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terça-feira, 2 de setembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 10 / 3º Trim 2025


AULA EM 7 DE SETEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 10

(Revista Editora Betel)

Tema: O Exemplo de Humildade: Jesus Lava os Pés dos seus Discípulos  



TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.  

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Saber que o Filho de Deus amou os Seus discípulos até o fim.
- Saber que o Filho de Deus foi um Servo Fiel e Humilde.
- Ressaltar as lições da liderança pelo serviço.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 13 
1. Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, 
4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
5. Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
6. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 
7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.33 A humildade antecede a honra.
TERÇA | Mt 5.5 Bem-aventurados os humildes.
QUARTA | Fp 2.3 Considerem os outros superiores a si mesmos.
QUINTA | Gl 5.13 Servindo uns aos outros.
SEXTA | Cl 3.12 Revistam-se de humildade.
SÁBADO | Lc 14.11 Quem se humilhar será exaltado.

HINOS SUGERIDOS: 45, 154, 462

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os crentes tenham o Senhor como exemplo de humildade e compromisso.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), esta lição relata um dos momentos mais icônicos do ministério de Jesus, só registrado por João, e neste material de apoio vou deixar alguns acréscimos, como, por exemplo, a importância do ensino sobre “exemplo” para nós hoje (subtópico 2.3). 
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão. Exite nas últimas instruções do Senhor aos Seus discípulos, uma série de ensinamentos e ordenanças que servem para a Igreja, mas a cerimônia do "Lava pés", traz alguns ensinos que devem ser replicados, como hospitalidade, cuidado mútuo, amor, liderança etc, mas nessa lição o foco estará na humildade e no amor de Cristo.  

1- Jesus amou Seus discípulos até o fim
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de "ministério do cenáculo"  (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor. Bruce os chama dessa forma devido ao local onde eles se reuniam, que era referenciado em Atos como o "cenáculo", que era um local na casa de Maria, mãe de João Marcos, mas é provável que havia outros lugares, ou outros cenáculos.

1.1. Amor na prática.
João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. Convém ressaltar que naquela ocasião, Jesus lavou os pés de todos, incluindo Judas, que naquele momento ainda estava à mesa, o que significa que, as lições aprendidas aqui, servem para serem praticadas com todos os membros de nossas congregações, inclusive aqueles que possamos julgar indignos. Note que Judas sai ao final da lavação dos pés:

"Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele.", João 13.31

Esse foi o momento que Judas saiu e a partir dai, Jesus inicia Suas últimas instruções, dando a ideia de que, o ensinamento mais profundo é só para os verdadeiros discípulos.
O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). Não podemos afirmar que o ato de lavar os pés, que era um costume judaico, fosse encargo somente de servos gentios, no entanto, sabemos que era para empregados de baixo nível na hierarquia familiar. E Jesus praticou esse ato como exemplo de gestos que eles deveriam fazer uns para com os outros, não de lavar literalmente os pés uns dos outros, mas para repetirem o ensinamento entre eles.


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sábado, 30 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 10 / 3º Trim 2025

O Exemplo de Humildade: Jesus Lava os Pés dos seus Discípulos  
7 de Setembro de 2025

TEXTO ÁUREO
"Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também", João 13.15.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.  

OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Saber que o Filho de Deus amou os Seus discípulos até o fim.
- Saber que o Filho de Deus foi um Servo Fiel e Humilde.
- Ressaltar as lições da liderança pelo serviço.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 13 
1. Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. 
3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus, 
4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
5. Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 
6. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 
7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 15.33 A humildade antecede a honra.
TERÇA | Mt 5.5 Bem-aventurados os humildes.
QUARTA | Fp 2.3 Considerem os outros superiores a si mesmos.
QUINTA | Gl 5.13 Servindo uns aos outros.
SEXTA | Cl 3.12 Revistam-se de humildade.
SÁBADO | Lc 14.11 Quem se humilhar será exaltado.

HINOS SUGERIDOS: 45, 154, 462

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os crentes tenham o Senhor como exemplo de humildade e compromisso.

INTRODUÇÃO
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão.

PONTO DE PARTIDA – Jesus, um exemplo de amor e humildade.

1- Jesus amou Seus discípulos até o fim
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de "ministério do cenáculo" (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor. 

1.1. Amor na prática.
João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5). 

Bíblia da Liderança Cristã (2007, p.924): "O Salvador do mundo provou que Ele é, de fato, o maior de todos os servos de todos os tempos. Essa é uma história familiar para muitos. Quando os discípulos prepararam a sala para a sua ceia, eles esqueceram de providenciar um servo que lavasse os pés dos convidados à porta de entrada, como era de costume. E, ainda que eles tivessem percebido que haviam esquecido do servo para lavar os pés, nenhum deles se dispôs para voluntariamente fazer esse trabalho. E ainda por cima se perguntavam qual dentre eles seria o maior. Quando Jesus percebeu isso, ele decidiu usar essa oportunidade para lhes dar um ensinamento concreto. Depois da ceia, Jesus revestiu-se de uma peça de roupa ao redor da cintura, mesmo que isso fosse atribuição de um escravo. Então tomou uma travessa com água, uma toalha e passou a lavar os pés dos seus discípulos, enquanto interagia com eles". 

1.2. Um Amor sem limites.
A Última Ceia ocorreu numa quinta-feira à noite, e é quando Jesus nos dá o maior exemplo de humildade e amor: "como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim", Jo 13.1. O Filho de Deus teve a preocupação de mostrar Seu amor na prática para os que estavam a Sua volta. E foi esse amor imenso e humilde que levou Jesus a sacrificar a Si mesmo por cada um de nós (Jo 15.13). Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, L. 11) observa que "os discípulos viam nos olhos de Jesus o Amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo". O amor de Cristo é admirável, infinito e capaz de romper barreiras (Rm 8.35-37). Por Amor, Jesus veio nos salvar da condenação e da culpa (Jo 3.16). Que possamos ser gratos, louvando o Filho de Deus pelo Seu sublime Amor (1 Jo 4.19). 

Comentário do Novo TestamentoAplicação Pessoal (2021, p.565): "Por Jesus estar totalmente ciente que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele dedicou as suas últimas horas a instruir e encorajar os seus discípulos. Jesus prosseguiu com a sua devoção aos seus discípulos até o final de sua vida, mostrando-lhes nesta última noite toda a extensão de seu amor. Por eles, um por um, e o Senhor faria de uma forma que iria surpreendê-los". 

