quinta-feira, 30 de março de 2023

ESCOLA DOMINICAL CPAD ADOLESCENTES - Lição 1 / 2º Trim 2023


De escravo a povo livre
2 de Abril de 2023



LEITURA BÍBLICA
Êxodo 1.6-21

MENSAGEM
Então o SENHOR Deus respondeu a Moisés: — Agora você verá o que vou fazer com o rei do Egito. Eu vou obrigá-lo a deixar que o meu povo vá embora […]. Êxodo 6.1

DEVOCIONAL
Segunda » Gn 47.27
Terça » Ex 1.9,10
Quarta » Êx 2.1-8
Quinta » Êx 3.1-4
Sexta » Êx 5.1,2
Sábado » Êx 12.21-23

OBJETIVOS
EXPOR o contexto bíblico do período da escravidão do povo hebreu;
APRESENTAR o chamado de Moisés;
LEVAR os alunos a crerem no poder de Deus.

EI PROFESSOR!
Moisés foi um homem muito importante no seu tempo, por sua liderança, e para as gerações seguintes do povo de Israel. Ele fez a diferença, pois foi fiel a Deus diante de situações extremas. Moisés precisou ser totalmente dependente de Deus, pois enfrentou um rei, que podia matá-lo, precisou liderar um povo gigante e se tornou um porta voz de Deus diante de uma nação ímpia. Ele foi corajoso e creu em Deus em todo o momento.
Por isso, Moisés é um dos nomes mais importantes da história do seu povo. Professor, por sua posição como educador cristão de adolescentes, sua vida serve de inspiração para a nova geração. Jamais se esqueça que suas atitudes e ensino influenciam a vida de seus alunos. Assim como Moisés, seja dependente de Deus em todo o tempo.

PONTO DE PARTIDA
Interagir com seus alunos é bem importante, pois isso aumenta a sua conexão com eles. Uma forma simples e eficaz de interação é fazer perguntas sobre o conteúdo a ser tratado na lição. Você pode começar a aula perguntando: “como o povo de Israel se tornou escravo no Egito? Alguém saberia dizer”?
Mediante a resposta dos alunos você pode introduzir o conteúdo da aula explicando o contexto bíblico apresentado no 1° tópico. Neste momento é válido recordar um pouco das lições do trimestre passado e pontuar sobre a vida de José, pois é por meio do jovem sonhador que os hebreus vão para o Egito. Por fim, explique que muitos anos depois que José tinha falecido, um novo Faraó se estabeleceu e começou a escravizar o povo.

VAMOS DESCOBRIR
Quando Faraó teve um sonho, com sete vacas gordas e sete vacas magras, ninguém pôde interpretá-Lo (Gn 41.1-8). Vindo da prisão, José não só interpretou o sonho, como deu um a estratégia de como agir nos períodos de fartura (vacas gordas) e de fome (Gn 41.25-37). Por isso, o rei da época pôs José como governador do Egito. Quando o período das vacas magras se cumpriu, após algum as reviravoltas, toda a família de José se mudou para o Egito e viveu em paz por algum tempo.

Hora De Aprender

I – DE HÓSPEDE A ESCRAVIZADO
A família de Israel foi recebida no Egito como convidada do rei. Após muitos anos, o povo cresceu e a relação com o governo do Egito foi sendo transformada. O problema começou quando surgiu um novo rei, que não reconhecia o legado de José (Êx 1.8). Ele temeu o crescimento do povo e maltratou os israelitas com trabalhos forçados e pesados (Êx 1.9-11). Assim, os egípcios começaram a persegui-los.
Todavia, quanto mais eram maltratados, mais os israelitas cresciam (Êx 1.12). Com medo desse crescimento, os egípcios escravizaram os israelitas e passaram a tratá-los com crueldade. Faraó obrigou-os a trabalhar em plantações, fabricação de tijolos e construções, sempre com muita brutalidade (Êx 1.12-14).

