(Revista Editora Betel)
Tema: MISSÕES E O MINISTÉRIO DE CRISTO

Texto de Referência: Lc 15.1-7
VERSÍCULO DO DIA
"E, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida". Lc 15.6
VERDADE APLICADA
Jesus veio ao mundo para resgatar e salvar todo aquele que estava perdido.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a universalidade do Ministério de Cristo:
✓ Apresentar o Reino de Deus como esperança universal;
✔Mostrar a Paixão de Cristo como evento universal.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que tenhamos ousadia ao falar sobre Cristo aos perdidos.
LEITURA SEMANAL
Seg Lc 15.7 Há alegria no céu quando um pecador se arrepende.
Ter Mc 7.26 Jesus libertou a filha de uma mulher grega.
Qua Is 52.7 O Reino de Deus são as Boas-Novas.
Qui Mc 1.15 Jesus pregou a proximidade do Reino de Deus.
Sex Mc 10.45 Jesus deu Sua vida em resgate.
Sáb Rm 8.32 Jesus se ofereceu para a salvação da humanidade.
INTRODUÇÃO
Professor(a), esta lição fala de como o Senhor Jesus trouxe um evangelho que fala uma linguagem universal, isto é, que pode ser pregado a todas as culturas e nações, e neste subsídio colocamos alguns acréscimos para enriquecer a aula.
O universalismo do ministério de Jesus significa que Seu ministério, pregação e morte vicária sempre foi apontado para todos, pois Ele sabia que seria rejeitado por Israel (Jo 1.11,12). A promessa do Evangelho foi para o mundo inteiro, como se pode ver na promessa feita a Abraão:
"E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.", Gênesis 12.3
Aqui o Senhor estava mostrando para Abraão, qual seria o alcance da salvação que o Senhor providenciaria por meio dele.
Ponto-Chave
"A mensagem do Reino de Deus pregada por Jesus é universal, não cabendo barreiras sociais, ideológicas, étnicas ou culturais."
1. A UNIVERSALIDADE DO MINISTÉRIO DE CRISTO
Apesar do Ministério de Jesus ser voltado para o resgate das ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15.24), Seu sacrifício e morte foram além dos limites de Israel, de modo a agregar aos Seus discípulos os gentios de todo mundo.
1.1. A missão de Jesus em resgate aos perdidos
Algumas vezes, os judeus questionaram o porquê de Jesus se relacionar com pecadores (Lc 15.2). Neste ínterim, Jesus responde com três Parábolas tal questionamento: a Parábola da ovelha perdida (Lc 15.4-7); da dracma perdida (Lc 15.8-10); e a do Filho Pródigo (Lc 15.11-32). Todas as parábolas explicam o Ministério de Jesus e sua busca por todos aqueles que são subjugados pelo pecado. Nestas Parábolas, é nítido o cuidado de Deus com as ovelhas que se desprendem do rebanho; a grande alegria ao encontrar
a dracma que se perdeu e o amor do Pai aos filhos perdidos, pelo que estava distante e pelo que estava em casa. Tudo o que o Senhor realizou desde o Antigo Testamento, até a vinda de Cristo e a instituição da Igreja, foi pensando nas almas. Logo em seguida à Queda do homem, o Senhor proferiu uma profecia onde resgataria o ser humano de volta:
"E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.", Gênesis 3.15
A partir dessa promessa, todas as ações do Senhor registradas na Sua Palavra foi para a salvação do ser humano e para trazê-lo de volta à Sua presença.
Por isso estava previsto que o Cristo viria a ser rejeitado pelo Seu povo. Com isso, o Senhor condenou a falsa religiosidade e estendeu o Evangelho ao mundo. Dentre alguns momentos em que Cristo afirmou que o Seu evangelho seria dado ao mundo inteiro, separamos esse em particular que ocorreu na ocasião em que uma mulher derrama um perfume caro sobre a cabeça do Senhor:
"Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua.", Mateus 26.13
Após fazer essa declaração, o Senhor Jesus mostrou Sua intensão em dar a vida em sacrifício e levar o Seu Evangelho ao mundo.