1.3. A extensão do Amor de Cristo.
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. Além disso, por onde passava, o Filho de Deus deixava claro que veio para todos (Jo 1.11-12). Independentemente de ser judeu ou não, quem ia até Jesus, necessitado e com fé, desfrutava de bênçãos e salvação (Jo 4.53). Quando entendemos e aceitamos o amor de Jesus, Ele transforma nossa vida (Jo 4.26-30). O Senhor conhece o tamanho exato do vazio que existe em cada coração, e somente Ele pode preencher esse vazio em nosso ser (Pv 23.26). O Filho de Deus nos valoriza e nos oferece um amor que nunca acaba (Jo 15.9,10,12,13). Jesus nunca nos abandona (Rm 8.38,39); Ele deseja preencher nossa vida com Seu amor (1 Jo 3.16). 

Matthew Henry (2003, p.875): "Como o Pai amou a Cristo, que foi fiel ao extremo, assim amou aos seus discípulos que eram indignos. Todos aqueles que amam o Salvador devem perseverar em seu amor por Ele, e aproveitar todas as ocasiões para demonstrá-lo. A alegria do hipócrita dura somente um momento, mas a alegria daqueles que permanecem em Cristo é uma festa contínua. Devem demonstrar o seu amor para com Ele, obedecendo os seus mandamentos. O amor de Cristo por nós deve levar-nos a amarmo-nos uns aos outros". 

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. 

2. Jesus, o Servo Humilde
Lavar os pés dos discípulos foi um exemplo de humildade, servidão e amor a ser seguido pelos cristãos (Jo 13.5). É importante aprender isso com Jesus, porque essas atitudes se refletem em nosso comprometimento com a Obra de Deus (Jo 15.20). 

2.1. A verdadeira humildade.
O Filho de Deus tinha prazer em servir ao próximo e reconhecia Seu papel de Servo: "Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve", Lc 22.27. Sua atitude humilde ao lavar os pés dos discípulos é uma boa demonstração da serventia e do amor do Mestre por todos. O Todo-poderoso se fez Servo para servir com humildade e amor (Mt 20.28). 

Bíblia Além do Sofrimento (2020, p.924): "O servo supremo Jesus, aquele que é mais digno de ser servido, fornece o melhor exemplo de serviço. Os pés estão sujos. Depois de horas andando em estradas quentes, secas e empoeiradas, os pés estão ainda piores. Jesus lavou os pés dos discípulos para nós seguirmos seu exemplo. Jesus quer que todos nos o sigamos e sirvamos uns aos outros. Quando cuidamos e servimos aos outros, seguimos os passos de Jesus". 

2.2. O Amor que se expressa no servir ao próximo.
Seguramente, uma das ações mais impactantes do Filho de Deus foi lavar os pés de Seus discípulos (Jo 13.5). Com essa atitude, Jesus se coloca como Servidor de todos e quebra padrões e protocolos da época. Portanto, assim como Jesus não viu nada que Lhe desmerecesse naquela atitude servil, nós também não devemos achar que é tarefa menor servir aos irmãos (Jo 13.15-17). Quando todos servem uns aos outros, a Igreja cresce e se fortalece (Sl 133.1). 

Myer Pearlman (1978, p.133): "A atitude dos apóstolos nesta ocasião ajudará a explicar a ação de Cristo em lavar os pés dos seus seguidores, assim como um veludo preto dá realce à beleza de um brilhante. Por que ninguém tinha se oferecido para fazer o trabalho? Lucas nos informa que, justamente na época da última Ceia, `Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior' (Lc 22.24). Se qualquer um deles tivesse se oferecido para lavar os pés dos demais, teria se colocado na posição se servidor dos demais, exatamente o oposto do que cada um deles queria! Estavam procurando um servo e acharam Um (Jo 13.4,5; Mc 10.45)". 

2.3. O Senhor Jesus: exemplo de humildade.
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas honrar o Pai: "Se Eu Me Glorifico a Mim Mesmo, a Minha Glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai (...)", Jo 8.54. O maior e mais excelente exemplo de humildade nos é dado por Jesus, que deu a vida pelo resgate de muitos. Então, como crentes, devemos seguir o exemplo do Mestre, que disse: "(...) e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração", Mt 11.29. Isso implica servir ao outro com amor e humildade, como fez o Filho de Deus.

Abinair Vargas Vieira (2022, L.02): "Somos chamados a servir como Ele serviu. Daí não ser exagero afirmar que em nenhum momento a Bíblia deixa transparecer em Suas páginas que Jesus foi incompreensivo ou desrespeitoso com alguém. Pelo contrário, Ele servia a todos com o mesmo carinho e atenção. Sendo, até os dias de hoje, o nosso maior exemplo de serviço ao próximo".

EU ENSINEI QUE: 
Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas Honrar o Pai.

3. Jesus praticava humildade
Estamos inseridos numa sociedade que vive uma competição desenfreada em busca de status social. A corrida para ocupar os primeiros lugares é constante, humilhar os outros é algo comum, além do vale tudo para alcançar os próprios objetivos. Contrapondo-se a essa visão, Jesus disse: "(...) vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros". Jo 13.14.

3.1. Jesus serviu com humildade.
A humildade é uma virtude ilustre do espírito humano. Desde o nascimento, o Filho de Deus ensina humildade para aqueles que O amam. A humildade na vida de Jesus sempre foi e sempre será o nosso maior exemplo. Ele desceu do Seu trono real e se esvaziou completamente, tornando-se semelhante aos seres humanos (Fp 2.7). O serviço cristão se baseia na humildade, como Jesus nos ensina ao se ajoelhar e lavar os pés dos discípulos (Jo 13.16). 

R.N. Champlin (O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vol. 2. p.661), comentando sobre João 13.16, menciona os escritos de Adam Clarke e Lange: "Cristo enobreceu os atos de humildade praticando-os pessoalmente. A verdadeira glória do crente consiste em ser dentro de sua medida, tão humilde quanto o seu Senhor [...] essas palavras tiveram por intuito suprimir toda a ambição humana [...] por parte dos apóstolos e de seus sucessores no ministério. O Senhor pôde prever com grande maestria a imensa tentação e os erros vinculados ao engrandecimento clerical que haveria de surgir em sua Igreja". 

