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sexta-feira, 12 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 2 / 1º Trim 2024

                                    

 A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE OS ANJOS

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Texto de Referência: Hb 1.4-14

LEITURA SEMANAL

Seg Fp 2.9 O nome de Jesus é sobre todo o nome

Ter Hb 1.5 Jesus é o Filho gerado do Pai.

Qua Hb 1.6 Jesus é adorado pelos anjos.

Qui Lc 1.33 O Reino de Jesus jamais terá fim.

Sex Ap 1.8 Jesus é o princípio e o fim.

Sáb Jo 1.1 Jesus é Deus.


VERSÍCULO DO DIA

"E, quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem", Hb 1.6.

VERDADE APLICADA

O nosso Mediador é superior a qualquer criatura que exista, pois Jesus é Deus.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔Mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos:
✔ Apresentar os atributos divinos de Jesus;
✔ Explicar a condição eterna do Filho de Deus.


INTRODUÇÃO

Os anjos são seres espirituais criados por Deus para cumprirem propósitos divinos. Existem seres poderosos como anjos que são capazes de fazer inúmeras façanhas, mas estes não se comparam à grandeza, majestade e supremacia de Jesus, (Hb 1.4-13).

Ponto-Chave
"Jesus é superior aos anjos, pois Ele é Deus, e os anjos apenas ministradores à serviço de Deus."

1- JESUS E OS ANJOS
No período Inter bíblico, os 400 anos entre o AT e o NT, os anjos se tornaram objetos de grande especulação no judaísmo. O escritor aos Hebreus nos mostra que Jesus é infinitamente superior aos anjos.

1.1. Superioridade de Seu nome 

Na Bíblia, os nomes expressavam condições, a essência de determina- das coisas e ocasiões, podemos observar isso na escolha de filhos como de Isaque, que significa "ele ri" (Gn 18.12), Jacó, que nasceu agarrado ao calcanhar do irmão (Gn 25.26), cujo nome tem a mesma raiz da palavra calcanhar. Moisés que foi tirado das águas (Ex 2.10). O nome Jesus era um nome comum em Seu tempo, pois era o mesmo que Josué. Logo, a superioridade do nome de Jesus não está em sua forma fonética, mas na essência de Sua Pessoa e em Sua Obra, que significa "o SENHOR é a salvação". A superioridade do nome de Jesus está no fato dEle ser Aquele que cumpriu cabalmente o plano da salvação.

1.2. A filiação divina de Jesus
Por algumas vezes no AT, os anjos são citados como filhos de Deus (Jó 1.6). Qual é então a diferença da filiação de Cristo com os anjos? Enquanto os anjos são denominados filhos por causa do relacionamento com Deus e serem criaturas dEle, Jesus é Filho por eterna geração. Isso significa que Ele tem a mesma natureza de Seu Pai. Logo, tanto o Pai quanto o Filho são definidos por essa relação intima de comunhão e natureza. O Filho não foi criado assim como os anjos e as demais criaturas foram, mas por ser Deus também, permanece eternamente gerado pelo Pai.

Refletindo
"O Logos eterno é gerado eternamente da substância divina. Não é criado. É da mesma substância do Pai." Paul Tillich

2- SUPREMACIA DO CRISTO 

A supremacia de Cristo está no fato dEle ser Deus, não um ser criado, mas o próprio Filho de Deus, cuja origem é divina.

2.1. Jesus é digno de adoração 

Nenhum ser, a não ser o próprio Deus, é digno de adoração (Ex 20.3-5). No AT somente o anjo do Senhor aceitava adoração, por ser uma representação do próprio Deus (Jz 13.17-22). Contudo, as Escrituras nos mostram que Jesus nunca rejeitou adoração (Mc 5.6; Jo 20.28), e mais, Ele é digno de toda honra, louvor e adoração (Ap 5.6-9). Ele é o Cordeiro de Deus que através de Seu sangue nos purificou de nossos pecados e tem todo poder nos céus e na terra (Mt 28.18), sendo um com o Pai (Jo 10.30).

2.2. O Reino de Jesus subsiste para sempre
O Reino de Deus foi estabelecido na terra através da Obra salvífica de Jesus (Mt 12.28). Cristo reina hoje, sobre Sua Igreja e, naquele Grande Dia, todos os povos, nações e línguas confessarão que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai (Fp 2.11). Seu reino portanto, é o Reino de Deus, de tal forma que todos os Seus adversários serão subjugados completamente, de modo que o último inimigo a ser vencido será a morte (1Co 15.26). Então, quando todas as coisas forem colocadas sob Sua autoridade, Deus será absolutamente supremo sobre tudo e todos (1Co 15.27-28).

3- JESUS É DEUS 

As Escrituras afirmam que Jesus é Deus: "Emanuel, Deus conosco" (Is 7.14); "Senhor" (Sl 110.1). Como Deus, Jesus possui atributos inerentes a Sua deidade, como eternidade e imutabilidade.

3.1. Jesus é eterno 

Na introdução do Evangelho de João, o evangelista afirma que, antes da criação, na eternidade pretérita, Jesus já existia como o Verbo de Deus (Jo 1.1). O atributo eternidade, é a qualidade de ser superior ao tempo, não possuindo inicio ou fim. Logo, eternidade é um atributo divino, somente Deus é eterno. Em Hebreus 1.8, Jesus é chamado de Deus pelo Pai; afirmando ainda que Sua majestade e realeza, (teu trono), permanece para sempre. Jesus é Deus junto com o Pai e partilha da mesma natureza e atributos, Ele é eterno, pois de eternidade a eternidade Ele é Senhor (Sl 90.2).

3.2. Jesus permanece o mesmo 

Outra característica da 'deidade' (Sua divindade), é Sua imutabilidade. Deus não muda e não pode mudar (Tg 1.17), pois entende-se que Aquele que é pleno não tem como ser ainda mais, pois é o ápice da perfeição, tampouco, ser menor do que é, pois deixaria de ser Deus. Portanto, não há devir (mudança, transformação, tornar-se) em Deus, Ele é o que é, o EU SOU (Ex 3.14). Jesus também não muda e não mudou, Ele é o mesmo eternamente, nas palavras de Hebreus 1.12 "(...) tu és o mesmo". Por Jesus não mudar, nós podemos confiar sim em Sua Palavra, pois ela é digna de confiança (Tt 1.2).


SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
As Três Pessoas da Santíssima Trindade possuem os mesmos atributos e a mesma natureza divina. No entanto, existe um fator que diferencia cada Pessoa, que é a sua forma de relacionamento. O Pai é ingênito, não gerado, e origem de todo o movimento e vontade; o Filho é gerado do Pai na eternidade, condição única e imutável; e o Espirito Santo (do grego,"ekporeusis") do Pai e do Filho na eternidade. Portanto, no esquema trinitário, o Pai envia o Filho e o Espirito Santo, o Filho é enviado pelo Pai e envia o Espírito, e o Espírito é enviado pelo Pai e pelo Filho e executa a ação de Deus.

CONCLUSÃO 

Cristo é infinitamente superior aos anjos, pois Ele não é um ser criado, Ele é Deus em Sua essência e partilha na comunhão plena com o Pai na presença do Espírito Santo.


Complementando 

Será que houve mudança em Cristo quando este se fez homem? Só houve mudança em Cristo em Sua condição fisiológica e estética. mas não em relação a Sua essência, Ele nunca deixou de ser Deus, mesmo se fazendo homem, pois é a imagem do Pai (Hb 1.3), Seu esvaziamento fez com que Ele passasse pela privação da natureza humana, mas em todas as Suas ações Ele nos revela quem é Deus.

Eu ensinei que:
Jesus é Deus, e por ser Deus é soberana e infinitamente superior aos anjos, sendo digno de toda adoração.

Fonte: Editora Betel

sexta-feira, 5 de abril de 2024

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdos para a Escola Dominical Revista Betel - Conectar - 2º Trimestre de 2024


Lição: 1 - EXORTAÇÕES À PERSEVERANÇA
Conteúdo
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Lição: 2 - A SUPERIORIDADE DE CRISTO SOBRE OS ANJOS
Conteúdo
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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CONTEÚDOS ANTIGOS:

3º Trim 2015.  4º Trim 2015. 1º Trim 2016. 2º Trim 2016. 2º Trim 2016. 4º Trim 2016  1º Trim 2017  2º Trim 2017  3º Trim 2017  1º Trim 2018  2° Trim 2018  3º Trim 2018  4º Trim 2018  1º Trim 2019  2º Trim 2019   3º Trim 2019  4º Trim 2019  1º Trim 2020  2º Trim 2020  3º Trim 2020   4º Trim 2020  1º Trim 2021  2º Trim 2021  4º Trim 2021  1º Trim 2022   2º Trim 2022  3º Trim 2022  4º Trim 2022  1º Trim 2023  2º Trim 2023  4º Trim 2023
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ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 1 / 1º Trim 2024

EXORTAÇÕES À PERSEVERANÇA

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TEXTO DE REFERÊNCIA: Hb 1.1-3

LEITURA SEMANAL

Seg 2Pe 1.21 Deus se revelou aos homens através de Sua Palavra.