I- AUXÍLIO DIDÁTICO
“Apesar do fato de que muitos estudiosos tentaram refutar a historicidade de uma permanência prolongada de Israel no Egito, as condições históricas que existiam do século XIX a.C. no Oriente Médio e no Egito estão de pleno acordo com a tradição bíblica a este respeito.
A ascensão da influência sem ita no Baixo Egito tinha culminado antes do final do século XVIII a.C. na dominação dos hicsos [um povo sem ita asiático que governou o Egito] sobre as Duas Terras. É provável que a migração de Jacó para o Egito estivesse relacionada com o crescimento do poder dos hicsos, e se fosse este o caso, a ascensão de José à proeminência política teria sido uma questão, comparativamente, de pouca dificuldade.
Mas a sorte semita no Egito foi revertida com a expulsão dos hicsos por Ahmósis I, e conforme fontes contemporâneas, os semitas que permaneceram na região do Delta eram escravizados, ou obrigados a trabalhar como camponeses na região da antiga capital dos hicsos. Essa circunstância parece corresponder àquela descrita no primeiro capítulo do livro de Êxodo” (HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 118-119).

II – O CHAMADO DE MOISÉS
O novo Faraó viu o crescimento do povo hebreu e temeu uma rebelião (Êx 1.9-10). Por isso ordenou que todos os meninos recém-nascidos israelitas fossem jogados no rio Nilo (Êx 1.22). Entretanto, havia uma promessa de Deus sobre os hebreus: “[…] Fique sabendo, com certeza, que os seus descendentes viverão num país estrangeiro; ali serão escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos.
Mas eu castigarei a nação que os escravizar. E os seus descendentes, Abrão, sairão livres, levando muitas riquezas” (Gn 15.13,14). Assim, mesmo em meio à dor e à escravidão, o povo nutria a esperança nas promessas de Deus.

2.1 – O nascimento de Moisés.
Joquebede, a mãe de Moisés, precisou escondê-lo assim que ele nasceu, para que o menino não fosse morto pelos egípcios (Êx 2.1). Os soldados de Faraó tinham a ordem de matar todos os meninos recém-nascidos dentre os hebreus. Após três meses, o menino foi posto no rio Nilo, por sua própria mãe, em uma cesta de juncos, a fim de salvá-lo.
Ele foi encontrado e adotado pela filha do Faraó (Êx 2.5-10). Desta forma, Moisés foi criado no palácio do Faraó, com as regalias e a formação de um príncipe. Entretanto, quando chegou a idade de 40 anos, fugiu para o deserto de Midiã, pois ao tentar resolver uma briga entre um israelita e um egípcio, acabou matando o egípcio, o que, posteriormente, motivou sua fuga (Êx 2.11-15). Porém, Deus tinha um plano na vida de Moisés.

2.2 – No deserto de Midiã. 
No deserto de Midiã, Moisés se casou, teve filhos e se estruturou. Após 40 anos de permanência no deserto, Deus se apresentou a Moisés por meio de uma sarça ardente. Era para ser apenas mais um dia comum de trabalho, mas Moisés teve um encontro com Deus, quando estava apascentando as ovelhas (Êx 3.1,2). Moisés recebeu o chamado de Deus para ser o libertador do povo de Israel. Ele relutou com Deus, mas se entregou ao chamado dEle.
Obedecendo a Deus, ele voltou ao Egito. No passado, Moisés tentou proteger alguns hebreus e mediar conflitos entre eles e os egípcios. Mas, acabou cometendo um homicídio e fugiu para o deserto (Êx 2.11-15). Desta vez Moisés estava retornando ao Egito como o libertador, enviado por Deus (Êx 3.10). Portanto, não fique ansioso sobre quando as promessas de Deus vão se cumprir em sua vida, saiba que, no tempo certo, todas hão de acontecer para a glória de Deus.

