TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; porque, aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. (Rt 1.16)
VERDADE PRÁTICA
A fé cristã exalta o amor familiar e, mais especificamente, o respeito e a honra entre nora e sogra, bem como genro e sogro.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Lv 26.18-20 A disciplina de Deus para com o seu povo
Terça – Rm 8.28 Os acontecimentos contribuem para o bem
Quarta – Rm 8.31 Deus está a favor do seu povo
Quinta – Hc 2.4; Rm 1.17 Na família é preciso viver pela fé
Sexta – 2 Co 8.9 A pobreza nos legou riquezas gloriosas
Sábado – Mt 1.3-6 Rute encontra-se na genealogia de Jesus
Hinos Sugeridos: 83, 400, 546 da Harpa Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rute 1.1-5, 8,12-14
1- E sucedeu que nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.
2- E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.
3- E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,
4- Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.
5- E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.
8 E disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o Senhor use de benevolência, como usastes com os falecidos e comigo.
12- Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
13- esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomares marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do Senhor se descarregou contra mim.
14- Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; E Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Diante do estigma cultural do relacionamento com as sogras em nosso país, com um ente motivo de piada mesmo entre os evangélicos, pode soar inusitado que uma das histórias mais belas de companheirismo das Escrituras se dê justamente entre Rute e sua sogra Noemi. Essa lição torna-se, portanto, uma excelente oportunidade para repensarmos esses paradigmas e os dilemas familiares em torno dessa relação de parentesco tão emblemática. Procure compreender o contexto diverso entre os seus alunos, já que para muitos a figura da sogra pode ser como a de uma segunda mãe, enquanto para outros, no entanto, pode representar algo problemático e até pesaroso. Conduza a sua classe a refletir sobre que fatores estabelecem essa dinâmica e, independentemente de como seja tal relação, que lições podemos extrair para as nossas vidas desse que é um dos mais lindos exemplos de bom relacionamento entre nora e sogra da história.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar o contexto de crise socioeconômica na Judeia, somado ao drama familiar causado pelo luto de Noemi e Rute
II) Identificar que a união de fé entre nora e sogra foram cruciais para a superação das adversidades inerentes à vida;
III) Refletir sobre como, ao honrar sua sogra, Rute gerou bons frutos para toda a família, repercutindo até mesmo na linhagem do Messias;
IV) Enfatizar as bênçãos de Deus a partir do relacionamento entre nora e sogra.
B) Motivação: Em meio a uma sociedade habituada a satirizar a figura da sogra, apresentar um caso que vá no contrafluxo pode ser desafiador, mas extremamente potente para inspirar melhores relacionamentos. Por meio desse estudo, relações podem ser saradas ou ao menos revistas, com uma nova perspectiva e lições aprendidas através da relação honrosa – e honrada por Deus – entre Rute e Noemi.
C) Sugestão de Método: Pergunte à classe como ela demonstraria gratidão a quem lhe desse um presente suntuoso, algo que fosse até mesmo a realização de um sonho. Deixe que alguns se expressem e pergunte em seguida: Você acha que lembrar da gratidão por esse presente ajudaria a conduzir melhor alguns impasses na relação com tal pessoa? Após conjecturas, diga: Essa pessoa é a sua sogra – quem gerou, criou e nos confiou o nosso cônjuge, nossa própria carne (Mc 10.8) – presente que já foi tão sonhado por nós quando orávamos para construir uma família. Frise que, a despeito das discordâncias, o motivo que nos une às nossas sogras sempre será maior para nos impulsionar a relevar, perdoar, entrar em acordo e fazer todo o possível para construir uma relação respeitosa, em benefício daqueles a quem mais amamos. Honrar sogras (e noras) é, portanto, uma forma de demonstrar gratidão a Deus e zelo pela família inteira que Ele nos concedeu. E, assim como nos mostra o exemplo de Rute e Noemi, Deus honra a quem sabe honrar.