Ter 1Co 15.58 Devemos ser firmes e constantes da obra do Senhor.

Qua  Jo1.29 Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Quі Hb 1.2 Jesus é o Herdeiro de toda a Criação.

Sex Hb 13 Jesus nos purificou de nossos pecados

Sáb 1Pe 3.22 Cristo está à destra do Pai.


VERSÍCULO DO DIA

"Havendo Deus, antigamente, falado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho," Hb 1.1.

VERDADE APLICADA

Cristo é o clímax da revelação de Deus, pois expressa a essência de Sua Pessoa em toda a plenitude.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

✔ Apresentar o propósito da Carta aos Hebreus:

✔ Explicar que Jesus é a revelação plena de Deus;

✔ Mostrar a eficácia da salvação em Cristo.

INTRODUÇÃO

A Carta aos Hebreus nos traz à memória sobre quem é Jesus, Sua Obra salvífica e exortações sobre permanecermos firmes nas Suas promessas.

Ponto-Chave

"Jesus é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento".

1- PROPÓSITO DA CARTA AOS HEBREUS

Carta aos Hebreus é um sermão expositivo, de exortação, podendo ser chamada de "carta sermónica". Sua intenção principal é encorajar seus leitores e ouvintes a perseverarem diante das adversidades e relembrar quem é Jesus e a excelência do Salvador.

1.1. Mostrar quem é Jesus de acordo com a Antiga Aliança

O autor aos Hebreus inicia seus escritos fazendo uma recapitulação de quem é Jesus (Hb 1.1-3). Ao escrever a cristãos vindos do judaísmo, sua primeira intenção é lembrá-los de quem é Jesus. O Senhor falou de várias formas e maneiras aos primeiros hebreus através dos profetas, mas agora, Deus se revela plenamente por meio de Seu Único Filho. Portanto, a própria revelação do AT prepara a vinda dAquele que nos purificou pelo Seu próprio sangue (1Jo 3.5), e que recebeu toda autoridade: "O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo sê-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências", 1Pe 3.22.

1.2. Exortar a uma vida de perseverança e fidelidade

De acordo com Fee e Stuart (2013), os receptores da Carta eram cristãos, predominantemente, de origem judaica, que estavam sofrendo grande perseguição por seguir Jesus, de modo que muitos, estavam vacilando na fé e voltando ao judaísmo (Hb 10.25). Podemos dizer que a Carta aos Hebreus é um sermão de encorajamento a uma vida de firmeza na fé, resiliência diante das tribulações e um convite a fidelidade a Cristo em submissão à Sua Palavra. Não devemos deixar que a dúvida domine o nosso coração, mas que o nosso encontro com Cristo seja renovado a cada dia através de Seu Espírito Santo (Rm 8.9-11).

Refletindo

"A perseverança e a fé são os segredos dos vitoriosos que rompem com o desânimo e a descrença.'' Bispo Abner Ferreira

2- JESUS, A REVELAÇÃO PLENA DE DEUS

Deus se revelou no AT através da Lei entregue ao povo de Israel, e por meio de Sua Palavra anunciada aos profetas. mas agora Ele se revela plenamente por meio de Seu Filho (Hb 1.1).

2.1. Deus falou por meio dos profetas

Os profetas foram homens inspirados por Deus (2Pe 1.21), para revelarem a Israel a vontade de Deus, Seus planos e Seu desígnio. Não obstante, outros homens do AT também foram chamados de profetas, como Abraão (Gn 20.7), Moisés (Dt 18.15) e outros. A profecia também tinha o importante papel de denunciar o pecado, fazer com que o povo voltasse a Aliança com Deus, assim como trazer o juízo, mas também a salvação dos fiéis. Conforme escreveu o autor aos Hebreus, "Deus falou de várias formas e de inúmeras maneiras aos hebreus por meio dos profetas" (Hb 1.1).

2.2. Deus constituiu o Filho como Herdeiro de todas as coisas 

Apesar de Deus ter se revelado a Israel por meio dos profetas. Ele se revelou plena e decisivamente na História humana através de Seu Filho, Jesus de Nazaré. Jesus é, portanto, o clímax da revelação de Deus a humanidade, Ele é a expressão exata de Seu ser, o qual, por meio dEle, Deus fez o mundo (Jo 1.3) e tudo que existe, subsiste por meio dEle (Cl 1.17). Logo, Cristo Herdeiro de toda a criação. Tudo o que existe está sob Seu domínio e poder (Hb 2.8). Tudo o que podemos saber sobre Deus se revela em Cristo.

3- A EFICIÊNCIA DA OBRA DE CRISTO

O sacrifício de Cristo é suficiente para salvar todo aquele que nEle crer (Jo 3.16), pois Sua obra é plena e eficaz.

3.1. Realizou a purificação dos pecados

O pecado afastou o ser humano da presença gloriosa de Deus (Rm 3.23). Contudo a Obra vicária realizada por Cristo, na cruz do Calvário, em nosso favor nos trouxe a presença de Deus (Cl 1.21-22). Sendo feito pecado por nós (2Co 5.21), pagou nossa divida com preço de sangue (Hb 9.12); morrendo a nossa morte, e agora não vivemos mais a nossa vida, mais a vida do Filho de Deus aqui na terra (Gl 2.20). Α Obra de Cristo em nossa vida nos torna santos e justos diante de Deus, nada do que recebemos é mérito nosso, mas é graça, dada por Deus por intermédio de nosso Senhor Jesus.

3.2. Cristo sentou-se à destra de Deus

Após a Obra da salvação consumada por Cristo, Ele foi exaltado através de Sua ressurreição e ascensão, e se encontra assentado à destra de Deus Pai (Hb 1.3). Tudo o que existe está sob Seu poder (Ef 1.20), Ele está acima de qualquer ser ou potestade que possua qualquer tipo de força, e não somente agora, mas para todo o sempre. Portanto não podemos ficar desanimados nem vacilantes, pois o nosso Senhor é Rei e Senhor de todas as coisas. O futuro está em Suas mãos e Ele compensará todo aquele que permanecer fiel (Ap 2.10).

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR

A ausência de alguns elementos descaracterizariam o livro de Hebreus como Carta: o remetente, o endereço e as saudações; a única coisa que o caracteriza como Carta é sua saudação final. Outro fato interessante è que em nenhum lugar está o nome de seu autor. Nos primórdios da Igreja, alguns pensavam que Paulo era seu autor mas, conforme afirma Mack (2014), o próprio teor da Carta não apoia essa ideia. Logo, quem quer que a tenha escrito, foi um cristão culto, respeitado, da segunda geração, que antecedeu a queda do Templo (antes de 70 d.C.), e que tenha vivido em Roma (Hb 13.24).

CONCLUSÃO 

Estar em Cristo é a única maneira de encontrar a salvação e de se relacionar verdadeiramente com Deus.

Complementando 

O livro de Hebreus possui uma contribuição impar para a Bíblia, pois nenhum outro livro consegue conectar tão bem as histórias do AT e suas práticas com a vida de Jesus, Seu ministério e Sua Obra vicária. Jesus ensinou que tinha cumprido totalmente a Lei em Sua pessoa (Mt 5.17-18; Lc 24.27), mas em Hebreus, o autor ensina que a Antiga Aliança chega ao fim na Nova, logo, o Novo Concerto é superior e definitivo (Hb 7.22). 

Fonte: Bíblia de Estudo Holman (2018).

Eu ensinei que:

A Carta aos Hebreus é um sermão com características de carta, que relembra a Igreja quem é Jesus, Sua Obra e a salvação por Ele oferecida.

sábado, 23 de dezembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 14 / 4º Trim 2023

                                  

   VIVER É CRISTO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Rm 6.8-11

LEITURA SEMANAL
Seg 2Tm 2.3 Devemos suportar as aflições uns dos outros.
Ter Rm 6.6 O velho homem foi crucificado na cruz com Cristo.
Qua 2Tm 3.1 Alerta sobre os últimos dias.
Qui 2Tm 4.9 Devemos nos apressar a estar junto aos que sofrem.
Sex FP 1.21 O sentido da vida é viver para Cristo.
Sab Rm 8.38 A morte não pode nos separar do amor de Cristo.

