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quinta-feira, 20 de março de 2025

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 12 / ANO 2- N° 4

   

  Tipos Bíblicos que Prefiguram o Espírito Santo

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO

João 14.16-18,26 
16 - E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, 
17 - o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. 
18 - Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 
26 - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. 

João 16.13-15 
13 - Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 
14 - Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. 
15 - Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

TEXTO ÁUREO
Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. 
Gálatas 5.16

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Efésios 1.1-14  
O Espírito Santo é o penhor da nossa herança 
3ª feira - Romanos 8.1-6  
Andamos segundo o Espírito 
4ª feira - 1 Coríntios 10.1-6 
Essas coisas foram-nos feitas em figura
5ª feira - Gálatas 5.16-25 
Se vivemos no Espírito andemos no Espírito 
6ª feira - João 4.7-24 
Deus é Espírito 
Sábado - Ezequiel 37.1-14 
E porei em vós o meu Espírito, e vivereis

OBJETIVOS
    Ao término do estudo bíblico, O aluno deverá:
  • compreender que jesus enviou o Espírito Santo para guiar é cuidar da Sua Igreja;
  • buscar o revestimento de poder do Espírito Santo para vencer as forças do mal; 
  • reconhecer as diversas maneiras pelas quais o Espírito Santo atua na Igreja. 
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
    Prezado professor, o mesmo Espírito que atuava no Antigo Testamento continua a operar em nossos dias, agora de uma maneira ainda mais especial em relação à Igreja. No princípio, quando tudo era escuridão, Ele se movia sobre as águas (Gn 1.2). Hoje, na Dispensação da Graça, o Espírito Santo dá vida e dinamismo à Igreja, revestindo-a com o Seu poder e capacitando-a a viver de maneira que agrada a Deus. 
    Excelente aula!   

COMENTÁRIO 

Palavra introdutória 
    Nesta lição, exploraremos personagens, eventos e elementos singulares do Antigo Testamento que tipificam o Espírito Santo, oferecendo uma visão antecipada de Sua obra e natureza, que foram plenamente reveladas com a vinda do Consolador. 
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Como destacado na Lição 10, Isaque é um tipo de Cristo. O filho único de Abraão estava destinado a ser oferecido em sacrifício no Monte Moriá. Isaque passou pela morte e ressurreição simbólicas, prefigurando o sacrifício e a ressurreição do Filho Unigênito de Deus no Monte Calvário.
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 1. ELIÉZER, O SERVO FIEL DE ABRAÃO COMO TIPO DO ESPÍRITO SANTO
    O patriarca Abraão, já em idade avançada, se preocupava com o casamento de seu filho Isaque. Determinado a encontrar uma esposa adequada para ele, Abraão confiou essa missão ao seu servo mais fiel, Eliézer. Com instruções claras, Eliézer foi enviado à terra da parentela de Abraão para buscar uma noiva para Isaque (Gn 24.4). 
    Eliézer, mencionado em Gênesis 15.2, é uma representação maravilhosa do Espírito Santo, que hoje chama um povo especial para si. Assim como Eliézer foi incumbido de encontrar uma esposa para Isaque, o Espírito Santo está em busca de uma Noiva para Cristo, chamando e preparando os escolhidos que aceitarem o convite para as Bodas. 

1.1. A missão do Espírito Santo: revelar o penhor da promessa divina 
    É importante notar as instruções claras que Abraão deu a Eliézer. A futura esposa de Isaque precisava ser trazida da terra onde vivia, e o mordomo foi avisado de que a família dela poderia querer mantê-la em casa. Abraão foi enfático: Guarda-te, que não faças lá tornar o meu filho (Gn 24.6). 
    Ademais, o mordomo não partiu de mãos vazias; ele levou consigo amostras valiosas das riquezas de Abraão e de Isaque (Gn 24.10,22,53). 
    De forma semelhante, o Espírito Santo, ao descer, trouxe consigo o penhor da herança dos santos, entregue àqueles que recebem e guardam Sua mensagem para a futura redenção da possessão de Deus (2 Co 1.22; 5.5; Ef 1.14). 