II- AUXILIO PEDAGÓGICO
Selecionamos o texto abaixo para você compartilhar com seus alunos. Ele apresenta uma abordagem direta e faz aplicações sobre a vida de Moisés para os adolescentes. Escolha um momento propício da aula e compartilhe o texto com sua turma. “Você consegue imaginar Moisés em uma entrevista de emprego? O entrevistador pergunta a Moisés sobre as suas referências e o seu passado (que inclui controvérsias e sucessos), e o nosso herói responde gaguejando. Este não é um retrato inspirador do homem que Deus escolheu para liderar o seu povo através do êxodo, o resgate de todos os resgates.
E, no entanto, Moisés é precisamente a pessoa que Deus escolhe. Moisés tinha outras habilidades e paixões, como seu posicionamento contra a injustiça (manifestado quando um egípcio estava agredindo um escravo judeu) e sua disposição de ouvir (manifestada quando Deus falou do meio de uma sarça ardente). É como se Deus visse estes pontos fortes e convidasse Moisés a fazer parte do acontecimento mais importante da história até aquele momento. Na verdade, isto não é muito diferente da forma como Deus vê você. Ele vê a sua paixão pela justiça. Ele vê o seu amor pela vida.
Ele vê o seu desejo de fazer a coisa certa. Ele vê a sua disposição de fazer algo diferente. Como Moisés, pode ser que você ainda não veja todas essas coisas em si mesmo; mas Deus vê. E Deus chama você, assim como chamou Moisés, para fazer parte do resgate” (Bíblia The Way, Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p. 72).

III- AS PRAGAS E A PÁSCOA

3.1 – Diante do Faraó. 
Com a devida orientação e confirmação de Deus, Moisés, juntamente com seu irmão Arão, foi falar com o rei do Egito e pediu que o povo de Israel fosse liberto do jugo da escravidão, a fim de que todos fossem para o deserto adorar a Deus (Êx 5.1). Todavia a resposta do Faraó foi negativa. Ele disse que não conhecia o Deus de Israel e que não deixaria o povo sair do Egito (Êx 5.2).
Por isso, Faraó ficou ainda mais enfurecido com os israelitas e deu-lhes trabalhos ainda mais pesados (Êx 5.10,11). Mas Moisés e Arão foram novamente ao rei do Egito, desta vez fazendo um milagre: Deus transformou o cajado de Moisés em uma serpente (Êx 7.10). Entretanto esse sinal não foi suficiente, pois o rei continuou negando o pedido de Moisés e Arão (Êx 7.13).

3.2 – As pragas.
Mediante as constantes negativas do rei do Egito em libertar o povo, Deus interveio de forma poderosa. O texto bíblico relata que Ele enviou dez pragas sobre o Egito. As pragas foram a estratégia que Deus usou, não só para punir o Egito por seus pecados, como também para quebrantar o coração do Faraó, com a finalidade de libertar o povo hebreu do jugo da escravidão.
Deus enviou uma sequência de nove pragas, a saber: as águas transformadas em sangue (Êx 7.19,20); as rãs (Êx 8.1-1-7); os piolhos (Êx 8.16-19); as moscas (Êx 8.20-24); a peste nos animais (Êx 9.1-7); as úlceras (Êx 9.8-12); a chuva de pedras (Êx 9.22-26); os gafanhotos (Êx 10.12-15); as trevas (Êx 10.21-23). Após as nove pragas, Deus anunciou a décima praga, a morte dos primogênitos (Êx 11.1-7), e instituiu a primeira páscoa antes da morte dos primogênitos de fato ocorrer (Êx 12.1,2,11).