VERSÍCULO DO DIA
"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim," GI 2.20.

VERDADE APLICADA
Uma vida de consagração, dedicação e serviço ao Senhor é o que podemos oferecer de mais importante a Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar os últimos dias do Apóstolo Paulo;
Apresentar as últimas orientações a Timóteo;
Conceituar a percepção que Paulo tinha de seu ministério.

INTRODUÇÃO
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo é o último escrito do apóstolo a que temos acesso, ela foi escrita num momento em que Paulo sentiu que estava chegando o fim de seus dias, de modo que podemos observar suas necessidades e sua fidelidade inabalável no chamado de Deus para sua vida.

Ponto Chave
"A vida de Cristo deve ser evidenciada em nosso viver."

1 - ÚLTIMOS ANOS
O apóstolo encontrava-se preso novamente, mas, agora, estava desamparado na prisão. Em suas últimas palavras, ele deixa bem clara sua exortação para pregar a Palavra de Deus; declarando sua disposição de ser fiel até a morte.

1.1. Perseverança no sofrimento
Timóteo é convidado a participar do sofrimento junto com Paulo, não se envergonhando nem do Senhor e nem do aprisionamento do Apóstolo (2Tm 1.8), como um bom soldado de Cristo (2Tm 2.3), pois, se com Cristo sofrermos, com Ele reinaremos (2Tm 2.12). A perseverança  é a virtude daqueles que têm esperança e confia. A provação e o sofrimento produzem perseverança e resiliência (Rm 5.3). Segundo o dicionário Houaiss, resiliência é a capacidade de se recobrar ou se adaptar à má sorte ou às mudanças. O oposto da resiliência é a fragilidade, que é a condição daquilo que é quebradiço. Logo, devemos permanecer assim como o metal que é testado no fogo (1Co 3.12,13).

1.2.  Viver para Cristo
A fé em Cristo consiste na condição de não vivermos mais como vivíamos antes da conversão, mas, agora, vivemos a vida do Filho de Deus. Paulo se alegra nas tribulações, não porque gostava de sofrer, mas porque o sofrimento é uma das características do justo, assim como Jó, e especialmente Jesus que sofreu e morreu na cruz para nos salvar. Viver para Cristo é, assim como o Mestre, viver em prol do Reino de Deus, de entrega, de generosidade, de compaixão, de benevolência e de piedade. Paulo entendeu que a sua vida não era mais dele, mas, sim, do Senhor (Fp 1.21). Que nossos sonhos, decisões e vontade estejam debaixo do desígnio divino.

Refletindo
"O sangue dos mártires é a semente dos cristãos". Tertuliano

2 - DESPEDIDA A TIMÓTEO
Muitos obreiros e irmãos abandonaram Paulo e o deixaram sozinho, de tal forma que muitos apostataram da fé (2Tm 1.15). O apóstolo chama Timóteo para suas últimas orientações e despedida.

2.1. Segunda Carta a Timóteo
Esta Carta é um convite e exortação à perseverança ao Evangelho, levando em conta o sofrimento. Aqui, ele admoesta ao jovem pastor a permanecer firme, pois sua morte é iminente. Outro elemento importante é o incentivo à leitura e meditação da Palavra para ser um obreiro aprovado (2Tm 2.15), pois as Escrituras possuem o poder para salvar e preservar a fé (2Tm 3.15-17), e que pregue, em tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2). A Palavra de Deus deve ter um lugar de centralidade na vida do cristão, pois é por meio dela que Deus fala, corrige, edifica e se revela.

2.2. Vem depressa!
Paulo estava solitário na prisão, com isso, ele chama Timóteo para que lhe faça uma visita apressadamente (2Tm 4.9). Essa afirmação se dá pelo fato de sua execução estar próxima (2Tm 4.6). Ele pede a Timóteo que traga seus livros e pergaminhos, pois presume-se que o Apóstolo terminaria a sua vida lendo, estudando e escrevendo. Timóteo, possivelmente, não poderia ficar com Paulo até sua morte, mas, ao deixar seus escritos e as Escrituras, certamente o apóstolo teria um conforto no momento mais difícil. Infelizmente, somente encontramos tempo para ler a Palavra quando estamos enfermos ou em uma cama de hospital. Que possamos reservar um tempo em nossa vida para nos debruçarmos nas Escrituras.

3 - MORRER É LUCRO
A afirmativa "Viver é Cristo, e o morrer é ganho", Fp 1.21 é algo totalmente antagônico em nossa cultura atual pensar desta forma, mas Paulo chegou ao auge do sentimento cristão quando entendeu que a maior entrega que ele poderia dar para Deus era sua própria vida.

3.1.  A consciência que Paulo tinha de sua missão
Jesus chamou um judeu fariseu, zeloso para com as tradições dos pais para ser líder entre os gentios, com o destino de sofrer em prol de seu nome. A pergunta que fica é: Paulo entendeu seu chamado e ministério? Ele padeceu várias intempéries, foi perseguido (2Co 11.24-28), mas também foi bem sucedido como apóstolo, pregador e evangelizador, estabeleceu igrejas, escreveu Cartas que até hoje servem de orientação, edificação e conversão, tudo isso, a mais de dois mil anos. A vocação de Paulo era a de viver o ministério do próprio Cristo, ele entendeu o seu chamado e vocação: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a gloria que em nós há de ser revelada", Rm 8.18.

3.2. Martírio
A tradição afirma que Paulo foi executado por volta de 64-67 d.C., em Roma, a mando do Imperador Nero. Ele termina com a frase icônica: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé, 2Tm 4.7. O martírio é, portanto, a maior oferta de amor que alguém pode oferecer. Os primeiros cristãos morreram nas arenas, diante de feras, queimados, crucificados, lançados em caldeirões de óleo fervente, para que a mensagem do Evangelho permanecesse viva. Aquele que não negar a si mesmo, carregar a sua cruz e seguir a Jesus não é digno de ser chamado de discípulo de Cristo (Mt 16.24).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A Igreja cristã foi moldada pela perseguição desde sua origem. Os primeiros perseguidores dos cristãos foram os judeus, tendo como Saulo um dos principais atormentadores do cristianismo primitivo. Somente em meados do I século é que o império Romano se tornou o Grande perseguidor até 313 d.C. com o edito de Milão estabelecido pelo Imperador Constantino. Ainda hoje, o cristianismo sofre perseguição nos países não cristãos, em especial, os islâmicos, e de orientação política partidária comunista. O mundo ocidental tem desenvolvido um sentimento de aversão ao cristianismo, caracterizando-o como uma religião de dominação e de imposição cultural, devido aos movimentos ideológicos que apontam uma espécie de cultura patriarcal e de dominação.

CONCLUSÃO
A ousadia, a fé e a perseverança de Paulo em concluir seu chamado o colocou no ranking de maior missionário da Igreja Primitiva. Por sua atitude o Evangelho se propagou, alcançando-nos dias atuais.

COMPLEMENTANDO
Os Imperadores Romanos obrigavam os cristãos a negarem a Cristo, a oferecerem incenso aos deuses pagãos e ao Imperador, de modo que, se eles se negassem, eram mortos brutalmente. Muitos faziam isso, pois acreditavam que todas as mazelas que aconteciam por lá era culpa dos cristãos, pois a adoração aos deuses pagãos era uma espécie de acordo judicial, de modo que, quando os romanos iam à guerra, deveriam oferecer sacrifícios ao deus da guerra, e, assim, sucessivamente. Quando o Império perdia uma guerra, era acometido por uma praga ou acontecia qualquer tipo de tragédia, a culpa era daqueles que não estavam adorando suas divindades. Como os cristãos eram exclusivistas, ou seja, só adoravam a Cristo, a culpa de todas as tragédias que aconteciam era imputada sobre eles.

Eu ensinei que:
Paulo cumpriu seu chamado tendo a certeza de que o viver é Cristo, deixando-nos um legado de fé e perseverança.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 13 / 4º Trim 2023

                                    

    PAULO ESCREVE AOS JOVENS PASTORES
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Tt 2.6-8

LEITURA SEMANAL
Seg 1Tm 1.5 O amor é o resultado de um coração puro.
Ter 1Tm 2.1 Devemos orar por todos.
Qua 1Tm 4.13 Paulo ínsita Timóteo à leitura e meditação da Palavra.
Qui Tt 1.16 As ações de uma pessoa refletem se ela conhece ou não Deus.
Sex Tt 2.1 Devemos ter compromisso com a verdadeira doutrina.
Sab Tt 3.5 O Evangelho é a base para a conduta cristã.

