segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL - Lição 3 / Revista nº 72

                                       


A Unicidade de Deus

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TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Isaías 46.3-11
3- Ouvi-me, ó casa de Jacó e todo o resíduo da casa de Israel; vós, a quem trouxe nos braços desde o ventre e levei desde a madre.
4- E até à velhice eu serei o mesmo e ainda até às cãs eu vos trarei; eu o fiz, e eu vos levarei, e eu vos trarei e vos guardarei.
5- A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?
6- Gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam.
7- Sobre os ombros o tomam, o levam e o põem no seu lugar; ali está, do seu lugar não se move; e, se recorrem a ele, resposta nenhuma dá, nem
livra ninguém da sua tribulação. 
8- Lembrai-vos disso e tende ânimo; reconduzi-o ao coração, ó prevaricadores.
9- Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim;
10- que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade;
11- que chamo a ave de rapina desde o Oriente e o homem do meu conselho, desde terras remotas; porque assim o disse, e assim acontecerá; eu o determinei e também o farei.

TEXTO ÁUREO
  Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura. Isaias 42.8

SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira -  Isaias 45.5
O único Deus
3ª feira -  Isaías 33.22
O único Senhor e Juiz
4ª feira -  Isaías 44.6
O único Senhor dos Exércitos
5ª feira -   Isaías 45.18
O único Criador
6ª feira -   Isaias 45.21,22
O único Salvador
Sábado - Isaias 33.2
O único que salva na tribulação

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá ser capaz de:
Entender que os ídolos são produtos da habilidade e imaginação humana;
Compreender que Deus é o único em natureza, atributos e ações;
Concluir que servimos ao incomparável Deus; assim, devemos confiar no Seu poder, descansar em Suas gloriosas promessas e adorá-lo em amor.

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Caro professor, Deus revelou-se de maneira gloriosa na história de Israel. Com o Seu poder criou uma nação e abateu reinos poderosos e exércitos numerosos para manifestar a Sua mão terna e carinhosa em benefício do Seu amado povo.
  Os profetas, antes de anunciarem a palavra de Deus, precisavam conhecê-lo para, assim, revelar a Sua graça à humanidade.
  Você, como mensageiro de Deus, tem como tarefa principal extrair os ensinamentos bíblicos e aplicá-los ao coração dos seus alunos. O desafio que pesa sobre nossos ombros é revelar a grandeza do nosso Deus por meio da verdade da Sagrada Escritura.
  Excelente aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  O profeta Isaías, filho de Amoz, na primeira seção do seu livro (caps. 1-39), faz um relato sobre o pecado da nação israelita que na relação causa e efeito - atrairia o juízo do Justo Juiz sobre ela.
  Nos capítulos 40-66, no entanto, Isaías revela para os israelitas o plano de redenção divina, que começaria com a futura libertação do cativeiro babilônico (Is 44.21-28) e seria concluído com a manifestação do Messias, o poderoso Servo do Senhor (Is 42.1-3).
  Assim, a partir dos capítulos 40-48, o Santo de Israel revela a sua grandeza e majestade em relação aos ídolos adorados nas nações pagãs. A grandeza do eterno Deus manifesta-se em Sua gloriosa natureza, em Suas poderosas ações na Criação, salvando e abençoando Seu povo amado.

1.  A REVELAÇÃO DO ÚNICO DEUS
  De acordo com os manuais de Teologia Sistemática, "a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade". A palavra grega para revelação é apokalypsis, com o significado de "descobrir, tirar a cobertura".
  É importante destacar que a revelação de Deus é um ato indicativo de Sua imensa bondade e graça: Ele próprio desejou ser conhecido pelo ser humano e, assim, ofereceu a tantos quantos desejassem a oportunidade de conhecê-lo. O profeta Isaías, no Antigo Testamento, faz-nos saber que os israelitas foram testemunhas dessa revelação para as nações (Is 43.10).
  A revelação de Deus ao homem, ademais, deu-se de várias formas, como pode ser observado nos subtópicos seguintes:

1.1. Em Sua gloriosa natureza
  O Senhor dos Exércitos não é uma energia ou força impessoal. Ele é um ser dotado de personalidade (Jr 10.3-7). Como ser pessoal, qualquer pessoa pode relacionar-se com Ele. Em Seu poder soberano, Ele age livremente, sem poder ser aconselhado ou impedido (Is 40.13; 44.24-28).
  Sua imensidão e grandiosidade é manifestada sobre a natureza e em Seu relacionamento com as nações e seus lideres (Is 40.12,15,17,23). Ο Altíssimo exerce o Seu poder ilimitado e insondável sem precisar de qualquer auxílio ou ajuda (Is 42.12,13; 43.13,16). Seu poderoso braço manifesta-se na salvação daqueles que nele mantém os olhos fixos. E, da Sua boca sai a palavra de justiça que não tornará atrás (Is 43.11,12; 45.21,22,23).
  A santidade é parte inseparável da Sua natureza. Por isso, a expressão "o Santo de Israel" ocorre 26 vezes apenas nos escritos do profeta Isaías, que nos ensina que em Deus não há mancha, pecado e corrupção moral, mas a perfeição e a excelência absoluta (Is 6.3; 40.25).
  Como ser eterno, Deus é o início e o fim de todas as coisas (Is 41.4). Sendo imutável, não pode aprender, envelhecer, enfraquecer, ou mesmo ser melhorado. Ele é o que sempre foi e nunca mudará (Is 44.8).

