domingo, 3 de março de 2024

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 10 / 1º Trim 2024


Relacionamento ideal entre os Cônjuges
10 de Março de 2024



TEXTO ÁUREO
“Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor.” 1 Coríntios 11.11

VERDADE APLICADA
O marido deve amar a sua esposa como a si mesmo; e a esposa deve respeitar o marido, honrando-o como cabeça do casal.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar fundamentos do relacionamento conjugal.
Explicar pontos que facilitam a harmonia do casal.
Falar sobre mutualidade, reciprocidade e cumplicidade.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

PROVÉRBIOS 31
10 Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis.
11 O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
28 Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:
29 Muitas filhas obraram virtuosamente, mas tu a todas és superior.

CANTARES DE SALOMÃO 8
7 As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 128.1 Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor.
TERÇA – Pv 14.1 A mulher sábia edifica a sua casa.
QUARTA – Ec 4.12 Cordão de três dobras: o valor da unidade.
QUINTA – Am 3.3. Duas pessoas andarão juntas sem acordo?
SEXTA – 1Co 7.2-5 O marido e a mulher e os deveres conjugais.
SÁBADO – 1 Co 13.4 O amor não arde em ciúmes

HINOS SUGERIDOS: 150, 196, 523

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que haja harmonia entre o casal.

INTRODUÇÃO
Precisamos alicerçar o nosso casamento em terreno sólido. Quem faz construção sobre a areia não terá sossego quando chegar as tempestades. Nós somos responsáveis por mantê-lo estruturado e harmonioso.

1- FUNDAMENTOS DO RELACIONAMENTO CONJUGAL
O relacionamento conjugal só será ideal se começar pelo amor, passar pela confiança e desaguar no diálogo. Acima de tudo isso, ainda precisa da presença de Deus que homologa e autêntica toda união conjugal. A essência do amor não está no sentimento, mas nas atitudes. A essência do amor consiste em fazer a outra pessoa feliz.

1.1. Relacionamento com amor.
A essência do amor é algo indescritível, inexplicável, pois ele não se mede, não se pesa, não se quantifica. Amar da boca para fora, sem atitudes que comprovem o amor, não tem sentido. Deus amou o mundo de tal maneira que tomou a atitude de dar o Seu Filho [Jo 3.16]. Não adianta amar com palavras e decepcionar com atitudes. Amar uma pessoa com o seu amor pode não ser o amor que ela espera receber de você. Procure identificar o que a faz feliz. A maioria das mulheres não está querendo só presentes; antes de tudo elas querem carinho, atenção, presença, proteção, reconhecimento. Investir numa coisa que não traz felicidade para a outra pessoa, mesmo que você ache o máximo, não renderia muita coisa. O que é substancial para você, pode parecer pequeno e sem valor aos olhos da pessoa amada. Faça um estudo minucioso para saber as necessidades e desejos do seu cônjuge, o que é mais importante para ele. Cada pessoa tem uma carência, procure saber a carência da pessoa amada e acerte precisamente. Tenha habilidade de amar para satisfazer as emoções, os sentimentos e os desejos físicos e psicológicos da outra pessoa.

Professor(a): Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Laws benditos”): “Nada vale a pena ser feito sem amor. O que vale a pena ser feito, vale a pena ser feito com amor. O amor é o oxigênio que mantém o casamento vivo. Para tudo na vida precisa de amor. (…) Procure amar a outra pessoa do jeito que ela gosta de ser amada. Nem sempre o nosso jeito de amar coincide ou corresponde com o que a outra pessoa gosta. Quem ama faz o que a outra pessoa gosta, sente prazer e admira. Estude o seu cônjuge ou faça as perguntas necessárias para descobrir como a pessoa gosta de ser amada e como ela é feliz. Saber o que faz a pessoa amada feliz é de suma importância para um relacionamento duradouro e harmonioso. Muitas pessoas gostam de teorizar, poetizar, filosofar, estudar, dizer, declarar sobre o amor; mas o melhor e mais importante é viver o amor na sua essência e na sua plenitude. O amor só irá crescer, frutificar e permanecer para sempre, quando ele não for negligenciado em nenhuma fase da sua existência.