VERSÍCULO DO DIA
"Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza," 1Tm 4.12.

VERDADE APLICADA
Deus tem propósitos com os jovens e chama-os para posições de liderança, autoridade e compromisso com o Evangelho.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar as orientações de Paulo a Timóteo;
Expor as orientações a Tito;
Explicar as características de um bom líder.

INTRODUÇÃO
Timóteo é Tito eram jovem líderes da Igreja Primitiva que pastorearam as Igrejas em Éfeso e Creta respectivamente. Alguns estudiosos afirmam que o apóstolo escreveu as Cartas Pastorais (1 Timóteo e Tito) após sua prisão em Roma e depois de uma viagem missionária não relatada em Atos dos Apóstolos.

Ponto Chave
"Deus escolhe jovens comprometidos para estar na frente da Obra."

1 - ADMOESTAÇÕES A TIMÓTEO
Paulo conheceu Timóteo em sua Segunda Viagem Missionária nas cidades da Galácia, Listra e Derbe (At 16.1). Sua avó Loide e sua mãe Eunice o ensinaram as Sagradas Escrituras (2Tm 1.5). Paulo o instituiu como líder na Igreja em Éfeso (1Tm 1.3).

1.1. Um jovem pastor em Éfeso
Paulo ínsita Timóteo a que não permita que ninguém menospreze sua juventude. Como ele faria isso? Sendo um exemplo a todos na maneira de falar, no trato com os outros, no amor, na fé e na pureza, dedicando-se à leitura das Sagradas Escrituras e à pregação do Evangelho (1Tm 4.12). Somente desta forma os mais velhos respeitaram jovens obreiros em posição de liderança, pois Deus deseja levantar jovens que sejam comprometidos com a Obra e com a Palavra. Existem diversas histórias na Bíblia de jovens que permaneceram fiéis ao Senhor tais como Samuel, Davi e Daniel.

1.2.  Exortação a Timóteo
Paulo escreve a Timóteo motivado por um sentimento de cuidado por àquela Igreja devido a alguns problemas, o de falso ensino por meio de falsos mestres (1Tm 1.3,4). Ele encarregou seu discípulo de dirigir e corrigir as Igrejas por Ele fundadas, de consagrar presbíteros e diáconos. Sua responsabilidade como líder cristão era de ensinar a sã doutrina, de interesse moral e prático, a oração, as boas obras e as relações familiares. A mensagem a Timóteo é que o Evangelho deve gerar mudanças práticas e visíveis, os temas da ordem da Igreja e a discussão sobre os papeis é uma parte das orientações do apóstolo, em oposição aos falsos ensinos.

Refletindo
"Tenha cuidado com sua própria confiança, para não cair da altura de disciplina por falta de treinamento. É melhor avançar um pouco de cada vez." Basilio Magno

2 - ORIENTAÇÕES A TITO
Tito era grego, foi filho na fé de Paulo, seu companheiro e amigo particular (Gl 2.1-3), pastoreou a Igreja em Creta (Tt 1.4-,5). Bem conhecido na Igreja de Corinto, onde seu nome é citado por diversas vezes pelo Apóstolo (2Co 7.6-16).

2.1. Uma Igreja em Creta
Creta era uma Ilha no Mediterrâneo na qual Paulo e Tito estabeleceram uma Igreja (Tt 1.5-14). Assim como a Epístola de 1 Timóteo, a Carta a Tito foi escrita em uma viagem após a primeira prisão de Paulo em Roma. Uma das características da Carta é a correspondência entre fé e prática, crença e comportamento. Esses temas permeiam a mensagem evangélica até hoje, ou seja, a ortodoxia (compreensão correta da doutrina) gera a ortopraxia (prática correta mediante a doutrina). Não deve haver incoerência entre aquilo que acreditamos e aquilo que fazemos, pois são ações inerentes entre si, acreditar e fazer.

2.2. Colocando a casa em ordem
Outro problema apresentado era a presença de falsos mestres no meio da Igreja cretense. Parece que existe uma espécie de judaização da mensagem cristã pregada por Paulo nesta Igreja, tendo em vista que os adversários são do partido da circuncisão (Tt 1.10), e seus interesses estão em fábulas judaicas (Tt 1.14) e pureza ritual (Tt 1.15). Outro elemento que chama a atenção é que os falsos mestres, exigem pureza ritual, mas eles mesmos viviam de forma reprovável (Tt 1.16). A mudança na vida do cristão é o resultado de um verdadeiro encontro com o Cristo vivo.

3 - A LIDERANÇA JUVENIL
A liderança juvenil composta por Timóteo e Tito foi exemplar para as Igrejas em Éfeso e Creta, de tal forma que a comunicação do Apóstolo Paulo chegou até nós mais de 2000 anos depois dos eventos. Seu compromisso com a Obra fez com que hoje tivéssemos, em nossas mãos, essas pérolas do ensino bíblico.

3.1.  Características de um bom líder
Quando Paulo escreve a Timóteo, ele deixa claro que sua liderança não se faria por meio da imposição, mas pelo exemplo (1Tm 4.12), logo ele deveria ser um modelo a ser seguido para aquela Igreja. A liderança é diferente da chefia: o chefe estabelece suas ordens por meio da autoridade do cargo e pela ameaça, mais o líder não, ele exerce a sua função através do exemplo, do trato e da confiança. A verdadeira liderança faz com que fiquemos meio embaraçados devido a conduta do líder ser contagiante. Jesus é o modelo de líder a ser seguido, Sua conduta amorosa, Seu desprendimento aos Seus próprios interesses nos constrange a querermos ser iguais a Ele.

3.2. Áreas de vigilância em posição de destaque
Existe um duplo perigo para aqueles que se encontram em posição de liderança, ou desejam um dia exercê-la: o orgulho e a arrogância (1Tm 3.6). Nossas posições na Obra do Senhor, capacidades, talentos, dons ou experiências não devem fazer com que venhamos a nos sentir melhores do que os outros. Que possamos seguir o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, mesmo sendo Deus, se fez homem, servo, homem de dores (Fp 2.6,7). Diferentemente de Satanás, que, mesmo sendo um anjo, achou que poderia ser semelhante a Deus (Is 14.14). Deus dá graça para os humildes, mas resiste aos soberbos Tg 4.6.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A Bíblia nos apresenta jovens que permaneceram íntegros diante de Deus e dos homens. Podemos ver a integridade de José na casa de Potifar, de modo a não cair em adultério; mesmo sendo assediado pela esposa de seu senhor (Gn 39.7). Daniel, Mizael, Azarias e Hananias não se corromperam com o manjar do rei, mas permaneceram fiéis aos seus ideais e ao seu Deus na Babilonia (Dn 1.8-13). Atualmente, muitos jovens são levados pelas amizades, pelos ideais deste mundo tenebroso, seja na escola, no trabalho, nas universidades, perdem sua essência e se deixam levar, vendendo o que tem de mais precioso apenas por um prato de lentilhas como fez Esaú (Gn 25.34).

CONCLUSÃO
Assim como os jovens Timóteo e Tito, que foram importantes para Paulo e para o Reino de Deus, o Senhor quer levantar uma geração de jovens comprometidos com Ele, que não negociam seus valores, princípios e fé.

COMPLEMENTANDO
O relativismo é um pensamento que afirma que não existem verdades absolutas, mas elas dependem do referencial, de modo a se tornarem verdades relativas. Entretanto, em relação a Deus e a Sua Palavra, não existe meio termo, pois assim como não existem meias verdades, não existem meias mentiras. Atualmente, conceitos que são tratados na Bíblia como absolutos, como castidade, adultério, prostituição, imoralidades, dentre outros (1Co 6.9-11) têm sido tratados como relativos. O jovem cristão não deve negociar seus valores, mas deve permanecer fiel ao Senhor em todas as ocasiões.

