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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 11 / 4º Trim 2025


AULA EM 14 DE DEZEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 11
(Revista Editora CPAD)

Tema: A queda de Jerusalém

 

TEXTO PRINCIPAL 
“Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.” (Sl 58.11).

RESUMO DA LIÇÃO
Deus retribui a cada um conforme as suas obras. Ele aplica o seu juízo sempre com o objetivo de levar ao arrependimento.

LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — 2Rs 25.1-5 Nabucodonosor invade Jerusalém
TERÇA — Sl 137.1-9 Saudades da pátria
QUARTA — 2Cr 36.11-13 A maldade do rei Zedequias
QUINTA — Sl 94.1-4 Os servos de Deus clamam pela justiça divina
SEXTA — Hb 3.7-9 É possível ouvir a voz de Deus e endurecer o coração
SÁBADO — Rm 2.5,6 Deus retribui a cada um conforme as suas obras

OBJETIVOS
MOSTRAR como se deu a queda de Jerusalém;
REFLETIR a respeito do juízo de Deus sobre Jerusalém e seu povo;
DESPONTAR a respeito do triste destino de Zedequias e o honroso destino de Jeremias.

INTERAÇÃO
[...]

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
[...]

TEXTO BÍBLICO
Jeremias 39.1-8
1 — No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército contra Jerusalém e a cercaram.
2 — No ano undécimo de Zedequias, no quarto mês, aos nove do mês, se fez a brecha na cidade.
3 — E entraram todos os príncipes do rei da Babilônia, e pararam na Porta do Meio, os quais eram Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos os outros príncipes do rei da Babilônia.
4 — E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros, e saiu pelo caminho da campina.
5 — Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou.
6 — E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei de Babilônia todos os nobres de Judá.
7 — E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia.
8 — E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO 
Professor(a), a queda de Jerusalém foi um divisor de águas na história de Israel, pois o povo mudou totalmente a sua cultura, passando a ver e a tratar o Senhor de outra maneira após o cativeiro, aqui vamos ver um pouco, como aconteceu a destruição da Cidade Santa. 
Esse material de apoio traz acréscimos relevantes para a montagem da sua aula. 
A queda de Jerusalém marca um triste período da história de Judá e traz importantes lições até os dias de hoje. Com base neste acontecimento, no trágico fim de Zedequias e na libertação de Jeremias, esta lição discorre sobre este momento sombrio, ressaltando a justiça de Deus em retribuir a cada um, segundo as suas obras, mostra ainda a bondade divina.
É interessante iniciar fazendo o contexto do momento da queda de Jerusalém, pois o rei Zedequias havia acabado de falar com Jeremias e o manteve preso no pátio da guarda de Jerusalém. Daniel e Ezequiel estavam em Babilônia. A cidade foi cercada e tomada pelos exércitos de Nabucodonosor. E Jeremias, que até aquele momento havia sido rejeitado pelo rei e pelo povo, agora seria exaltado por meio de Nabucodonosor.

I. A QUEDA DE JERUSALÉM

1. A Palavra de Deus se cumpre. 
O ministério de Jeremias começou no décimo terceiro ano do reinado de Josias e passou pelos...
Jeremias foi um profeta muito rejeitado por causa das duras verdades que anunciava, veja:
"6 Então farei que esta casa seja como Siló, e farei desta cidade uma maldição para todas as nações da terra.
7 Os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, ouviram a Jeremias, falando estas palavras na casa do Senhor.
8 E sucedeu que, acabando Jeremias de dizer tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo, pegaram nele os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo, dizendo: Certamente morrerás,", Jeremias 26.6-8
Quando se cumpriu tudo o que Jeremias profetizou, então todos viram que Jeremias tinha sido sincero o tempo todo. Hoje temos poucos homens de Deus que possuem a coragem para falar o que Deus mostra de verdade. Sabendo que a profecia é exercida pelo ministério da Palavra, vemos pregadores que evitam falar aquilo que desagrada ao povo.
Enquanto Isaías foi o profeta messiânico, Jeremias foi o profeta do conserto de Deus.

2. Jerusalém é invadida. 
Depois de um tempo cercada, Jerusalém foi invadida pelos babilônios (Jr 39.1,2). Essa invasão se deu em um momento de grande dificuldade para Judá (Jr 52.6). A escassez de pão...
A cidade foi cercada por um período de 30 meses, ou seja, uns 2 anos e meio, veja:
"4 E aconteceu, no ano nono do seu reinado, no mês décimo, no décimo dia do mês, que veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela e levantaram contra ela tranqueiras ao redor.
5 Assim esteve cercada a cidade, até ao ano undécimo do rei Zedequias.", Jeremias 52.4,5
A expressão: "Os príncipes de Babilônia", se refere aos capitães e generais que entraram com suas companhias dentro da cidade.
A tática de cerco era utilizada na época, para guerras contra cidades fortificadas, o exército inimigo se acampava em redor da cidade e proibia a entrada de alimentos, água, animais e pessoas, com isso a cidade geralmente se rendia pela fome e desgaste do exército. 

3. Jerusalém é destruída. 
Jerusalém foi invadida e destruída e cada parte desse processo, tem um sentido no propósito que Deus teve em corrigir e disciplinar...
A destruição dos muros foi um golpe no orgulho da cidade, pois Jerusalém era difícil de ser invadida, por conta de estar localizada numa montanha, mas principalmente por ter uma imponente muralha. E é fato que Jerusalém não tinha somente os babilônios como inimigos, tinha também os amonitas e moabitas, além de outros povos menores. 
O Templo também foi queimado e destruído (2Rs 25.9; Jr 52.13). Utensílios importantes da Casa do Senhor foram destruídos pelo exército de Nabucodonosor (2Rs 25.13-18; Jr 52.24). Ao...
Já a destruição do Templo era foi um golpe na esperança do povo, pois eles acreditavam que Deus jamais deixaria que algo acontece com a cidade do Messias prometido e com o Templo de Deus. Mas tudo isso foi ordenado por Deus para ensinar ao povo judeu o real significado da obediência ao Criador.
Muitas vezes, quando um servo de Cristo começa a depositar seu orgulho e confiança em coisas materiais, Deus permite que tais coisas se percam, para que Seu servo aprenda em quem se deve depositar a confiança e assim, esses servo não se perde. 

SUBSÍDIO I
[...]