1.2. Relacionamento com confiança.
Confiança não se impõe, se conquista [Pv 31.11]. Sem confiança nenhum relacionamento pode dar certo. A fidelidade, a verdade e a honestidade são ingredientes da confiança. A confiança elimina as dúvidas e as incertezas. Quando se perde a confiança, perde-se automaticamente a credibilidade. Quando o cônjuge começa a colocar senha no aparelho celular para o outro não ver as amizades e não saber das conversas, começa a desconfiança. Ganhar confiança demora, mas perder a confiança é muito fácil e, às vezes, é muito rápido; para reconquistá-la leva anos. Tenha cuidado! Não acredite também em todas as versões que chegarem aos seus ouvidos, precisamos checar os fatos e as fontes de onde partiram as informações. Aplicar o ciúme de manutenção é uma coisa, mas o ciúme doentio mostra uma pessoa insegura e frágil [1 Co 13.4]; sem sombra de dúvida, irá adoecer o casamento.

Professor(a): Não pode haver infidelidade conjugal [Mt 19.9]. O leito deve ser sem macula, sem impureza [Hb 13.4]. O sexo não pode ser contrário natureza [Rm 1.25-27]. O casal precisa saber que a Bíblia fala que cada membro do corpo tem a sua função [Rm 12.4]. Que o cônjuge deverá pagar ao outro a benevolência, não negligenciar, não defraudar um ao outro sem consentimento mútuo [1Co 7.1-5]. Entender que a instituição indissolúvel [Mt 19.6], com ressalva na infidelidade conjugal, mas antes da separação precisa exercitar o perdão e tentar reconciliar com o cônjuge. Que a união matrimonial e até que a morte os separe [Rm 7.1-3; 1Co 7.39].

1.3. Relacionamento com diálogo.
- "O diálogo deve ser com uma linguagem simples, objetiva, de fácil compreensão e sem rodeios, com educação, respeito e verdade. A educação firma qualquer relacionamento, o respeito mantém o poder de diálogo, a verdade sobressai a qualquer posição contrária; quem edifica a sua casa com mentiras está edificando na areia, uma chuva de verdade a destruirá [1Co 13.6]. O diálogo é o meio mais prático e eficiente para resolver problemas conjugais de toda natureza. Se os cônjuges não conversarem, como descobrirão as necessidades, os sentimentos e desejos um do outro? O diálogo deve acontecer na sala, na cozinha, na varanda, no quarto. Em cada ambiente nós temos um assunto diferente para tratar.

Professor(a): Aprender a dialogar é um fator primordial no relacionamento marido e mulher. O diálogo é a forma mais eficiente da comunicação, ninguém tem bola de cristal para saber o que o outro está pensando, sentindo ou querendo, se não disser. Dialogar falando o que traz edificação [1Co 10.23]. Dialogar sem abrir feridas que já foram cicatrizadas. Dialogar sem criticar, ferir, magoar. Faca pedido ao invés de exigir. O diálogo sadio é o veículo que transporta a paz, a harmonia e o acordo no casamento. O diálogo é a ferramenta mais prática para resolver problemas conjugais. Tudo na vida precisa de comunicação.

EU ENSINEI QUE:
O relacionamento conjugal só será ideal se começar pelo amor, passar pela confiança e desaguar no diálogo.

2- APRIMORANDO O RELACIONAMENTO CONJUGAL
Você pode pensar na seguinte conclusão: meu cônjuge tem defeitos, mas as suas qualidades superam em muito os seus defeitos. Não troque o todo por partes! Quer focar em partes não edificantes, com certeza irá perder o todo. O que devemos fazer é procurar fortalecer as partes fracas e não deixar que as partes fortes sejam enfraquecidas. Conflitos entre marido e mulher vão acontecer, mas ambos não devem deixar se tornar uma coisa normal nem rotineira.

2.1. Aprender a renunciar.
A nossa vida é marcada por renúncias. Sempre que me dedico a uma coisa preciso renunciar às outras [Mt 16.24]. Às vezes, preciso renunciar a uma coisa que eu gosto, por causa das minhas convicções e dos meus princípios. Abrir mão de alguns desejos pessoais em benefício mútuo. Abrir mão de posições radicais para ser flexível a pontos de vista diferentes. Mas não pode um dos cônjuges recuar ou renunciar o tempo todo. Tem que ter consciência de ambas as partes para haver equilíbrio e harmonia.