Eu ensinei que:
Paulo enviou os jovens Timóteo e Tito para assumirem posições de liderança devido a sua conduta ilibada e seu compromisso com o Reino de Deus.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sábado, 9 de dezembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 12 / 4º Trim 2023

                                    

    EPÍSTOLA DA PRISÃO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Ef 3.1-7

LEITURA SEMANAL
Seg Fp 2.18 Devemos nos alegrar no Senhor.
Ter Fp 2.5 Devemos ser humildes como foi Cristo.
Qua Cl 1.15 Jesus é a imagem do Deus invisível.
Qui Fm 1.7 Nós nos alegramos e somos encorajados pelo amor demonstrado.
Sex Ef 5.8 Devemos viver como filhos da luz.
Sab Ef 3.12 Por meio da fé em Cristo, temos acesso à presença de Deus.

VERSÍCULO DO DIA
"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados", Ef 4.1.

VERDADE APLICADA
Nenhuma adversidade que nos sobrevenha pode impedir o propósito de Deus em nossa vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar temas relevantes da Carta aos Filipenses; 
Apresentar as Cartas de Colossenses e Filemom; 
Desenvolver os temas centrais da Carta aos Efésios.

INTRODUÇÃO
Paulo escreveu quatro Cartas quando estava preso em Roma: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Estes escritos retratam um pouco as dificuldades e privações vividas por um homem que dedicou a sua vida por um único e grandioso propósito: viver para Cristo em prol do Reino e da Igreja.

Ponto Chave
"Mesmo preso em Roma, Paulo se preocupava com a saúde espiritual das Igrejas comunicando-se através de Cartas."

1 - FILIPENSES
A igreja dos Filipenses foi a primeira a ser fundada na Europa. Lídia foi a primeira pessoa convertida da cidade. Foi lá que Paulo ficou preso com Silas e ali pregaram ao carcereiro. A igreja mantinha financeiramente o ministério do apóstolo (Fp 4.15,16). Os estudiosos não têm um consenso onde provavelmente Paulo escreveu a Carta, sendo o mais provável Roma, pois afirma que poderia sofrer uma morte iminente (Fp 1.20).

1.1. Regozijai-vos sempre
Um dos temas principais da Carta é a exortação e o encorajamento de viver segundo os padrões de Cristo. É fundamental para todo cristão conhecer Cristo profundamente de modo a participar com Ele de Sua morte e de viver Sua vida, de forma a se sacrificar pelo próximo. O sofrimento certamente virá, todavia em Cristo podemos encará-lo com alegria. O incentivo em regozijai-vos é uma forma de contagiar e constranger, pois, mesmo preso, o apóstolo espalhava a alegria da salvação. Ele ensina que, por meio da oração, o cristão pode manter uma vida de alegria (Fp 1.3-11).

1.2.  Unidade pela humildade
Como cidadãos do Céu, Paulo ensina o caminho da unidade através da humildade conforme o hino cristológico de Fp 2.5-8. Mesmo humano, Jesus se mostra igual a Deus, por manifestar a essência divina em todo o Seu ser, o de amar de forma altruísta e de entrega plena e total de Si mesmo; permanecendo fiel ao compromisso que estabeleceu com Deus Pai, o de morrer sob o peso do pecado. Ao ser tornar carne, o Filho de Deus aniquilou-se [do grego, kenosis]. Ele não deixou de ser Deus, mas se fez totalmente humano. Jesus é o maior exemplo de humildade, um Deus que desceu, não nasceu nos palácios, mas na manjedoura, viveu como um camponês, fez-se filho de um carpinteiro, mesmo sendo rico, fez-se pobre.

Refletindo
"O seu caráter deve provocar todos a imitarem a sua vida e conduta."
Cipriano

2 - COLOSSENSES E FILEMOM
O que as Cartas aos Colossenses e a Filemom têm em comum? Ambas foram escritas quando Paulo estava preso em Roma, e foram enviadas por Tíquico (Ef 6.21). A Igreja em Colossos se reunia na casa de Filemom, da qual Onésimo fazia parte (Cl 4.9).

2.1. Para a Igreja em Colossos
A cidade de Colossos ficava na Frígia às margens sul do rio Lico, ela foi fundada quando Paulo estava em Éfeso. Durante esse período, Epafras provavelmente estava em Éfeso e se converteu ao Evangelho, retornando à cidade de forma a dar início a Igreja em Colossos (Cl 1.7). No momento da redação da Carta, Epafras se encontrava junto a Paulo em Roma e relata os fatos ao apóstolo (Cl 4.12). O tema principal da Carta é reafirmar que Cristo é o Senhor sobre toda a Criação, inclusive sobre o reino espiritual, e que, por meio dEle, a salvação foi consumada. Todo o tipo de governo está debaixo do Senhorio de Cristo, sejam governos humanos ou poderes cósmicos (Cl 1.15-20).

2.2. Uma epistola para Filemom
A Carta endereçada a Filemom trata de seu escravo Onésimo que recentemente tinha encontrado com Paulo em Roma e se convertido ao Evangelho. Paulo envia Onésimo de volta ao seu senhor, mas pede que o aceite como seu próprio coração (Fm 1.12). A Epístola trata dos temas de reconciliação e do relacionamento entre servo e senhor. Ela também retrata o conceito ensinado por Cristo do maior servir ao menor (Lc 22.26), pois, ao receber o escravo como se fosse Paulo, seu pai na fé, fica implícito que Filemom deveria agora cuidar de seu escravo como a um irmão em Cristo. Apesar de não tratar diretamente do assunto, o pedido do apóstolo deixa sugestivo a abolição de escravos por senhores cristãos.

3 - EFÉSIOS
Paulo permaneceu três anos na cidade de Éfeso (At 20.31), isso fez com que ele conhecesse muito bem aquela Igreja. Também escrita na prisão, ela tem como objetivo promover espiritualidade entre os membros da Igreja de Cristo; reconciliação entre judeus e gentios por intermédio da morte sacrificial de Jesus na cruz; a supremacia sobre as "potestades" e a ética cristã em sua unidade com o Espírito.

3.1.  Uma carta circular
Muitos estudiosos afirmam que a falta de uma introdução mais personalizada e a afirmação que aparentemente Paulo não conhecia os destinatários (Ef 1.15), faz acreditar que o apóstolo, redigiu uma carta que servisse não somente as Igrejas em Éfeso, como era de costume, mas também as outras Igrejas da Ásia, dando a esta carta um caráter circular, as quais Tíquico estava entregando, com a Carta aos Colossenses (Cl 4.7-9). Outra característica de Carta circular é que "aos Efésios" não é escrita a partir de um problema específico ou a partir de um relatório vindo de um dos colaboradores do apóstolo, ela abrange conceitos gerais sobre a redenção e a correta conduta da Igreja.

3.2. O alcance da Obra da salvação
A Carta trabalha conceitos já desenvolvidos por Paulo, como unidade, em especial, de judeus e gentios em Cristo. Ele emprega o termo amor/caridade [do grego, "ágape"] 19 vezes, iniciando (Ef 1.4-6) e terminando a Carta [6.23-24]. Ele também fala sobre a graça e a paz (Ef 1.2), predestinação (Ef 1.4- 5), a reconciliação e a união com Cristo (Ef 2.1-21). Portanto, conforme o Plano Divino, estabelecido desde a eternidade, Deus dirige, executa e mantém a salvação dos eleitos. Assim como a presença e habitação do Espírito é a garantia e a certeza da salvação (Ef 1.13,14).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
As duas naturezas de Cristo é um dos mistérios do cristianismo, pois como Cristo poderia ser totalmente Deus e totalmente humano? Essa doutrina das duas naturezas de Cristo é chamada de "união hipostática". Afirma-se, portanto, que, em Cristo, a natureza humana e a divina não se misturam, enquanto Ele permanece como uma só pessoa. Os Pais da Igreja utilizaram o símbolo da tocha como meio pedagógico; assim a parte do fogo representava a natureza divina, enquanto a parte de madeira representava a natureza humana. Os dois elementos permanecem juntos, tanto o fogo quanto a madeira, mas não se confundem nem se misturam. Neste sentido, as duas naturezas em Cristo não são confundidas nem suprimidas, elas subsistem justapostas na pessoa do Cristo.

CONCLUSÃO
A prisão abriu a oportunidade para Paulo se comunicar com as Igrejas através de Cartas que posteriormente se tornaram o grande bloco doutrinário da Bíblia. Determinadas limitações abrem oportunidades para outros talentos.

COMPLEMENTANDO
Em Filipenses 2.7, o texto afirma que o Filho de Deus "aniquilou-se"; fazendo-se homem. Alguns pensadores da antiguidade negavam a divindade de Cristo devido a Sua humanização, eles afirmavam que não poderia haver mudança na divindade. Desta forma, como o Filho preexistente de Deus se fez homem, os pagãos afirmavam que Ele não poderia ser Deus. Embora tal afirmação seja pertinente, não existe variação tampouco mudança na essência de Cristo, pois Ele expressa o Pai em toda a Sua plenitude; tudo que o Pai é o Filho revela, e nisso não há sombra de variação.

