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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR SUBSÍDIO - Lição 1 / 4º Trim 2025


AULA EM ____ DE _________ DE _____ - LIÇÃO 1


(Revista Editora Betel)

Tema: PANORAMA DA CARTA AOS ROMANOS



Texto de Referência: Rm 1.1

VERSÍCULO DO DIA
"A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus, nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo". Rm 1.7   

VERDADE APLICADA 
O Evangelho é para todos os que creem, os quais são chamados a viver em santidade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Identificar os principais aspectos da Carta aos Romanos;
✔ Compreender as razões e circunstâncias da Carta aos Romanos;
 Reconhecer a importância da Carta aos Romanos para a Igreja de hoje.

MOMENTO DE ORAÇÃO  
Ore para que o Evangelho alcance todas as nações.

LEITURA SEMANAL
Seg Rm 1.16 O Evangelho é o poder de Deus para Salvação.
Ter Rm 1.1 Paulo, servo de Jesus Cristo.  
Qua Rm 1.15 Anunciando o Evangelho aos romanos.
Qui Rm 16.23 Gaio, um homem hospitaleiro. 
Sex Rm 16.1.2 Febe, irmã e serva.
Sáb Rm 1.14 O Evangelho é para todos.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), neste início de trimestre recomendo que se apresente a revista aos alunos, falando um pouco dos principais temas das lições. Pode-se destacar algumas lições que serão interessantes, com isso os alunos poderão já despertar interesse pelo tema do trimestre.
A Carta aos Romanos é considerada uma obra-prima teológica, que tem influenciado o pensamento cristão ao longo da História. Nela, o Apóstolo Paulo faz uma exposição aprofundada sobre a Salvação pela fé em Jesus Cristo e aborda temas importantes, como: o pecado, a Graça de Deus, a justificação e a vida no Espírito. Sem dúvida alguma, os temas mais importantes da carta aos Romanos são a Graça de Deus e a justificação pela fé, desses temas vem todos os demais. Apesar de não ter sido a primeira carta de Paulo a ser escrita, essa é a primeira no cânon do Novo Testamento, provavelmente a igreja Católica, ao elaborar o cânon sagrado, entendeu que essa carta fosse a mais importante devido ter sido escrita para a igreja que estava em Roma. No entanto, a sua importância se deve a sua abordagem central, que são a Graça de Deus e a justificação pela fé.

Ponto-Chave 
"A Justificação pela fé é o ponto principal da Carta aos Romanos, na qual Paulo argumenta que tanto judeus quanto gentios são salvos não por obras ou cumprimento da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo (Rm 3.23,24)." 

1. A EPÍSTOLA 
É bem provável que o Apóstolo Paulo tenha escrito à Igreja de Roma quando estava na cidade de Corinto, ao final de sua terceira viagem missionária, entre os anos 57 e 58 dC. A Carta aos Romanos é quase um tratado teológico, na qual Paulo usa argumentos lógicos, citações do AT e uma linguagem rica para explicar conceitos importantes para a vida cristã, como: Justificação pela fé (Rm 3.21- 28); pecado e queda da humanidade (Rm 3.23); Graça e Redenção (Rm 5.1-11; 6.23) e vida no Espírito (Rm 8), entre outros. Paulo não foi o primeiro a evangelizar os romanos, na verdade, ele não fez nenhuma viagem missionária para lá, no entanto, Paulo esteve em Roma por dois anos quando esteve em prisão domiciliar:
"E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo;", Atos 28.30
Essa prisão de Paulo em Roma ocorreu por volta do ano 60 d.C.

