LEITURA BÍBLICA
Atos 7.2-7
A MENSAGEM
“Cristo fez isso para que
bênção que Deus prometeu a Abraão seja dada, por meio de Cristo Jesus, aos não judeus e para que todos nós recebamos por meio da fé o Espírito que Deus prometeu.” Gálatas 3.14
DEVOCIONAL
Segunda » GL 3.16
Terça » Dt 7.7,8
Quarta » Sl 105.7-10
Quinta » Êx 33.13
Sexta » Rm 9.4
Sábado » Rm 11.1,2
OBJETIVOS
APRENDER como foi o chamado de Deus a Abraão e qual seu propósito;
COMPREENDER as etapas do tratamento de Deus com Israel;
ENTENDER quais bênçãos espirituais foram entregues por Deus à humanidade, através de Israel.
EI PROFESSOR!
Entre as nações, certamente Israel é uma das que mais chama a atenção no mundo. Por que será? Seu território é gigante e, por isso, incomoda? Não. O menor estado do Brasil (Sergipe) corresponde a todo o território de Israel. Sua população é muito numerosa? Também não. Em julho de 2020, sua população era inferior a 10 milhões de pessoas — menos de 5% da população do Brasil. Então o que faz Israel ser tão especial? A resposta está na Bíblia: Israel foi o povo escolhido por Deus para manifestar Sua verdade aos homens. Deus sempre fortaleceu seu exército e sempre preservou a descendência do povo, mesmo quando estavam sob perseguição política e mantém sua aliança.
PONTO DE PARTIDA
Na lição de hoje o foco principal será o papel de Israel na revelação divina ao mundo. Diante disso, é importante trazer uma breve história dos hebreus, dividida em seis etapas. Você pode apresentá-la assim;
a) De Abraão ao Egito;
b) Da saída do Egito até Canaã;
c) O tempo dos juízes;
d) Monarquia unida e dividida;
e) O cativeiros assírio e babilônico,
f) Do retorno da Babilônia até o período do império romano.
Os alunos devem compreender toda a trajetória da nação hebreia até o período do nascimento de Jesus. Nesta aula iremos estudar de forma panorâmica apenas as duas primeiras etapas. E veremos como a história de Israel também aponta para Cristo. Boa aula
VAMOS DESCOBRIR
Hoje vamos entender a missão que Deus entregou a Israel ao longo da história. Veremos que não foi fácil; no final, porém, deu tudo certo: o plano da salvação foi concluído e a porta da graça se abriu para todos os povos. Também iremos ver que Deus não rejeitou Israel (Rm 11.1,2), mas aguarda amorosamente o instante em que a nação eleita voltará aos seus braços.
Hora de Aprender
I – O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO
1- A renúncia.
O nascimento de Israel aconteceu quando Deus chamou a Abraão, o que alterou profundamente a vida do patriarca. O Senhor disse: “Saia da tua terra, do meio dos seus parentes” (Gn 12.1a). Ele vivia em uma cidade chamada Ur. Ela era o “centro de uma rica cultura, que ostentava uma arquitetura monumental, enorme riqueza, moradias confortáveis, música e arte” (Guia do Leitor da Bíblia, 2010, p.33). Que ordem difícil! Deixar o lugar onde mora e abandonar seus entes queridos, certamente, para qualquer um, seria complicado. Entretanto, Abraão sabia que deveria renunciar a tudo, para fazer a vontade de Deus e formar um novo povo. E nós, como reagiríamos? Abraão renunciou a tudo. Será que nós estamos dispostos a renunciar aos nossos pequenos caprichos para agradar ao Senhor?
2- Um ato de fé.
O mais interessante nessa história é que Deus não mostrou nenhum paraíso para Abraão, mas apenas disse-lhe que iria para um novo Lugar (Gn 12.1b). O povo seria o instrumento de Deus para anunciar as grandezas do Altíssimo aos homens, e estava surgindo com uma base muito especial: a fé. Não é à toa que Abraão é chamado de “pai da fé”.
3- Uma importante decisão.