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Como sabemos, embora fiéis ao Senhor, no mundo teremos aflições. E Deus nos deu a família como uma das forças motoras mais poderosas para nos ajudar a superar todas elas. Ao zelar pelo bom relacionamento com a nossa sogra, todos os membros da família são abençoados. Por meio da união de fé entre nora e sogra, adversidades intransponíveis são, em Deus, superadas. E não apenas isso, tal comunhão, sobretudo em meio às crises, pode repercutir em bênçãos espirituais derramadas sobre toda a nossa família. Como muito bem nos mostra o exemplo de Rute e Noemi, Deus honra a quem sabe honrar.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 93, P-39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “ O cuidado de Deus em tempos de aflição ”, localizado ao final do primeiro tópico, mostra que o crente fiel também passa por adversidades. Contudo, o Senhor faz todas elas cooperarem para o bem e o cumprimento de seus gloriosos
propósitos;
2) O texto “ Deus honra aos que permanecem fiéis”, localizado ao final do segundo tópico, traz uma reflexão a respeito de como o Senhor abençoa aos que permanecem íntegros em momentos de dor e desespero, recompensando-nos com muito mais do que pedimos ou pensamos.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos uma das mais belas histórias bíblicas em que se exalta o amor e a virtude da mulher moabita chamada Rute. É a história de um drama familiar que envolve o luto, a subsistência e a desesperança. Trata-se de uma crise generalizada de pobreza, doença, viuvez e morte. Contudo, nesse drama familiar, a obstinação de Rute se destaca, pois ela foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança. É a narrativa bíblica de uma nora que cultivava um verdadeiro amor no coração pela sua sogra e, por isso, foi capaz de enfrentar a crise da escassez numa terra inóspita, longe de seu povo original. Temos muito o que aprender com o relato bíblico do relacionamento entre Rute e sua sogra Noemi.
PALAVRA-CHAVE: HONRA
I – A CRISE ECONÔMICA NA TERRA DA JUDÉIA
1- A escassez que provocou fome na “casa de pão” (Rt 1.1).
O alimento básico das famílias que viviam na região da Judéia estava escasso por causa do mau governo dos últimos juízes de Israel, que abandonaram o Senhor. A cidade de Belém, de onde Noemi saiu com seu marido Elimeleque, era o lugar que, anteriormente, sofreu de sequidão e escassez. Ora, a palavra Belém significa “casa de pão”, mas a “cidade do pão” estava sem o pão que representava o sustento material do povo.
A cidade deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez e fome, carestia e seca por toda a parte da terra de Canaã. Na Bíblia, às vezes, a fome é um modo de Deus disciplinar o povo que pecou contra Ele (Lv 26.18-20). Naquele tempo, Israel havia se afastado da comunhão com Deus e chegado ao ponto de cultuar os ídolos pagãos. A bem da verdade, nem todos agiam do mesmo modo, mas a disciplina era para todos.
2- A crise de uma família (Rt 1.1-3).
A família do livro de Rute era constituída por Elimeleque, Noemi, os filhos Malom e Quiliom enquanto estavam na Judéia. A crise econômica obrigou Elimeleque a tomar uma decisão em busca de solução para a subsistência da família em outro lugar. Em vez de ficar parado, ele tomou o caminho que parecia mais racional, o caminho das terras planas de Moabe.
Elimeleque conhecia o Senhor, mas não o buscou para tomar aquela importante decisão. Ao chegarem a Moabe, a experiência não foi fácil. Ali, em Moabe, a família encontrou a morte, o luto e a viuvez que envolveram a vida dessa família quando Elimeleque faleceu e Noemi ficou viúva e com seus dois filhos (Rt 1.3a).
O casamento de seus dois filhos com duas moabitas trouxe a esperança de volta ao coração de Noemi (Rt 1.3b). Mas, de repente, os dois filhos faleceram, deixando as esposas viúvas (Rt 1.5). Agora eram três viúvas que, no contexto da época, teriam enormes dificuldades de sobrevivência. Essa história nos mostra que uma família pode estar no centro de um profundo sofrimento, e que isso pode afetar o relacionamento de pessoas muito próximas como a nora e a sogra, o genro e o sogro. Como se comportar diante dessas circunstâncias?
