segunda-feira, 27 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 10 / 4º Trim 2023

                                          

PRISÃO NA CIDADE SANTA
___/ ___/ ______

TEXTO DE REFERÊNCIA: At 21.17-20

LEITURA SEMANAL
Seg At 21.8 Paulo se encontrou com Filipe em Cesaréia.
Ter At 21.9,10 O dom de profecia era concedido tanto
para homens como para mulheres.
Qua At 11.27-29 Ágabo havia profetizado que haveria fome em Jerusalém 15 anos antes do acontecimento.
Qui At 21.13 Paulo estava disposto a ter o mesmo destino de Jesus em Jerusalém.
Sex At 21.18 Paulo esteve com Tiago em Jerusalém.
Sab At 21.27,28 Paulo é preso no Templo de Jerusalém.

VERSÍCULO DO DIA
"E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais, estou aqui e sou julgado," At 26.6.

VERDADE APLICADA
Paulo não focava nas circunstâncias, pois para ele o mais importante era cumprir com alegria a missão de proclamar o Evangelho de Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor sobre os acontecimentos em Cesaréia;
Discorrer sobre a prisão de Paulo em Jerusalém;
Explicar como Paulo se portou diante das autoridades.

INTRODUÇÃO
Paulo foi preso em Jerusalém e enviado para prisão na Cesaréia, a fim de ser julgado. Parecia o fim de suas viagens missionárias, no entanto, elas prosseguiam em uma nova perspectiva divina.

Ponto Chave
"A prisão de Paulo serviu ao propósito de Deus, para que ele fosse pregar o Evangelho em Roma, no coração do Império."

1 - PAULO EM CESARÉIA
Em Filipos, Paulo encontrou-se com Lucas e juntos foram para Trôade (At 20.6). A fim de evitar uma certa demora, utilizou Éfeso como atalho (At 20.16), de modo que os anciãos encontraram-se com ele em Mileto, onde se despediu (At 20.17). Por fim, o grupo desembarcou em Tiro, onde ficou uma semana e seguiu para Cesaréia.

1.1. Paulo visita Filipe
Quando o apóstolo chegou em Cesaréia, lá ficaram com Filipe, um dos sete diáconos. Foi ali que o profeta Ágabo profetizou sobre o aprisionamento de Paulo em Jerusalém (At 21.11). Paulo sabia muito bem do destino que o esperava em Jerusalém, mas, mesmo diante da eminente prisão, o apóstolo permaneceu fiel aos seus ideais. A fidelidade ao Senhor exige de nós abnegação, compromisso e firmeza. Paulo não se abateu diante do anúncio da dificuldade, mas a certeza de seu ministério e chamado fazia com que ele fosse inabalável em suas convicções.

1.2.  O futuro em Deus
Paulo não se sentiu abalado com o que aconteceria com ele no futuro, pelo contrário, ele estava disposto a seguir os mesmos passos de Jesus (1Pe 2.21). Deus o alertou sobre sua prisão através do profeta Ágabo (At 21.11). A nossa confiança deve estar em Deus, pois se o Senhor não protegera cidade, em vão vigia a sentinela (Sl 127.1). O futuro não deve nos abater, gerar ansiedade ou tirar a nossa paz, pois Deus tem cuidado de nós. Jesus nos ensinou que tanto a nossa alimentação quanto a vestimenta, condições básicas de subsistência para o ser humano, fazem parte da providência divina para os seus filhos; Ele tem cuidado de nós (Mt 6.25-34).

Refletindo
"O cárcere terreno não impedia Paulo de pregar as Boas Novas, pois ele tinha plena certeza da liberdade de sua alma em Cristo para a propagação do Evangelho." 
Bispo Abner Ferreira

2 - PAULO EM JERUSALÉM
Na chegada a Jerusalém, Paulo e sua comitiva foram acolhidos afetuosamente pelos irmãos, e recebidos por Tiago e pelos presbíteros da igreja (At 21.18).

2.1. Paulo vai ao Templo
Alguns acusaram Paulo de que ele estava ensinando aos judeus a abandonarem a observância da Lei e seus costumes (At 21.21). Num gesto conciliatório, ele aceita custear as despesas de quatro homens ao voto de nazireato (At 21.23-24) e de participar publicamente da cerimônia, de modo a refutar tais rumores, assim como está especificado na Lei do AT (Nm 6.1- 21). Paulo agiu de boa vontade, de modo a se submeter ao costume judaico indo ao Templo. Às vezes, é necessário "abrir mão" de certos posicionamentos para a união do grupo e para não prejudicar a Obra de Deus.