Eu ensinei que:
Quando estava preso em Roma, Paulo escreveu quatro Cartas que denominamos as Cartas da Prisão, são elas: Efésios, Colossenses, Filipenses e Filemom.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

sábado, 2 de dezembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 11 / 4º Trim 2023

                                            

A DRAMÁTICA VIAGEM A ROMA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: 2Co 11.23-30

LEITURA SEMANAL
Seg At 27.1 Paulo navegou para Roma como prisioneiro.
Ter At 27.14 Na viagem à Itália, um pé de vento lançou o navio de Paulo para o alto mar.
Qua At 27.41 O navio onde Paulo estava naufragou.
Qui At 28.1 Os tripulantes da embarcação chegaram à ilha de Malta.
Sex At 28.3 Na ilha, em frente ao fogo, Paulo é picado por uma víbora.
Sab At 28.30 Em Roma, Paulo ficou preso em sua própria casa que alugara.

VERSÍCULO DO DIA
"E na noite seguinte, apresentando-se lhe o Senhor, disse: Paulo, têm ânimo! Porque, como de mim testificasse em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma," At 23-11.

VERDADE APLICADA
Deus conta conosco frente desafios da evangelização de povos e nações.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar como foi o naufrágio do navio de Paulo;
Compreender que Paulo, com ousadia, anunciou o Evangelho, estando preso em Roma;
Expor sobre a conscientização da urgência da evangelização de todos os povos.

INTRODUÇÃO
O Apóstolo Paulo segue cumprindo o propósito de Deus para sua vida e ministério, ele vai em direção ao coração do Império romano. Entretanto, ele encontra obstáculos que tentam atrapalhar seu percurso. Mas uma vez, Deus se mostra na vida de seu servo e este consegue aproveitar as oportunidades.

Ponto Chave
"Mesmo diante das maiores adversidades, Paulo nunca reclamou, murmurou ou se queixou contra Deus, mas permaneceu firme em seu chamado e vocação."

1 - O NAUFRÁGIO
Após sua apelação a César e os dois anos presos em Cesaréia, por causa dos eventos em Jerusalém, Paulo e seus companheiros de viagem, Lucas e Aristarco partem em direção à Roma a fim de ser julgado pelo imperador.

1.1. De Cesaréia a Bons Portos
Paulo era prisioneiro do império e deveria ser enviado para Roma em custódia. Passaram por Sidom e em Mirra trocaram de embarcação. A navegação no Mediterrâneo era perigosíssima depois de setembro, e no inverno era suspensa. Tiveram dificuldade de navegar por causa do vento contrário, chegaram em Bons Portos, depois do jejum, (At 27.9). Paulo advertiu ao centurião quanto aos perigos que lhe aguardavam em seu trajeto, entretanto, o centurião preferiu ouvir o piloto a Paulo mais tarde, o desinteresse em ouvir o conselho de Paulo, levaria o militar a reconhecer a autoridade de moral e espiritual que estará sobre o apóstolo.

1.2.  A tempestade no Mediterrâneo
Repentinamente, o vento mudou de direção, naquele período a navegação era realizada prioritariamente por remos, a vela era apenas um meio secundários de propulsão, o que dificultou a viagem (At 27.14). Outro elemento preocupante era se manter próximo a costa, pois não existia a bússola, tampouco o sextante para orientar a navegação (At 27.20). Eles perderam a esperança da salvação da embarcação, mas um anjo orientou Paulo sobre o naufrágio e assegurou que ninguém morreria. Em meio à tribulação e ao perigo não podemos nos desesperar, devemos permanecer confiantes, o crente fiel, assim como Paulo, inspira coragem e confiança (1Co 16.13)

Refletindo
"O tempo está curto, a vinda do Senhor está próxima; as oportunidades para se exercer o evangelismo não durarão muito". 
Stanley M. Horton

2 - DE MALTA PARA ROMA
Próximo a praia, o navio encalhou em um banco de areia, de tal forma que ao ser açoitado pelas ondas do mar, começou a se partir ao meio. Os soldados, com medo da fuga dos prisioneiros, queriam matar todos, mas o centurião, por causa de Paulo não permitiu (At 27.42,43).

2.1. O Apóstolo na ilha
Com a destruição total do navio, os náufragos se seguraram nos pedaços de tábuas e chegaram em segurança em terra firme. Podemos observar que foi por intermédio da vida de Paulo que o centurião poupou a vida de todos os prisioneiros (At 27.43,44). A presença de um justo em meio a uma multidão de ímpios serve como proteção e anúncio de salvação para os perdidos. Algumas vezes Deus permite, ou até mesmo nos envia a certos lugares para que com a nossa vida testemunhemos o poder de Deus e preguemos o Evangelho. Deus deseja que todos sejam salvos (1Tm 2.4).

2.2. Paulo e o pai de Públio
Eles chegaram a Ilha de Malta e foram recebidos pelos nativos, os quais fizeram uma fogueira para aquecer, e por não falarem o grego ou latim, eram chamados de bárbaros (At 28.1,2). Paulo se encontra com o Governador da cidade, Públio, e cura seu pai de febre e disenteria, de forma que, outros enfermos são levados até ele para receberem a cura (At 28.7- 10). A salvação e a cura chegam até os mais necessitados por meio dos escolhidos de Deus, podemos ver na passagem o poder na oração e da imposição de mãos, que tais práticas não estejam ausentes em nosso meio.

3 - PRESO EM CASA
Paulo e seus companheiros permaneceram três meses na Ilha de Malta após o naufrágio e seguiram para Roma (At 28.11-14).

3.1.  Preso, mas livre para pregar
Em Roma, foi permitido ao apóstolo permanecer em prisão domiciliar, possivelmente em uma casa alugada por ele mesmo (At 28.30). O revezamento entre os soldados da guarda permitiu que Paulo continuasse a pregar o Evangelho aos soldados romanos. De acordo com Cairns (1995), uma das formas de expansão do cristianismo primitivo foi através da conversão de soldados romanos que devido suas movimentações pelas provinciais do império, levavam a mensagem do Evangelho as regiões aonde eram designados. O apóstolo se encontrava limitado, mas a Palavra de Deus não encontra barreiras, pois ela cumpre o Seu propósito (Is 55.11). 

3.2. Oportunidades para a evangelização
É impressionante a capacidade que o Apóstolo Paulo tinha de aproveitar as oportunidades. Era notória a sua segurança em Deus e seu sentimento de propósito e vocação. Paulo cantou e entoou louvores a Deus quando estava no cárcere em Filipos (At 16.25), ele pregou a mensagem do Evangelho diante de duas grandes autoridades, Pórcio Festo e Agripa (At 26.24-27), e permaneceu confiante e sereno mesmo sabendo que sua embarcação estava prestes a naufragar (At 27.22). Seu senso de urgência na proclamação do Evangelho é, no mínimo, contagiante: "(...) ai de mim se não anunciar o Evangelho!" (1Co 9.16).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Sobre a expansão do Evangelho no período do século I, é interessante afirmar que o Império Romano contribuiu bastante. O Império Romano produziu a consciência de história mundial, na qual, Roma era a representação da monarquia universal na qual se unia todo o mundo conhecido. Eles desenvolveram um senso de unidade da humanidade sob uma lei universal. Esse senso de solidariedade do homem no Império criou um ambiente favorável à aceitação do Evangelho que proclamava a unidade humana, baseada no fato de que todos os homens estavam sob a pena do pecado e que a todos era oferecida a salvação que os integra, a Igreja de Cristo. Eles também criaram um ótimo sistema de estradas. Um estudo das viagens de Paulo mostra que ele serviu muito desse ótimo sistema viário para atingir os centros estratégicos do Império Romano. CAIRNS, Earle. O Cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1995.p. 29-31...

CONCLUSÃO
A confiança em Deus, em meio as adversidades, é o que caracteriza o cristão maduro em relação ao neófito. A fé e o propósito da missão levava Paulo a manter o foco: levar as Boas Novas a todas as pessoas.