SINOPSE I
A crise econômica na Judeia e as fatalidades no seio familiar de Noemi e Rute tornaram a aliança entre elas ainda mais forte.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“NOEMI E RUTE: UMA HISTÓRIA DE BÊNÇÃOS
A história de Noemi e Rute é marcada por uma série de bênçãos. Primeiro Rute abençoa Noemi ficando com ela. Então Noemi abençoa Rute, ajudando-a a encontrar um marido. Boaz subsequentemente abençoa Rute com um lar, e Deus os abençoa com um filho. Depois, as mulheres de Belém dizem a Noemi que ela é abençoada com uma nora que vale mais do que sete filhos.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo Mulheres Marcantes da Bíblia, editada pela CPAD, pp.89-96.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
O CUIDADO DE DEUS EM TEMPOS DE AFLIÇÃO
“A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra. Embora Noemi fosse uma fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade. Ela e a sua família sofreram os efeitos da fome, e tiveram que abandonar a sua própria casa. Além disso, ela perdeu seu marido e seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltará contra ela. A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas necessidades. Como no caso de Noemi, crente fiel e leal a Cristo pode experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus o abandonou ou que está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes, que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o nosso bem em tempos de aflição” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.422).
II – SUPERANDO AS CRISES EXISTENCIAIS
1- Noemi decide voltar à sua terra (Rt 1.6-8).
Viúva com suas duas noras moabitas, Orfa e Rute, também viúvas, Noemi resolve voltar à sua terra na Judéia depois de 10 anos longe (Rt 1.4). Era uma mulher envelhecida e, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe. Órfã aceitou a liberação de sua sogra e voltou para sua família, mas Rute resolveu ficar com Noemi (Rt 1.15-18). Provavelmente, Noemi pensou que Deus a estivesse castigando com todos os sofrimentos experimentados, e não imaginava o plano divino em todas aquelas circunstâncias.
Na decisão de Rute, nascia uma amizade profunda entre nora e sogra, entre duas mulheres que seriam experimentadas pelo sofrimento. Aprendemos com o apóstolo Paulo que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28 – NAA).
2- Rute conhece o Deus de sua sogra (Rt 1.16).
Rute declarou de coração sincero à sua sogra Noemi: “O teu povo é o meu povo, O teu Deus é o meu Deus” (Rt 1.16). Ela teve um gesto de amor exemplar para com Noemi. A convivência com a sogra levou Rute a conhecer o Deus de Noemi. A despeito dos sofrimentos e necessidades vividos dentro daquela família, a moabita descobriu que o Deus de sua sogra era o Deus verdadeiro, que supre as nossas necessidades (Fp 4.19).
Rute apegou-se à Noemi, não só pelos laços familiares, mas também pela fé no Deus de Israel porque a sua sogra dava o exemplo de uma mulher temente a Deus. Quando sogra e nora estão unidas na presença de Deus é uma bênção para toda a família. Por intermédio dessa união, Deus traz provisões extraordinárias para as necessidades familiares.
3- Unidas contra a crise.
Toda família pode passar um período em que parece que não há perspectiva de mudança diante de uma situação difícil. Como no caso de Noemi, às vezes, a família parece chegar a “um beco sem saída” para a vida material, emocional e, até mesmo, o espiritual.. Até certo ponto isso é natural, pois quando nos deparamos com determinadas crises, nossa visão tende a ficar embaçada e limitada. Entretanto, a Palavra de Deus diz: “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31).
Deus é pelo seu povo. Isso não é diferente com a nossa casa. A providência de Deus pode começar no relacionamento entre os membros da família. Ora, no momento de uma crise familiar, a última coisa que pode acontecer é uma “guerra” entre seus membros. Já imaginou como ficaria muito mais pesada a carga de Noemi e Rute se elas não estivessem unidas? Sim, Rute, a nora de Noemi, foi capaz de superar as crises de sua casa, e da sua sogra, com uma visão de esperança, paciência e tenacidade para superar todas as dificuldades da família. Sua perspectiva de fé animou sua sogra e, juntas, contemplaram o agir de Deus em favor de sua família.