1.2.Na obra da Criação
   A Criação manifesta o Criador, que, com poder, criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e a tudo quanto produz, que dá a respiração ao povo que nela está e o espírito, aos que andam nela (Is 42.5).
  Deus manifesta a Sua sabedoria e inteligência em tudo que criou (Jr 10.12,13), Suas poderosas mãos fundaram a ter- ra e mediram os céus (Is 48.13).
  O Altíssimo é o criador e sustentador de tudo que pode - ou não ser visto. Sua obra é uma proclamação da Sua glória (Sl 19.1; Is 40.26).

1.3. No socorro do Seu povo
  O poderoso Império Assírio, liderado pelo imperador Senaqueribe, após sucessivas vitórias sobre vários reinos, chegou ao Reino de Judá. Antes de chegar às muralhas de Jerusalém, os assírios haviam destruído 46 cidades em Judá (Is 36.1) e Rabsaqué, enviado de Senaqueribe, desencadeou grande guerra psicológica contra os defensores da cidade de Jerusalém, afirmando que: (a) era um erro confiar no Egito (Is 36.6); (b) eles eram poucos diante do numeroso exército assírio (Is 36.8); e (c) os deuses das demais nações foram incapazes de derrotá-los (Is 36.18-20).
  Os povos daquela época acreditavam que a derrota imposta ao adversário no campo de batalha era também uma derrota imposta ao deus - ou deuses - daquela nação. Mas, Rabsaqué cometeu um erro tríplice: (a) intentou igualar o Deus de Israel às divindades cananeias (Is 36.7); (b) julgou que o Senhor era impotente para livrar o Seu povo, como os demais deuses das nações (Is 36.15.18-20); e (c) afirmou que o Eterno estava enganando aos israelitas com promessas vazias de livramento (Is 37.10-12).
  No entanto, o justo rei Ezequias entrou na casa de Deus, apresentou a carta de afronta dos assírios e, em fé e oração, adorou ao Altíssimo, reconhecendo Seu poder soberano sobre tudo e todos (Is 37.15,16). O rei tinha, pelo menos, duas certezas: (a) os assírios haviam afrontado o Deus vivo (Is 37.17); e (b) o Senhor era poderoso para livrar o Seu povo (Is 37.20).
  Por intermédio do profeta Isaías, ficou claro que Deus havia permitido aquela situação; no entanto, Ele manifestaria o Seu poder, impondo aos assírios uma grande derrota. Assim, foi feito. O Senhor enviou um anjo, que feriu em uma noite 180 mil soldados (Is 37.21-32;33-36).

2. O DEUS INCOMPARÁVEL E OS IDOLOS
  A idolatria constitui-se em infidelidade contra Deus (Jr 3.1,2, 20), e a nação de Israel sempre foi seduzida pelo culto aos ídolos. Deus continuamente exortava o Seu povo sobre o perigo e o gravíssimo erro dessa prática, por intermédio dos Seus servos: Moisés (Dt 4.15-20; 17.1-7); Josué (Js 24.14-16) e os profetas (Jr 2.5; Os 8.4-7; Am 5.26,27).

2.1. Quem são os ídolos?
  Idolatria (gr. eidolon [idolo] + latreuein [adorar]) é a "prática de cultuar ou venerar uma imagem ou ídolo". A luz das Escrituras, todos os ídolos são forjados pela habilidade do homem (Is 37.19; 44.12-14), que os molda, torneia e enfeita com materiais preciosos (Jr 10.3-5), e por sua capacidade imaginativa (Is 40.19,20; 41.7).
  Os ídolos são descritos pelos profetas como imagens de mentira (Jr 10.14); vaidade; sem qualquer préstimo (Is 44.9) e como vento e confusão (Is 41.29).
  Os fabricantes de ídolos são pessoas sem entendimento; afinal, a madeira usada para confeccionar um deus é a mesma utilizada para cozinhar ou aquecer o homem em noites frias (Is 44.16-19). Eles receberão o devido juízo (Is 45.15,16); e serão confundidos e envergonhados por terem confiado em imagens que não podem salvá-los de situação adversa alguma (Is 42.17; 44.11; 45.20).
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 Os ídolos são fúteis, mas glorioso e poderoso é o Senhor: Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura (Is 42.8).
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2.2. Não há ninguém como o nosso Deus
  De maneira didática, Deus revelou aos profetas que os ídolos não podem ser comparados a Ele. Afinal, os ídolos são criados pelos homens, mas o Senhor é o criador e sustentador de tudo que existe (Jr 10.11-13). Os ídolos não têm poder nem para fazer o bem, nem para fazer o mal-; o Senhor, em contrapartida, é grande em força (Jr 10. 3-7). Os ídolos são uma fraude e promovem toda espécie de engano, mas Deus é a verdade, o Rei vivo e eterno (Jr 10.8-10).
  Os ídolos não podem movimentar-se, não respondem a qualquer petição e não podem livrar os seus seguidores do dia da tribulação. Mas, o eterno Deus provê sustento aos Seus desde o ventre materno até a velhice (Is 46.3,4,7). Ο Altíssimo é o único que anuncia o fim desde o começo, determinando os fatos que acontecerão, tornando-os realidade conforme a Sua boa vontade (Is 46.9-13).
  Isaías vaticinou a queda dos ídolos da Babilônia e destacou a imensa superioridade do Santo de Israel. Os principais deuses babilónios, Bel e Nebo, seriam carregados por animais, sob as ordens de seus sacerdotes, diante do cerco dos inimigos à cidade da Babilônia. No entanto, o Senhor, em pessoa, levou, trouxe, protegeu e guardou o Seu povo amado (Is 46.1,4).
  Assim, por intermédio de uma série de indagações, o Senhor confrontou os israelitas apóstatas, que assimilaram o estilo de vida das nações cananeias e passaram a adorar os seus ídolos, dizendo: A quem me me comparareis para que eu lhe seja igual? E que coisa semelhante confrontareis comigo? (Is 46.5).

