A LIBERTAÇÃO DE ISRAEL DO EGITO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Êx 12.37-51
VERSÍCULO DO DIA
"E o Senhor ia adiante deles: de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para alumiar, para que caminhassem de dia e de noite", Êx 13.21.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Conhecer o contexto da escravidão dos hebreus;
Enumerar as pragas que Deus enviou sobre os egípcios;
Aplicar as Verdades instituídas na Páscoa.
VERDADE APLICADA
A libertação dos hebreus do Egito é um prenúncio da grande Obra que Cristo realizaria na Cruz do Calvário, libertando Seu povo da escravidão do pecado.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que os povos possam conhecer a libertação que somente encontramos em Cristo.
LEITURA SEMANAL
Seg Êx 1.7
Os hebreus se tornaram numerosos.
Ter Êx 5.19
O povo foi afligido.
Qua Êx 8.19
Os magos viram que as pragas eram dedos de Deus.
Qui Êx 10.23
Deus fez diferença na praga das trevas.
Sex Êx 12.36
O povo despojou os egípcios.
Sab Êx14.21
Deus abre o Mar Vermelho.
INTRODUÇÃO
Deus havia dito a Abraão que sua descendência seria afligida por 400 anos (Gn 15,13), e depois desse período chega o momento de Deus libertá-los do Egito e conduzi-los à uma Terra Prometida.
Ponto-chave
"Deus rompe um ciclo de escravidão de Seu povo, derramando sobre o Egito dez pragas, mostrando o Seu poder sobre as divindades egípcias".
1 - UM TEMPO DE ANGÚSTIA
A opressão sobre os hebreus começou quando surge um governador que não conhecia os feitos de José do Egito e passou a governar a nação, arquitetando um plano contra os hebreus,
1.1. Os sofrimentos dos Israelitas
O povo de Israel se multiplicou sobremaneira no Egito, porém o novo governador ordenou esse trabalho árduo ao povo, para edificar cidades como Piton e Ramsés (Ex 1.11). Além disto, um edito real instruía aos egípcios para que afogassem as crianças de sexo masculino ao nascer, no rio (Êx 1.22). O povo que antes desenvolvia atividades pastoris, agora estava tirando barro, fazendo tijolos e construindo edifícios. Neste momento de angústia, o povo lembrou da Promessa do Libertador e começou a clamar a Deus (Êx 3.7). É no sofrimento e na perseguição que muitas vezes lembramos dos Projetos de Deus em nossas vidas e Deus usa este momento de adversidade para avivar nossa memória quanto às Suas Promessas.
1.2. Vivendo o sobrenatural de Deus
Apesar de todo o momento adverso vivido pela Nação de Israel, o povo se multiplicava sobre a terra do Egito, a ponto de causar temor no governador da nação. Outro ponto importante era o temor de Deus sobre as parteiras egípcias para não cumprir o intento real de matar todos os meninos hebreus (Êx 1.17). É maravilhoso sabermos que Deus está com a Sua mão invisível, agindo e preservando a história de seu
povo. Nos momentos de escravidão, Deus estava fortificando o povo e trabalhando sua fé para torná-los uma nação poderosa na Terra. O processo de Deus muitas vezes vai contra os nossos pensamentos, mas Ele é soberano em Seus intentos!
Refletindo
"Através do sofrimento no Egito, Deus despertou o povo para a Promessa de libertação e, através de Moisés, Deus trabalha o povo para se tornar um povo santo e exclusivo". Samuel J. Scultz
2 - AS PRAGAS SOBRE O EGITO
Deus marcou a saída do Seu povo de Israel, do Egito com mão forte, mostrando para Faraó a inutilidade de seus enésimos deuses. Fazia isso ao mesmo tempo em que Se revelava aos israelitas como o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, Aquele que é fiel a Aliança.
2.1. Entendendo as pragas
Nas narrativas do Êxodo, vemos a palavra "praga" cujo significado no hebraico é dar golpes". Outras variantes podem ser traduzidas como sinais e juízos. As dez pragas enviadas por Deus sobre o Egito tiveram o propósito de frear os intentos do monarca, de não liberar o povo e mostrar ao próprio Faraó, considerado uma divindade, que existia um Deus maior que Osíris, maior divindade egípcia. As pragas afetaram todo o Egito acabando com suas colheitas, dando prejuízos financeiros e comprometendo o desenvolvimento e o futuro do Egito como nação. Diante do caos, Faraó libera o povo para ir embora e o povo se torna livre.