II. O JUÍZO DE DEUS

1. O juízo de Deus. 
A ira, o juízo e a justiça de Deus são termos presentes no contexto da invasão babilônica em Jerusalém, e isso...
Convém acrescentar o seguinte: a ira de Deus no Antigo Testamento se manifestava de diversas formas, pois houve situações em que Ele fez fogo cair do céu, em outras ocasiões Ele enviou o seu anjo com a espada contra os inimigos do Seu povo e em outras, o Senhor mesmo matou os irreverentes, veja:
"Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus.", 2 Samuel 6.7
No entanto, vivemos hoje no Tempo da Graça, e neste tempo a ira de Deus é acumulada, ou seja, Deus não está punindo os irreverentes, mas isso não significa que Deus mudou e que passou a tolerar o pecado. Na verdade, toda injustiça que se pratica no mundo está sendo guardada para o Dia do Juízo de Deus:
"Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.", 2 Pedro 3.7  

2. A retribuição divina.
O trágico fim de Judá nas mãos dos babilônios se deu justamente pela indiferença, desobediência e quebra de aliança, pois a Bíblia informa que o rei Zedequias “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (Jr 52.2) e “por esta razão”, tanto ele como o povo receberam a justa punição de Deus (v.3).
[...]

3. As causas da destruição de Jerusalém. 
Deus não escondeu o seu amor de Judá, assim como deixou claro o seu glorioso plano com o seu povo. No entanto, baseado em...
Identificamos que foram vários motivos que levaram Judá ao cativeiro, vamos listá-los e comentar algo a mais:
1. Postura de seus líderes - Aqui fala da postura de Zedequias, no entanto, foram diversos reis que erraram antes de Zedequias, e que fizeram o que era mal perante o Senhor, e todos esses reis levaram grande parte do povo a uma cultura idólatra;
2. Orgulho religioso - era a confiança pretensiosa que o povo tinha, de que Deus os livraria de qualquer mal, e a segurança que eles tinham no fato de o Templo estar em Jerusalém demonstra uma superstição religiosa. Isto é semelhante às pessoas que colocam a Bíblia aberta no Salmo 91 em cima da estante, acreditando que isso protege a sua casa do mal;
3. Não observância do ano sabático - segundo o texto de Crônicas, o motivo dos setenta anos de cativeiro foi por conta dos sábados não cumpridos: 
"para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.", 2 Crônicas 36.21
Havia na lei a ordenança do Senhor em se guardar a terra a cada sete anos, ou seja, depois de sete anos a terra ficaria em repouso (sem plantio), esse era o "ano sabático" Lv 25.2-7, mas pelo que sabemos os judeus não cumpriram esses anos sabáticos, o que deu um total de setenta. Por isso Deus forçou a terra a descansar 70 anos no período do cativeiro, sem nenhuma atividade agrícola.

SUBSÍDIO II
[...]

CONCLUSÃO
A narrativa da destruição de Jerusalém reacende a certeza da justiça e da soberania de Deus, primeiro porque Ele retribui a cada um segundo as suas obras, depois porque conduz a história como quer, sem perder o seu controle. Esta lição mostrou a justa retribuição divina ao pecado. As lições aprendidas do fim de Zedequias, reafirmam a fidelidade de Deus e o seu compromisso com o seu povo e a sua Palavra.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar: 
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados; 
- faça as perguntas do questionário, se houver tempo; 
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.

ESTANTE DO PROFESSOR
RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, defina a ira divina.
A ira de Deus diz respeito à sua fúria contra o pecado e está relacionada com a sua justiça e a sua retidão, que se manifesta de forma punitiva por meio de seu juízo.
2. O que foi a queda de Jerusalém?
A queda de Jerusalém foi a punição de Deus ao seu povo, movida por sua ira.
3. Quais foram os erros de Judá e porque Deus os castigou com a invasão, destruição de Jerusalém e o cativeiro?
Inicialmente, foi a postura orgulhosa, desobediente e enfraquecida de Zedequias, levando o povo a sofrer os danos de uma liderança não compromissada com Deus. Finalmente, a não observância da guarda do ano sabático durante todo o período da monarquia.
4. A sucessão de erros do rei resultou em quê?
A sucessão de erros resultou no orgulho do rei, que o levou a rebelar-se contra Nabucodonosor, contrariando a ordem de Deus, culminando na destruição de Jerusalém e no cativeiro de Judá.
5. Quantos anos o povo ficou no cativeiro?
Ficou 70 anos no cativeiro.


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Fonte: Revista CPAD Jovens
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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 9 / 4º Trim 2025


AULA EM 30 DE NOVEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 9
(Revista Editora CPAD)

Tema: A fidelidade dos recabitas
 

TEXTO PRINCIPAL 
“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” (Fp 2.15).

RESUMO DA LIÇÃO
Deus usou os recabitas como um exemplo de fidelidade aos seus princípios, para advertir Judá.

LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — 1Cr 2.55 A origem dos recabitas
TERÇA — Ml 3.18 A diferença entre o justo e o ímpio
QUARTA — 2Tm 2.19 Apartar-se da iniquidade o que profere o nome de Cristo
QUINTA — Pv 4.24 Se desvie da tortuosidade
SEXTA — 1Ts 4.1-12 É da vontade de Deus a nossa santificação
SÁBADO — Sl 101.2 Tenha um coração sincero

OBJETIVOS
MOSTRAR quem são os recabitas;
REFLETIR a respeito do exemplo de vida de Jeremias e dos recabitas;
RECONHECER o nosso chamado à santidade.

INTERAÇÃO
[...]

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
[...]

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 35.1-14.
1 — Palavra que do Senhor veio a Jeremias, nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
2 — Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à Casa do SENHOR, a uma das câmaras, e dá-lhes vinho a beber.
3 — Então, tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas;
4 — e os levei à Casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem de Deus, que está junto à câmara dos príncipes, que está sobre a câmara de Maaseias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
5 — e pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e disse-lhes: Bebei vinho.
6 — Mas eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;
7 — não edificareis casa, nem semeareis semente, não plantareis, nem possuireis vinha alguma, mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra em que vós andais peregrinando.
8 — Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou, de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;
9 — nem edificamos casas para nossa habitação, nem temos vinha, nem campo, nem semente,
10 — mas habitamos em tendas. Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai.
11 — Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei da Babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus e por causa do exército dos siros; e assim ficamos em Jerusalém.
12 — Então, veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
13 — Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Vai e dize aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém: Porventura, nunca aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras? — diz o SENHOR.
14 — As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberam até este dia; antes, ouviram o mandamento de seu pai; a mim, porém, que vos tenho falado a vós, madrugando e falando, vós não me ouvistes.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Professor(a), esta lição fala de um assunto que se encaixa bem com os nossos dias, podendo ser usado como exemplo e aplicação para hoje. Esse material de apoio visa acrescentar conteúdos além do que está na revista.
O Senhor ordenou que Jeremias tomasse os recabitas como exemplo de fidelidade para contrastar com a infidelidade e a dureza do coração de Judá. O objetivo divino era despertar o seu povo para que se arrependesse. Na lição desta semana, vamos estudar a respeito da necessidade de o crente manter-se santo e fiel a Deus em um mundo caído, partindo do exemplo dos recabitas (Rm 12.2).
O Senhor pegou o exemplo de um povo que habitava no meio de Israel, que tinha uma história junto à nação, e que dava bom testemunho, mostrando que é possível ser fiel a Deus mesmo vivendo sob aquelas circunstâncias. Às vezes, temos exemplos de pessoas que fazem a diferença no Reino de Deus, a pesar de viverem no meio de muitos que negam a Cristo, estes são exemplos de inspiração para todos nós. E ainda temos exemplos de pessoas que nem são crentes, mas são honestas diante da sociedade.