SINOPSE II
A lealdade entre Noemi e Rute é evidenciada na decisão de ambas, uma indo e a outra ficando, a fim de superarem juntas, em Deus, todas as dificuldades.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
DEUS HONRA AOS QUE PERMANECEM FIÉIS
“No mundo antigo, não havia quase nada pior do que ser uma viúva. Muitas pessoas tiravam vantagem das viúvas ou as ignoravam . Elas eram quase sempre atingidas pela pobreza. Portanto, a Lei de Deus ordenava que o parente mais próximo do marido falecido cuidasse da viúva. Mas Noemi não tinha parentes em Moabe, e não sabia se algum dos parentes do marido estavam vivos em Israel.
Mesmo em uma situação desesperadora, Noemi teve uma atitude altruísta. Embora ela tenha decidido voltar para Israel, encorajou Rute e Orfa a permanecerem em Moabe e recomeçarem suas vidas, mesmo que isto trouxesse dificuldades para ela. Belém ficava a aproximadamente oito quilômetros a sudoeste de Jerusalém. A cidade era cercada por oliveiras e campos verdejantes. Suas colheitas eram abundantes.
Certamente, o retorno de Rute e Noemi a Belém foi parte do plano de Deus, porque nesta cidade nasceria Davi (1 Sm 16.1). Como previsto pelo profeta Miquéias (Mq 5.2), Jesus Cristo também nasceria neste lugar. Portanto, esta mudança foi mais do que mera conveniência para Rute e Noemi. Ela propiciou o cumprimento das Escrituras” (Bíblia de Estudo Cronológico Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.422).
III – FÉ E TRABALHO NUMA NOVA PERSPECTIVA
1- A chegada à terra do pão (Rt 1.19).
A chegada das duas mulheres viúvas à Judeia, mais especificamente a Belém, depois de 10 anos, causou alvoroço na cidade (Rt 1.19). Os antigos conhecidos de Noemi queriam saber o que havia acontecido com sua família. Ela ainda era uma mulher amargurada com as duras experiências passadas em Moabe e preferia ser chamada de “Mara” cujo significado no hebraico é “amarga” (Êx 15.23). Sua queixa se resumia a declarar que Deus parecia tê-la abandonado.
Entretanto, o Senhor estava no comando da sua vida para um propósito maior do que ela poderia imaginar. Sua humilhação e tristeza começaram a ser transformadas em alegria. Assim, quando Noemi e Rute empreenderam a viagem para a Judéia, havia uma nova esperança em seus corações. Rute se tornará uma mulher de fé disposta a superar a crise de subsistência, confiando inteiramente no Deus de sua sogra. Então, sogra e nora agora estão juntas vivendo da fé, como a Bíblia diz: “O justo viverá da sua fé” (Hc 2.4.; Rm 1.17).
2- Recuperando a autoestima (Rt 1.15- 18).
Rute deu uma demonstração de carinho e amor por Noemi que a fez entender que ainda havia esperança. Elas haviam chegado à Belém no “princípio da colheita das cevadas” (Rt 1.22). Se em Moabe a situação era precária, em Belém havia esperança de “não faltar nada” para ambas. Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa (Rt 2.2). Essa atitude contribuiu para que Noemi levantasse seu estado de espírito e sua autoestima. É muito importante que, na família, haja pessoas dispostas a animar as outras.
3- A honra do trabalho no campo de Boaz (Rt 2.8-17).
Havia um campo que pertencia a um parente de Elimeleque, chamado Boaz (Rt 2.1). Rute foi para esse campo de cevada a fim de ajuntar as espigas que os segadores abandonavam, prática permitida é concedida aos pobres pela lei mosaica (Dt 24.19-21). Assim, Rute se dispôs a trabalhar pelo seu sustento e de sua sogra, Noemi (Rt 2.7). Ela teve iniciativa e persistência, não teve medo de correr riscos (Rt 2.2), estava determinada e disposta para alcançar o objetivo desejado. Mais adiante, ao descobrir a generosidade desta estrangeira para com sua sogra, Boaz ofereceu seu campo, sua proteção e se tornou o provedor de Noemi e Rute.
SINOPSE III
A chegada a Belém, o trabalho de Rute e a descoberta de um possível remidor reacenderam a esperança e autoestima em Noemi.