1.2. A missão de Jesus em resgate aos gentios
O Ministério de Jesus não foi direcionado somente para Israel, mas podemos ver alguns eventos em que Jesus se dirigiu a pessoas que não pertenciam ao povo de Israel, como no caso da mulher samaritana (Jo
4.1-42). Apesar de serem povos irmãos, os samaritanos e judeus tinham uma rivalidade acirrada devido às queixas históricas. Outro milagre que abençoou uma pessoa que, neste caso, era gentia, foi a mulher cananeia (Mt 15.21-28), que Marcos chama de grega, de origem siro-fenícia (Mc 7.26). Jesus também curou o servo de um centurião romano (Mt 8.5-13) e libertou um gadareno (Mc 5.1-20), região na Galileia chamada de Decápolis, conhecida por ser habitada por muitos gentios. Os judeus naquela ocasião tinham um senso de exclusividade, pois acreditavam que o Senhor era Deus apenas deles. Inclusive, a rivalidade com os samaritanos vinha dessa percepção errada, veja o questionamento da mulher samaritana:
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.", João 4.20
Os judeus condenavam o local de adoração dos samaritanos e não os recebiam no Templo. Mas Jesus mostrou para ela que o local de adoração não seria mais no Templo nem em lugar nenhum, e sim no coração de qualquer um que adorasse de verdade:
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.", João 4.23
Essa é a base da obra de missões, levar a possibilidade de toda pessoa adorar a Deus em qualquer lugar do mundo.
Refletindo
"Não é possível estar perto de Deus e não pensar nos perdidos. Eles estão sempre presentes nos pensamentos do Senhor".
Randy Alcorn
2. O REINO DE DEUS COMO ESPERANÇA UNIVERSAL
Em Seu Ministério terreno, Jesus pregou a mensagem do Reino de Deus. Este governo como profetizado no AT, tanto em Isaias 52.7, quanto em Salmos 93.1, afirmam que o Senhor reina, que todo domínio está em Suas mãos.
2.1. A esperança do Reino de Deus no AT
O senhorio de Deus é uma mensagem retratada no AT que expressa que o Senhor reina, mas também, se tornará Senhor sobre todo tipo de poder ou autoridade. A mensagem escatológica, que aponta para o fim dos tempos, designa que todos os poderes que se opõem a Deus serão subjugados, e o Senhor implantará um reinado de justiça e paz. O Senhor julgará os povos com aquilo que é correto e direito e exercerá a equidade (Sl 96.10). Este Reino de paz e justiça foi preparado por Deus antes mesmo da fundação do mundo e serve ao propósito missionário das Boas-Novas (Mt 25.34). O Reino de Deus no mundo tem três fases, vejamos:
1ª fase: é a que vivemos atualmente, nesta fase, o Reino está no mundo de forma espiritual, mas não governa o mundo físico. Veja o que Jesus disse:
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.", João 18.36
2ª fase: nesta fase o Reino será estabelecido de forma física com o governo mundial de mil anos, estabelecido em Jerusalém, essa fase ocorrerá após a Grande Tribulação:
"E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.", Apocalipse 20.4
3ª fase: esta será a última e definitiva fase do Reino do Senhor, em que Ele habitará para Sempre com o ser humano numa Nova Terra:
"1 E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.", Apocalipse 21.1,3
2.2. A mensagem de Jesus sobre o Reino de Deus
Além da mensagem central de Jesus que foi a pregação do Reino de Deus (Мc 1.15) e sua manifestação através da vida e ministério de Cristo, o Reino de Deus é a ação régia do Senhor e um novo relacionamento com o ser humano. Desta forma, está contida na mensagem do Reino de Deus a paternidade divina. É por meio de Jesus que nós passamos a ser filhos de Deus e herdeiros das bênçãos celestiais. Este reinado é universal, e se estende à humanidade de todas as gerações e épocas. Ele também é presente, mas velado, mas também é escatológico, ou seja, tem um caráter futuro, pois Deus reinará plenamente sobre todos. Esse subtópico se encaixa perfeitamente nas fases mencionadas sobre o Reino de Deus, ou seja, no momento estamos vivendo a primeira fase, onde o Reino de Deus é "velado", isto é ele está operando no mundo por meio do Espírito Santo e da Igreja, mas não é visível no plano físico, sendo assim, ele é velado.
"20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está dentro de vós.", Lucas 17.20,21
E quando o comentarista afirma, que é "também escatológico", se refere à segunda fase, que nesse momento é apenas uma promessa escatológica, veja:
"Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,", Daniel 2.44
Por isso, neste momento precisamos espalhar a boa nova sobre o Reino de Deus, afirmando a promessa do Reino futuro, fazendo missões, como Cristo fez.