I. OS RECABITAS

1. Quem são os recabitas? 
Segundo o Dicionário Bíblico Baker, os recabitas são “uma família ou, talvez, uma ordem, que tem as suas origens em Jonadabe (2Rs 10), um filho queneu ou...
Jonadabe foi um respeitável líder em Israel no tempo de Acabe e Jeú, ele era filho de Recabe aquele que deu nome a esse clã. Veja isso:
"15 E, partindo dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro, o qual saudou e lhe disse: Reto é o teu coração, como o meu coração é com o teu coração? E disse Jonadabe: É. Então, se é, dá-me a mão. E deu-lhe a mão e fê-lo subir consigo ao carro.
16 E disse: Vai comigo e verás o meu zelo para com o Senhor. E o puseram no seu carro.", 2 Reis 10.15,16
Pelo que se pode depreender desse texto, Jonadabe já era conhecido como líder dos recabitas e o zelo desse povo pelo Senhor já era notório, por isso, Jeú o chama para ver o extermínio dos adoradores de Baal.

2. Como viviam os recabitas. 
Eles levavam uma vida simples e isso se deu porque Recabe, seu líder-fundador, estabeleceu limites com a intenção de protegê-los da imoralidade. Eles habitavam em tendas e...
Como sabemos, havia povos que habitavam juntos a Israel na terra, como, por exemplo, os gibeonitas, que ficaram morando na terra depois de um acordo com Josué Js 9.14-21, e depois os samaritanos após a invasão do rei da Assíria, e havia também os recabitas. 
Os recabitas eram um povo nômade que não possuíam terras, por isso, eles não atrapalhavam os israelitas, não bebiam, então não eram de confusão. Era um povo que servia ao Senhor sem incomodar os israelitas. Deus utiliza esse povo, que nem era israelita e não foram tirados do Egito de forma tão maravilhosa, para mostrar aos judeus como era ser um bom exemplo. Seria como se o Senhor mostrasse para um crente hoje, uma pessoa que não é cristã, com melhor testemunho do que os crentes, e existe pessoas assim.  

3. Os recabitas e os seus valores.
A identificação dos valores dos recabitas passa, em primeiro lugar, por relembrar, ordenadamente, daquilo que eles abriram mão em cumprimento à ordem de seu líder-fundador. Já sabemos que...
Embora eles não fossem judeus, entendemos que seus líderes Recabe e Jonadabe deram ordens para que obedecesse ao Deus de Israel e assim pudessem habitar no meio do Seu povo. E pelo que pudemos compreender, Deus se agradou deles, assim como se agradou dos samaritanos. Veja uma passagem que confirma a recompensa do Senhor:
"18 E à casa dos recabitas disse Jeremias: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou,
19 assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias.", Jeremias 35.18,19
Deus se agradou da aliança que eles tinham com o líder deles, pois a mesma fidelidade Deus não via com a nação de Judá.

SUBSÍDIO I
[...]

II. JEREMIAS E OS RECABITAS

1. Compreendendo o texto.
Em obediência à ordem divina, Jeremias levou “os da casa dos recabitas” à “Casa do Senhor, à câmara dos filhos de Hanã” (Jr 35.1-4). Sobre Hanã, a mesma referência bíblica informa que...
Deus segue o mesmo modelo de profecia que Ele mantinha com os Seus profetas, primeiro o Senhor mandava eles executarem uma tarefa, e a partir daí anunciava sua palavra profética. Nesse casa Deus mandou que fosse oferecido vinho para os recabitas e diante de sua resposta Deus falou por boca de Jeremias, veja a resposta dos recabitas:
"Mas eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;", Jeremias 35.6
Note que o que chamou a atenção do Senhor, não foi o fato de eles não beberem vinho, mas a fidelidade deles com a palavra dada a Recabe.

2. O exemplo dos recabitas. 
O exemplo dos recabitas é mais um ato simbólico do ministério de Jeremias e, naturalmente possui alguns elementos que...
Eles estavam honrando uma aliança feita com um ancestral, que nunca veio em visão para lhes reafirmar a aliança, no entanto, o Senhor fez a aliança da Lei e enviou vários profetas para alertar o povo, vindo o próprio Senhor em várias teofanias, mas o povo não deu ouvidos. Este exemplo mostrava para os judeus, que era perfeitamente possível viver na terra e ser fiel a Deus, independente de ter anjo, profeta ou sacerdote para alertar e repreender.

3. A mensagem. 
Ao ressaltar a fidelidade dos recabitas, Jeremias acentuou a desobediência do povo de Judá. Ali estava, diante de todo o...
Convém acrescentar que, a mensagem dada aos recabitas serviria perfeitamente para os dias atuais.
Era uma situação vergonhosa para o povo, o Senhor usar um povo fora da aliança da Lei para servir de exemplo. Isso fala diretamente aos crentes de hoje que fazem vergonha à obra de Deus, que estão dentro das igrejas com os microfones nas mãos, mas são corruptos, roubam as empresas usando material do local de trabalho para fins particulares; roubam no imposto de renda, mentindo na declaração; roubam nos serviços públicos fazendo gato de luz, de internet, etc.
Enquanto alguns crentes dão esses escândalos, há muitos não crentes que são honestos. Os líderes devem orientar suas congregações no caminho do exemplo, para que não sejamos "chacota" diante do mundo.
"Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.", 1 Coríntios 10:32 

SUBSÍDIO II
[...]

III. UM CHAMADO À SANTIDADE

1. O que é santidade? 
Santidade é aquilo que é próprio do que é santo. Quando relacionada a Deus, a santidade é um de seus atributos, geralmente...
[...]