3.2. Jesus liderava mesmo sob pressão.
Jesus liderava pelo serviço (Jo 5.17), e isso fez dEle um grande líder. Ele fazia tudo para servir (Jo 13.14,15). Jesus estava seguro de Sua identidade, de quem Ele era, por isso não tinha problemas em servir, inclusive lavando pés empoeirados e sujos. Mesmo sabendo que já era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai (Jo 13.1), Ele não se importou com o que pensariam a Seu respeito (Jo 13.1,3). Jesus liderava pelo exemplo, mesmo sob pressão.

Bíblia da Liderança cristã (2007, p.906): "Um líder é engrandecido durante o tempo de suas maiores dificuldades. Quase todo mundo pode liderar quando as coisas estão a seu favor, mas um verdadeiro líder se faz quando ele tem de liderar com a morte estampada em sua face. Visto que apresenta João o clímax crítico da vida de Jesus, nele podemos ver o que um líder é capaz de fazer quando está sob pressão". 

3.3. O Senhor Jesus: obediente até a morte.
Para consumar o Plano Redentor, Nosso Senhor veio ao mundo em carne (1 Jo 4.2), foi colocado em posição inferior à dos anjos (Hb 2.9), e se manteve humilde e obediente até a morte (Fp 2.8). Na Cruz, Jesus expressou Seu amor absoluto e eterno (Jo 3.16), num ato máximo de humildade: deixar a glória e o trono, esvaziar-se, fazer-se homem e passar a Servo dos irmãos. Por isso, Ele foi caçado, encarcerado, chicoteado, cuspido e pregado na Cruz (Jo 19.17-30). Mas a humildade transformou o mais cruel instrumento de execução em símbolo do amor de Jesus pela humanidade (1 Pe 2.24). 

Bispo Samuel Ferreira (2019, L. 12): "A crucificação de Jesus transpira Amor (Lc 23.33-46). Jesus foi colocado entre dois criminosos e Suas dores eram terríveis. Os chefes do povo e os ladrões zombavam, os soldados escarneciam, mas Ele orava: `Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem: A crucificação de Jesus nos revela ao máximo o amor divino para salvar e transformar os corações cansados, angustiados e traumatizados".

EU ENSINEI QUE: 
A humildade não é uma condição, mas um valor que reflete a Obra do Espírito Santo.
 
CONCLUSÃO 
Em tempos de estrelismo e busca desenfreada por aplausos e reconhecimento, a humildade de Cristo deve produzir despertamento nos crentes. Assim, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e para a Glória de Deus, não nos esqueceremos das Palavras de Nosso Senhor em Seu discurso de despedida: "...como eu vos fiz, façais vós também", Jo 13.15.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


terça-feira, 26 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 9 / 3º Trim 2025


AULA EM 31 DE AGOSTO DE 2025 - LIÇÃO 9

(Revista Editora Betel)

Tema: A Triunidade Divina: O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna  



TEXTO ÁUREO
"E quem me vê a mim vê aquele que me enviou", João 12.45.
   
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo é a plena e definitiva revelação do Pai.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Compreender que, em Jesus, Deus manifestou o Seu amor.
- Ressaltar que o Filho e o Pai são Um.
- Identificar no Filho os atributos do Pai.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 5 
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. 
20. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. 
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo. 
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo. 
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.18 Jesus Cristo, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 Jesus é o Filho de Deus.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o Pai são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 Jesus se declara o Filho de Deus.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o Pai.
SÁBADO | Jo 5.30 O Pai enviou o Filho

HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que creiam que Jesus está no Pai e o Pai está em Jesus.

INTRODUÇÃO 
Professor(a), o assunto que será tratado aqui já foi tema de calorosos debates, por isso, é interessante que se aprofunde bem, estou deixando aqui, alguns comentários para enriquecer o conteúdo da aula, como, por exemplo, a lista de algumas vontades do Pai, expressa em Sua Palavra, no subtópico 1.3, e alguns detalhes sobre a crença dos gnósticos acerca de Jesus. 
O Evangelho de João relata fatos que mostram o Deus Pai na vida do Deus Filho (Jo 5.19). O próprio Jesus descreve que ver o Filho era como ver o Pai (Jo 14.9). Paulo escreve que, através do Filho, o Pai visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa perspectiva, Jesus é a revelação plena e definitiva do Pai (Mt 11.27). Já nessa introdução convém explicar o seguinte, o Evangelho de João é o que melhor apresenta Jesus como Deus, como podemos observar já na abertura:

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.", João 1.1

Isso se deu pelo fato de João ter enfrentado desde o início o problema das filosofias gnósticas que se infiltravam na Igreja, e afirmavam que o Criador jamais teria contato com sua criação na forma encarnada. Por isso João tem o cuidado de sempre ressaltar as falas de Jesus e dos apóstolos onde sobressai a divindade do Mestre. 

1- O Amor do Pai é visto no Filho
O Filho de Deus possui a mesma natureza e essência de Deus: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", Jo 3.16. Este versículo admirável aponta para a dimensão do Amor de Deus por nossa vida. Somente por Jesus podemos receber a adoção como filhos de Deus (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz que o amor do Pai por nós é tão grande que somos chamados de filhos de Deus, e nós somos de fato Seus filhos (1 Jo 3.1). 

1.1. O Filho Unigênito de Deus.
Unigênito ou filho único. O Filho Unigênito de Deus provém de Deus Pai, de Quem tem a mesma natureza (Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes nos escritos de João, todas elas relacionadas a Jesus (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. Quando o comentarista menciona "escritos de João", está se referindo ao seu Evangelho, suas cartas e o Apocalipse, embora aqui ele esteja falando apenas do Evangelho e das cartas. No entanto, a realidade é que a divindade de Jesus é expressa em todos os três escritos de João, sendo que no Evangelho e nas cartas, João atesta a divindade de Cristo, e no Apocalipse, o próprio Senhor é quem faz isso:

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.", Apocalipse 22.13

Talvez João tenha sido o apóstolo que melhor entendeu a divindade de Jesus, isso explicaria o seu apego ao Senhor, e quem sabe não foi esse o motivo de Jesus tê-lo preservado para a revelação do Apocalipse? Não há uma resposta para essa pergunta.
O Apóstolo Paulo descreve Cristo como o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de geração, mas de natureza e caráter. O Unigênito de Deus tem familiaridade única com o Pai. Jesus, como o Filho de Deus, é Eterno (Cl 1.15-17), por isso Isaías O chama de Pai da Eternidade (Is 9.6). Ou seja, afirmar que Jesus é Deus, por ser o Filho de Deus, não é ideia de João, e nem de Paulo, mas desde o Antigo Testamento já era feita essa referência, como, por exemplo, as aparições do "Anjo do Senhor", destacado em diversas passagens do Antigo Testamento, e principalmente na promessa do nascimento do Filho de Deus feita por Isaías:

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.", Isaías 9.6

Note que Isaías não somente registra o Messias prometido como "Pai da Eternidade", mas também como "Deus Forte", por isso, os judeus sabiam que o Messias seria de essência divina.