IV- RUTE ENCONTRA O REMIDOR DA FAMÍLIA
1- Rute descobre o remidor de Noemi (Rt 4.1-9).
Ao se dispor a apanhar restos das espigas deixadas pelos empregados de Boaz, Rute descobre que ele era parente de Elimeleque e, por isso, segundo a lei, Boaz podia redimir essa herança para que ficasse dentro da família e a viúva não ficasse mais desamparada. Ele fez todo o procedimento a respeito da propriedade conforme orientava a lei. Aqui, podemos perceber que Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que, sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas espirituais (2 Co 8.9). Há riquezas de Cristo para a nossa família.
2- Boaz redime Rute, a moabita (Rt 4.11-13).
Boaz foi para a porta da cidade, onde se reuniam os anciãos do povo, na forma de um júri, os quais julgavam as causas do povo. O remidor, por direito, era outro homem, porque aquela parte da terra, que pertencia a Elimeleque, estava à venda. Portanto, a herança representada por aquele pedaço de terra pertencia a outro, mas Boaz se dispôs a casar-se com Rute para que aquela terra fosse dele, convencendo os anciãos e o antigo dono a fazerem assim.
Mais que isso, Boaz redimiria Rute, pagando o preço daquela terra e o direito de resgate da viúva. Foi assim que Rute, a moabita, entrou para a genealogia de Jesus (Mt 1.5). Após casar-se com Boaz, ela deu à luz um filho, o qual recebeu o nome Obede, o pai de Jessé; e este, o pai de Davi, o grande rei de Israel (Rt 4 -13)17)- Quando Jesus se manifestou na Terra, tornou-se conhecido como o“filho de Davi” (Mt 1.3-6), formando os elos da linhagem do Messias.
3- Noras e sogras.
O relacionamento entre nora e sogra tem muito a ver com o equilíbrio do relacionamento familiar. Se a relação entre elas não for sadia, muitas outras relações familiares podem ser afetadas. A história bíblica de Rute e Noemi nos mostra que é a vontade de Deus que noras e sogras, bem como genros e sogros, tenham um relacionamento em que o fruto do Espírito seja revelado (Gl 5.22-24).
Com a história dessas duas personagens, aprendemos que nora e sogra podem superar, juntas, a dor do luto, o período de escassez em que toda família está sujeita a passar, a enfermidade de um filho ou de um neto. Nos momentos difíceis na família, elas podem ser um esteio para todos. A Palavra de Deus diz que em tudo devemos glorificar ao Senhor e isso passa pelos relacionamentos mais próximos dos cristãos (1 Co 10.31).
SINOPSE IV
O Senhor honrou suas servas fiéis por meio de Boaz, o resgatador, que tipifica a ação remidora de Jesus Cristo, inserindo-nos à família de Deus.
CONCLUSÃO
A história bíblica de Rute é um exemplo de fé no relacionamento entre uma nora e sua sogra. Mesmo sendo uma estrangeira, Rute foi capaz de cuidar da sua sogra, demonstrando grande carinho e respeito por ela, além de administrar dentro de si perdas enormes: O cunhado e o marido. Mas diante de tudo isso, Deus honrou seu trabalho pelo qual sustentou a si mesma e a casa de Noemi. Portanto, a vontade de Deus é que sogras e noras, bem como genros e sogros, vivam em união de maneira que a família seja ricamente abençoada por Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- O que significa a palavra “Belém”?
Significa “casa de pão”.
2- Como era constituída a família de Noemi enquanto estava na Judéia?
Era constituída por Elimeleque, Noemi, os filhos Malom e Quiliom.
3- A despeito de todos os sofrimentos e necessidades vividos dentro daquela família, o que Rute descobriu?
Rute descobriu que o Deus de sua sogra era o Deus verdadeiro que supre as nossas necessidades (Fp 4.19).
4- Segundo a lição, em que tipo de mulher Rute se tornou?
Rute se tornará uma mulher de fé, disposta a superar a crise de subsistência, confiando inteiramente no Deus de sua sogra.
5- O que podemos perceber a respeito de Boaz?
Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas espirituais (2 Co 8.9).
Fonte: CPAD
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