domingo, 10 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL CPAD JOVENS - Lição 11 / 1º Trim 2024

                                               

A doutrina deve fazer parte do culto
17 de março de 2024

TEXTO PRINCIPAL
A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. (Cl 3.16)

RESUMO DA LIÇÃO
A liturgia do culto a Deus deve respeitar e estar de acordo com as Escrituras Sagradas.

LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Sl 100.1-5 Os louvores e a celebração a Deus
TERÇA – Sl 149.1-9 Os fiéis louvam a Deus
QUARTA – Mt 18.20 Quando nos reunimos em nome de Jesus
QUINTA – Jo 4.23,24 Adorar a Deus em espírito e em verdade
SEXTA – Rm 12.1 O culto racional
SÁBADO – Ef 5.18-20 Um culto repleto do Espírito Santo

OBJETIVOS
MOSTRAR a ordem do culto;
COMPREENDER a diversidade do culto;
CONSCIENTIZAR da importância da exposição das Escrituras no culto.

INTERAÇÃO
Professor (a), sabemos que o culto é essencial na vida de um crente. Por intermédio dele a nossa comunhão com Deus e com os irmãos é fortalecida e somos edificados. Na lição deste domingo, veremos que a liturgia deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo-nos à adoração. Aproveite a temática da lição para conscientizar seus alunos de que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo, por meio da oração, dos cânticos, ofertas e a pregação e ensino. No decorrer da lição, explique que o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas à “decência e ordem” (1 Co 14.40).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com os alunos explicando que “havia diversos elementos na adoração nos tempos do Antigo Testamento, como oração, sacrifício, oferta, louvor e cântico. Fazia parte da liturgia judaica nas sinagogas do primeiro século d. c. a oração antífona do Shema. ‘ouve’, a confissão de fé dos judeus, a leitura bíblica e a exortação. Nossa liturgia é simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento (1 Co 14.26). Ela consiste em oração, Louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas ou testemunho e contribuição financeira, ou seja, ofertas e dízimos. Entendemos que a adoração está incompleta na falta de pelo menos um desses elementos, exceto se as circunstâncias forem desfavoráveis ou contrárias” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 145).

TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 14.26-33
26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça se tudo para edificação.
27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
30 Mas. se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

INTRODUÇÃO
O culto é essencial na vida de um cristão. É nele que a comunhão é fortalecida, a edificação é possível, as responsabilidades cristãs são cumpridas em parte, o louvor congregacional acontece e a Palavra de Deus é pregada e ensinada. O culto cristão tem as suas normas, pois, pela sua Palavra, Deus orienta o seu povo a adorá-lo e de que forma deve fazê-lo. Mesmo nas diversidades, pessoais e culturais, a ordem do culto deve ser respeitada, principalmente no que se refere à centralidade das Escrituras no culto a Deus.

I – A ORDEM NO CULTO

1- Liturgia cristã. 
O vocábulo “liturgia” advém dos termos gregos “leit” (“laós”, povo) e “urgia” (trabalho, ofício) que, conjuntamente, significam “serviço ou trabalho público”. É um termo amplo, mas que no mundo grego passou a ter uma conotação sagrada, indicando um “ofício religioso”. Foi usado, originalmente pelos sacerdotes levíticos no Templo de Jerusalém, e só mais tarde foi aplicado ao contexto do culto cristão. A liturgia cristã deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo os crentes à adoração. O Dicionário Teológico da CPAD afirma que “a liturgia, em si, não se constitui em culto; é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus, a verdadeira substância do culto.” Rito e culto também são termos correlatos, contribuindo para que o culto tenha o padrão bíblico (Rm 12.1,2).

2- Ordem no culto. 
A respeito do culto, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus diz o seguinte: “Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo: nós conversamos com Ele por meio de nossas orações, cânticos e ofertas, e Deus fala conosco por meio de sua Palavra (pregação e ensino) e das manifestações dos dons espirituais.” Esse tema é importante e complexo, pois o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas à “decência e ordem” (1 Co 14.40). Isso não é negligenciar e nem desprezar a espiritualidade do culto, pois como afirma o Comentário Bíblico Beacon: “Onde a decência e a ordem não são observadas em cada parte da adoração a Deus, não se pode adorar de uma forma espiritual.” Um culto considerado bem ordenado e que agrada a Deus é aquele que cumpre o seu propósito de adoração, edificação, comunhão, exortação e pregação do Evangelho. A ordem no culto não serve para enrijecê-lo, mas para colocá-lo em direção ao propósito para o qual foi estabelecido.

3- Elementos do culto. 
Ao invés de ser influenciada pelas religiões pagãs de seu tempo, a Igreja Primitiva influenciou e deu novo sentido a algumas práticas cultuais, como afirma o Dicionário Wycliffe: “em alguns exemplos particulares, o que parece mais provável é uma similaridade de terminologias, onde o cristianismo lhes dá um novo teor e significado.” Um culto bíblico tem oração, louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas, testemunho, ofertas e dízimos.