2. Santidade como fruto da fidelidade.
Santidade e fidelidade são virtudes que o Espírito Santo desenvolve na vida do crente. Mas qual a relação entre...
Podemos classificar os termos dessa forma: santidade é a atitude de separação das coisas do mundo para se consagrar a Deus; já a fidelidade é a atitude de honrar o ideal de santidade independente de qualquer circunstância.
No caso de Daniel a fidelidade dele e de seus amigos foi destacada pelo fato de estarem numa terra distante, vivendo em facilidades no palácio do rei, comendo do bom e do melhor e dormindo confortáveis em suas camas; eles poderiam deixar que todas as estas coisas enchessem os seus corações, mas não deixaram. Daniel percebeu que os pratos da comida real eram consagrados aos ídolos, mas os legumes não eram, por isso optou por uma dieta de legumes:
"11 Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos deem legumes a comer e água a beber.
13 Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos.", Daniel 1.11-13
 
3. A santidade que abençoa. 
Depois de mostrar o contraste entre a fidelidade dos recabitas e a infidelidade de Judá, o Senhor vaticinou o mal que...
A maior benção que um ser humano pode alcançar é estar junto ao seu Criador, no entanto, muitos crentes não sabem disso, e buscam de Deus benção materiais acima das bençãos espirituais. Mas o recabitas tinham isso como propósito, por isso, receberam de Deus a promessa de estarem para sempre a serviço da casa do Senhor. Essa foi a promessa feita aos recabitas:
"assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias.", Jeremias 35.19
Não são poucos os crentes que se desviam ou tornam-se desigrejados, por confiarem em promessas humanas, passadas como se fossem de Deus, ficando assim, decepcionados com Deus e com os líderes. E muitos desses que estão sendo enganados ficam de campanha em campanha esperando suas bênçãos materiais, mas o Senhor busca crentes fieis para o trabalho em sua Obra, assim como os recabitas. 

SUBSÍDIO III
[...]

CONCLUSÃO
A lição que estudamos é um convite aos crentes deste tempo a viverem em santidade e em fidelidade a Deus. O comportamento de Judá não refletia a sua identidade de povo de Deus, daí porque Ele contrastou a sua infidelidade com a fidelidade dos recabitas, ensinando a esta geração que a fidelidade e a santidade são virtudes que o agradam e abrem as portas para que as suas bênçãos sejam derramadas aos que assim decidem viver.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar: 
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados; 
- faça as perguntas do questionário, se houver tempo; 
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.

ESTANTE DO PROFESSOR
Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HORA DA REVISÃO
1. Segundo o Dicionário Bíblico Baker, quem são os recabitas?
Segundo o Dicionário Bíblico Baker, os recabitas são “uma família ou, talvez, uma ondem, que tem as suas origens em Jonadabe, um filho queneu ou descendente de Recabe, cujos integrantes são zelosos pelo Senhor”.
2. Qual a finalidade do profeta, mediante a orientação do Senhor, usar os recabitas como exemplo?
O profeta, mediante a orientação do Senhor, usa esse grupo com a finalidade de proferir uma mensagem ao povo de Judá.
3. Segundo a lição, o que é santidade?
Santidade é aquilo que é próprio do que é santo.
4. Quem desenvolve no crente a virtude de santidade e fidelidade?
Santidade e fidelidade são virtudes que o Espírito Santo desenvolve na vida do crente.
5. Qual a origem do termo “fidelidade” e qual o seu significado?
O termo fidelidade vem do latim fidelis e diz respeito a quem é fiel, leal, constante, consistente e comprometido com algum compromisso assumido.

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Fonte: Revista CPAD Jovens
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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 8 / 4º Trim 2025


AULA EM 23 DE NOVEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 8
(Revista Editora CPAD)

Tema: O conselho de Jeremias aos reis


 

TEXTO PRINCIPAL 
“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21).

RESUMO DA LIÇÃO
À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá.

LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Dn 2.20-22 É Deus que estabelece e remove os reis
TERÇA — Mt 10.16-20 Aqueles que anunciam a Palavra
QUARTA — 2Cr 36.5-10 A trajetória de Jeoaquim
QUINTA — Is 55.1-9 As bênçãos para os que deixam o mal
SEXTA — 2Cr 36.11-23 A triste trajetória do rei Zedequias
SÁBADO — 1Pe 1.24,25 A Palavra permanece para sempre

OBJETIVOS
DESTACAR o ministério profético de Jeremias junto aos reis;
REFLETIR a respeito da vida de Jeoaquim, o rei que rejeitou a Palavra de Deus;
MOSTRAR que Zedequias foi o rei das incertezas.

INTERAÇÃO
[...]

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
[...]

TEXTO BÍBLICO
Jeremias 34.1-6.

1 — A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão, e todos os povos pelejavam contra Jerusalém e contra todas as suas cidades, dizendo:
2 — Assim diz o SENHOR. Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.
3 — E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos; e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.
4 — Todavia ouve a palavra do SENHOR, ó Zedequias, rei de Judá. Assim diz o SENHOR a teu respeito: Não morrerás à espada.
5 — Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo: Ah! SENHOR! Porque sou eu que digo a palavra, diz o SENHOR.
6 — E anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá, todas estas palavras, em Jerusalém.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO 

Professor(a), esta lição mostra um fato histórico terrível sobre a postura de Jeoaquim e Zedequias, e este subsídio tem o objetivo de enriquecer a sua aula, a fim de dar mais qualidade à ministração.
Na lição deste domingo, vamos aprender a respeito da resposta negativa dos reis Jeoaquim e Zedequias à Palavra de Deus transmitida por Jeremias. Veremos as terríveis consequências que sofreram em decorrência disso.
Primeiramente é bom dar um contexto ao assunto da aula, sobre em como se encontrava a nação de Judá no momento em que Jeremias fala ao rei Jeoaquim Nabucodonosor já estava preparando a invasão às cidades de Judá e naquele momento já se começava a dar crédito ao que Jeremias falava, pois até então Jeremias era combatido pelos falsos profetas e desconsiderado pelos sacerdotes, mas estavam começando a ver que o que ele falava fazia sentido.

I. UM PROFETA ENTRE OS REIS

1. Jeremias, enviado aos reis. 
Deus escolheu e enviou Jeremias como profeta às nações. Ele também seria responsável por transmitir a mensagem divina “sobre os reinos” (v.10). A monarquia foi...
Normalmente havia na escola de profetas fundada por Samuel, um profeta que era o líder, aquele que era recebido no palácio e falava diretamente com o rei. Alguns deles foram: Elias, Elizeu, Natã e outros. Porém, no tempo de Jeremias, parece que a escola de profetas não tinha mais prestígio ou talvez não existisse mais, por isso, Jeremias não era recebido no palácio e nem falava aos reis diretamente. No entanto, Deus determinou que ele falasse aos reis e suas mensagens começaram a ser conhecidas em Judá, porque Deus mandou ele fazer isto:
"Põe-te à porta da Casa do Senhor, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do Senhor, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao Senhor.", Jeremias 7.2
Quando Jeremias começou a pregar na porta do Templo, aí suas palavras chegaram aos ouvidos de todos os grandes em Jerusalém, e ultrapassaram os muros e chegaram aos reis de outras nações. Quando Deus falou para Jeremias que ele falaria aos reis, o Senhor não quis dizer somente os reis de Judá, mas também aos reis das nações em redor.