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domingo, 24 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 9 / 3º Trim 2025

A Triunidade Divina: O Pai e o Filho em Perfeita Harmonia Eterna  
31 de Agosto de 2025

TEXTO ÁUREO
"E quem me vê a mim vê aquele que me enviou", João 12.45.   

VERDADE APLICADA
Jesus Cristo é a plena e definitiva revelação do Pai.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Compreender que, em Jesus, Deus manifestou o Seu amor.
- Ressaltar que o Filho e o Pai são Um.
- Identificar no Filho os atributos do Pai.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 5 
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. 
20. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. 
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo. 
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo. 
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 1.18 Jesus Cristo, o Eterno.
TERÇA | Mt 3.17 Jesus é o Filho de Deus.
QUARTA | Jo 5.18 O Filho e o Pai são iguais.
QUINTA | Lc 22.70 Jesus se declara o Filho de Deus.
SEXTA | 1Jo 5.10 Negar o Filho é negar o Pai.
SÁBADO | Jo 5.30 O Pai enviou o Filho

HINOS SUGERIDOS: 8, 205, 207

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que creiam que Jesus está no Pai e o Pai está em Jesus.

INTRODUÇÃO
O Evangelho de João relata fatos que mostram o Deus Pai na vida do Deus Filho (Jo 5.19). O próprio Jesus descreve que ver o Filho era como ver o Pai (Jo 14.9). Paulo escreve que, através do Filho, o Pai visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa perspectiva, Jesus é a revelação plena e definitiva do Pai (Mt 11.27).

PONTO DE PARTIDA – O Pai e o Filho são Um em perfeita em união.

1- O Amor do Pai é visto no Filho 
O Filho de Deus possui a mesma natureza e essência de Deus: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna", Jo 3.16. Este versículo admirável aponta para a dimensão do Amor de Deus por nossa vida. Somente por Jesus podemos receber a adoção como filhos de Deus (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz que o amor do Pai por nós é tão grande que somos chamados de filhos de Deus, e nós somos de fato Seus filhos (1 Jo 3.1). 

1.1. O Filho Unigênito de Deus. 
Unigênito ou filho único. O Filho Unigênito de Deus provém de Deus Pai, de Quem tem a mesma natureza (Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes nos escritos de João, todas elas relacionadas a Jesus (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. O Apóstolo Paulo descreve Cristo como o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de geração, mas de natureza e caráter. O Unigênito de Deus tem familiaridade única com o Pai. Jesus, como o Filho de Deus, é Eterno (Cl 1.15-17), por isso Isaías O chama de Pai da Eternidade (Is 9.6). 

Ralph Earle & Joseph Mayfield (2019, p.32): "Uma palavra precisa ser dita sobre a expressão `o Unigênito do Pai: Comparada a Colossenses 1.15, onde Cristo é descrito como `o primogênito de toda a criação; a frase apresenta a filiação de Cristo sob aspectos complementares. `A primeira marca a sua relação com Deus como absolutamente sem paralelos; e a outra marca a sua relação com a criação como preexistente e soberana'. O significado é claro e poderoso: `A glória do Verbo encarnado era como a glória que o Filho eterno derivaria dele, e assim a poderia exibir aos fiéis". 

1.2. A vontade do Filho é a mesma do Pai. 
Como implicação da importância da unidade entre o Pai e o Filho, observamos a integração de interesses e causas. Vejamos o que Jesus disse a esse respeito: "(...) o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente", Jo 5.19. Jesus assim falou em razão da opinião que os judeus tinham a respeito dEle (Jo 5.16-18). O foco narrativo de Cristo nos faz ver que Ele não fazia nada contra a própria vontade porque a vontade do Filho é a mesma do Pai. O Filho, em certa ocasião, fez uma declaração que fortalece essa verdade: "Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; (...) porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou"; Jo 5.30. 

Comentário MacArthur - Gênesis a Apocalipse (2019, p.1330): "Em resposta à hostilidade dos judeus quanto às implicações de suas afirmações de igualdade com Deus Jesus tornou-se ainda mais destemido, contundente e enfático. Jesus vinculou diretamente ao Pai suas ações de cura no sábado. O Filho nunca assumiu um ato independente que o colocasse contra o Pai, pois o Filho apenas fazia aquelas coisas, coincidiam e coexistia com tudo o que o Pai faz. Assim Jesus deu a entender que o único que poderia fazer o que o Pai faz deve ser tão grande quanto o Pai". 

1.3. O Filho foi enviado para fazer as Obras do Pai.
O Filho foi enviado para nos revelar a vontade do Pai: "Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar"; Jo 9.4. Jesus jamais teve vaidade em Seu coração; Ele tinha o entendimento de que as Suas obras eram as obras do Pai (Fp 2.5,6). O Filho de Deus nos ensina a nos empenhar em promover os interesses do Pai e, assim como Ele, ter a convicção de que não podemos fazer nada de nós mesmo (Jo 5.30). Devemos nos sujeitar ao Pai, buscando reconhecer a vontade dEle para nossa vida. 

Bíblia de Estudo NAA (2021, p.1925): "Enquanto é dia se refere ao tempo em que Jesus está aqui, em seu ministério terreno, pois ele é a luz do mundo (8.12; 9.5), cuja presença torna `dia' a tudo, `noite' então seria o tempo da crucificação e morte de Jesus. Ele mostra uma intensa convicção da necessidade de cumprir tudo aquilo que o Pai o enviou para realizar durante o Seu ministério terreno; façamos (nós) indica que ele está envolvendo também seus discípulos nessa Obra". 

EU ENSINEI QUE: O Filho Unigênito de Deus provém de Deus Pai, de Quem tem a mesma natureza. 

2. O Filho revela o Pai 
João revela que o Verbo tornou Deus conhecido (Jo 1.18). Jesus disse que ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem Ele quiser mostrar o Pai (Mt 11.27). 