1.1. O autor 
O Apóstolo Paulo é reconhecidamente o autor da Carta aos Romanos, como ele mesmo se apresenta: "Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para Apóstolo, separado para o evangelho de Deus", Rm 1.1. Aqui, ele ainda deixa claro que é servo de Jesus Cristo, não de César; uma afirmação importante para quem antes havia sido perseguidor de cristãos. Para escrever esta Carta, o Apóstolo contou com a ajuda de Tércio, o copista, que incluiu nos escritos sua saudação aos membros da Igreja de Roma (Rm 16.22). Na verdade, Paulo não chega a afirmar que não é servo de César, mas deixa isso implícito ao afirmar ser servo de Jesus, pois em Roma era quase que obrigatório a população cultuar o imperador romano, como forma de reconhecimento de sua autoridade. 
Tércio era quem escrevia as cartas de Paulo, provavelmente porque Paulo tinha algum problema crônico de saúde, talvez nos seus olhos, veja esses versículos de Paulo aos Gálatas:
"Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão.", Gálatas 6.11
"Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.", Gálatas 4.15  
Por essas e outras referências, podemos supor que o Apóstolo Paulo poderia ter algum problema na visão, e por isso precisava de um amanuense, que era o irmão Tércio.  

1.2. Local e data 
Grande parte dos estudiosos do NT datam a Carta aos Romanos por volta de 57 dC., durante a terceira viagem missionária do Apóstolo Paulo, que estava na afortunada cidade de Corinto, capital da província romana da Acaia na Grécia. Em Corinto, Paulo ficou hospedado na casa de Gaio, seu amigo (Rm 16.23). Embora ainda não tivesse visitado Roma, o Apóstolo Paulo já havia anunciado o Evangelho desde Jerusalém e arredores até o Ilírico (Rm 15.19). Embora Paulo não tenha fundado a igreja em Roma, ele a adotou como também de sua responsabilidade. Por isso, ele escreveu essa carta com tanta profundidade teológica. O comentarista chama a cidade de Corinto de "afortunada", devido a sua boa estrutura, sendo ali o local ideal para se passar o inverno, e foi provavelmente numa dessas ocasiões, durante a terceira viagem missionária, em que Paulo escreve essa carta. Depois dessa viagem, o apóstolo foi preso em Jerusalém e levado preso para Roma, na ocasião em que o navio no qual viajava naufragou (Atos 27).

Refletindo 
"A Epístola aos Romanos evidencia que, sem a Graça de Deus, todos os nossos esforços são infrutíferos para a nossa Salvação".
Bispo Abner Ferreira 

2. O CONTEXTO HISTÓRICO
Nos dias do Apóstolo Paulo, Roma era uma cidade importante, onde circulavam estrangeiros de regiões e culturas diferentes. Contudo, esse multiculturalismo associado às muitas transações comerciais, ao acúmulo de riquezas e à permissividade nos costumes fez de Roma um local conhecido por seu enfraquecimento ético e moral.

2.1. Destinatários 
A Carta foi escrita para os cristãos da Igreja de Roma, judeus e gentios (Rm 1.7, 13; 3.9) de todas as camadas da população, independentemente de cor ou raça, como afirmou o Apóstolo Paulo: “Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam”, Rm 10.12. Havia ainda em alguns lugares o problema dos cristãos judaizantes, que ainda acreditavam que todos os gentios que se convertessem deveriam praticar os ritos da lei, como a circuncisão, por exemplo, a fim de serem salvos. No entanto, Paulo pregava um Evangelho que agregava a todos, e por isso ele fecha o argumento da igualdade entre judeus e gregos com essas fortes palavras:
"Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.", Romanos 10.13
Por isso, essa carta foi destinada aos cristãos de Roma naquele tempo, e a todos os crentes em todas as épocas, mostrando que todos podem alcançar a salvação em Cristo. 