1.1.1. O Espírito Santo revela as riquezas de Cristo 
    O servo de Abraão, ao presentear Rebeca com dons preciosos, revelou a ela as vastas posses de seu senhor e de Isaque. Ele tinha autoridade para fazer isso porque toda a riqueza de seu amo estava sob sua responsabilidade. Eliézer usou parte dessas riquezas para comprovar a veracidade de suas palavras, demonstrando o poder e a prosperidade de seu patrão. 
    De maneira semelhante, o Espírito Santo nos revela as riquezas de Cristo, como indicado em João 16.15 (NVI): O Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês.
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Rebeca ansiando saber mais sobre seu futuro marido, perguntou ao servo: Quem é aquele varão que vem pelo campo ao nosso encontro? Eliézer, que não falava de si mesmo, apenas respondeu: Este é meu senhor (Gn 24.65). 
Assim é o Espírito Santo: 
Ele não fala de si próprio, mas sempre aponta para Cristo, conduzindo-nos à Sua presença com amor e fidelidade.
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1.2. A atuação do Espírito Santo: dar fiel testemunho de Cristo 
    Eliézer, na intenção de fazer cumprir a vontade de Abraão, pediu a Deus que o guiasse até a mulher que Ele escolhera para ser a esposa de Isaque. De forma semelhante, o Espírito Santo não fala de si mesmo; Sua missão é dar testemunho de jesus. Ele não falará de si mesmo (Jo 16.13), mas sempre exaltará a Cristo (Jo 14.26; 15.26). 
   Eliézer, ao orar para que o Senhor o guiasse até a mulher escolhida para Isaque, exemplifica a humildade e a obediência em seguir a direção divina. Quando ele encontra Rebeca, seu foco permanece em cumprir a missão que lhe fora dada por seu amo, não em promover sua própria vontade ou desejos. 
    Da mesma forma, o Espírito Santo age em nossa vida: Ele não fala de si próprio, mas guia, instrui e dá testemunho de Cristo, sempre o exaltando e cumprindo a vontade do Pai.

1.3. A prontidão do Espírito Santo: conduzir firmemente na jornada de fé 
    Eliézer, como um tipo do Espírito Santo, não se permitiu atrasar, respondendo firmemente ao pedido de retenção: Não me detenhais (Gn 24.56). A mensagem da Terceira Pessoa da Trindade é igualmente urgente hoje: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações (Hb 3.7). 
    Rebeca, acreditando nas palavras de Eliézer, renunciou a tudo que conhecia para seguir em direção ao seu futuro na terra do Neguebe (Gn 24.62 ARA). Sua fé é refletida na disposição de avançar para o alvo para tornar-se a esposa de Isaque. 

 2. O REGENTE DA CASA DE JOSÉ COMO TIPO DO ESPÍRITO SANTO 
    No texto de Gênesis 43.16,17, há um personagem que simboliza o trabalho do Espírito Santo. Esse personagem é o regente sobre toda a casa de José no Egito, mencionado em Gênesis 43.19. José, como mencionado na Lição 1, é uma figura de Cristo, e o regente de sua casa, que serviu como intérprete para que José pudesse comunicar-se com seus irmãos, prefigura o Espírito Santo.

2.1. O Espírito Santo conduz à casa do Pai 
    José instruiu seu regente: Leva estes varões à casa, e mata reses, e prepara tudo; porque estes varões comerão comigo ao meio-dia (Gn 43.16). O regente cumpriu todas as ordens de José e os levou para sua casa. 
    José fez o chamado, mas coube ao regente conduzi-los até lá. De maneira semelhante, é o Espírito Santo quem nos guia até a casa do Pai, permitindo que, pela fé, possamos entrar e cear à Sua mesa. 

2.2. O Espírito Santo consola e traz paz 
    A estratégia de José ao devolver o dinheiro pago pelos alimentos gerou grande angústia em seus irmãos, levando-os a buscar imediatamente o regente da casa, como descrito em Gênesis 43.19. O regente prontamente respondeu, acalmando suas preocupações (Gn 43.23a). 
    Essa resposta rápida e reconfortante nos remete à obra do outro Consolador prometido por Jesus em João 14.16, que traz paz aos corações angustiados e aflitos, conforme descrito em Romanos 8.15 e Gálatas 4.6. Assim como o regente da casa de José, o Espírito Santo age de maneira imediata para consolar e pacificar os que confiam em Deus.

2.3. O Espírito Santo convence do pecado, da justiça e do juízo 
    Mais uma vez, o mordomo levou os irmãos de José para sua casa (Gn 43.24). Ele lhes forneceu água para lavar os pés, preparando-os para o encontro com José, onde eles lhe apresentariam seus presentes (Gn 43.25-26). No capítulo seguinte, lê-se que o governante da casa de José recebeu a ordem de testá-los, para que se lembrassem do pecado que haviam cometido (Gn 44.1,2). 
    Da mesma forma, nosso Senhor ensina que o Espírito Santo convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). 