3. A MANIFESTAÇÃO DA GRANDEZA DE DEUS
  
3.1. Na formação do Seu povo, Israel
  Por meio do ministério profético de Isaías, Deus revelou-se como o Criador da nação de Israel (Is 44.1,2). A nação israelita teve o seu início no chamado do patriarca Abraão (Gn 12. 2; 22.17,18) e desenvolveu-se debaixo da orientação e cuidados do divino Oleiro, que, do barro informe, produziu um belo vaso para Sua glória e exaltação (Jr 18.4-6). Ela foi criada para a glória do Senhor (Is 43.7), para servir ao Eterno (Is 44.21), para louvar ao Altíssimo (Is 43.21), para ser a luz divina a iluminar as nações (Is 60.1-3) e, por meio dela, vir o Salvador, o Cristo (Jo 4.22).

3.2. Na salvação do Seu povo
  Antes de a Babilônia tornar-se a grande potência do mundo antigo, Deus havia revelado, por intermédio de Isaías, os fatos a respeito da salvação do Seu povo. Na época do profeta, o Império Assírio dominava o mundo, e os babilônios eram um dos seus reinos vassalos. Mas, Deus predisse que a Babilônia subjugaria as nações do Crescente Fértil e o Reino de Judá; no entanto, a libertação viria por intermédio de Ciro, o persa (Is 46.11-13). Ele edificaria a cidade de Jerusalém e o Templo (Is 44.24-28; Ed 1.1-3); não receberia paga nem presentes para libertar os israelitas do cativeiro babilônico (Is 45.13). Esses fatos históricos foram profetizados por Isaías 300 anos antes do nascimento de Ciro, o imperador dos medos e persas.
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O Redentor não deixou o Seu povo sozinho; ao contrário, em meio às provas de água e fogo, foi Seu poderoso companheiro (Is 43.2). Deus provou o Seu amor ao resgatar Israel (Is 43.4), apagando suas transgressões (Is 43.25), desfazendo seus pecados como nuvens (Is 44.22) e oferecendo-lhe eterna salvação (Is 45.17).
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3.3. Nos decretos de juízos contra os inimigos do Seu povo 
  Decreto de Deus diz respeito ao Seu propósito eterno em relação às coisas futuras. O Senhor tem a capacidade de prever as coisas que ainda serão e tem o poder de executar tudo aquilo que sai dos Seus lábios.
  Aproximadamente 100 anos antes de a Babilônia tornar-se a grande potência do mundo antigo, Deus já havia decretado o seu fim (Is 48.14). Com detalhes, Ele anunciou sua inevitável destruição, a qual nem mesmo seu poderoso exército ou suas fortes muralhas poderiam evitar.
  Por derradeiro, o justo Juiz julgou; e, por amor ao Seu povo (Is 43.14,15), decretou o seu fim (Is 13; 47.5-15).

CONCLUSÃO
  O povo de Deus pode consolar-se no fato de que ninguém pode abençoá-lo, ou livrá-lo, como Jeová o faz. Ele é único em poder, glória e majestade. 
  Em Sua soberania, Ele ama voluntariamente, exercendo graça remidora, liberando perdão a todos os arrependidos e demonstrando fidelidade no cumprimento de Suas promessas. Ele é fiel em Seu maravilhoso caráter; bondoso em todas as suas ações; conhecedor de todas as coisas. 
  Ao único Deus, pois, seja dada a glória para todo o sempre.
Amém!

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Quem é o Redentor de Israel?
R.:  O Senhor dos Exércitos.

Fonte: Revista Lições da Palavra de Deus n° 72 - Central Gospel

Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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