
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la", João 4.15.
O Evangelho de João é um relato importante. Nesta lição, analisaremos o diálogo de uma samaritana e o Filho de Deus. Aquela mulher foi tão impactada que creu em Jesus como o Messias, tornou-se uma evangelista, e levou muitos de seu povo ao encontro do Filho de Deus. A passagem em questão, mostra como uma pessoa simples, uma mulher, rejeitada pela sociedade, fez mais do que muitos homens de posição no seu tempo. Aqui já podemos apresentar a seguinte pergunta aos alunos: Como uma mulher desprezada conseguiu convencer uma multidão a ir até Jesus?
1- O
Evangelho é para todos
No
capítulo 4 do Evangelho de João, temos o encontro de Jesus com uma
mulher samaritana (Jo 4.7). Embora os judeus considerassem os
samaritanos um povo impuro, Jesus não apenas conversou com aquela
mulher, mas também lhe revelou ser o Messias Prometido (Jo 4.25,26).
João relata que, pelo testemunho dela, muitos samaritanos creram em
Jesus (Jo 4.41). É interessante
imaginar, que uma
pessoa, com tão pouca credibilidade com o seu povo, conseguiu
anunciar de forma a convencer as pessoas a irem ver Jesus. Como ela
conseguiu ser tão convincente? Vamos
responder essa questão mais à frente.
E o
mais interessante ainda, foi ela ter ido chamar as
mesmas pessoas que
a rejeitava.
1.1. Jesus
quebra barreiras e transforma mentalidades.
Após
o reinado de Salomão, o povo de Israel se dividiu em dois reinos: o
do Norte e o do Sul (1 Rs 12.20). As tribos do Sul tinham Judá como
capital; e o povo, num primeiro momento, continuou adorando somente a
Deus e observando as cerimônias no Templo. Porém, as tribos do
reino do Norte, logo se corrompeu. Pois Jeroboão, temendo que o povo
se tornasse para o reino do Sul por causa do Templo, estabeleceu
bezerros de ouro, sacerdotes e cerimônias religiosas, e essas ações
desagradaram a Deus (1Rs 12.26-33). Mais tarde, após as tribos serem
levadas cativas pelo Império Assírio, o restante dos israelitas que
ficaram se reuniram pelo casamento com os povos de outras regiões,
os quais foram transportados para a terra de Israel (2Rs 17.24-41).
Ao longo dos anos, foi aumentando o distanciamento entre os
habitantes do Norte e do Sul de Judá, onde estavam Jerusalém e o
Templo. Esse subtópico é uma
explicação histórica de como os samaritanos e judeus chegaram
aquele ponto de não se falarem. Convém acrescentar que,
na ocasião, o rei da Assíria
contratou sacerdotes para ensinar os novos moradores de Samaria a
adorar o Senhor.
"Então o rei da Assíria mandou dizer: Levai ali um dos sacerdotes que transportastes de lá; e vá e habite lá, e ele lhes ensine o costume do Deus da terra.", 2 Reis 17.27
Mas,
após essa atitude do rei da Assíria, os samaritanos criaram um
culto misto, por isso não foram aceitos pelos judeus e a partir de
então, os dois povos não se misturavam.
Daí
a surpresa da mulher samaritana quando Jesus se dirige a ela, fato
que causou admiração também dos discípulos (Jo 4.9,27). Nosso
Senhor não era preconceituoso e veio buscar e salvar os perdidos (Lc
19.10). Na verdade, seria impossível
para Jesus ser preconceituoso, pois todo conceito que Ele fizer de
qualquer pessoa, é justo e verdadeiro. A verdade, é que onde os
discípulos viam barreiras culturais, Jesus não via barreira
nenhuma.
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