2.1. O Filho de Deus na Criação. 
Logo no início do Evangelho de João, lemos que todas as coisas foram feitas pelo Verbo e, sem Ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). O autor da Carta aos Hebreus corrobora com esse pensamento ao dizer que foi mediante Cristo, a Quem constituiu herdeiro de tudo, que Deus criou o Universo e fez o mundo (Hb 1.2). João Batista afirmou que Jesus já existia antes dele, mesmo ele tendo nascido antes de Jesus (Jo 1.15), dando a entender que Jesus já existia eternamente como Deus. Sob esta perspectiva, Jesus é o próprio Deus Criador, que habitou entre nós (Jo 1.14). 

César Roza de Melo (2021, L.13): "Um dos pontos-chave a ser destacado é a preexistência de Jesus, ou seja, Jesus era um com Deus na eternidade. Estava na criação do homem, a palavra usada em Gênesis 1.26 é clara ao dizer "façamos". Paulo deixa relatado que, na plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher (Gl 4.4). Em Lucas 10.18, encontramos Jesus dizendo que viu Satanás como um raio caindo do céu. Como diz Paulo, a revelação de Jesus como Filho de Deus veio no tempo certo, porém, Jesus já existia antes da fundação do mundo, sendo assim, Ele é eterno". 

2.2. O Filho de Deus é Divino. 
A mente limitada e mortal do ser humano não é capaz de compreender o grande segredo da cristologia quando João diz que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O Pai e o Filho aparecem na Bíblia no mesmo grau de divindade (Gl 1.1; 1Tm 6.13; 2Tm 4.1). Essas revelações evidenciam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus e têm a mesma autoridade; todavia, são distintos como Pessoas e nas manifestações, não em poder e esplendor.

Dilmo dos Santos (2012, L.01): "João define que o verbo era Deus: Tal pensamento vai permear todo o seu Evangelho, em que o próprio Jesus faz várias declarações, utilizando-se da expressão "Eu sou": Coisa que um judeu em sã consciência não faria jamais. Pois essa expressão apenas se aplica a Deus. (...) João apresenta Jesus como o próprio Deus, uma revelação que mais tarde os apóstolos também vão confirmar, porque não houve como negar que Cristo é a representação visível do Deus invisível (Cl 1.15)".

2.3. O Filho de Deus é eterno.
A expressão "Filho de Deus'; nas Escrituras, indica claramente a natureza divina de Jesus, que sempre existiu, sendo reconhecidamente o Pai da Eternidade (Is 9.6). Deus Pai identifica Jesus como Seu Filho (Mc 1.11). Como João registra em seu Evangelho: o Verbo Eterno, o Filho Unigênito de Deus, participou da natureza humana, mas sem pecado (Jo 1.14). O próprio Senhor Jesus, na oração registrada em João 17, menciona Sua comunhão com o Pai "antes que o mundo existisse" (Jo 17.5,24).

Dilmo dos Santos (2012, L.01): "João 1.1 começa de modo semelhante ao primeiro livro do AT Gênesis 1.1: `No princípio': É uma indicação de que o `Verbo' já existia na eternidade. Para comprovar sua tese, com ousadia e a criatividade, João escreveu apelando para os textos do AT contrastando os judeus que pensavam serem os verdadeiros herdeiros do Reino de Deus. João faz alusão a Gênesis 1.1, `no princípio, período que iniciava a história da primeira criação, mas, em João 1.1, inicia-se a história da nova criação, o agente é a Palavra de Deus".

EU ENSINEI QUE: 
Antes do mundo existir, Jesus já existia, pois Ele é eterno.

3. Pai e Filho são iguais
Quando o Senhor Jesus declarou "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30), os judeus queriam apedrejá-1O. Foi uma declaração impactante. O versículo 33 diz que os judeus estavam revoltados, pois Jesus estava se apresentando como Deus. Jesus já tinha feito outras declarações (Jo 5.18,23). As Escrituras revelam que o Pai e o Filho possuem os mesmos atributos. 

3.1. O Filho de Deus é Onipotente.
O Filho veio ao mundo em forma humana para revelar o Pai (Jo 1.14-18). Jesus pode todas as coisas, de maneira completa e plena (Jo 1.51). Assim como o Pai, o Filho tem todo o poder em Suas mãos (Jo 1.14). o Filho tem o mesmo poder do Pai, já que Ele é Deus. No Livro do Apocalipse, João escreveu: "(...) e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno", Ap 1.18. A relação harmoniosa e amorosa entre o Pai e o Filho fez com que o Pai entregasse todas as coisas nas mãos do Filho (Jo 3.35). Jesus tem poder para libertar da ignorância espiritual (Jo 8.32, 36), oferecer perdão aos pecadores (Jo 4.25-30; 8.3-11) e curar os doentes (Jo 4.50-51; 5.6-8; 9.6-7). 

EF Bruce (1990, p.94): "Duas vezes neste Evangelho lemos que o Pai ama o Filho, aqui (v.35) e em (5.20). O verbo aqui é agapaõ; na outra passagem é phileõ. A alternância destes dois verbos em afirmações idênticas ilustra a propensão do evangelista em diversificar sua escolha de sinônimos. O versículo 35 é uma contrapartida para a frase de Jesus no relato sinótico: "Tudo me foi entregue por meu Pai" (Mt 11.27; Lc 10.22). O Filho é o enviado plenipotenciário do Pai, seu porta voz e revelador perfeito". 

3.2. O Filho de Deus é Onipresente. 
Quando falamos que o Filho de Deus é Onipresente, estamos nos referindo ao poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, assim como o Pai (Jo 20.19). O Filho de Deus vai além dos limites dos seres humanos, como afirma Myer Pearlman: "Imensidade é a presença de Deus em relação ao espaço, enquanto onipresença é Sua presença em relação às criaturas". Jesus garantiu que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome, ali Ele estaria (Mt 18.20). Jesus estava dizendo que, assim como Pai, o Seu poder não está limitado ao espaço geográfico. Ele está presente em todos os lugares (Jo 4.48-53; Mt 28.20). 

Valdir Alves de Oliveira (2021. L. 12): "Deus é transcendente: além dos limites cosmológicos, além dos limites humanos (...). Está nas profundezas, está ao nosso nível e está nas alturas. `Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra' (Fp 2.10); `Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz' (Dn 2.22); `E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar' (Hb 4.13)". 