COMPLEMENTANDO
O Apóstolo Paulo denomina o tempo do NT como plenitude os tempos (GI 4.4), que por sinal, foi uma preparação do mundo para a vinda de Cristo, Marcos também vai fazer tal afirmação (Mc 1.15). Da mesma forma em que os romanos contribuíram para a propagação do Evangelho, tanto os gregos quanto os judeus foram indispensáveis para tal evento. Os gregos contribuíram através da língua universal (utilizada para as transações comerciais) o grego koiné e a filosofia que desacreditou o politeísmo. O papel dos judeus foi de servir de base para o cristianismo com a concepção monoteísta, os escritos do AT, a expectativa messiânica e a noção de santidade...

Eu ensinei que:
Apesar de ser acometido de inúmeras adversidades como naufrágios e prisões, Paulo permaneceu fiel ao seu chamado e nada disto o impediu de pregar o Evangelho.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 10 / 4º Trim 2023

                                          

PRISÃO NA CIDADE SANTA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 21.17-20

LEITURA SEMANAL
Seg At 21.8 Paulo se encontrou com Filipe em Cesaréia.
Ter At 21.9,10 O dom de profecia era concedido tanto
para homens como para mulheres.
Qua At 11.27-29 Ágabo havia profetizado que haveria fome em Jerusalém 15 anos antes do acontecimento.
Qui At 21.13 Paulo estava disposto a ter o mesmo destino de Jesus em Jerusalém.
Sex At 21.18 Paulo esteve com Tiago em Jerusalém.
Sab At 21.27,28 Paulo é preso no Templo de Jerusalém.

VERSÍCULO DO DIA
"E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado," At 26.6.

VERDADE APLICADA
Paulo não focava nas circunstâncias, pois para ele o mais importante era cumprir com alegria a missão de proclamar o Evangelho de Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor sobre os acontecimentos em Cesaréia;
Discorrer sobre a prisão de Paulo em Jerusalém;
Explicar como Paulo se portou diante das autoridades.

INTRODUÇÃO
Paulo foi preso em Jerusalém e enviado para prisão na Cesaréia, a fim de ser julgado. Parecia o fim de suas viagens missionárias, no entanto, elas prosseguiam em uma nova perspectiva divina.

Ponto Chave
"A prisão de Paulo serviu ao propósito de Deus, para que ele fosse pregar o Evangelho em Roma, no coração do Império."

1 - PAULO EM CESARÉIA
Em Filipos, Paulo encontrou-se com Lucas e juntos foram para Trôade (At 20.6). A fim de evitar uma certa demora, utilizou Éfeso como atalho (At 20.16), de modo que os anciãos encontraram-se com ele em Mileto, onde se despediu (At 20.17). Por fim, o grupo desembarcou em Tiro, onde ficou uma semana e seguiu para Cesaréia.

1.1. Paulo visita Filipe
Quando o apóstolo chegou em Cesaréia, lá ficaram com Filipe, um dos sete diáconos. Foi ali que o profeta Ágabo profetizou sobre o aprisionamento de Paulo em Jerusalém (At 21.11). Paulo sabia muito bem do destino que o esperava em Jerusalém, mas, mesmo diante da eminente prisão, o apóstolo permaneceu fiel aos seus ideais. A fidelidade ao Senhor exige de nós abnegação, compromisso e firmeza. Paulo não se abateu diante do anúncio da dificuldade, mas a certeza de seu ministério e chamado fazia com que ele fosse inabalável em suas convicções.

1.2.  O futuro em Deus
Paulo não se sentiu abalado com o que aconteceria com ele no futuro, pelo contrário, ele estava disposto a seguir os mesmos passos de Jesus (1Pe 2.21). Deus o alertou sobre sua prisão através do profeta Ágabo (At 21.11). A nossa confiança deve estar em Deus, pois se o Senhor não protegera cidade, em vão vigia a sentinela (Sl 127.1). O futuro não deve nos abater, gerar ansiedade ou tirar a nossa paz, pois Deus tem cuidado de nós. Jesus nos ensinou que tanto a nossa alimentação quanto a vestimenta, condições básicas de subsistência para o ser humano, fazem parte da providência divina para os seus filhos; Ele tem cuidado de nós (Mt 6.25-34).

Refletindo
"O cárcere terreno não impedia Paulo de pregar as Boas Novas, pois ele tinha plena certeza da liberdade de sua alma em Cristo para a propagação do Evangelho." 
Bispo Abner Ferreira

2 - PAULO EM JERUSALÉM
Na chegada a Jerusalém, Paulo e sua comitiva foram acolhidos afetuosamente pelos irmãos, e recebidos por Tiago e pelos presbíteros da igreja (At 21.18).

2.1. Paulo vai ao Templo
Alguns acusaram Paulo de que ele estava ensinando aos judeus a abandonarem a observância da Lei e seus costumes (At 21.21). Num gesto conciliatório, ele aceita custear as despesas de quatro homens ao voto de nazireato (At 21.23-24) e de participar publicamente da cerimônia, de modo a refutar tais rumores, assim como está especificado na Lei do AT (Nm 6.1- 21). Paulo agiu de boa vontade, de modo a se submeter ao costume judaico indo ao Templo. Às vezes, é necessário "abrir mão" de certos posicionamentos para a união do grupo e para não prejudicar a Obra de Deus.

2.2. Paulo é preso
Quando os judeus da Ásia, que tinham observado Paulo na companhia do gentio Trófimo de Éfeso, acusaram-no de ter levado um não judeu para dentro do Templo. Assim como Jesus, ele sofreu uma falsa acusação de seus irmãos judeus, assim como sua cidade adotiva o rejeitava, os hostis romanos prendem-no. O tribuno romano livra Paulo do linchamento, prendendo-o (At 21.33), cumprindo-se então a profecia de Ágabo (At 21.10). As adversidades na vida do cristão possuem um propósito, nem sempre entendemos, mas o fato é que saímos mais fortes delas.

3 - APELO A CÉSAR
Paulo solicitou ao oficial romano que o deixasse falar à multidão (At 21.37- 40). Discursando em aramaico, idioma da época, Paulo relatou sobre sua pré-conversão e de sua visão do Filho de Deus. Tal discurso causou grande furor à multidão, de modo que o comandante ordenou que Paulo fosse açoitado, mas, ao saber que ele era cidadão romano, a ordem foi cancelada (At 22.25-29).

3.1.  Paulo diante de Félix
Paulo foi levado ao Sinédrio, e falou diante das autoridades judaicas (At 23.1-10). O Senhor apareceu a ele naquela noite e revelou o Seu propósito de enviá-lo a Roma (At 23.11). Devido a uma conspiração com o intuito de matá-lo, um destacamento com 470 homens levam-no de Jerusalém à Cesaréia (At 23.23,24). Ele ficou preso dois anos em Cesaréia por ordem do governador romano Félix (At 24.27). Pórcio Festo substituiu Félix no governo da Judeia. Ele era mais justo que seu antecessor, o qual mantivera Paulo preso com a intenção de obter um suborno do apóstolo, mantendo-o cativo só para contentar os judeus (At 24.26).

3.2. Paulo fala ao rei Agripa
O texto bíblico afirma que, passado um tempo, Ágripa e Berenice foram a Cesaréia visitar Festo (At 25.13). O Governador Festo contou a história de seu prisioneiro político mais famoso, o Apóstolo Paulo, de modo que Ágripa pediu para se encontrar com ele, convidando o Após- tolo a contar sua história. Paulo aborda-lhe sobre a sua vida de homem religioso (At 26.2-11) e de homem redimido (At 26.12-23). Após a apresentação de Paulo, tanto Ágripa quanto Festo concordam que o prisioneiro poderia ser libertado, somente se não tivesse apelado para ser julgado pelo Imperador Romano, César. Paulo não teve vergonha nem colocou seus interesses a frente da mensagem do Evangelho, mas aproveitou a oportunidade, pregar para as autoridades do local.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O direito do cidadão de apelação ao imperador parece ter se desenvolvido do direito antigo à apelação na época da república. Esse direito impedia que os magistrados matassem, açoitassem, acorrentassem ou torturassem um cidadão romano, ou, ainda, que o sentenciassem ou o impedissem de ir para Roma. Qualquer cidadão romano, em qualquer lugar do império, estava protegido contra uma punição sumária por um magistrado, apesar de este poder tratar os casos que envolviam transgressão clara da lei estatutária. Foi com certo alívio que Festo ouviu o apelo de Paulo a César, pois, com isso, ele ficava livre da responsabilidade de tomar uma decisão sobre aquele caso. Se Paulo fosse liberto em Jerusalém, possivelmente seria morto pelos judeus, mas, ao ser levado à Roma, pôde continuar seu ministério pregando no centro do Império Romano. (BRUCE, F.F, Paulo o apóstolo da graça: sua vida, cartas e teologia. São Paulo: Shedd Publicações, 2003. pp.352-353)

CONCLUSÃO
Nem sempre compreendemos ou aceitamos, inicialmente, os planos de Deus, mas certamente, Ele tem o melhor para nós, pois Sua vontade é boa, perfeita e agradável.