 3. A COLUNA DE NUVEM, O RIO DE DEUS E O VENTO COMO TIPOS DO ESPIRITO SANTO 
    Ao longo das Escrituras, encontramos diversas manifestações simbólicas que prefiguram o Espírito Santo é Sua atuação no meio do povo de Deus. Entre essas, destacam-se a coluna de nuvem, o rio de Deus e o vento. Observe.
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Quando Deus falou com Moisés no Monte Sinai, Ele desceu numa nuvem, representando a comunicação direta entre o Criador e a criatura (Êx 34.5; Nm 11.25; Dt 31.15). Essa nuvem é um símbolo da maneira como Deus se revela, prefigurando o Espírito Santo no Novo Testamento, por intermédio de quem Ele continua a falar conosco hoje.
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3.1. A coluna de nuvem: fonte de abrigo e segurança 
    A coluna de nuvem, que acompanhou os israelitas na travessia do Mar Vermelho, é um poderoso símbolo do Espírito Santo no Antigo Testamento (Êx 13.21,22). A passagem pelo mar, simbolizando a travessia pelas águas da morte, não apenas marcou o início de uma nova jornada para o povo de Deus, mas também inaugurou a presença constante e protetora da coluna de nuvem. 
    Assim como a coluna de nuvem estava presente, guiando e protegendo os israelitas durante sua travessia no deserto, a Terceira Pessoa da Trindade guia e protege a Igreja, unindo-a como corpo, pelo batismo (1 Co 10.1,2). 

3.1.1. Símbolo da presença, proteção e orientação divina 
    A coluna de fogo, mencionada em Êxodo 14.19,20, é um simbo o poderoso da presença, proteção e orientação divina, prefigurando a atuação do Espírito Santo entre o povo da aliança (Jo 14.16; 8.12). Quando o exército de Israel se viu em perigo diante dos egípcios, o anjo de Deus, manifestando a própria presença divina, moveu-se junto com a coluna de nuvem para a retaguarda, protegendo o povo durante toda a noite. Enquanto a escuridão envolvia os inimigos, a coluna de fogo iluminava o caminho dos israelitas, guiando-os, para que seguissem em segurança. Hebreus 3.7-11 e Neemias 9.19,20 reafirmam a presença do Espírito Santo durante os 40 anos no deserto, expressando a indignação de Deus pelo pecado do povo e confirmando a coluna de fogo e de nuvem como símbolos visíveis de Sua orientação proteção. 

3.1.2. Símbolo da glória do Senhor 
    A nuvem encheu o Tabernáculo e o Templo com a glória de Deus e ali repousou (Êx 16.10; 24.16; 33.9; 40.35; Nm 16.42; 1 Rs 8.11). Assim como esses eram locais onde o Altíssimo habitava, somos chamados a ser templos do Espírito Santo (1 Co 6.19; 3.16; 1 Pe 4.14). Devemos, portanto, ser cheios Dele (Ef 5.18), permitindo que Ele nos guie e proteja, para que a glória do Senhor resplandeça em nossa vida.

3.2. O rio de Deus: fonte de vida e renovação 
    O rio de Deus, tipificando a Terceira Pessoa da Trindade, é ilustrado pela água que fluiu abundantemente da rocha ferida por Moisés, saciando a sede do povo de Israel (Nm 20.8,11,17). Esses rios de água cristalina não apenas proveram sustento físico, mas também simbolizaram a obra do Espírito Santo, que traz vida e renovação espiritual, 
    A água, como simbolo de vida, reflete o Consolador, que é chamado de Espírito de vida (Rm 8.2). Jesus reforça essa simbologia ao declarar que aqueles que nele crerem terão rios de água viva fluindo de seu interior, não precisando buscar satisfação nas fontes do mundo (Jo 4.14; 7.37-39). 

3.3. O vento: fonte de poder e vivificação 
    Jesus utilizou este elemento como uma metáfora para a Terceira Pessoa da Trindade, ao explicar que, assim como o vento, o Espírito assopra onde quer, sendo invisível, mas com efeitos claramente perceptíveis (Jo 3.8). No Pentecostes, Ele manifestou-se como um som, como de um vento veemente (At 2.2). 
    O vento também é mencionado em passagens veterotestamentárias como símbolo da ação poderosa do Espírito Santo. Observe:
  • Ezequiel 37. 9, 10 — nesta passagem, o sopro do vento trouxe vida aos ossos secos, prefigurando o poder revigorante e vivificador do Consolador.
  • Cantares 4.16 — neste verso, o vento é chamado a soprar sobre o jardim, o que pode ser visto como uma imagem da influência e do poder do Espírito. 
    Essas imagens reforçam a ideia de que a Terceira Pessoa da Trindade age de maneira variada, ora trazendo conforto e paz, ora purificando e renovando a vida daqueles que o recebem. 

CONCLUSÃO
    A tipologia do Antigo Testamento revela de maneira rica e profunda a atuação do Espírito Santo, proporcionando uma compreensão mais completa de Sua obra, que foi plenamente revelada com a vinda de Cristo. 
    Por meio desses tipos, pode-se perceber que o divino Consolador não apenas guia e fortalece, mas também vivifica é purifica o povo da aliança, desempenhando um papel essencial na transformação e santificação dos crentes. 

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. De acordo com esta lição, quais personagens, eventos e elementos veterotestamentários tipificam o Espírito Santo? 
R.: Eliézer, servo de Abraão; o regente da casa de José; a coluna de nuvem; o rio de Deus e o vento.

Fonte: Revista Central Gospel

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