3. A PAIXÃO COMO EVENTO UNIVERSAL
O sacrifício de Cristo quebra todas as barreiras étnicas, sociais, raciais, econômicas e culturais, pois é através de Sua morte que somos resgatados e o preço do pecado de toda a humanidade é pago (Cl 1.14).
3.1. A Paixão de Cristo
A Paixão de Cristo faz referência aos últimos dias do Ministério terreno de Jesus em que foi crucificado pelos romanos. Este termo não se refere somente ao amor pelos pecadores, mas principalmente pelo Seu sofrimento e dor. A mensagem impactante é que a morte sacrificial de Cristo segue o propósito agradável de Deus em moer o Seu Filho Unigênito (Is 53.10). Jesus foi moído, assim como se moi a flor da farinha para se fazer o pão, tudo isso por nos amar. Seu amor quebra as barreiras; sublime amor, que se entrega, não em parte, mas totalmente. Jesus nos amou acima da própria vida. Somos constrangidos por esse amor (2Co 5.14). A paixão de Cristo se refere ao ato de Jesus se colocando em nosso lugar, sofrendo e morrendo por nós. Tudo na Paixão de Cristo foi idealizado por Deus, até mesmo a Lei do sacrifício do cordeiro pascal. Por isso o profeta afirma:
"Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.", Isaías 53.10
Com esse feito Jesus deu a maior demonstração do amor de Deus ao ser humano, um amor sacrificial descrito em 1 Coríntios 13.
Convém lembrar, que Jesus em todo tempo poderia ter desistido daquela empreitada:
"52 Então, Jesus disse-lhe: Mete no seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão.
53 Ou pensas tu que eu não poderia, agora, orar a meu Pai e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos.", Mateus 26.52,53
3.2. A extensão do sacrifício de Cristo
O amor de Deus não busca seus interesses, ele é ágape, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1Co 13.4-7). Desta forma, se o sacrifício de Cristo é a expressão plena do amor de Deus, logo sua extensão está além de qualquer barreira. Ele ama a todos e se entregou por todos, mesmo tendo aqueles que não responderam positivamente ao chamado para o banquete (Mt 22.1-14). Ele veio para dar a Sua vida em resgate de muitos (Mc 10.45). Sua expiação é ilimitada, ou seja, Seu sacrifício é suficiente para salvar qualquer um que reconheça Jesus como Senhor e Salvador (Rm 10.9). Esse amor é chamado no grego de "amor Ágape" e em Coríntios é descrito assim:
"4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,
5 não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.", 1 Coríntios 13.4-7
Esse amor foi dado em favor de toda a humanidade, veja como Jesus expressou isso em forma de parábola:
"9 Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
10 E os servos, saindo pelos caminhos,ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados.", Mateus 22.9,10
Nós somos os servos que tem a responsabilidade de convidar a todos que encontrarmos para as Bodas do Noivo, isto é, convidá-los à uma posição que outros rejeitaram.
SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
"Antes de subir ao céu, Jesus deu à Igreja a autoridade de Seu nome: 'E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas' (Mc 16.17). A partir de então, os discípulos partiram levando consigo o poder desse nome, que é sobre todo nome (Fp 2.9). Pedro e João tiveram uma grande experiência à porta do Templo, quando disseram ao paralítico: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou: Em nome de Jesus, o Nazareno, levanta-te e anda' (At 3.6). Usemos pois, este poder na principal tarefa da Igreja, a evangelização". Fonte: (FERREIRA, Samuel de Cássio. Revista Betel Dominical, 4o. Trimestre, 1996, Lição 1).
CONCLUSÃO
A manifestação do Reino de Deus pregado por Jesus está ligada diretamente à pregação do Evangelho. Que possamos assumir a responsabilidade de sermos aqueles a quem Deus quer usar para salvar.
Complementando
O livro de Atos 1.8 descreve a explicação necessária a todos os discípulos de Jesus, bem como a relevância do Espírito Santo na jornada cristã, a fim de capacitar no cumprimento da missão: evangelizar o mundo. E começamos a missão sendo testemunha fiel de Cristo, vivendo de acordo com Seus ensinamentos, para que o mundo veja Cristo em nós.
Eu ensinei que:
A mensagem de Jesus sobre о Reino de Deus e Sua morte de cruz serve ao propósito universal da Salvação.
Fonte: Revista Betel Conectar
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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