sábado, 23 de dezembro de 2023

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 14 / 4º Trim 2023

                                  

   VIVER É CRISTO
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TEXTO DE REFERÊNCIA: Rm 6.8-11

LEITURA SEMANAL
Seg 2Tm 2.3 Devemos suportar as aflições uns dos outros.
Ter Rm 6.6 O velho homem foi crucificado na cruz com Cristo.
Qua 2Tm 3.1 Alerta sobre os últimos dias.
Qui 2Tm 4.9 Devemos nos apressar a estar junto aos que sofrem.
Sex FP 1.21 O sentido da vida é viver para Cristo.
Sab Rm 8.38 A morte não pode nos separar do amor de Cristo.

VERSÍCULO DO DIA
"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim," GI 2.20.

VERDADE APLICADA
Uma vida de consagração, dedicação e serviço ao Senhor é o que podemos oferecer de mais importante a Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar os últimos dias do Apóstolo Paulo;
Apresentar as últimas orientações a Timóteo;
Conceituar a percepção que Paulo tinha de seu ministério.

INTRODUÇÃO
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo é o último escrito do apóstolo a que temos acesso, ela foi escrita num momento em que Paulo sentiu que estava chegando o fim de seus dias, de modo que podemos observar suas necessidades e sua fidelidade inabalável no chamado de Deus para sua vida.

Ponto Chave
"A vida de Cristo deve ser evidenciada em nosso viver."

1 - ÚLTIMOS ANOS
O apóstolo encontrava-se preso novamente, mas, agora, estava desamparado na prisão. Em suas últimas palavras, ele deixa bem clara sua exortação para pregar a Palavra de Deus; declarando sua disposição de ser fiel até a morte.

1.1. Perseverança no sofrimento
Timóteo é convidado a participar do sofrimento junto com Paulo, não se envergonhando nem do Senhor e nem do aprisionamento do Apóstolo (2Tm 1.8), como um bom soldado de Cristo (2Tm 2.3), pois, se com Cristo sofrermos, com Ele reinaremos (2Tm 2.12). A perseverança  é a virtude daqueles que têm esperança e confia. A provação e o sofrimento produzem perseverança e resiliência (Rm 5.3). Segundo o dicionário Houaiss, resiliência é a capacidade de se recobrar ou se adaptar à má sorte ou às mudanças. O oposto da resiliência é a fragilidade, que é a condição daquilo que é quebradiço. Logo, devemos permanecer assim como o metal que é testado no fogo (1Co 3.12,13).

1.2.  Viver para Cristo
A fé em Cristo consiste na condição de não vivermos mais como vivíamos antes da conversão, mas, agora, vivemos a vida do Filho de Deus. Paulo se alegra nas tribulações, não porque gostava de sofrer, mas porque o sofrimento é uma das características do justo, assim como Jó, e especialmente Jesus que sofreu e morreu na cruz para nos salvar. Viver para Cristo é, assim como o Mestre, viver em prol do Reino de Deus, de entrega, de generosidade, de compaixão, de benevolência e de piedade. Paulo entendeu que a sua vida não era mais dele, mas, sim, do Senhor (Fp 1.21). Que nossos sonhos, decisões e vontade estejam debaixo do desígnio divino.

Refletindo
"O sangue dos mártires é a semente dos cristãos". Tertuliano

2 - DESPEDIDA A TIMÓTEO
Muitos obreiros e irmãos abandonaram Paulo e o deixaram sozinho, de tal forma que muitos apostataram da fé (2Tm 1.15). O apóstolo chama Timóteo para suas últimas orientações e despedida.

2.1. Segunda Carta a Timóteo
Esta Carta é um convite e exortação à perseverança ao Evangelho, levando em conta o sofrimento. Aqui, ele admoesta ao jovem pastor a permanecer firme, pois sua morte é iminente. Outro elemento importante é o incentivo à leitura e meditação da Palavra para ser um obreiro aprovado (2Tm 2.15), pois as Escrituras possuem o poder para salvar e preservar a fé (2Tm 3.15-17), e que pregue, em tempo e fora de tempo (2Tm 4.1,2). A Palavra de Deus deve ter um lugar de centralidade na vida do cristão, pois é por meio dela que Deus fala, corrige, edifica e se revela.

