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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 7 / ANO 2- N° 4

   

 Sacrifícios Voluntários: Um Caminho para a Nova Aliança

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Efésios 2.13-18
13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. 
14 Porque ele é a nossa paz, O qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, 
15 na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 
16 - e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. 
17 E, vindo, ele evangelizou a paz a vós que estáveis longe e aos que estavam perto; 
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. 

TEXTO ÁUREO
Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, Ó Senhor, porque é bom 
Salmo 54.6  

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Ageu 1.3-4 
Despertados para ofertas voluntárias. 

3ª feira - 1 Crônicas 29.20-24  
Expiação para reconciliar a todo o Israel. 

4ª feira - Hebreus 10.19-23 
Um novo e vivo caminho. 

5ª feira - 2 Coríntios 5.20,21 
Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós. 

6ª feira - Efésios 5.1,2 
Cristo se entregou em cheiro suave. 

Sábado -  Romanos 5.1-11  
Sendo, pois, justificados pela fé.

OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá: 
reconhecer a necessidade de oferecer louvor e adoração ao Senhor por todas as bênçãos recebidas; 
entender que há oportunidades de trabalho disponíveis para todos que estiverem dispostos a contribuir; 
- buscar com diligência o propósito de Deus para sua vida, visando alcançar o sucesso.  

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Prezado professor, incentive seus alunos a refletirem sobre a importância de estarmos constantemente agradecendo ao Senhor. E essencial que cada cristão compreenda que tudo o que possuímos ou somos provém de Deus. 
   A própria Bíblia nos instrui a darmos graças em todas as circunstâncias, não apenas pelas grandes bênçãos ou milagres extraordinários, mas também pelas pequenas coisas do cotidiano, que muitas vezes nos parecem já garantidas.
 
Excelente aula! 

COMENTÁRIO 
Palavra introdutória 
   Nesta lição, focaremos os três sacrifícios voluntários descritos no Livro de Levítico: o holocausto, que simboliza a consagração a Deus; a oferta de manjares, que representa o serviço a Deus; e a oferta de paz, que expressa a comunhão com Deus.

 1.  HOLOCAUSTO: A CONSAGRAÇÃO TOTAL AO SENHOR 
    O holocausto (hb. “oláh = “aquilo que é totalmente queimado para Deus”), conforme descrito em Levítico 1.1-17, é o sacrifício mais antigo e significativo nas Escrituras, praticado antes da Lei por figuras como Abel (Gn 4.4), Noé (Gn 8.20), Abraão e outros (Gn 22.13; 46.1). 
Este sacrifício envolvia a oferta de animais (Lv 1.3; 10-14) que eram totalmente consumidos pelo fogo no altar, simbolizando a consagração total ao Senhor. A prática exigia, em primeiro lugar, a expiação dos pecados do ofertante, e posteriormente, o holocausto servia como um ato de consagração. 
O fogo do altar deveria arder continuamente (Lv 6.13), permitindo que os fiéis sempre pudessem apresentar suas ofertas, reconhecendo seus pecados e se consagrando a Deus. Mais tarde, o holocausto tornou-se um sacrifício perpétuo, realizado diariamente em nome do povo (Nm 28.1-8).
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    Os sacrifícios oferecidos a Deus, também chamados de ofertas ou oblações, só eram aceitos quando o pecador demonstrava verdadeira consciência da necessidade de obediência e buscava uma comunhão sincera com Deus (1 Sm 15.22; Sl 40.6-8; Is 1.11; Os 6.6; Am 5.21,22; Mq 6.6,7).
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1.1. O ritual do holocausto 
    No ritual do holocausto, o ofertante deveria apresentar um animal macho sem defeito, sobre o qual colocava as mãos, simbolizando a transferência de sua vida. O sacrifício não visava ao perdão de pecados; portanto, não havia confissão (Lv 1.3,4). 
    Após ser morto, o animal era esfolado, cortado em pedaços, e as partes eram lavadas para remoção de impurezas. Os sacerdotes, então, organizavam e queimavam completamente o sacrifício no altar (Lv 1.6-9). No caso de aves, o processo envolvia destroncamento e fenda das asas (Lv 1.14-17). 
    O couro do animal era dado ao sacerdote (Lv 7.8). O sangue, representando a vida, era derramado ao redor do altar de cobre. Deus aceitava o sacrifício como cheiro suave ao Senhor (Lv 1.9,13,17).  

1.2. Aspectos tipológicos do holocausto 
    O holocausto, diferentemente da oferta pelo pecado, não tem foco na expiação de pecados específicos, mas simboliza a consagração total a Deus e a entrega completa do ofertante. Paulo segue essa ordem, primeiro falando da remissão dos pecados (At 13.38) e depois da justificação (At 13.39). 
    O holocausto prefigura essa justificação, representando O crente já reconciliado com Deus, purificado em Cristo. Jesus, sendo tanto a vítima quanto o sacerdote, ofereceu Seu próprio sangue de uma vez por todas (Hb 9.12). Seu sacrifício na cruz cumpre perfeitamente os tipos de sacrifícios do Antigo Testamento, de acordo com a vontade do Pai (Mt 26.39; Jo 4.34; Hb 10.7). 