Abraão partiu, renunciando sua origem e estabilidade e rejeitando todos os deuses estranhos da sua antiga cidade. Ele creu na promessa de que Deus lhe daria um território e um filho. Ele creu mesmo diante do quadro de sua esposa, que era estéril (Gn 12.4). Ele obedeceu! — Glória a Deus. Que homem cheio de fé! Quantas vezes as pessoas compreendem qual é a vontade de Deus e, assim, recebem uma promessa do Senhor, mas não obedecem?! A falta de obediência e de fidelidade podem levar pessoas que foram escolhidas por Deus a perderem as bênçãos do Senhor. Isso porque, mesmo diante das promessas e da bondade do Pai, alguns preferem seguir seus próprios instintos e emoções, ao invés de obedecerem a voz do Senhor.
I – AUXÍLIO DIDÁTICO
“Quando Deus resolveu escolher um homem e uma família como ancestrais da nação de Israel, esse homem foi Abrão e a família foi a família de Terá. Todos eles eram semitas ocidentais (ou amorreus), embora nesta época estivessem vivendo no sul da Mesopotâmia, dentro dos limites ou nas proximidades da cidade sumeriana Ur (Gn 11.27-31). Quatro mil anos atrás, essa cidade se estendia por quase dez quilômetros quadrados, tendo uma população estimada em 300.000 pessoas… nos seus dias de apogeu, Ur era uma das cidades mais importantes do mundo” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1977,1978). “Quando Abraão foi chamado por Deus, para deixar a cidade de Ur, na Suméria.. sua ida foi um ato de fé. Ur era uma cidade altamente civilizada” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 71).
II – O ESTABELECIMENTO DE ISRAEL
1- Egito: um lugar de multiplicação.
O Senhor fez nascer a Isaque, filho de Abraão e Sara. Quando Isaque completou 60 anos de idade, sua esposa Rebeca gerou dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó (Gn 25.19-26). Ao longo dos anos, ambos construíram suas famílias. Porém, foi Jacó que herdou as promessas de Deus. Em determinado momento, Deus alterou o nome de Jacó para Israel Ele teve 12 filhos e algumas filhas (Gn 29.32;30.24; 46.7). Quando Israel teve por volta de 130 anos, foi morar no Egito com sua família, que era composta por mais ou menos 70 pessoas. Isso mostra que, depois de 190 anos do nascimento de Isaque, haviam nascido aproximadamente sete dezenas de hebreus. No Egito, o povo cresceu. O tempo passou e eles foram obrigados a servir aos egípcios com trabalhos forçados. Entretanto, a escravidão não impediu o crescimento desse povo. A própria Bíblia dá esse testemunho em Atos 7.17: “Quando estava chegando o tempo de Deus cumprir o juramento que havia feito a Abraão, o nosso povo tinha aumentado muito no Egito”. A multiplicação foi muito grande, pois na época do êxodo, já existiam milhões de hebreus no Egito. Essa multidão de pessoas foi libertada da escravidão pelo poder de Deus e conduzida por Moisés para o deserto, rumo à terra prometida.
2- Deserto: um lugar de purificação.
Está escrito que o número de hebreus no deserto era como as estrelas do céu (Dt 1.10,11). — Que grande bênção, não é? Mas isso não era tudo. Depois do povo de Deus ser multiplicado, o Senhor começou a tratar com os hebreus no deserto. Durante 40 anos eles caminharam no deserto, vivenciaram milagres, receberam a Lei, aprenderam a adorar e desenvolveram a vida espiritual. Lá foi um Lugar de purificação, provação e amadurecimento da fé (Dt 8.2). Ser um povo numeroso era muito bom, mas isso não bastaria. O povo de Israel precisava aprender a ser fiel ao Senhor.
3- Canaã: A terra prometida.
Depois de 40 anos caminhando em um deserto, o povo de Israel chegou à terra prometida (Dt 8.1,2). E daquele dia em diante, eles não dormiram mais sob tendas, mas em casas. Agora, eles teriam imóveis, plantariam e colheriam, cuidariam dos seus rebanhos. Em Canaã, finalmente, o povo de Israel estava seguro. Séculos mais tarde, foi nessa mesma terra que nasceu o Redentor.