3.3, O Filho de Deus é Onisciente. 
A Onisciência do Filho de Deus O faz conhecedor de todas as coisas. Vemos isso quando Jesus revelou a Natanael que o viu embaixo de uma árvore (Jo 1.48) e quando falou à mulher samaritana que o homem com quem ela se relacionava não era seu marido (Jo 4.16-18). Jesus também sabia até o lado do barco de Pedro e seus amigos que tinha peixes (Jo 21.6). Como disse Paulo, em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3). 

Comentário MacArthur - Gênesis a Apocalipse (2019, p.1312): "Eu o vi. Isso fornece um breve vislumbre do conhecimento sobrenatural de Jesus. Não só o breve resumo de Jesus sobre Natanael foi preciso (v.47), como também revelou informações que só poderiam ser conhecidas pelo próprio Natanael. Talvez Natanael tivesse alguma experiência significativa ou extraordinária de comunhão com Deus no local e, então, foi capaz de reconhecer a alusão de Jesus a isso".

EU ENSINEI QUE: 
A Onisciência do Filho de Deus O faz conhecedor de todas as coisas. 
 
CONCLUSÃO 
O Pai e o Filho são iguais em essência, poder e glória (Jo 10.30). O Filho veio do Pai e retornou a Ele (Jo 16.28), demonstrando a relação eterna e inseparável entre ambos. Embora sejam Pessoas distintas dentro da Trindade, possuem a mesma natureza divina e operam em perfeita unidade. A missão do Filho foi tornar visível o Pai ao mundo, ensinando, curando e manifestando Seu amor e justiça, cumprindo assim o Plano Divino de Salvação.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)


terça-feira, 19 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL BETEL SUBSÍDIO - Lição 8 / 3º Trim 2025


AULA EM 24 DE AGOSTO DE 2025 - LIÇÃO 8

(Revista Editora Betel)

Tema: Jesus e a Mulher Adúltera. A manifestação da Graça em Meio à Condenação  



TEXTO ÁUREO
"(...) Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?", João 8.10.  

VERDADE APLICADA
Perdoar uns aos outros como fomos perdoados por Deus em Cristo é uma das marcas do verdadeiro cristão.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Reconhecer a gravidade de cometer adultério. 
- Saber que culpa expõe e condena os próprios acusadores. 
- Ressaltar que Jesus advoga ao nosso favor.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 8 
4. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5. E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 
6. Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7. E, como insistissem, perguntando-lhe endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 
11. E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 8.7 Que não tem pecado atire a primeira pedra.
TERÇA | 1Jo 2.1 Jesus, nosso Advogado junto ao Pai.
QUARTA | Ap 12.10 Satanás nos acusa.
QUINTA | 1Jo 1.7 O Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
SEXTA | Ex 20.14 Não adulterarás.
SÁBADO | Pv 6.32,33 O adultério deixa cicatrizes profundas.

HINOS SUGERIDOS: 255, 311, 484

INTRODUÇÃO 
Professor(a), a lição dessa semana fala de uma ocasião em que montaram uma armadilha para Jesus, e neste subsídio deixarei alguns acréscimos, como, por exemplo, os dados estatísticos da infidelidade conjugal no nosso país. 
Hoje, veremos um exemplo prático da verdade de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para Salvação, não para condenação (Jo 3.17). A Obra da Redenção não diminui nem ignora a gravidade do pecado e a necessidade de castigo. Jesus Cristo, porém, levou sobre Si a culpa dos nossos pecados e, assim, não há condenação para os que vivem unidos a Ele (Rm 8.1; 2Co 5.21). Uma das coisas que Jesus sempre deixou claro em seu ministério terreno, foi de que Ele não veio trazer condenação, veja:

"Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.", João 3.17

A armadilha colocava Jesus em uma posição em que qualquer resposta o deixava mal, e no caso, se o Senhor afirmasse que a mulher devesse ser condenada, Ele estaria anulando o que havia afirmado em João 3.17

1- O Adultério: Um Pecado com Consequências e Feridas Profundas
O autor da Carta aos Hebreus nos diz que o adultério é pecado (Hb 13.4). Portanto, quem adultera se opõe à vontade de Deus (Pv 6.32). No AT, se um homem dormisse com a esposa de outro homem, ambos deveriam morrer para expurgar o mal de Israel (Dt 22.22). Ainda hoje, quem comete adultério peca diante dos homens e de Deus.

1.1. Reconhecendo o adultério.
O adultério acontece quando um dos cônjuges se envolve em um relacionamento amoroso extraconjugal. Segundo a Bíblia de Estudo Plenitude (2009, p. 1184): "É uma relação sexual ilegal. É incompatível com as leis harmônicas da vida familiar no Reino de Deus; De acordo com o dicionário e com o entendimento jurídico, o adultério é a relação sexual de alguém casado, fora do casamento, ou de alguém solteiro com alguém casado. Mas convém acrescentar, para fins de entendimento, que, no meio cristão, também é condenada a infidelidade conjugal, que é toda prática que quebra o pacto matrimonial. Pois, de acordo com Jesus, a infidelidade é o mesmo que adultério:

"Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela", Mateus 5.28 

e, como viola o objetivo original de Deus no casamento, está sob o julgamento de Deus" João nos diz que o Mestre estava ensinando no Templo quando foi abordado pelos escribas e fariseus, que lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério (Jo 8.2,4). Sendo assim, aquela mulher estava em condições de ser punida segundo a Lei de Moisés, no entanto, estava claro diante de todos que a intenção dos acusadores não era a punição da mulher adúltera, mas sim, apanhar Jesus em alguma contradição.


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sábado, 16 de agosto de 2025

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 8 / 3º Trim 2025

Jesus e a Mulher Adúltera. A manifestação da Graça em Meio à Condenação  
24 de Agosto de 2025

TEXTO ÁUREO
"(...) Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?", João 8.10.  

VERDADE APLICADA
Perdoar uns aos outros como fomos perdoados por Deus em Cristo é uma das marcas do verdadeiro cristão.
  
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Reconhecer a gravidade de cometer adultério. 
- Saber que culpa expõe e condena os próprios acusadores. 
- Ressaltar que Jesus advoga ao nosso favor.
  
TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 8 
4. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5. E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 
6. Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7. E, como insistissem, perguntando-lhe endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 
11. E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.  

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Jo 8.7 Que não tem pecado atire a primeira pedra.
TERÇA | 1Jo 2.1 Jesus, nosso Advogado junto ao Pai.
QUARTA | Ap 12.10 Satanás nos acusa.
QUINTA | 1Jo 1.7 O Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
SEXTA | Ex 20.14 Não adulterarás.
SÁBADO | Pv 6.32,33 O adultério deixa cicatrizes profundas.