2. O preço por profetizar aos reis. 
O ministério de Jeremias foi extraordinário, primeiro porque foi chamado por Deus, depois pela mensagem que entregou, pelo contexto...
Quando Deus chamava um profeta para uma obra semelhante a de Jeremias, o Senhor fazia o profeta viver essa obra, mandando executar coisas para ilustrar a mensagem. Foi assim também com Isaías, Oseias, Ezequiel e outros. Esses profetas foram usados para profetizar palavras duras e dentre eles, o mais famoso foi Jeremias. O maior sofrimento de Jeremias que podemos identificar no seu livro foi o destino que ele viu sobre a nação de Judá e o estado do seu povo:
"Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo.", Jeremias 9.1
Palavras como esta renderam a Jeremias o título de "profeta chorão".

3. Um profeta e cinco reis. 
O texto de abertura do livro de Jeremias informa que a palavra do Senhor foi a ele nos dias de Josias, e nos dias de Jeoaquim até ao fim do ano undécimo de Zedequias (Jr 1.2,3). O destaque a estes três reis se dá...
Josias foi um excelente rei, por isso não há profecias contra ele, no entanto, Jeremias começou a receber a palavra de Deus ainda no seu reinado:
"A ele veio a palavra do Senhor, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado.", Jeremias 1.2
Sendo assim, é possível que Jeremias tenha sido chamado nos dias do rei Josias, mas  só tenha começado a profetizar as palavras de juízo e arrependimento nos dias Joacaz.
O período dos últimos reis foram o seguinte:
Joacaz: 3 meses;
Jeoaquim: 11 anos (2 Cr 36.5);
Joaquim: 3 meses;
Zadequias: 11 anos;

SUBSÍDIO I
[...]

II. JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA

1. Quem foi o rei Jeoaquim. 
Com a morte de Josias, o rei da maior reforma religiosa da história de Israel, Jeoacaz, seu filho, o substituiu e reinou por três meses (2Rs 23.31). Eliaquim, seu irmão, assumiu o trono em...
O rei Josias morreu numa batalha contra o faraó Neco, e após a morte de Josias a nação de Judá que era forte foi invadida e o rei Jeocaz, filho de Josias, foi levado para o Egito e foi Faraó quem ordenou a colocação de Eliaquim no lugar de Jeoacaz:
"E o rei do Egito pôs a Eliaquim, irmão de Joacaz, rei sobre Judá e Jerusalém e mudou-lhe o nome para Jeoaquim; mas a seu irmão Joacaz tomou Neco e levou-o para o Egito.", 2 Crônicas 36.4
Foi no período do rei Jeoaquim que Jeremias começa a anunciar as duras palavras proféticas, denunciando a idolatria, a avareza, as más conduta do rei e dos sacerdotes. Com isso, muitos começaram a considerá-lo como inimigo.
"18 E o Senhor mo fez saber, e eu o soube; então, me fizeste ver as suas ações.
19 E eu era como um manso cordeiro, que levam à matança; porque não sabia que imaginavam projetos contra mim, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto e cortemo-lo da terra dos viventes, e não haja mais memória do seu nome.", Jeremias 11.18,19
Aqui é Deus revelando a Jeremias a intensão que alguns tinham em matá-lo.

2. Jeoaquim, o rei que rejeitou a mensagem de Deus. 
Jeoaquim reinou por cerca de onze anos, período no qual Jeremias atuou como profeta. O episódio em que Jeoaquim corta e lança ao fogo...
[...]

3. A rejeição da Palavra de Deus e as suas consequências. 
Rejeitar a Palavra de Deus é um ato de insubmissão e de rebeldia. Contudo, aceitá-la e submeter-se a ela é demonstração de amor ao Senhor (Jo 14.15,21,23,24). O rei Jeoaquim rejeitou...
Ainda hoje, muitos rejeitam as palavras do Senhor, mesmo que não a lancem fora como fez Jeoaquim, mas a deixam de lado, não dando crédito e nem a devida importância. Note que as consequências de Jeoaquim ter destruído o pergaminho não foram imediatas, mas aquela foi a primeira e última vez que o Senhor ordenou que fosse enviada Sua Palavra por meio de uma carta ao rei Jeoaquim. E aquele episódio entrou para a história registrados no livro do profeta Jeremias, e ao término do cativeiro, aproximadamente oitenta e cinco anos depois desses fatos, o povo sabia exatamente porque sofreram o cativeiro, isto é, pelo afastamento da Palavra do Senhor e por isso houve comoção em Israel e o povo decidiu buscar as Escrituras.   

SUBSÍDIO II
[...]

III. ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS

1. Quem foi o rei Zedequias. 
Joaquim reinou no lugar de Jeoaquim por apenas três meses e foi substituído por seu tio Matanias, que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia para Zedequias (2Rs 24.17). De acordo com o...
Durante o reinado de Jeoaquim foram feitas duas invasões do rei de Babilônia, e foi na segunda invasão que ele foi destituído e trocado por Zadequias:
"15 Assim, transportou Joaquim para a Babilônia, como também a mãe do rei, e as mulheres do rei, e os seus eunucos, e os poderosos da terra levou presos de Jerusalém a Babilônia.
16 E todos os homens, valentes, até sete mil, e carpinteiros, e ferreiros, até mil, todos eles destros na guerra, a estes o rei de Babilônia levou presos para Babilônia.
17 E o rei de Babilônia estabeleceu rei, em lugar de Joaquim, ao tio deste, Matanias, e lhe mudou o nome para Zedequias.", 2 Reis 24.15-17
A título de curiosidade, convém informar que Daniel havia sido levado para Babilônia na primeira invasão; e Ezequiel foi levado na segunda invasão e na terceira invasão aconteceu a destruição.

2. Zedequias, o rei das incertezas. 
Como se sabe, Zedequias era ainda bem jovem quando assumiu o reinado de Judá e, embora, segundo as Escrituras, tenha trilhado por caminhos que não agradaram a Deus, ele consultou...
Os problemas de Zedequias apontados aqui são estes: falta de liderança e falta de coragem moral, pois ele tinha medo da opinião popular, veja:
"18 Mas, se não saíres aos príncipes do rei da Babilônia, então, será entregue esta cidade nas mãos dos caldeus, e eles a queimarão, e tu não escaparás das mãos deles.
19 Então, disse o rei Zedequias a Jeremias: Receio-me dos judeus que se passaram para os caldeus; que me entreguem nas suas mãos e escarneçam de mim.", Jeremias 38:18,19
Obs: a lição afirma que Zedequias não tinha medo da opinião popular, mas é o contrário.
Zedequias chegou a se reunir com Jeremias no particular e quase tomou a decisão de se entregar, pois assim ele poderia se salvar e salvar o povo, mas diante do medo do que iriam pensar dele, desistiu. Ou seja, até considerou fazer o que era certo, mas fraquejou. Como muitos fazem nas igrejas, demonstram na presença de todos serem piedosos, mas quando estão fora da congregação fraquejam. 