SUBSÍDIO 1
Professor (a) , pergunte aos alunos o que vêm à mente deles quando ouvem a palavra “culto”. Muitas vezes essa palavra evoca a imagens de um templo, igreja. Entretanto, ‘Jesus mostra que não é o lugar ou formas externas do culto que realmente importam, mas a atitude do coração do adorador diante de Deus. O aprofundamento de nosso culto não se realiza com uma liturgia mais formal; aliás, isso pode ser de fato contra produtivo. O aprofundamento do verdadeiro culto ocorre quando o coração do adorador se tornar mais sincero e quando a verdade consome a sua mente.

Todo o culto que não é oferecido em espírito e em verdade é totalmente inaceitável para Deus — por mais belas que sejam suas formas externas” “ADORAR, sanha é ‘prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinarse’, mas não no sentido geral de ‘adorar’. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1 Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou’ à terra diante de Boaz (Rt 2.10).

II – A DIVERSIDADE DO CULTO

1- O culto. 
O termo culto tem sido definido a partir da palavra grega latreia e leitorgia, indicando o vocábulo adoratio, ou adoração, prática vital no culto cristão. Adorar é reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade divina. Portanto, o culto leva o crente a reconhecer a grandeza e a santidade de Deus, assim como a sua própria pequenez e necessidade de perdão e santificação. Cultuar tem relação com adorar a Deus. Essas duas ações correspondem ao serviço em favor do Senhor e de sua Igreja. Isso levou Paulo a convocar os irmãos de Roma a que entregasse o corpo em “sacrifício” e renovassem mente (que equivale à totalidade do homem) como um “culto racional” a Deus (Rm 12.1). Culto é entrega. É uma forma de consagrar tudo a Deus como reconhecimento de sua grandeza e graça.

2- Diversidade no culto. 
O culto dá à crente a oportunidade de servir ao Senhor, como forma de adoração. Mas, como isso pode ser feito? Em Eclesiastes 9.10 está escrito: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças […] Aquele que deseja agradara Deus e servi-lo, deve fazê-lo por meio do que tem de melhor, e é aqui que a diversidade cumpre o seu papel de adoração, pois, cada um pode servir ao Senhor com o que é capaz de fazer. Paulo fala sobre a “diversidade de dons, de mistérios e de operações”, ao normatizar o uso dos dons espirituais, enfatizando que só há um Deus que opera soberanamente em favor do mesmo propósito (1 Co 12.1-11). Em outra ocasião, ele ensina sobre diferentes ministérios, dados pelo mesmo Senhor e com o mesmo objetivo de preparar os crentes para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11,12). Portanto, a diversidade deve ser vista como um recurso precioso, que deve ser bem administrado no culto, para que cada um. na sua individualidade, adore ao Senhor e sirva à igreja, inclusive com os dons espirituais, com o propósito de honrar a Deus e edificar o Corpo de Cristo.

3- Unidade na diversidade. 
O texto de Apocalipse 7.9-11 é uma referência a um culto universal que em breve ocorrerá, no qual todos os redimidos se prostrarão diante de Cristo para adorá-lo e reverenciá-lo. Deus constituiu a humanidade com características diversas, e em uma análise mais restrita, em certa medida, isso se reflete no culto, quer seja nos diferentes dons que o Senhor dá aos crentes, ou mesmo na forma com que cada um adora a Deus. No entanto, os diferentes dons e as diferentes personalidades não justificam a falta de reverência e a desordem que podem comprometer a adoração ao Senhor e a edificação do Corpo de Cristo.

SUBSÍDIO 2
O propósito do culto deve ser sempre glorificar a Deus. Isso acontece quando o culto promove a verdadeira adoração. Se Deus não é adorado e glorificado no culto ou na nossa forma e modo de cultuar, então, não existe culto de verdade. O culto, portanto, pode se desvirtuar, perder o seu propósito e deixar de ser um culto. Pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de culto. Quando isso acontece, nem Deus é glorificado nem a igreja é edificada. Dessa forma, precisamos destacar que o culto visto como uma expressão de adoração a Deus acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa o culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais.
No primeiro âmbito, da vocação, o cristão adora a Deus quando O serve de modo digno perante um mundo perdido. Aqui não há ritos, mas o testemunho de vida. As atitudes demonstram que o cristão é um adorador. Ele cultua a Deus com sua vida em toda a sua extensão. Nesse caso, o culto não é visto apenas como um ato litúrgico realizado, por exemplo, em um templo ou em qualquer espaço físico, mas como a expressão de um modo de vida que reflete o caráter de Cristo em todos os aspectos.
O apóstolo Paulo chamou atenção para essa expressão do culto na esfera vocacional na sua carta ao Romanos 12.1.2. O termo “culto” usado aqui por Paulo é a tradução do termo grego latreía. William Barclay observa que era a mesma palavra usada para um trabalhador que dava seu tempo e esforço a um empreiteiro em troca de um salário. Não se refere, portanto, a um trabalho escravo, mas um trabalho voluntário. Tem o sentido de “servir”, mas, sobretudo, “aquilo que uma pessoa dedica toda a sua vida”. O verdadeiro culto, portanto, é dedicar a vida a Deus diariamente. Não apenas na esfera de um templo, mas em todas as dimensões da vida privada e pública.
Paulo lembra que tanto o corpo como a mente são expressões de uma autêntica adoração a Deus. Ele roga aos cristãos que se “apresentem diante de Deus” como sacrifícios. Não há dúvida de que Paulo tinha em mente o sistema de sacrifício quando disse que o cristão precisa apresentar-se diante de Deus como um sacrifício vivo. Ele tinha em mente o livro de Levítico quando escreveu essas recomendações de Romanos 12.1.2. Assim como um animal inocente era ofertado em sacrifício na antiga aliança, da mesma forma o cristão devia apresentar o seu corpo a Deus.
A diferença era que lá a oferta era apresentada morta, e aqui a oferta é apresentada viva. Ao contrário do pensamento grego, que via o corpo como a prisão da alma, Paulo dá grande importância à nossa dimensão corpórea. Devemos, sim, cuidar e zelar do nosso corpo, pois ele é santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19). Isso, evidentemente,’ envolve disciplina alimentar e exercícios físicos. Nesse sentido, não há nada de errado em cuidar do corpo. Contudo, devemos evitar a todo custo o “culto ao corpo.