HINOS SUGERIDOS: 255, 311, 484

MOTIVO DE ORAÇÃO
Oremos para que nosso Pai, que está nos Céus, perdoe os nossos pecados.

INTRODUÇÃO
Hoje, veremos um exemplo prático da verdade de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para Salvação, não para condenação (Jo 3.17). A Obra da Redenção não diminui nem ignora a gravidade do pecado e a necessidade de castigo. Jesus Cristo, porém, levou sobre Si a culpa dos nossos pecados e, assim, não há condenação para os que vivem unidos a Ele (Rm 8.1; 2Co 5.21).

PONTO DE PARTIDA – Jesus advoga a nosso favor.

1- O Adultério: Um Pecado com Consequências e Feridas Profundas
O autor da Carta aos Hebreus nos diz que o adultério é pecado (Hb 13.4). Portanto, quem adultera se opõe à vontade de Deus (Pv 6.32). No AT, se um homem dormisse com a esposa de outro homem, ambos deveriam morrer para expurgar o mal de Israel (Dt 22.22). Ainda hoje, quem comete adultério peca diante dos homens e de Deus.

1.1. Reconhecendo o adultério. 
O adultério acontece quando um dos cônjuges se envolve em um relacionamento amoroso extraconjugal. Segundo a Bíblia de Estudo Plenitude (2009, p. 1184): "É uma relação sexual ilegal. É incompatível com as leis harmônicas da vida familiar no Reino de Deus; e, como viola o objetivo original de Deus no casamento, está sob o julgamento de Deus" João nos diz que o Mestre estava ensinando no Templo quando foi abordado pelos escribas e fariseus, que lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério (Jo 8.2,4).

José Elias Croce (2001. L.07): "Tendo em mente a função do sexo no casamento, podemos compreender mais facilmente as proibições bíblicas acerca das relações extraconjugais. O adultério, a prostituição, a fornicação e a homossexualidade são práticas sexuais condenadas por Deus (1 Co 6.10). O adultério e a prostituição, segundo a Bíblia, abrangem toda relação sexual extramatrimonial entre um homem e uma mulher, casada ou não, e vice-versa (Hb 13.4). No Antigo Testamento, o adultério era passível de morte (Lv 20.10). 

1.2. O adultério afronta o Criador.
O Apóstolo Paulo nos ensina que o corpo do cristão é o "Templo do Espírito Santo"; portanto, deve ser preservado para a glória de Deus (1 Co 6.19). O apóstolo é claro e oferece um alerta sobre o assunto: "Não erreis: nem os devassos, nem os idolatras, nem os adúlteros (...) herdarão o Reino de Deus", 1 Co 6.10. Adulterar, portanto, é uma afronta grave a Deus, sendo um ato condenável tanto no AT quanto no NT (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). Para evitar o adultério, Jesus nos ensina a importância de guardarmos o coração, afirmando que: "qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela"; Mt 5.28. 

Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2004, Lição 3: "A imoralidade desenfreada tem levado homens e mulheres à prática da perversão sexual: `E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro' (Rm 1.27)': O texto bíblico não detalha a "recompensa". Outras versões usam o termo "castigo", enfatizando, assim, o juízo divino contra a prática pecaminosa. A consequência pode alcançar não apenas a dimensão física, mas também a emocional ou espiritual. 

1.3. O sexo foi criado por Deus. 
O plano de Deus para a sexualidade humana é proporcionar aos cônjuges estabilidade física e emocional (Ec 4.9-12). Quando os escribas e fariseus levaram a mulher pega em adultério a Jesus, eles justificaram aquela ação com um dos Mandamentos da Lei de Moisés: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 22.22). Quando Deus institui o casamento, ele assegura o relacionamento sexual entre o casal: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne"; Gn 2.24. 

Arthur Holmes (2013, p.129): "O relacionamento sexual não está confinado a apenas duas pessoas. Envolve também Deus, Criador e Senhor de todos nós, que pelos propósitos que tinha em mente, fez-nos criaturas sexuais. (...) A união sexual e a reprodução fazem parte da criação e foram ordenadas por Deus desde o princípio, pela instituição do casamento. O sexo não pode ser retirado desse contexto e tratado de forma meramente biológica ou psicológica, como ocorre na sociedade contemporânea. Seu principal significado não deve ser encontrado em si mesmo, no ato, na experiência ou mesmo em suas consequências sociais. Como em qualquer coisa vista teisticamente, seu significado principal deve ser encontrado em relação a Deus e seus propósitos". 

EU ENSINEI QUE:
O plano de Deus para a sexualidade humana é proporcionar aos cônjuges estabilidade física e emocional.

2. Perdoador ou acusador? 
O Filho de Deus foi questionado por escribas e fariseus sobre o destino de uma mulher flagrada em adultério (Jo 8.3). Infelizmente, Satanás continua usando esse mesmo artifício hoje, até dentro das igrejas, ocasionando divisões devido às suas acusações (Rm 16.17).

2.1. A malícia dos acusadores. 
Os escribas e fariseus, maldosamente, levaram a mulher flagrada em adultério ao Templo onde Jesus ensinava (Jo 8.2-4). Aqueles homens questionaram o Mestre sobre o que deveria ser feito com a adúltera, já que a Lei Mosaica previa a morte por apedrejamento nesses casos (Jo 8.5). Obviamente, existia maldade na pergunta. Pois a lei estabelecia que não apenas a mulher deveria ser morta mas, também, o homem (Lv 20.10). Queriam pressionar Jesus diante do povo que ali estava. Se Ele concordasse com o apedrejamento, poderia ser acusado de ir contra as autoridades romanas ao aplicar a punição com morte sem considerar o processo romano. Caso perdoasse a mulher, Jesus estaria indo contra a Lei de Moisés (Jo 8.5), isto é, a mesma Lei que afirmava ter vindo para cumprir, não para destruir (Mt 5.17). 

Ralph Earle & Joseph Mayfield (2019, pp.81-82): "Jesus e muitas pessoas estavam sentadas enquanto Ele ensinava no Templo; no meio deles, estes pomposos personagens chegaram com uma criatura desprezível e a puseram no meio. A sua ação não tinha interesse de justiça, nem há fio de evidência de que tivesse nascido da compaixão. João deixa claro que o único objetivo dos escribas e fariseus que trouxeram a mulher era o de fazer Jesus cair em uma armadilha: `Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar' (Jo 8.6)".
 