2.2. Vem depressa!
Paulo estava solitário na prisão, com isso, ele chama Timóteo para que lhe faça uma visita apressadamente (2Tm 4.9). Essa afirmação se dá pelo fato de sua execução estar próxima (2Tm 4.6). Ele pede a Timóteo que traga seus livros e pergaminhos, pois presume-se que o Apóstolo terminaria a sua vida lendo, estudando e escrevendo. Timóteo, possivelmente, não poderia ficar com Paulo até sua morte, mas, ao deixar seus escritos e as Escrituras, certamente o apóstolo teria um conforto no momento mais difícil. Infelizmente, somente encontramos tempo para ler a Palavra quando estamos enfermos ou em uma cama de hospital. Que possamos reservar um tempo em nossa vida para nos debruçarmos nas Escrituras.

3 - MORRER É LUCRO
A afirmativa "Viver é Cristo, e o morrer é ganho", Fp 1.21 é algo totalmente antagônico em nossa cultura atual pensar desta forma, mas Paulo chegou ao auge do sentimento cristão quando entendeu que a maior entrega que ele poderia dar para Deus era sua própria vida.

3.1.  A consciência que Paulo tinha de sua missão
Jesus chamou um judeu fariseu, zeloso para com as tradições dos pais para ser líder entre os gentios, com o destino de sofrer em prol de seu nome. A pergunta que fica é: Paulo entendeu seu chamado e ministério? Ele padeceu várias intempéries, foi perseguido (2Co 11.24-28), mas também foi bem sucedido como apóstolo, pregador e evangelizador, estabeleceu igrejas, escreveu Cartas que até hoje servem de orientação, edificação e conversão, tudo isso, a mais de dois mil anos. A vocação de Paulo era a de viver o ministério do próprio Cristo, ele entendeu o seu chamado e vocação: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a gloria que em nós há de ser revelada", Rm 8.18.

3.2. Martírio
A tradição afirma que Paulo foi executado por volta de 64-67 d.C., em Roma, a mando do Imperador Nero. Ele termina com a frase icônica: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé, 2Tm 4.7. O martírio é, portanto, a maior oferta de amor que alguém pode oferecer. Os primeiros cristãos morreram nas arenas, diante de feras, queimados, crucificados, lançados em caldeirões de óleo fervente, para que a mensagem do Evangelho permanecesse viva. Aquele que não negar a si mesmo, carregar a sua cruz e seguir a Jesus não é digno de ser chamado de discípulo de Cristo (Mt 16.24).

SUBSÍDIO PARA O EDUCADOR
A Igreja cristã foi moldada pela perseguição desde sua origem. Os primeiros perseguidores dos cristãos foram os judeus, tendo como Saulo um dos principais atormentadores do cristianismo primitivo. Somente em meados do I século é que o império Romano se tornou o Grande perseguidor até 313 d.C. com o edito de Milão estabelecido pelo Imperador Constantino. Ainda hoje, o cristianismo sofre perseguição nos países não cristãos, em especial, os islâmicos, e de orientação política partidária comunista. O mundo ocidental tem desenvolvido um sentimento de aversão ao cristianismo, caracterizando-o como uma religião de dominação e de imposição cultural, devido aos movimentos ideológicos que apontam uma espécie de cultura patriarcal e de dominação.

CONCLUSÃO
A ousadia, a fé e a perseverança de Paulo em concluir seu chamado o colocou no ranking de maior missionário da Igreja Primitiva. Por sua atitude o Evangelho se propagou, alcançando-nos dias atuais.

COMPLEMENTANDO
Os Imperadores Romanos obrigavam os cristãos a negarem a Cristo, a oferecerem incenso aos deuses pagãos e ao Imperador, de modo que, se eles se negassem, eram mortos brutalmente. Muitos faziam isso, pois acreditavam que todas as mazelas que aconteciam por lá era culpa dos cristãos, pois a adoração aos deuses pagãos era uma espécie de acordo judicial, de modo que, quando os romanos iam à guerra, deveriam oferecer sacrifícios ao deus da guerra, e, assim, sucessivamente. Quando o Império perdia uma guerra, era acometido por uma praga ou acontecia qualquer tipo de tragédia, a culpa era daqueles que não estavam adorando suas divindades. Como os cristãos eram exclusivistas, ou seja, só adoravam a Cristo, a culpa de todas as tragédias que aconteciam era imputada sobre eles.

Eu ensinei que:
Paulo cumpriu seu chamado tendo a certeza de que o viver é Cristo, deixando-nos um legado de fé e perseverança.

Fonte: Editora Betel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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