2.2. Paulo é preso
Quando os judeus da Ásia, que tinham observado Paulo na companhia do gentio Trófimo de Éfeso, acusaram-no de ter levado um não judeu para dentro do Templo. Assim como Jesus, ele sofreu uma falsa acusação de seus irmãos judeus, assim como sua cidade adotiva o rejeitava, os hostis romanos prendem-no. O tribuno romano livra Paulo do linchamento, prendendo-o (At 21.33), cumprindo-se então a profecia de Ágabo (At 21.10). As adversidades na vida do cristão possuem um propósito, nem sempre entendemos, mas o fato é que saímos mais fortes delas.

3 - APELO A CÉSAR
Paulo solicitou ao oficial romano que o deixasse falar à multidão (At 21.37- 40). Discursando em aramaico, idioma da época, Paulo relatou sobre sua pré-conversão e de sua visão do Filho de Deus. Tal discurso causou grande furor à multidão, de modo que o comandante ordenou que Paulo fosse açoitado, mas, ao saber que ele era cidadão romano, a ordem foi cancelada (At 22.25-29).

3.1.  Paulo diante de Félix
Paulo foi levado ao Sinédrio, e falou diante das autoridades judaicas (At 23.1-10). O Senhor apareceu a ele naquela noite e revelou o Seu propósito de enviá-lo a Roma (At 23.11). Devido a uma conspiração com o intuito de matá-lo, um destacamento com 470 homens levam-no de Jerusalém à Cesaréia (At 23.23,24). Ele ficou preso dois anos em Cesaréia por ordem do governador romano Félix (At 24.27). Pórcio Festo substituiu Félix no governo da Judeia. Ele era mais justo que seu antecessor, o qual mantivera Paulo preso com a intenção de obter um suborno do apóstolo, mantendo-o cativo só para contentar os judeus (At 24.26).

3.2. Paulo fala ao rei Agripa
O texto bíblico afirma que, passado um tempo, Ágripa e Berenice foram a Cesaréia visitar Festo (At 25.13). O Governador Festo contou a história de seu prisioneiro político mais famoso, o Apóstolo Paulo, de modo que Ágripa pediu para se encontrar com ele, convidando o Após- tolo a contar sua história. Paulo aborda-lhe sobre a sua vida de homem religioso (At 26.2-11) e de homem redimido (At 26.12-23). Após a apresentação de Paulo, tanto Ágripa quanto Festo concordam que o prisioneiro poderia ser libertado, somente se não tivesse apelado para ser julgado pelo Imperador Romano, César. Paulo não teve vergonha nem colocou seus interesses a frente da mensagem do Evangelho, mas aproveitou a oportunidade, pregar para as autoridades do local.

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
O direito do cidadão de apelação ao imperador parece ter se desenvolvido do direito antigo à apelação na época da república. Esse direito impedia que os magistrados matassem, açoitassem, acorrentassem ou torturassem um cidadão romano, ou, ainda, que o sentenciassem ou o impedissem de ir para Roma. Qualquer cidadão romano, em qualquer lugar do império, estava protegido contra uma punição sumária por um magistrado, apesar de este poder tratar os casos que envolviam transgressão clara da lei estatutária. Foi com certo alívio que Festo ouviu o apelo de Paulo a César, pois, com isso, ele ficava livre da responsabilidade de tomar uma decisão sobre aquele caso. Se Paulo fosse liberto em Jerusalém, possivelmente seria morto pelos judeus, mas, ao ser levado à Roma, pôde continuar seu ministério pregando no centro do Império Romano. (BRUCE, F.F, Paulo o apóstolo da graça: sua vida, cartas e teologia. São Paulo: Shedd Publicações, 2003. pp.352-353)

CONCLUSÃO
Nem sempre compreendemos ou aceitamos, inicialmente, os planos de Deus, mas certamente, Ele tem o melhor para nós, pois Sua vontade é boa, perfeita e agradável.

COMPLEMENTANDO
Paulo era conhecido por sua eloquência e sua retórica aprimorada, ele utilizava uma técnica chamada de diatribe, termo de origem grega que significava "discurso ou conversação filosófica". Sua capacidade persuasiva era tamanha que, diante do Sinédrio, ele conseguiu que os fariseus e saduceus discutissem, tirando o foco dele (At 23.6,7), e diante de Ágripa, o persuadiu de modo que o monarca se sentiu constrangido diante de suas afirmações (At 26.28).

Eu ensinei que:
A prisão de Paulo em Jerusalém fazia parte de um plano divino na propagação do Evangelho.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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