II – AUXÍLIO TEOLÓGICO
“Israel é escolhido […]. Isto pode não ser imediatamente aparente, mas se voltarmos a Gênesis 12, veremos como a nação de Israel foi escolhida e abençoada por Deus na pessoa de Abraão, e que desde então foi o seu povo particular, por quem Ele propôs trazer bênçãos ao mundo. Contudo, pouco mais de dois séculos depois, encontramo-la como nação de escravos, sob a vara de faraó, no Egito. [Mas] numa só noite, Israel foi libertado da escravidão de séculos, e começou uma vida nova e livre. [„.] Deus se revela a Israel no Sinai como seu único Governador: seu poder e sua santidade são manifestos […]. Assim, os escolhidos são chamados, e os chamados são constituídos: o povo […] está agora libertado, conduzido, alimentado, ensinado e estabelecido” (Bíblia de Estudo Explicada. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp. 69,70).
III – AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL PARA O MUNDO
1- A aliança de Deus.
Está escrito que Deus estabeleceu aliança com Israel — Alianças ou Testamentos são acordos, baseados nas promessas de Deus (Rm 9.4). Foi para o povo de Israel que Deus se revelou; Ele também lhes deu a Lei por Moisés (os 10 mandamentos e outras instruções que estão presentes no Pentateuco). Em Israel, Deus levantou profetas, que anunciavam a sua vontade. Por eles, Deus mostrou-se soberano sobre todos os povos. Por meio de milagres e maravilhas, o Senhor mostrou-se como único e verdadeiro Deus.
2- Cristo.
A Bíblia lista os antepassados de Jesus. Ela destaca que o Senhor era descendente de Davi e de Abraão (Mt 1.1). Por quê? Porque ser descendente deles era uma das características do Messias. A linhagem hebraica, portanto, foi o fio condutor que trouxe uma grande luz ao mundo — Jesus Cristo, o Salvador da humanidade (Is 9.1,2). Assim, Deus cumpriu o que prometeu a Abraão quando disse que, por intermédio da sua descendência, todos os povos da Terra seriam abençoados!
III – AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“No Antigo Testamento, a palavra bahar expressa o termo “escolher”, e a primeira vez que aparece é em relação a Israel, em Deuteronômio 7.6, [„] porque: ‘povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu’. Isto não era assunto para orgulho nacionalista, porque a escolha de Deus era baseada no seu amor, cheio de graça, e na sua promessa feita à Abraão, e não nos números ou no mérito da nação (v. 7). Como consequência, eles eram um povo salvo somente pela graça e estavam incondicionalmente comprometidos com a vontade e a causa de Deus (Salmos 105.6; 135.4). Mais tarde, a escolha de Deus foi confirmada quando Ele libertou Israel do cativeiro da Babilônia (Is 14.1) para cumprir um papel missionário no mundo, como seus servos (Is 41.8; 44,1,2), particularmente na pessoa do Cristo que viria, o Escolhido de Deus por excelência (Is 42.1)” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 1580).
CONCLUSÃO
O povo de Israel foi escolhido por Deus para ser seu. Ele sempre foi fiel à sua aliança com os hebreus, demonstrando misericórdia, amor e perdão ao longo dos séculos. E Deus sempre esteve com eles, cumprindo suas promessas e seus propósitos. A nação de Israel cresceu ao longo do tempo, enfrentando muitas batalhas físicas e espirituais. E não era para menos, pois o Salvador do mundo veio de Israel.
PENSE DISSO
Quando recebemos bênçãos devemos ser egoístas e ficar com elas só para nós? Ou será que devemos partilhar com outros? Foi com esse propósito que Israel recebeu a revelação de Deus. A partir dos judeus, o mundo inteiro foi alcançado com a mensagem, cumprindo-se o que foi prometido a Abraão: “E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo” (Gn 12.3b).
Fonte: CPAD
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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