1.2.1. Obediência suprema: a entrega voluntária de Cristo 
    Jesus, assim como o animal doado no sacrifício, entregou-se voluntariamente à vontade do Pai, sendo exemplo perfeito de obediência (Is 50.5,6; 53.7; Jo 10.2,5,17; 15.13; Hb 9.14; 10.10). Após recebermos o perdão de Deus e sermos renovados, somos chamados a consagrar nossa vida inteiramente a Ele. Essa entrega total, simbolizada como um sacrifício vivo, santo e agradável (Rm 12.1), deve Lhe ser oferecida como um aroma suave, pois agora pertencemos a Ele, tendo sido comprados por um alto preço (1 Co 6.20). Nossa consagração reflete a devoção completa e o reconhecimento de que nossa vida se destina à glorificação do nome do Senhor. 

1.2.2. Cinzas de aceitação: a prova do sacrifício aceito por Deus 
    A retirada das cinzas do holocausto e sua colocação ao lado do altar simbolizava a aceitação total do sacrifício por Deus (Lv 6.10), marcando a conclusão do processo de purificação e consagração. No Novo Testamento, esse simbolismo é ampliado, com Cristo sendo visto como o sacrifício perfeito. Assim como as cinzas indicavam a aceitação do sacrifício no Antigo Testamento, a obra de Cristo na cruz simboliza nossa aceitação diante do Senhor (Ef 1.6; 1 Pe 2.5). 

1.2.3. Aroma de santidade: a vida consagrada como testemunho de Cristo 
    A vida do cristão deve ser oferecida como um sacrifício contínuo e agradável a Deus, semelhante ao holocausto, que é uma tipificação da consagração absoluta. Assim como a oferta subia como um aroma suave ao Senhor, a vida entregue à vontade do Altíssimo torna-se um testemunho vivo, difundindo a fragrância de Sua presença e o bom cheiro de Cristo por todo o mundo (2 Co 2.14-16). 

 2. OFERTA DE MANJARES: O SERVIÇO DEVOTO AO CRIADOR 
    As ofertas de manjares ou cereais também eram voluntárias e agradavam ao Senhor. Elas eram parcialmente queimadas pelo sacerdote, e o restante servia de alimento para ele e sua família (Lv 2.10). Deus considerava essas ofertas como santíssimas (Lv 2.3), sendo o único sacrifício queimado sem derramamento de sangue. 

2.1. O ritual da oferta de manjares 
    O texto de Levítico 2 descreve quatro tipos de ofertas de cereais que poderiam ser feitas ao Senhor: farinha pura e peneirada (v. 1), bolos cozidos no forno (v. 4), cereais cozidos na frigideira (v. 7) e cereais de primícias, isto é, grãos novos esmagados e tostados ao fogo, que não seriam queimados (vv, 12,14). Essas ofertas eram preparadas conforme as instruções cerimoniais e misturadas com azeite, incenso, sal e vinho puro, mas sem fermento ou mel (v. 11). Os crentes ofereciam parte do que tinham em suas mesas como expressão de devoção a Deus. 

2.2. Aspectos tipológicos da oferta de manjares 
    Essa oferta representava o reconhecimento do devoto de que tudo o que possuía era uma dádiva divina (1 Cr 29.14). Como pecador, ele não tinha direito ao fruto da terra, mas o Senhor o sustentava com os alimentos produzidos (Dt 28.2-5). Em gratidão, ele oferecia cereais ou bolos, parte dos quais era queimada como aroma agradável a Deus, e o restante servia como sustento para o ministério no Santuário. 