2.2. Deus faz distinção entre Seu povo e os egípcios
Das dez pragas derramadas sobre o Egito, as três primeiras foram: sangue nos rios, (mostraram a impotência dos deuses egípcios responsáveis em proteger o rio Nilo), rãs e piolhos. Deus queria ensinar a ambos os povos que só existe um Deus Poderoso que deve ser temido e adorado. As outras pragas vieram apenas para os egípcios, mostrando o cuidado de Deus com o Seu povo, e que Ele pune aos Seus inimigos. A derradeira praga, que foi a morte dos primogênitos, veio sobre aqueles que não obedeceram a Ordenança Divina de passar o sangue na verga das portas. O Profeta chegou a dizer: "Então vereis a diferença entre os que servem a Deus e os que não servem, entre o justo e o ímpio, Ml 3.18.
3 - A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA
A instituição da Páscoa marca a saída do povo do Egito e se torna uma das principais festas do calendário israelita para nunca esquecer sua vida de escravidão e a maneira sobrenatural que Deus os resgatou.
3.1.Os elementos da Páscoa em Israel
As instruções acerca da Páscoa foram dadas aos israelitas por Moisés, antes da última praga, conforme registrado em Êxodo 12.1-51. Um cabrito ou cordeiro de um ano de idade, sem defeito, deveria ser morto e seu sangue aplicado nas vergas e ombreiras da porta de entrada de cada casa. Naquela noite, eles comeriam carne, pão sem fermento e ervas amargas. O pão sem fermento faz menção a pressa para a saída do Egito, de tal forma que não daria tempo para a fermentação, ao passo que as ervas amargas deveriam lembrar o período de opressão e sofrimento no Egito, A carne lembraria a maneira extraordinária como qual Deus os libertou; este rito foi por Estatuto Perpétuo (Êx 13.9-10).
3.2. A Páscoa e o Novo Testamento
A Páscoa é para os judeus uma celebração que traz à memória o grande livramento do Egito, porém, no Novo Testamento, a libertação acontece através da morte expiatória e vicária de quando Cristo morre na Cruz do Calvário para redimir a humanidade e libertar o homem da escravidão do pecado. Paulo chega a dizer que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7). Os cristãos do mundo inteiro, através da "Santa Ceia, têm a oportunidade de celebrar o grande sacrifício de Jesus, pois o pão aponta para Seu corpo dilacerado, enquanto o cálice do suco da vide, aponta para o pacto, pelo qual fomos livres da condenação do pecado.
SUBSĪDIO PARA O EDUCADOR
Uma das perguntas usadas por Faraó, quando Moisés requisita em nome de Deus a saída do povo, foi: "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar Israel? Não conheço o Senhor, tampouco deixarei ir Israel", Êx 5.2. Vale destacar que o Egito era uma das potências da época, graças ao governo de José e posteriormente pelo trabalho escravo dos israelitas. Provavelmente, Ramsés II (1290-1224 a.C), foi o Faraó do relato do Êxodo. Quando observamos a religião egípcia. percebemos o politeísmo que consiste na existência de vários deuses tais como o Sol, o Nilo, atribuindo aos deuses, a fertilidade da terra e dos animais. Alguns deuses foram aclamados de forma nacional por meio de decretos de Estado, onde até mesmo Faraó era considerado uma divindade. Na compreensão religiosa de Faraó não existia outro Deus além dos deuses egípcios, portanto ele não tinha obrigação de conhecer, porém, quanto mais Faraó endurecia o coração, mais o poder de Deus se manifestava em pragas sobre o Egito. Os próprios magos disseram a Faraó: "Isto é dedo de Deus" (Êx 819).
(Texto adaptado do livro İsrael- Um povo, uma nação, uma História -Editora Betel/2018)
CONCLUSĀO
A libertação do povo marca um novo momento, o qual doravante teria suas próprias Leis e viveria exclusivamente para Deus.
Complementando
Segundo Paul Hoff, papiros antigos falam dos trabalhos para construir a porta de um templo de Ramsés
II, e a maneira como os operários tinham cotas de tijolos, sem a ajuda de ninguém e nem palha, para a produção. Isto ratifica o relato bíblico de Êxodo 5.11-19.
Eu ensinei que:
Mesmo diante de perseguição e infanticídio, Deus preservou o Seu povo e foi fiel às Promessas de libertar o Seu povo do Egito.
Fonte: Revista Betel Conectar
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