3. A incerteza de um rei e as suas consequências. 
Uma das qualidades que Deus requer daqueles que lideram sobre o seu povo é “força e coragem” como se vê em suas palavras quando Josué recebeu a incumbência...
Convém lembrar que, no início do seu reinado, Zedequias tinha todas as comprovações de que Deus estava executando Seu juízo, e que era hora de dar ouvidos ao profeta do Senhor. O problema é que havia muitos falsos profetas falando o contrário:
"1 E sucedeu no mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, no ano quarto, no mês quinto, que Hananias, filho de Azur, o profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, perante os olhos dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo:
2 Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Eu quebrei o jugo do rei da Babilônia.
3 Depois de passados dois anos completos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor que deste lugar tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia.", Jeremias 28.1-3
Zedequias caiu no erro que muitos líderes e muitas pessoas caem, preferiu dar ouvidos àqueles que lhe agradavam.
E quando ele parou para ouvir Jeremias, ainda assim as incertezas estavam no seu coração. Por isso o Senhor nos ensina que sem a fé não podemos agradar a Deus:
"Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.", Hebreus 11.6
Quem não tem fé, não consegue realizar nada, e Deus se agrada em ver a Sua ganhando almas, isso traz alegria ao Seu coração, mas sem fé, o crente não realiza nada. 

CONCLUSÃO
Ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Por outro lado...
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar: 
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados; 
- faça as perguntas do questionário, se houver tempo; 
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.  

ESTANTE DO PROFESSOR
WILLMINGTON, H. L. Dicionário de Referências Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, quando foi instituída a monarquia?
A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo; entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade.
2. Qual deveria ser a missão do rei?
Liderar o povo sob a vontade divina.
3. Quem orientava os reis?
Os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.
4. Qual o nome dos 3 reis que aparecem na abertura do livro do profeta Jeremias?
Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.
5. Qual o nome do escriba para quem Jeremias ditou as palavras do Senhor?
Baruque.

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Fonte: Revista CPAD Jovens
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sexta-feira, 14 de novembro de 2025

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS SUBSÍDIO - Lição 7 / 4º Trim 2025


AULA EM 16 DE NOVEMBRO DE 2025 - LIÇÃO 7
(Revista Editora CPAD)

Tema: Uma promessa de restauração


 

TEXTO PRINCIPAL 
“Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe [...].” (Jr 30.10).

RESUMO DA LIÇÃO
O amor de Deus pelo seu povo é incondicional e podemos vê-lo não somente na correção dos hebreus, mas também em sua ação fiel de restaurá-los.

LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Gn 12.1-9 Deus faz uma aliança com Abrão
TERÇA — Sl 85.1-13 Os livramentos Deus em favor do seu povo
QUARTA — Lm 3.32,33 Deus não tem prazer no sofrimento
QUINTA — Hb 12.5-11 Não despreze a correção divina
SEXTA — Jr 33.11 Deus promete restaurar o seu povo
SÁBADO — Ap 2.4,5 O caminho do arrependimento

OBJETIVOS
DESTACAR a aliança de Deus com o seu povo;
RESSALTAR o caráter de Deus e a restauração de seu povo;
MOSTRAR o caminho e os resultados da restauração divina.

INTERAÇÃO
[...]

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
[...]

TEXTO BÍBLICO
Jeremias 30.8-11; Jeremias 31.7-17.

Jeremias 30
8 — Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; e nunca mais se servirão dele os estranhos,
9 — mas servirão ao SENHOR, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhes levantarei.
10 — Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel porque eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro: e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize.
11 — Porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te salvar, porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida e, de todo, não te terei por inocente.

Jeremias 31
7 — Porque assim diz o SENHOR: Cantai sobre Jacó, com alegria; exultai por causa do Chefe das nações; proclamai, cantai louvores e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o resto de Israel.
8 — Eis que os trarei da terra do Norte e os congregarei das extremidades da terra; e, com eles, os cegos, os aleijados, as mulheres grávidas e as de parto juntamente; em grande congregação, voltarão para aqui.
9 — Virão com choro, e com súplicas o levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho direito, em que não tropeçarão; porque eu sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.
10 — Ouvi a palavra do SENHOR, ó nações, e anuncia-a nas ilhas de longe, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho.
11 — Porque o SENHOR resgatou a Jacó e o livrou das mãos do que era mais forte do que ele.
12 — Hão de vir, e exultarão na altura de Sião, e correrão aos bens do SENHOR: o trigo, e o mosto, e o azeite, e os cordeiros, e os bezerros; e a sua alma será como um jardim regado, e nunca mais andarão tristes.
13 — Então, a virgem se alegrara na dança, e também os jovens e os velhos; e tornarei o seu pranto em alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza.
14 — E saciarei a alma dos sacerdotes de gordura, e o meu povo se fartará dos meus bens, diz o SENHOR.
15 — Assim diz o SENHOR: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem.
16 — Assim diz o SENHOR: Reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor; pois eles voltarão da terra do inimigo.
17 — E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o SENHOR, porque teus filhos voltarão para o teu país.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Professor(a), o arrependimento é a única forma de o Senhor nos conceder Sua misericórdia, pois a intenção do Senhor é que não retornemos à velha prática do pecado, esta lição vai tratar dessa atitude sublime e também sobre a gratidão, e esse subsídio o ajudará a preparar a tua aula, fornecendo um ponto de vista e uma abordagem diferente do que está na revista. 
Nesta lição, veremos o arrependimento como um dos meios pelos quais Deus viria restaurar Judá, completa e perfeitamente.
Podemos pegar as promessas de restauração do Senhor para Israel e aplicar para as nossas vidas, pois somos hoje o novo israel de Deus:
"E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.", Gálatas 6.16
Por isso entendemos que o arrependimento que o Senhor exigiu de Israel também exige de nós hoje:
"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.", 2 Pedro 3.9

I. A ALIANÇA DE DEUS COM O SEU POVO

1. O Deus de aliança. 
De acordo com o Dicionário Bíblico Wyclitfe, aliança “é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados e garantias”. Em Êxodo 19.3-6 estes quatro elementos estão presentes, observe: Deus fala ao seu povo (v.3); a condição para a manutenção da aliança seria a obediência (v.5); como resultados e garantias, Deus afirma que Israel pertenceria somente a Ele e lhe serviria como uma nação sacerdotal (vv.5,6).
À semelhança do caráter de Deus, a sua aliança é eterna, perfeita e imutável (Is 54.10), assim também é a sua aliança. A aliança de Deus com o seu povo é sustentada pela sua fidelidade (Dt 7.9) e a sua misericórdia e prometida aos que guardarem esta aliança (Sl 103.17,18).
Devemos cuidar desse elemento importante da aliança com Deus, que é a obediência, pois é a condição para que a aliança esteja firme, veja esse requisito na aliança do Sinai.
"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.", Êxodo 19.5
A mesma regra ainda está presente em nossa aliança com o Senhor hoje, sendo que a bediência nos é cobrada quanto a Nova Aliança.