III – A EXPOSIÇÃO DAS ESCRITURAS NO CULTO

1- Expondo as Escrituras. 
A exposição fiel das Escrituras atinge o coração dos crentes (Lc 24.32) e converte o perdido, pois, a pregação do Evangelho é o instrumento pelo qual Deus decidiu salvar os que creem (1 Co 1.21). Portanto, a exposição da Palavra de Deus deve ser central no culto cristão. Na obra o Pastor Pentecostal (CPAD), o autor mostra que a igreja deve buscar se parecer com a Igreja Primitiva, principalmente na valorização da pregação da Palavra de Deus, como se lê: “A Igreja Primitiva pregou a Palavra e foi através desse ato que Deus fez com que a Igreja crescesse. Nós também devemos fazer o mesmo.” A exposição fiel das Escrituras deve ser central no culto genuinamente cristão.

2- Louvores que pregam as Escrituras. 
Desde os primeiros dias da igreja até hoje, a pregação é o método mais comum e usado para a proclamação das Escrituras. Entretanto, há outras formas pelas quais essa verdade pode ser compartilhada, como pelo recurso dos hinos a serem cantados durante os cultos, já que por eles a doutrina bíblica pode ser bem fixada na mente e no coração dos presentes. Reafirmamos a importância da Harpa Cristã que, conforme consta no Dicionário do Movimento Pentecostal ela é o “hinário oficial de nossas igrejas”, que surgiu “em virtude das peculiaridades históricas e doutrinárias”, e “os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as verdades pentecostais.” Há outros hinos que também cumprem este propósito, mas para nós, a Harpa Cristã cumpre esse papel com segurança, justamente porque nela constam as bases doutrinárias de nossa confissão.

3- Pregando as Escrituras. 
Até aqui a ênfase tem sido sobre o dever de anunciaras Escrituras. Contudo, é preciso destacar o conteúdo a ser anunciado no culto prestado a Deus. Não basta saber o que fazer, é preciso saber como fazer. Jesus ordenou que os seus discípulos pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Observe que o Mestre não só ordenou que pregassem, mas também orientou qual a mensagem que deveriam pregar. Quando a igreja deixa de ser fiel na entrega da mensagem genuinamente bíblica, ela, inevitavelmente, pregará mensagens contrárias à verdade de Deus, e isso é prejudicial à sua saúde espiritual. Portanto, a Igreja de Cristo deve expor as Escrituras em seus cultos, permanecendo fiel, certa de que será recompensada.

CONCLUSÃO
Esta lição discorreu sobre o culto cristão genuinamente pentecostal, ressaltando o seu padrão bíblico. A ordem do culto não visa “engessá-lo”, mas norteá-lo. para que os seus objetivos de adoração e edificação sejam alcançados. Por isso, aprendemos a respeito da importância da ordem no culto, a diversidade e a exposição das Escrituras.

HORA DA REVISÃO
1- Qual o significado do termo “liturgia”? 
O vocábulo “liturgia” advém dos termos gregos “leit” (laós, povo) e “urgia’ (trabalho, oficio) que, conjuntamente, significa “serviço ou trabalho público”.
2- O que o Dicionário Teológico afirma a respeito da liturgia? 
Afirma que “a liturgia, em si, não se constitui em culto: é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus, a verdadeira substância do culto.
3- O que é adoração pública? 
Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo.
4- O que é adorar? 
Adorar é reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade divina.
5- Qual o lugar da exposição das Escrituras Sagradas no culto? 
A exposição fiel das Escrituras deve ser central no culto genuinamente cristão.

Fonte: Revista CPAD Jovens

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