3.3 – A Páscoa. 
A primeira Páscoa esteve intimamente ligada à décima praga, pois era necessário fazer o sacrifício de um cordeiro e marcar os umbrais da porta de casa com o seu sangue. Tal sinal serviu de proteção para que os primogênitos dos israelitas (e de todos os que seguiram esta ordem divina), pois eles foram poupados pelo Anjo da Morte, que passou sobre o Egito (Êx 12.21-23). Os elementos da Páscoa judaica são o cordeiro sacrificado, os pães asmos (sem fermento) e as ervas amargas (Êx 12.7-9).
A orientação de Deus foi clara: nada deveria ser deixado para o dia seguinte e tudo deveria ser comigo rapidamente (Êx 12.10), pois após a morte dos primogênitos egípcios, o povo seria liberto. Após a celebração da Páscoa, Deus deu a vitória ao povo escolhido e todos saíram depressa do Egito em direção ao deserto (Êx 12.37,38). Eles receberam presentes dos egípcios. Dessa forma, os hebreus tom aram as riquezas dos egípcios (Êx 12.36). Assim, Deus cumpriu a sua Palavra aos descendentes de Abraão (Êx 12.40-42).
Deus ordenou que o povo israelita comemorasse a Páscoa todo ano, para que se lembrassem a maneira como Deus livrou o povo da escravidão no Egito (Êx 13.3). Por outro lado, a nossa Páscoa, a cristã, é comemorada anualmente com o foco em Cristo, porque Jesus ressuscitou durante a celebração da Páscoa e ressignificou o seu sentido. Hoje, na Páscoa, celebramos a ressurreição de Jesus Cristo e a nossa libertação da escravidão do pecado.

III- AUXILIO TEOLOGICO
Na Páscoa cristã o cordeiro é Jesus Cristo e o povo que está sendo salvo é todo aquele que crê no cordeiro que tira o pecado do mundo. A Bíblia deixa isso claro. “Os escritores do Novo Testamento intencionalmente passam do cordeiro para o Cordeiro, do tipo simbólico para o personagem real, de forma a se manifestar a plenitude do plano divino. A prisão já não é a escravidão, mas o reino das trevas. Os cativos resgatados já não são Israel, m as o mundo.
A redenção, em vez de uma mudança geográfica, é uma mudança ética. Assim como o cordeiro no Egito, nem um único osso de Jesus, o Cordeiro, foi quebrado (Jo 19.36). As duas referências explícitas a Cristo como Cordeiro Pascal, nas Epístolas do Novo Testamento, estão em 1 Coríntios 5.7 (‘Cristo, nosso Cordeiro’ [ARA]) e 1 Pedro 1.19 (‘um cordeiro imaculado e incontaminado’).
O interessante nessas passagens é que Paulo e Pedro, em vez de procurarem formular um discurso teológico sobre soteriologia, estão mais preocupados com as implicações da redenção por meio do Cordeiro para uma vida em santidade. Ou seja, os apóstolos vão além da salvação e tratam da santificação” (HAMILTON, Victor P„ Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.192).

CONCLUSÃO
O povo de Israel chegou como convidado ao Egito, mas após algum tempo sofreu muito sendo escravizado, perseguido e açoitado. Entretanto, no tempo certo, foi liberto por Deus de forma milagrosa e poderosa. Portanto, podemos crer que

VAMOS PRATICAR

1- Correlacione as colunas corretamente:
a) A praga dos gafanhotos.
b) As águas transformadas em sangue
c) A praga dos piolhos.
d) A praga da chuva de pedras.
e) A praga das rãs.
f) A morte dos primogênitos.
g) A praga da peste nos animais.
h) A praga das trevas.
i) A praga das moscas.
j) A praga das úlceras.

(b) 1° a Praga
(e) 2° Praga
(c) 3° Praga
(i) 4° Praga
(g) 5° Praga
(j) 6° Praga
(d) 7° Praga
(a) 8° Praga
(h) 9° Praga
(f) 10° Praga

2- Qual planta queimava no monte no momento do chamado de Moisés?
( ) Figueira ( x ) Sarça ( ) Cedro ( ) Videira ( ) Oliveira

PENSE NISSO
“A Festa dos Pães Asmos identificava os hebreus como um povo único, como se estivessem marcados por Deus. O que você faz que o identifica como seguidor de Jesus? Pense sobre a maneira como age em casa, na escola; como demonstra seu amor pelos semelhantes, seus cuidados com os excluídos da sociedade […]. Os cristãos são identificados pelo amor a Deus e ao próximo” (A Bíblia em Fascículos, V. 2, CPAD, p. 29).

Fonte: CPAD

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