2.2. Propósito 
Uma leitura minuciosa da Carta aos Romanos nos possibilita pensar que a Epístola talvez tenha tido mais de um propósito. Na verdade, os estudiosos defendem algumas principais razões para Paulo escrever aos romanos, entre elas: A) apresentar-se aos irmãos antes de sua chegada a Roma, o que o Apóstolo desejava fazer em um futuro próximo, quando partiria para anunciar o Evangelho na Espanha (Rm 15.22-24); B) desfazer os falsos rumores espalhados em Roma sobre ele e seus ensinamentos, reafirmando o seu apostolado (Rm 15.14-21); C) revelar que, sem a Graça divina, todos os esforços para a Salvação e comunhão com Deus são vãos (Rm 3.24). Dentre essas três razões apresentadas aqui, as letras A e C, parecem ter mais coerência, vamos ver esses dois pontos:
Letra A: o apóstolo tinha realmente a intenção de alcançar a Espanha, e para isso, precisaria passar por Roma, por isso era coerente que ele preparasse o coração dos irmãos para recebê-lo:
"Quando partir para Espanha irei ter convosco; pois espero que de passagem vos verei, e que para lá seja encaminhado por vós, depois de primeiro em parte me satisfazer de vossa companhia.", Romanos 15.24
Note que Paulo tinha o planejamento de uma quarta viagem missionária e nessa viagem estavam incluídas a cidade de Roma e as cidades da Espanha.
Letra C: o apóstolo vinha combatendo o legalismo judaizante entre os crentes desde que saiu de Antioquia para a sua segunda viagem missionária, é possível que em Roma ocorresse o mesmo problema, e o ensinamento da doutrina da Graça e a justificação pela fé, que Paulo traz nessa carta, combate o legalismo de forma muito eficaz.
A razão proposta na letra B, não tem uma base sólida na referência apresentada de Rm 15.14-21, pois não dá ideia de ter havido falsos rumores seobre seus ensinos.

3. ROMA, UMA CIDADE VIBRANTE
Nos dias do Apóstolo Paulo, Roma era o coração do Império Romano, uma metrópole vibrante, poderosa e complexa. Ele provavelmente chegou a Roma por volta de 60-62 d.C, como prisioneiro domiciliar, conforme descrito em Atos dos Apóstolos (At 28). Paulo encontrou uma cidade que era, ao mesmo tempo, um centro de cultura, política e religião, mas também de desigualdade social. Naquele momento, o Cristianismo ainda estava se estabelecendo, e Paulo contribuiu para seu crescimento ali antes de seu provável martírio, segundo a tradição, durante as perseguições de Nero após o incêndio de 64 dC. .4.17). 

3.1. A Igreja de Roma 
A Igreja que estava na capital do Império Romano era composta por cristãos de origens diversas: pagã, grega, judaica e romana. Segundo o Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical. 4º Trimestre de 2006. Lição 1): "Aquela Igreja não era muito jovem. Portanto, não temos como saber quem foi o fundador daquela comunidade. Mas é certo que, no dia de Pentecostes, quando Deus enviou o Espírito Santo, e Pedro pregou aquele sermão poderoso que deu início à Igreja Primitiva, alguns ouvintes eram romanos visitantes, tanto judeus como prosélitos (At 2.10)". Roma era a capital do Império, por isso, é bem possível que muitos dos cristãos que estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes tivessem ido para lá e ali então teriam fundado uma igreja, vejamos o texto de Atos:
"E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,", Atos 2.10 
Os que estavam em Jerusalém no dia de Pentecostes eram judeus de outras nações que estavam em ali por causa das duas festas que eram próximas, a Páscoa e o Pentecostes e os que moravam em Roma, com certeza, retornaram para lá ao final das festas. Podemos perceber que o Espírito Santo fez uma obra com irmãos anônimos, de forma que fez surgir uma igreja em uma cidade sem a ajuda dos apóstolos, mostrando que Deus não trabalha segundo às regras humanas, mas Ele faz como quer. 