COMPLEMENTANDO
Paulo era conhecido por sua eloquência e sua retórica aprimorada, ele utilizava uma técnica chamada de diatribe, termo de origem grega que significava "discurso ou conversação filosófica". Sua capacidade persuasiva era tamanha que, diante do Sinédrio, ele conseguiu que os fariseus e saduceus discutissem, tirando o foco dele (At 23.6,7), e diante de Ágripa, o persuadiu de modo que o monarca se sentiu constrangido diante de suas afirmações (At 26.28).

Eu ensinei que:
A prisão de Paulo em Jerusalém fazia parte de um plano divino na propagação do Evangelho.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 9 / 4º Trim 2023

                                        

UMA NOTÁVEL LIDERANÇA
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TEXTO DE REFERÊNCIA: At 20.17-24 

LEITURA SEMANAL
Seg Fp 3.17 A liderança cristã é pautada no exemplo de Cristo.
Ter Rm 12.8 Aquele que está à frente deve fazê-lo com zelo e dedicação.
Qua At 6.3 O verdadeiro líder deve ser cheio do Espírito.
Qui 1Tm 3.9 Comprometidos com o segredo da fé.
Sex Nm 11.16-17 É prudente compartilhar a liderança.
Sab Js 1.2 Um bom líder prepara bons sucessores.

VERSÍCULO DO DIA
"E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério", 1Tm 1.12.

VERDADE APLICADA
A grandeza de toda liderança consiste em reconhecer-se pequeno e dependente de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o perfil da liderança de Paulo;
Desenvolver o estilo da liderança do apóstolo;
Explicar a essência da liderança paulina.

INTRODUÇÃO
A liderança é a capacidade de influenciar pessoas e de fazer com que elas sigam o líder e se submetam a sua autoridade. Jesus é considerado no mundo todo como o maior líder, e Paulo foi influenciado por Cristo, estabelecendo em sua liderança carisma e comprometimento a fim de desenvolver talentos.

Ponto Chave
"Paulo exerceu sua liderança com excelência e no fim estabeleceu sucessores."

1 - PERFIL DA LIDERANÇA DO APOSTOLO PAULO
Paulo tinha um perfil bem abrangente em sua forma de liderar, contudo vamos nos ater a duas qualidades latentes do apóstolo: seu comprometimento e dedicação.

1.1. Comprometimento
Antes mesmo de seu encontro com o Cristo Ressurreto, Paulo já possuía como característica um comprometimento acima do normal em relação ao judaísmo (Gl 1.14). O apóstolo se tornou completamente imerso na causa de Cristo após sua conversão, de modo que, mesmo sofrendo demasiadamente (2Co 11.23-28), não perdeu seu ímpeto em relação ao seu chamado e a Grande Comissão. As dificuldades não podem nos parar nem fazer com que venhamos a desistir, pois aquele que nos chamou para a boa Obra é fiel e poderoso para nos abençoar e nos dar a vitória.

1.2.  Dedicação
Outro perfil que nos chama atenção na liderança de Paulo era sua dedicação. A dedicação é a capacidade de auto entrega, sacrifício, manifestação de amor, de apreço e consideração. As Cartas de Paulo eram escritas às Igrejas erigidas por ele, e mostram seu carinho e amor. Algumas vezes, o apóstolo teve sua autoridade posta em dúvida, mas, mesmo assim, ele confrontou as adversidades. Comunicou-se com a Igreja de Corinto, cuidando de seus desvios e condutas (2Co 11.5). Somos chamados para a Obra do Senhor e como bons obreiros devemos agir com dedicação e excelência.

Refletindo
"O foco do ministério de Paulo estava em agradar a Cristo". 
Bispo Abner Ferreira

2 - ESTILO DE LIDERANÇA
O Estilo da Liderança de Paulo foi a sua forma e a maneira de exercer sua liderança sobre as Igrejas por ele estabelecidas.

2.1. Cristocêntrica
Um dos tipos de liderança é chamado de liderança centralizadora, a qual o líder centraliza em si mesmo toda a capacidade de decisão. Este estilo é bom quando seus liderados não possuem nenhum tipo de experiência ou maturidade, no entanto o líder pode se ver afundado em inúmeras demandas e ficar sobrecarregado. No caso de Paulo, a sua liderança é inicialmente cristocêntrica, ou seja, Cristo é o centro de sua vida, chamado e ministério. Jesus ensinava e delegava autonomia aos Seus discípulos na propagação do Evangelho. Paulo afirmou: "Sejam meus imitadores, assim como eu sou de Cristo".

2.2. Liderança Participativa e Delegativa
As duas outras formas de liderar é através da liderança participativa, quando o líder divide com outros sua capacidade de decisão, e a delegativa, que é quando o líder passa totalmente a capacidade de decidir a outrem, a responsabilidade, no entanto, ainda é daquele que delega. Paulo utilizou tanto uma quanto a outra. A liderança participativa foi utilizada quando viajou com Barnabé (At 14.1) e com Silas (At 16.25), e o segundo modelo foi o preferido quando delegou a direção das Igrejas em Éfeso e Creta para Timóteo e Tito, respectivamente. Desde o AT, vemos que até mesmo Moisés sentiu-se sobrecarregado, de modo que o Senhor capacitou setenta anciãos para dividir o fardo com Moisés (Nm 11.16-17).

3 - CAPACIDADES ESSENCIAIS DA LIDERANÇA DE PAULO
Grande era a capacidade de liderar do Apóstolo Paulo, mas sua visão de futuro fez com que ele deixasse um legado para as gerações; escrevendo suas cartas e estabelecendo discípulos. O cristianismo não parou quando Paulo foi executado.

3.1.  Emancipadora
Emancipar é fazer com que algo ou alguém se torne independente, que possua autonomia. Como vimos, a liderança de Paulo não era centralizadora, ele respeitava os irmãos que possuíam algum tipo de autoridade, Apolo, Tiago, João. E também investia na autonomia daqueles que faziam parte de seu colegiado, Timóteo, Silvano e Tito, Timóteo levou a carta em mãos à Igreja em Corinto (1Co 4.17), Silvano que estava sempre com ele (2Ts 1.1), Tito que foi com ele a Jerusalém (Gl 2.1). Não devemos temer quando formos separados para um ministério específico, pois crescemos nos momentos de adversidade e desafios.

3.2. Dinâmica
Não podemos esquecer que a liderança de Paulo era totalmente dinâmica, proativa e pujante. O dinamismo na liderança do apóstolo estava em sua total dependência da ação do Espírito Santo (Rm 5.5). Ele era proativo, ou seja, ele se antecipava, saía de sua zona de conforto, não era estático, mas prosseguia em direção aos seus objetivos, as viagens missionárias são exemplos disso. Sua liderança era poderosa espiritualmente, apesar de aparentemente ele não ser uma pessoa imponente (como diziam a seu respeito - 2Co 10.10), era cheio do Espírito. Assim como Paulo, somos chamados a viver na plenitude de Deus (Ef 3,19).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A liderança possui basicamente quatro alicerces, a saber: a Autoridade Formal, Autoridade Moral, Competência e Carisma. A Autoridade Formal é aquela que é imputada através do ministério, pois ninguém pode exercer algum tipo de liderança sem que lhe seja outorgada por alguém. A Autoridade Moral é a autoridade exercida através de uma vida exemplar, pautada na santidade e consagração. A Competência é a capacidade de conhecer e manusear a Palavra de Deus, de orar, de pregar, de liderar com excelência. Por fim, o Carisma é o dinamismo e a influência do Espírito Santo na vida do cristão.

CONCLUSÃO
Quando dividimos nossa capacidade de decisão com irmãos comprometidos e maduros, acabamos preparando novos obreiros e líderes na Obra de Deus. Em sua notável liderança, Paulo praticou este princípio.

COMPLEMENTANDO
Para uma liderança eficaz é necessário seguir alguns princípios: Conheça e lidere a si mesmo; conheça e desenvolva pessoas: lidere pelo exemplo; saiba executar, comunique-se de forma clara e objetiva; reconheça e motive seus liderados; tenha empatia e seja justo.

Eu ensinei que:
A liderança pujante de Paulo estava pautada no exemplo de Cristo e no serviço aos irmãos.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)