2. A aliança de Deus no Antigo Testamento. 
De acordo com as Escrituras, a aliança de Deus com a humanidade ocorre tanto de forma condicional quanto incondicional. Na aliança condicional, como o próprio termo designa, as promessas divinas estão condicionadas à obediência humana aos seus preceitos, afinal, elas são acompanhadas da conjunção “se”, reafirmando o seu caráter condicional. A relação com Israel é um exemplo dessa natureza condicional da aliança de Deus (Êx 15.26; Dt 28.1,2). Esta aliança está firmada, única e exclusivamente, no caráter perfeito e eterno de Deus, por isso, ela é inviolável. Além de apresentar o desenvolvimento das alianças de Deus com a humanidade, o Antigo Testamento antevê e anuncia a Nova Aliança (Is 61.8,9; Ez 37.21-28), cumprida cabalmente em Cristo (Mt 26.28,29). Conclui-se, portanto, que os profetas tiveram participação na comunicação da aliança eterna de Deus com a humanidade.
O que está mostrando aqui, é que a Nova Aliança segue o mesmo padrão condicional da Antiga Aliança, veja a promessa em Isaías:
"8 Porque eu, o Senhor, amo o juízo, odeio o que foi roubado oferecido em holocausto; portanto, firmarei em verdade a sua obra; e farei uma aliança eterna com eles.
9 E a sua posteridade será conhecida entre os gentios, e os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os virem os conhecerão, como descendência bendita do Senhor.", Isaías 61.8,9
Aqui está se afirmando que o Senhor faria com Israel uma nova aliança, onde Seu povo seria conhecido entre as nações. 
"E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem;", 
Hebreus 5:9
Hoje somos servos de Cristo pela aliança do sangue, e essa aliança também é mantida pela obediência, tanto do Senhor Jesus em dar a vida por nós, quanto a nossa em entregar a vida a Ele.

3. A nova aliança e o profeta Jeremias.
Os capítulos 30 a 33 do livro de Jeremias compõem uma seção na qual Deus reforça o seu cuidado para com o seu povo, prometendo-lhe restauração e reafirmando a sua fidelidade com a sua palavra em relação à sua aliança com o seu povo.
As palavras de Deus por meio de Jeremias nesta seção levaram o povo a — no mínimo, pensar — em um tempo para além de seus dias, pois o profeta falou a respeito de um tempo novo, de uma nova aliança (Jr 31.31-34), apontando a respeito de Jesus Cristo, a quem ele chama de “renovo de justiça” (33.15).
A restauração do povo nos dias de Jeremias representava, naquele momento, a libertação do cativeiro, mas para isso, eles deveriam compreender o pacto eterno de Deus com a humanidade.
O que o povo entendeu sobre essa palavra de Jeremias, é que a restauração era o fim do cativeiro, veja:
"Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão.", Jeremias 30.3
Mas a profecia por meio de Jeremias também era para tempos distantes, veja:
"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo.", Jeremias 31.1
Aqui, podemos ver que as promessas do Senhor era para dias muito distantes, dias em que Israel exerceria influência no mundo inteiro.
 
SUBSÍDIO I
[...]

II. O CARÁTER DE DEUS E A RESTAURAÇÃO DE SEU POVO

1. Justiça divina.
Os atributos de Deus, isto é, as suas qualidades, dizem respeito ao seu caráter que, de acordo com as Escrituras, são conhecidos através de suas obras (Sl 19.1,2). A relação do cuidado de Deus com o seu povo permite conhecer parte de seu caráter, como se vê a sua justiça, a sua fidelidade e o seu amor na promessa que fez de restaurar seu povo que estava no cativeiro Babilônico.
A Bíblia apresenta Deus e a sua justiça, como eternos (Sl 119.142; Is 40.28). A justiça do Senhor não anula outros atributos como, por exemplo, o seu amor, a sua bondade e misericórdia, antes, os acentuam. A justiça divina foi uma das bases sobre as quais Deus garantiu que restauraria o seu povo que estava cativo na Babilônia, pois, se por um lado a esperança e a alegria despontaram no horizonte de Judá (Jr 31.7-14), por outro, os seus erros não deixariam de ser corrigidos (Jr 30.11).
Normalmente alguém pode achar que a justiça e o amor não podem conviver juntos, pois quando um juiz julga uma causa de alguém que ele ama, esse amor tende a influenciar no seu julgamento, por isso, os juízes não podem julgar processos onde estão envolvidos emocionalmente, Mas no caso do Senhor não é assim, Deus é justo e pune Seus filhos, mesmo os amando:
"Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para te salvar; porquanto darei fim a todas as nações entre as quais te espalhei; a ti, porém, não darei fim, mas castigar-te-ei com medida, e de todo não te terei por inocente.", Jeremias 30.11
A cruz é o exemplo de justiça e amor ocorrendo ao mesmo tempo, pois Jesus pagou o preço dos nossos pecados, isso cumpriu a justiça segundo a Lei, e Ele morreu por vontade própria e do Pai, isso é amor. 

2. Fidelidade divina. 
Diante da destruição de Jerusalém e da condição de Judá como cativo em Babilônia, Jeremias testemunhou e definiu as misericórdias do Senhor, reconhecendo o seu caráter protetor, a sua natureza eterna e a sua capacidade renovadora (Lm 3.21,22). As misericórdias do Senhor florescem em ambientes de destruição e de perdas, pois elas se fundamentam em sua fidelidade.
A fidelidade de Deus se sustenta no fato de que Ele não pode negar-se a si mesmo. Ao falar por intermédio de Jeremias a respeito da restauração de Judá, podemos ver o seu caráter e, consequentemente, sua fidelidade. Ele se apresenta como Pai (Jr 31.9), como o Pastor que conduz o seu povo (Jr 31.10); Ele é também o Resgatador (Jr 31.11), o Consolador (Jr 31.13) e a fonte que sacia o seu povo (Jr 31.14).
O Senhor Todo-Poderoso, coloca regras em si mesmo, veja:
"Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos;", Tito 1.2
Deus sendo soberano poderia descumprir Suas regras sem ser cobrado por ninguém, isto é, não há regras para quem tem todo o poder. No entanto, Deus é fiel, e Sua fidelidade o impede de tomar qualquer outra atitude contrária ao que prometeu.
Muitas vezes nós erramos, anulando a aliança com o Senhor, mas o Senhor é sempre fiel e sempre está pronto a nos receber em Seus braços.
 
