Amós não retrocedeu em denunciar
os mais ricos que oprimiam os pobres.
Mesmo sendo advertido, ele cumpriu
sua convocação e testificou sua chamada (Am 7.15).
Complementando
As cerimônias religiosas nada representam diante de Deus se não forem
seguidas de atitudes que comprovem
o amor ao próximo. Que fique bem
claro que o nosso próximo é qualquer
pessoa que necessita da nossa ajuda
(Rm 13.8).
Eu ensinei que:
O profeta Amós é um exemplo
sublime de todas as pessoas
comprometidas na edificação de
uma sociedade mais afetuosa, mais equitativa, mais solidária, mais fraterna e mais cristã.
Fonte: Revista Betel Conectar