Observe a seguir os principais simbolismos inscritos no ritual: 
  • aptidão para o serviço (Lv 2.1-3) — a oferta de manjares simbolizava a aptidão para o serviço, no qual o ofertante, embora não pudesse realizar as funções sacerdotais e levíticas, podia apoiar o sustento desses servos de Deus. A manutenção financeira dos ministérios e atividades da Igreja é exemplo atual da aplicação dessa atitude. Mesmo não sendo chamados para atuar fisicamente, os membros do Corpo de Cristo têm oportunidade de participar com suas contribuições e orações em favor da seara do Senhor e seus trabalhadores; 
  • pureza (Lv 2.1) — a flor de farinha pura, sem fermento, simboliza um coração puro e sincero (Sl 51.10), algo que agrada a Deus (Hb 10.22). Assim como a farinha era obtida por meio do esmagamento do trigo, Jesus sofreu e foi esmagado por nossos pecados (Is 53.5), representando a pureza e o sacrifício em nossa redenção; 
  • fermento e mel (Lv 2.11) — ambos eram proibidos. O fermento — simbolizando corrupção e fraude —, por alterar a essência da massa; e o mel, por sua capacidade de alterar a integridade dos elementos sagrados da oferta. Da mesma forma, nossas ofertas de serviço a Deus não podem estar contaminadas por contendas, ciúmes ou interesses egoístas (Tg 3.16);
  • sal (Lv 2.13) — permitido nas ofertas de bolos assados no forno, na assadeira ou na frigideira, o sal atua como elemento purificador e preservador. Ele simboliza o Espírito Santo, que é o agente de Deus responsável por nos manter espiritualmente vivos e produtivos (Mt 5.13; Mc 9.5; Cl 4.6);
  • azeite (Lv 2.1) — símbolo de consagração e alegria (Lv 8.10-12). O serviço na casa do Senhor deve ser realizado com dedicação e contentamento, pois Ele não se agrada quando este é feito com tristeza (2 Co 9.7); 
  • incenso (Lv 2.2) — símbolo da oração e súplica (Sl 141.2; Ap 5.8; 8.3). Feito de acordo com uma fórmula divina (Êx 30.34-38), o incenso era utilizado exclusivamente no Santuário, cobrindo o Tabernáculo com um aroma agradável e substituindo o cheiro dos sacrifícios. Além disso, criava uma nuvem que protegia o sacerdote de ver a glória de Deus no Lugar Santíssimo (Êx 30.10). Da mesma forma, a oração envolve o crente e o aproxima de Deus (Mt 6.6);
  • libações de vinho — o vinho puro era ofertado no altar e foi utilizado por jesus na Ceia para representar Seu sangue (Mc 14.23,24; 1 Co 11.25). Ele simboliza a vida, a alegria e a força espiritual (Sl 104.15). Da mesma forma, o crente deve estar cheio de vida, alegria e da força do Senhor, que é a nossa Videira verdadeira (Jo 15.9; Ef 5.18).
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   Embora o capítulo 2 de Levítico não mencione diretamente o uso do vinho na oferta de manjares, ele é frequentemente associado às libações (ofertas derramadas) que acompanhavam os holocaustos e outras ofertas, como descrito em Números 15.5-10.
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 3.  OFERTA DE PAZ: A COMUNHÃO ÍNTIMA COM DEUS 
    As ofertas de paz ou pacíficas representavam a comunhão, paz e amizade entre Deus e o ofertante. Essas ofertas eram realizadas em celebração e gratidão, muitas vezes após um sacrifício expiatório, para reafirmar a paz com Deus e promover a harmonia na comunidade de fé. Os sacerdotes e levitas, que normalmente viviam separados, podiam participar dessa refeição sacrifical com a família do ofertante, simbolizando a união entre todos os membros da comunidade israelita. As ofertas podiam ser feitas como louvor, gratidão, cumprimento de votos ou voluntariamente (Gn 31.33; Lv 7.2,16). 

3.1. O ritual da oferta de paz 
    O sacrifício de paz (Lv 3.1) permitia que qualquer pessoa oferecesse um animal, cujo sangue era aspergido ao redor do altar, simbolizando comunhão e paz com Deus. 
    A gordura era queimada como oferta ao Senhor (Lv 3.3-5), e pães e bolos sem fermento podiam ser incluídos (Lv 7.12). 
    Diferente dos sacrifícios de expiação, este ritual celebrava a comunhão com o Altíssimo e a união na comunidade de fé, permitindo que o ofertante, sua família e amigos consumissem a came (Lv 7.15,16). Mulheres também podiam participar, exceto em casos específicos de votos ou ritos, que exigiam a intervenção de um sacerdote (Nm 5.25; 6.20). 

3.2. Aspectos tipológicos da oferta de paz 
Observe a seguir os principais simbolismos inscritos no ritual: 
  • Cristo foi oferecido por nós como o sacrifício da paz (Cl 1.20; Ef 2.13-17), tornando-se a oferta de graça que nos sustenta espiritualmente (Jo 6.51-57; 1 Co 10.16). É pelo favor imerecido de Deus que, por intermédio o de Cristo, somos conduzidos ao único caminho que nos proporciona a verdadeira comunhão com o Pai (Rm 3.21; 5.1); 
  • as ofertas de paz exigiam um ato pessoal de devoção por parte do povo de Israel. Cada indivíduo tinha a responsabilidade de selecionar cuidadosamente um animal sem defeito ou os melhores cereais, dedicando tempo e reflexão para expressar sua gratidão a Deus e ao próximo. Esse processo não apenas representava um gesto de adoração, mas também reforçava a proximidade e o acesso contínuo ao Senhor, que sempre esteve disponível para todos. 
CONCLUSÃO
Nesta lição, compreendemos que os sacrifícios voluntários em Levítico tipificam nossa consagração, serviço e comunhão com Deus. Cada oferta reflete o chamado divino para nos arrependermos, vivermos em santidade e dedicarmos nossa vida inteiramente ao Senhor. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais sacrifícios voluntários, descritos no Livro de Levítico, foram destacados nesta lição? 
R.: O holocausto; a oferta de manjares e a oferta de paz.

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