3. Amor divino. 
[...]

SUBSÍDIO II
[...]

III. O CAMINHO E OS RESULTADOS DA RESTAURAÇÃO DIVINA

1. Oração como um recurso de restauração. 
Deus já havia garantido que Babilônia não seria habitação permanente de seu povo, pelo contrário, havia um tempo estabelecido por Ele mesmo e que, cumprindo este tempo, restauraria o seu povo (Jr 29.10). Ao renovar as promessas de restauração do seu povo, o Senhor apresentou a oração como um dos principais recursos de restauração, ou ainda, como o meio pelo qual a vontade de Deus é cumprida (Jr 31.7). Tanto a sequência do texto, quanto Jeremias 30.8-11 mostram que Deus havia anunciado que salvaria o seu povo.
Deus havia determinado que o cativeiro seria de 70 anos, e anunciou isso por boca do profeta Jeremias, veja:
"Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.", Jeremias 29.10
E essas palavras foram consultadas depois pelo profeta Daniel:
"No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.", Daniel 9.2
Mas apesar de o Senhor ter determinado um tempo de cativeiro, a Sua vontade era de não perder o relacionamento com os Seus filhos, por isso Ele ordena:
"Porque assim diz o Senhor: Cantai sobre Jacó com alegria, e exultai por causa do chefe das nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, ao teu povo, o restante de Israel.", Jeremias 31.7
Aqui, o Senhor manda que clamem pela salvação do povo. E assim aprendemos que, o Senhor deseja ter relacionamento com Seus filhos.

2. Gratidão e arrependimento. 
A gratidão e o arrependimento são virtudes valiosíssimas do ponto de vista bíblico e doutrinário. De um lado, João Batista advertiu os ouvintes de seus dias a produzirem “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8); por outro lado, o apóstolo Paulo ensinou que as “petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6). Ser grato é reconhecer a própria limitação e acentuar o valor do outro. A gratidão é a atitude de uma pessoa que reconhece que não chegaria aonde chegou se não fosse auxiliado por alguém. A ingratidão foi um dos motivos pelos quais Judá foi levado cativo, por isso, a sua restauração visava levar este povo a reconhecer ao Senhor, servindo-o com inteireza de coração (Jr 30.8,9).
Convém ressaltar aqui, que a gratidão a Deus, começa com o nosso reconhecimento de quem somos, de quem Ele é, e o que fez por nós. Quando um crente reconhece isso, ele será mais grato a Deus e um coração cheio de gratidão, gera ações que correspondem, a essa gratidão, e uma dessas ações é o maior empenho na obra do Senhor. Quando vemos um cristão trabalhando em secreto, sem esperar nada em troca, isso é sinal de grande gratidão.
Por outro lado, existem muitos crentes ingratos nas igrejas, que esperam receber algo de Deus para depois trazerem seus louvores em gratidão, mas não se dão conta de que só estão vivos porque o Senhor já os abençoou.

3. Os frutos da restauração.
O sofrimento de Judá no cativeiro babilônico foi tão elevado que o texto fala de choro, lamento e tristeza (Jr 30.9). Além disso, este sofrimento é representado poeticamente pelo choro de Raquel pelos seus filhos que são levados à Babilônia (Jr 31.15).
Os futuros gritos de alegria (Jr 31.7) seriam fruto da promessa de que o povo seria liberto do cativeiro. Além da alegria exuberante, o povo seria beneficiado com: a salvação (Jr 30.11), a liberdade (Jr 30.8,10; 31.16,17), com o descanso e o refrigério, representados na expressão “águas tranquilas e o caminho direito” (Jr 30.10; 31.9). Deus prometeu fartura de alimento e restauração de seu povo a partir daqueles poucos que ainda estavam na Babilônia (Jr 30.8; 31.12), incluindo os “cegos, os aleijados, as mulheres grávidas e as de parto”, sem deixar de se dirigir aos sacerdotes.
Israel teve três momentos de grande aflição em sua história, que foi o Cativeiro, a Destruição de Jerusalém (70 d.C) e o Holocausto, em cada um desses três momentos, o povo ressurgiu como uma nação mais forte e mais unida, como se vê hoje. Uma nação pequena, como Israel, mas que consegue grandes feitos, e isso é fruto do seu fortalecimento, na cultura, na tecnologia, e em diversas outras áreas. Nos livros dos profetas, o Senhor prometeu que Israel seria uma bênção para o mundo:
"Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.", Isaías 49.6

SUBSÍDIO III
[...]

CONCLUSÃO
Esta lição é um convite a continuarmos reconhecendo a importância da oração, seguida de gratidão e arrependimento, como meio de alcançar a renovação espiritual.
À semelhança do compromisso de Deus com Judá que, fundamentado em seu compromisso com a sua aliança com seu povo e em seu caráter, o Senhor permanece o mesmo e pode restaurar o que se quebrou e promover renovação espiritual, ainda hoje.
As promessas do Senhor são de redenção para todos os que desejam buscar a Deus, por meio de Cristo, por isso, podemos aprender com as promessas de Deus feitas a Israel no livro do profeta Jeremias. Mesmo que essas promessas não sejam literalmente para nós, o caráter delas no livro de Jeremias tem muito a nos ensinar.
Professor(a), leia essa conclusão e siga estas instruções se desejar: 
- revise, com a classe, os pontos e ideias mais importantes comentados; 
- faça as perguntas do questionário, se houver tempo; 
- convide os alunos para a próxima aula falando da próxima lição, mencionando algo interessante que vai ser tratado.  

ESTANTE DO PROFESSOR
Bíblia de Estudo Explicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORA DA REVISÃO
1. Defina “aliança” segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe.
De acordo com o Dicionário Bíblico Wycliffe, aliança “é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes partes, condições, resultados e garantias”.
2. Segundo a lição, o que sustentava a aliança de Deus com seu povo?
A aliança de Deus com o seu povo é sustentada pela sua fidelidade, e a sua misericórdia é prometida aos que guardarem esta aliança.
3. O que é uma aliança condicional?
Na aliança condicional, como o próprio termo designa, as promessas divinas estão condicionadas à obediência humana aos seus preceitos, afinal, elas são acompanhadas da conjunção “se”, reafirmando o seu caráter condicional.
4. Como a Bíblia apresenta Deus e a sua justiça?
A Bíblia apresenta Deus e a sua justiça, como eternos.
5. Em que foi fundamentada a restauração de Judá?
A restauração de Judá, portanto, foi fundamentada no amor de Deus, à semelhança de sua justiça e de sua fidelidade.

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Fonte: Revista CPAD Jovens
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