3.2. A Carta chega a Roma 
Conforme comentário na Bíblia de Estudo Plenitude (SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL, 2017, p.1283), após finalizar a Carta aos Romanos, Paulo provavelmente confiou à irmã Febe, membro da Igreja de Cencreia, a nobre missão de entregar a Epístola à Igreja de Roma. Paulo pede a eles que recebam a irmã em nome do Senhor, como deve fazer o povo de Deus. O Apóstolo solicita que deem a Febe a ajuda necessária, pois ela também ajudava muita gente, inclusive a ele próprio (Rm 16.1,2). Numa leitura cuidadosa do texto, vemos que Paulo se refere a Febe como uma mulher que "serve na Igreja." Aqui, “servir” traduz o termo grego diakonos, o que leva muitos teólogos a acreditar que Febe era diaconisa da Igreja de Cencreia. A recomendação de Paulo para que recebam a irmã Febe, até hoje é utilizada nas cartas de recomendação de muitas igrejas pelo mundo afora.
Paulo contava com muitos colaboradores, desde irmãos para o ajudar a escrever as cartas até os que entregavam, outros iam com ele nas viagens, outros o hospedava, etc. E entre esses irmãos vemos algumas mulheres piedosas, por isso, podemos acreditar que havia mulheres que serviam como diaconisas. Hoje ainda há muitas dúvidas se as mulheres podem exercer cargos de responsabilidade nas igrejas, mas podemos ver no Novo Testamento, muitas mulheres auxiliando Jesus e as igrejas, tais como Maria Madalena, Joana, Suzana, Dorcas, Priscila, esposa de Áquila e também Febe. E da mesma forma Paulo dava orientações para as esposas dos diáconos para ajudarem no ministério de seus maridos:
"8 Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;
9 Guardando o mistério da fé numa consciência pura.
10 E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
11 Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.", 1 Timóteo 3.8-11 (grifo meu)
Não parece haver motivos no Novo Testamento, para que mulheres não exerçam cargos de diaconisa em nossas igrejas. Talvez o mesmo argumento possa ser usado para o cargo de pastora, já que não encontramos no Novo Testamento uma ordem explícita para que não se ordene mulheres ao cargo de pastor, mas isso é prerrogativa de cada liderança ministerial.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
Paulo nos dá informações consideráveis sobre sua situação, em Rm 15433, e sugere que alcançou um ponto de inflexão importante em seu ministério. O Apóstolo fala sobre ter "proclamado plenamente" o evangelho "de Jerusalém até ao Ilírico" (Rm 1519), território onde implantou Igrejas vibrantes durante as três viagens missionárias. O próximo foco de seu esforço missionário será percorrer todo o caminho extremo da bacia do Mediterrâneo, a Espanha (Rm 15.24), Antes de ir para à Espanha, no entanto, Paulo tem duas paradas importantes a fazer; seu plano imediato é viajar a Jerusalém para entregar uma ajuda financeira aos cristãos judeus, coletada das muitas igrejas gentílicas que implantara (Rm 15.25-27), e, em seguida, passar por Roma. Seu objetivo é visitar esse centro importante do cristianismo e conseguir apoio para o seu novo empreendimento missionário (Rm 15.23-24). (BÍBLIA OE ESTUDO THOMAS NELSON, 2021, p.2172.).

CONCLUSÃO
A Carta aos Romanos influenciou profundamente o Cristianismo ao longo dos tempos. Figuras como Agostinho de Hipona, que se converteu ao ler Romanos 13.13,14; Martinho Lutero, que foi inspirado por Romanos 1.17 ao implementar a Reforma Protestante; e João Calvino, o pai do Calvinismo; todos estes basearam suas teologias nessa Epístola de Paulo. A carta aos Romanos traz uma riqueza que não pode ser desprezada pelos cristãos estudiosos da Palavra de Deus, por isso recomendo que os professores deem uma estudada nessa carta para as próximas lições, se aprofundando em seus temas, isso enriquecerá suas aulas e as tornará interessante.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar:
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados;
- elabore e faça as perguntas se houver tempo;
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.

Complementando 
No final da Carta aos Romanos, embora Paulo tivesse visitado a Igreja de Roma, ele dirige seus cumprimentos a algumas pessoas em particular, as quais havia conhecido pessoalmente ou por intermédio de outros cristãos que haviam morado em Roma, como Priscila e Áquila. Eles eram tão amigos de Paulo que arriscaram à própria vida por ele. "Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram a sua cabeça", Rm 16.3,4. 

Eu ensinei que:
Os salvos pela fé em Jesus Cristo experimentam o Amor e a Justiça de Deus, que os levam a viver em harmonia e serviço. 

Fonte: Revista Betel Conectar
 
ATENÇÃO: ESTE SUBSÍDIO É GRATUITO PARA OS USUÁRIOS DO CLUBE DA TEOLOGIA
 
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Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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