quarta-feira, 1 de novembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 6 / Revista nº 71

 

Os Desafios da Família Mosaico

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Efésios 6.1-3
1- Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2- Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3- para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
Provérbios 23.13,14
13- Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara nem por isso morrerá.
14- Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.
Provérbios 29.15
15- A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.

TEXTO ÁUREO
  Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.
Hebreus 12.5b,6

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Provérbios 22.15
A estultícia está ligada ao coração do menino
3ª feira Provérbios 13.24
O que ama, a seu tempo castiga
4ª feira Isaías 54.13
Os teus filhos serão discípulos do Senhor
5ª feira Êxodo 20.12
Honra a teu pai e a tua mãe
6ª feira Provérbios 10.1
O filho sábio alegra a seu pai
Sábado Deuteronômio 28.9
O Senhor te confirmará para si por povo santo

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de: 
Entender que a convivência dos membros de uma família mosaico traz consigo alguns desafios; 
Conhecer os fundamentos básicos para a educação dos filhos;
Compreender a importância da disciplina na estruturação das famílias-mosaico.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, como instituição social, a família tem sofrido mudanças aceleradas em sua estrutura, organização e na função de seus membros, podendo ser designada da seguinte maneira:
Mononuclear- constituída por pai, mãe e filhos:
Monoparental - formada por pai solteiro ou por mãe solteira;
Mosaico ou mista- composta por pessoas oriundas de outras famílias e de outros casamentos.
  A sociedade criou nomenclaturas para outros tipos de relacionamento, como, por exemplo, as famílias homoafetivas (constituídas por dois homens ou duas mulheres). Como cristãos, não reconhecemos esse tipo de relacionamento, pois, de acordo com o texto bíblico, somente a união entre um homem e uma mulher cumpre os princípios bíblicos de mutualidade. complementariedade e fecundação, como está escrito em Gênesis 1,27,28.
Elizete Malafaia
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  Nesta lição, nossa atenção estará voltada para a família mosaico, aquela em que um dos cônjuges (ou ambos) traz para o novo casamento filhos que são frutos de relacionamentos anteriores.
  Sejam os filhos biológicos ou não, o sucesso da família mista tem relação com a aceitação dos filhos do outro cônjuge em amor. Se não houver aceitação verdadeira, incondicional, a convivência se transforma em algo ácido, tóxico e com amplas possibilidades de fracassar.
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Ainda que tenham passado pela separação, os pais biológicos devem continuar exercendo a sua missão de amar, educar e prover os recursos necessários para a subsistência da criança (isto inclui alimentação, educação, saúde e vestuário), independentemente de conviverem com eles todos os dias ou não.
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1. NOVOS TEMPOS, ANTIGOS DESAFIOS
  A convivência dos membros de uma família mosaico traz consigo alguns desafios, pois todos deverão conhecer-se melhor e adaptar-se uns aos outros, o que pode causar algumas tensões.
  Ninguém aprende a viver com pessoas até então desconhecidas, de uma hora para outra. Esse período de adaptação pode demorar algum tempo e será necessário enfrentar esse ciclo com respeito, paciência, tolerância e perseverança.

1.1. Comunicação adequada
  É importante que o casal converse com os filhos (biológicos e enteados) e esclareçam que o cônjuge não tomará o lugar de seu pai ou de sua mãe naturais; afinal, não existem ex-pais. Pai e mãe são para a vida toda, e é fundamental que haja o reforço do amor aos pais biológicos, pois isso implica bênçãos divinas. 
  O casal que traz filhos de outros relacionamentos deve conversar sobre as regras do novo lar e delimitar os papéis funções de todos, incluindo cuidado, respeito e boa convivência. Essas regras são fundamentais para evitar conflitos futuros, que afetarão o relacionamento familiar.
1.1.1. Atenção ao que as crianças têm a comunicar
  Para que haja uma boa comunicação, também é necessário ouvir de maneira eficaz mais do que simplesmente escutar. E importante ler as mensagens não verbais emitidas pelos filhos, como posturas, gestos, expressões faciais, tom de voz etc.
  A habilidade para ver, ouvir e falar leva os pais a compreenderem melhor os filhos e a se deixarem conhecer por eles nas áreas espiritual, emocional e física (Pv 22.15).

1.2. Cumprimento fiel dos acordos estabelecidos
  Quando os pais naturais têm dificuldade de relacionamento, acabam interferindo na vida emocional dos filhos, podendo trazer traumas para eles. Deste modo, os pais que passaram pelo processo de divórcio devem esforçar-se para cumprir os acordos feitos como pagamento da pensão alimentícia que deve ser efetuado por quem não reside com o filho, e horários de visitas, evitando-se discutir na frente dos filhos e/ ou macular a imagem um do outro.