2.2. Jesus ignora os acusadores.
Jesus sabia que, se tomasse alguma posição, isso poderia prejudicar Seu Ministério terreno. Então, de maneira inteligente, para que nem fosse acusado por seus inimigos perante Roma nem perante os sacerdotes, Ele disse: "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela", Jo 8.7. No Livro do Apocalipse, João mostra que Satanás se ocupa com a prática de acusar os discípulos de Cristo: "(...) porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite", Ap 12.10.

Bíblia de Estudo de Genebra (2009, p.1387): "O desafio de Jesus desqualificou os acusadores da posição de juízes, uma vez que eles não queriam cumprir a lei de Moisés, mas apenas procuravam apanhar Jesus numa cilada. Nesse processo, eles usaram essa mulher desonrada como um ardil para realizar o seu projeto maligno" 

2.3. O Advogado Fiel.
Quando os acusadores chegaram com um problema a ser resolvido, Jesus os ignorou: Ele se inclinou e escrevia com o dedo na terra (Jo 8.6). Segundo João, eles interrogaram o Mestre com insistência sobre o que fazer com aquela adúltera. Podemos imaginar o pânico daquela mulher diante de seus acusadores, mas ela encontrou um excelente Advogado de defesa (Jo 8.7). Isso nos faz ver que, embora tenhamos um acusador (Ap 12.10), o nosso Advogado de defesa não perde nenhuma causa (1 Jo 2.1). 

O crente que se arrepende de seus pecados tem um Advogado junto a Deus (1 Jo 1.9; 2.2). João apresenta Jesus Cristo como nosso Advogado (1 Jo 2.1). O Filho de Deus exerceu esse ofício ao livrar a mulher adúltera da morte por apedrejamento (Jo.8.5). Somos justificados pela fé em Cristo e, livres da condenação, desfrutamos da paz com Deus como resultado da reconciliação operada por meio de Jesus (Rm 5.1; 8.33; 2Co 5.18). 

EU ENSINEI QUE: Podemos imaginar o pânico da mulher diante de seus acusadores, mas ela encontrou um excelente Advogado de defesa. 

3. Jesus nos ensina a perdoar
Na passagem da mulher adúltera, Jesus não somente salvou a vida dela, mas também ensinou aos Seus discípulos sobre o perdão. Além disso, Ele orientou a mulher a não mais pecar (Jo 8.11). Isso nos mostra a relevância do perdão no processo do discipulado (Mt 6.14,15). 

3.1. Perdão, uma expressão de amor.
A Palavra de Deus nos convida a refletir sobre o valor do perdão do Filho de Deus (Jo 8.11). Quando os acusadores foram embora, Jesus perguntou: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?", Jo 8.11. A mulher, ainda insegura pelo risco de morte, respondeu: "Ninguém, Senhor!"; Jo 8.12. Essa passagem mostra o perdão do Senhor aos aflitos, e sem descumprir a Lei. Jesus deixa claro que perdoar não é uma atitude de fraqueza, mas uma demonstração de amor pelo próximo. 

Comentário do Novo Testamento - Aplicação Pessoal (2021, p.536): "Ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio. Aparentemente ninguém pôde afirmar não ter pecado para apedrejar a mulher. Jesus tinha exposto a hipocrisia deles e os constrangido, e não houve nada que eles pudessem fazer a não ser voltar e pensar em alguma outra maneira astuta de surpreender Jesus. Ninguém tinha acusado a mulher, e Jesus gentilmente disse que Ele também não iria condená-la. Mas havia mais - ela não estava simplesmente livre para seguir o seu caminho. Jesus não só a libertou dos fariseus, Ele queria libertá-la do pecado; portanto, o Senhor acrescentou: Vai-te e não pequeis mais". 

3.2. Perdoados e perdoando. 
Na passagem descrita no Evangelho de João, Jesus exemplifica a prática do perdão (Jo 8.11). Ali, Jesus estava rodeado de escribas e fariseus sem nenhuma compaixão por aquela mulher. O Mestre, porém, mostra a medida com que devemos perdoar: segundo a medida do amor misericordioso do Pai (Ef 4.32). 

Steve Sandage; LeRon Shults (2011, pp.137-138): "Jesus de Nazaré, argumenta Hannah Arendt, foi `o descobridor do papel do perdão no reino dos assuntos humanos: Pode-se muito afirmar que Jesus descobriu o papel do perdão social, visto que os profetas e sábios antes dEle também estavam cientes deste fenômeno, mas Ele claramente transformou o seu significado e significação de um modo que causou um efeito profundo na história humana. Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, claramente liga a chegada de Jesus com a previsão dos profetas hebreus referente à promessa de perdão e à vinda do Messias". 

3.3. Compreendendo o perdão. 
O perdão é um ato de misericórdia e compaixão. Jesus não veio condenar e sim salvar os pecadores (Jo 3.17). Na Bíblia, vemos que os mais culpados são também os maiores acusadores (1 Rs 3.22- 26). Não é justo julgar os outros estando em pecado (Jo 8.7), como na história da mulher adúltera. O Filho de Deus tirou a máscara de falsidade dos escribas e fariseus (Jo 8.9). Com isso, aprendemos que devemos dar aos nossos semelhantes o mesmo perdão que recebemos do Pai. 

Revista Betel Dominical, 4° Trimestre de 2004, Lição 8: "O perdão é o óleo que lubrifica as engrenagens dos nossos relacionamentos. A nossa situação passou pelo perdão de Deus (Cl 3.13). Não existe cristianismo sem perdão. Quem não sabe perdoar está na contramão do Evangelho. Olhando pelo lado divino, não há como negar o perdão. Ser cristão sem exercer o perdão é uma grande incoerência. Nossas atitudes em relação ao próximo refletem o nosso relacionamento com Deus (1 Jo 4.20-21)". 

EU ENSINEI QUE: O perdão é um ato de misericórdia e compaixão e sua prática tráz benefícios. 
 
CONCLUSÃO 
Nesta lição, aprendemos sobre a gravidade do pecado e as riquezas da Benignidade, da Paciência e da Longanimidade de Deus, que nos conduzem ao arrependimento (Rm 2.4); mas também sobre viver segundo a vontade de Deus em todas as dimensões da vida, expressando, no dia a dia, o Amor e a Misericórdia do Senhor, com os quais fomos abençoados.
  

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)