1.3. Não à alienação parental
  A alienação parental é uma forma de conduta abusiva. Acontece quando um dos genitores, que detém a guarda do filho após a separação, manipula psicologicamente a criança desabonando a imagem do pai ou da mãe, afastando-a ou dificultando a sua convivência com o genitor. Isso ocorre com frequência em uma separação conjugal conflituosa em que existe ressentimento, magoa, ódio, rejeição e falta de perdão. Mesmo que o ex-cônjuge não tenha sido um bom esposo ou uma boa esposa não significa que não será um bom pai ou uma boa mãe.
  Esse tipo de abuso transforma a criança em uma vitima de seus pais, podendo gerar traumas emocionais como ansiedade, depressão, problemas escolares, agressividade e dificuldade nos relacionamentos futuros.
1.3.1. Outros tipos de alienação parental
  Outro tipo de alienação ocorre quando os pais negam ao filho o convívio com outros membros da família, como avós, tios e primos, negando-lhe o direito da convivência saudável com os demais familiares.
  Crianças precisam ter contato com seu núcleo familiar, a menos que corram risco de abuso ou de vida. Nesses casos, deve-se evitar o convívio com o genitor ou com parentes, buscar ajuda e procurar o Conselho Tutelar.

2. FUNDAMENTOS BÁSICOS PARA A EDUCAÇÃO DOS FILHOS
2.1. O cônjuge é a primeira prioridade no casamento
  A união conjugal só será bem-sucedida se a unidade entre marido e mulher for respeitada como o investimento mais importante do casamento. Portanto, quando a prole se torna mais importante do que o cônjuge, consequentemente o casamento sofre e os filhos (biológicos e enteados) também.
  Aqui temos um princípio: não se pode oferecer aquilo que não se tem. Se homem e mulher não estão bem como casal, seus filhos não ficarão bem, pois eles absorvem toda emoção negativa e positiva que permeiam o ambiente. 
  As emoções negativas podem afetar o comportamento espiritual, emocional, cognitivo e físico dos filhos: tornando-os ansiosos, preocupados, agressivos e retraídos. Entre as alterações que podem apresentar, estão: dificuldades escolares; adoecimento para chamar a atenção; agressão aos colegas etc.
2.2. Crie um ambiente saudável e estimulante
 O lar deve ser o lugar em que as crianças se sentem amadas, respeitadas, valorizadas e pertencentes à família. Os pais devem dedicar mais tempo na edificação e no encorajamento da prole do que na censura ou na desmotivação.
  É importante criar um ambiente estimulante no qual as crianças possam expressar tanto as emoções agradáveis como as desagradáveis. O melhor modo de conseguir isso é relacionar-se de maneira saudável, sendo exemplo para os filhos. O amor deve ser uma prioridade no relacionamento familiar. Mesmo sendo formada por pessoas vindas de origens diferentes, é muito importante que a família-mosaico desenvolva a paciência, empatia, o respeito à individualidade, compreensão mútua e a humildade para vencerem as diferenças e terem uma convivência saudável.

2.3. Respeite a individualidade dos seus filhos
É papel dos pais entender que os filhos são únicos cada um com sua individualidade e singularidade; cada um com seu jeito de ser, pensar e agir. Sem perceber, muitos pais tratam as crianças como iguais, privando-as de desenvolverem sua singularidade. Essa particularidade é o que vai gerar a diferenciação das pessoas na família.
  Por essa razão, os pais jamais de- vem fazer comparação entre filhos (biológicos e enteados); do mesmo modo, não devem demonstrar preferência por qualquer um deles, ou compará-los com os filhos de outras pessoas.
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Segundo Charles Swindoll, o aspecto mais importante do trabalho dos pais é conhecer a criança.
Disse ele: "Em cada criança que Deus põe em nossos braços, há uma inclinação, um conjunto de características já existentes". Significa dizer que os pais que quiserem criar seus filhos dentro dos princípios cristãos devem descobrir essa inclinação (Hb 11.23 ARC).
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2.3.1. Eduque seus filhos de acordo com a faixa etária
  É fundamental os pais compreenderem que o desenvolvimento espiritual e emocional dos seus rebentos começa no ventre. Apesar de os bebês não falarem, suas emoções estão ativadas. Desde a mais tenra idade sentem calor, frio, fome, dor, prazer, susto, ira e desejo (Lc 1.41 ARC).
  Na primeira infância, elas não conseguem interpretar estí- mulos dolorosos ou prazerosos, necessitando da observação e intervenção dos pais.

2.4. Esteja disponível para seu filho
  Apesar de parecer simples, esta é uma tarefa difícil. Além da ausência do pai, que é o provedor, há a falta da mãe, que, em muitos casos, também trabalha fora. Com isso, filhos (biológicos e enteados) ficam sob os cuidados de terceiros.
  Lembre-se de que a criança não tem percepção de tempo igual ao adulto. Para ela, só existe o tempo presente. Por isso, é importante que o tempo de que o adulto dispõe para ficar com a prole seja de qualidade, e que ambos aproveitem ao máximo a companhia um do outro.
  Aproveite para educar, passear, brincar, ouvir, contar histórias, orar com eles. Esse tempo fica registrado positivamente na memória afetiva dos filhos, influenciando-os em sua auto- estima e autonomia.

3. A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA
  A disciplina é o conjunto de regras e normas estabelecidas dentro de um grupo social. Ajuda a moldar o caráter do individuo, encoraja bons comportamentos e corrige os que são inaceitáveis. O nosso modelo de disciplina é o de Deus. Mesmo nos amando, Ele nos corrige (Hb 12.5b,6).
  Quem ama protege, corrige e cuida. Os pais que têm dificuldades de corrigir seus filhos incorrem no erro de a criança não se sentir valorizada por eles, o que pode interferir em sua autoestima.

3.1. Considerações importantes sobre o ato de disciplinar
  A Bíblia nos dá ricos conselhos sobre a disciplina. É algo de que todos precisamos, e a melhor idade para aprender é na infância. Veja, a seguir, algumas considerações valiosas sobre esse ato de amor:
  A disciplina produz comportamentos saudáveis e cidadãos bem-sucedidos na vida- crianças que não são disciplinadas crescem rebeldes, não respeitam autoridades e, consequentemente, não obedecem a Deus.
  É fundamental os pais saberem que a correção faz parte da disciplina das crianças - podendo ser uma medida restritiva, curta e temporária - e deve ser envolvida em amor e explicações a fim de produzir o efeito a que se propõe.
 É necessário aplicar a disciplina no momento e local oportunos- jamais envergonhe e humilhe seu filho em público; use a disciplina adequada à personalidade de cada um (Ef 5.4).
  A Bíblia orienta a usar a disciplina para o bem dos filhos, a fim de que eles não se tornem rebeldes. No entanto, essa disciplina não deve ser abusiva, agressiva, nem pode ser usada para descarregar a raiva, ira ou frustração dos pais (Pv 23.13,14; 29.15).

3.2. Dicas de disciplina                                     
  Filhos ensinados a honrar os pais aprendem a respeitar lideres e autoridades. Há jovens que, por rebeldia, não obedecem a esses princípios, mesmo tendo recebido esses ensinamentos no lar. Veja, portanto, algumas dicas de disciplina:
  Seja firme em suas decisões. Não recue; caso contrário, seu filho pode querer dominar a casa. Você deve dizer "não" a seus filhos, pois eles ouvirão muitos "nãos" na vida.
  Estabeleça regras para toda a família, a fim de manter seu bom funcionamento.
  Organize os horários dos seus filhos.
  Bater não educa. Use a sua autoridade para impor-se a eles.
  Coloque-os de castigo quando necessário.
  Atribua responsabilidade a seus filhos de acordo com a faixa etária de cada um.
  Ensine-os a organizarem e arrumarem seu quarto.

CONCLUSÃO
  A maternidade/paternidade é um processo contínuo e não somos capazes de fazer as coisas acontecerem de uma só vez. É preciso investir tempo em oração, jejum, leitura da Palavra, e sermos exemplo de fé, como ensinou o apóstolo Paulo a seu filho na fé, Timóteo (2 Tm 1.5). O investimento dos pais em vivenciar e transmitir a fé dentro do lar nunca será vão (Pv 22.6).
  Quando instruímos nossos filhos nos caminhos de Jesus, temos a convicção de que, mesmo que se afastem, a Palavra de Deus surtirá efeito na vida deles no tempo certo.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1.  Qual o principal ingrediente para a boa convivência de uma família mosaico?
R.: O principal é o amor. Contudo, agregado ao amor, deve-se procurar ter paciência, empatia, respeito à individualidade, compreensão e humildade no relacionamento.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 71 - Central Gospel

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