Professor(a): Pr. Valdir Alves de Oliveira (Livro “Antes e depois do altar”): “A renúncia da vida de solteiro para os casados é uma obrigação. A renúncia das posições radicais, ferrenhas, inflexíveis uma solicitação em benefício do casamento. Tem Nora que preciso renunciar um gosto, uma preferência, para não ofender ou contrariar a pessoa amada. A renúncia é um dos grandes segredos para manter o casamento, mas muitas pessoas acham o preço da renúncia muito caro e não querem pagar.

2.2. Aprender a suportar.
Tolerar as falhas, aturar as deficiências e aceitar os limites da pessoa amada. Todos têm limites físicos, intelectuais, laborais, sexuais, de paciência. Ninguém é perfeito, pleno, absoluto, todo mundo erra. Tolerar aquilo que é diferente dos seus usos, costumes e tradições. Respeitar a pessoa amada como ela é, aceitar a sua personalidade. Esperar com paciência a maturidade do outro chegar. Ajudar a levar as cargas um do outro [Gl 6.2]. Para tudo na vida precisa de tolerância [1Co 13.7; Ef 4.2].

Professor(a): Quando os dias forem bons, aproveite-os bem, mas, quando forem ruins, considere, Deus fez um em oposição ao outro [Ec 7.14]. Precisamos suportar e resistir no dia mau, ficar firme e não nos abalar, sempre confiados e revestidos da armadura de Deus [Ef 6.13]. Nem tudo são flores, nem tudo é mar de rosas, nem tudo é lua de mel. Muitas coisas acontecem no transcurso de nossas vidas conjugais e precisamos compreender isso para não nos apavorar. Manter a calma e os no chão o ideal.

2.3. Aprender a perdoar.
Não imputar mais o erro. E não sentir mais a dor da ferida. Perdoar não é esquecimento, mas deixar o passado para trás e seguir em frente. Perdoar e conviver com o ofensor normalmente. Quer ter um coração perdoador, não joga mais na cara, não paga na mesma moeda, não dá o troco, não desenterrar defuntos. Perdão não é o que sai da boca para fora, mas o que fica demonstrado nas atitudes a partir de então. Nenhum relacionamento pode dar certo sem perdão. Mas preste atenção: quem pede perdão demais é porque está errando demais. Perdoar é uma coisa necessária e bíblica [Cl 3.13], mas cuidado, voltar confiança anterior demora um pouco.

Professor(a): O perdão é o óleo que lubrifica as engrenagens do relacionamento conjugal. O perdão deve ser voluntário, algo de foro íntimo, seja pressão ou coação, seja negociação ou troca. O perdão está no coração de quem ama; quem ama consegue perdoar. O perdão vertical está condicionado ao perdão horizontal [Mt 6.14-15].

EU ENSINEI QUE:
Devemos aprimorar o relacionamento conjugal.

3- ALCANÇANDO A MATURIDADE CONJUGAL
Alguns aspectos no relacionamento são importantíssimos, pois dizem respeito ao amadurecimento do casal ao interagir da melhor maneira possível, compartilhando conhecimento, conseguindo compreender o que é estar um ao lado do outro, enfrentando as diferenças e circunstâncias da vida juntos. Avançando na maturidade pelo desenvolvimento comportamental, emocional e mental.

3.1. Relacionamento com mutualidade.
Significa abranger mais de uma pessoa. Cada pessoa tem e continuará tendo a sua individualidade, mas no casamento não é aceito o individualismo; o “Eu”, o “egoísmo” e o “egocentrismo” ficaram para trás, o “cada um por Si” não existe mais [Gn 2.24; Ec 4.9-12]. O que era solitário agora é mútuo. O que era solteiro agora casado. O que era individual agora em conjunto. Quem não renuncia a vida de solteiro não serve para estar casado. No casamento não deve ter separação de bens; esse patrimônio meu, esse patrimônio seu, os bens são dos dois porque permanecem casados. Na mutualidade, o que é meu é seu também. O que eu participo, você participa também. Onde eu estiver, você poderá estar também. Os meus amigos são teus amigos também, depois de casados ou são amigos dos dois ou não pode ser amigo só de um, para não causar ciúmes.

Professor(a): O relacionamento com comunhão e ter as coisas em comum. Participar dos mesmos ambientes. Participar da mesma mesa, da mesma cama, do mesmo lazer, das mesmas férias. Para a comunhão é preciso respeitar os direitos um do outro. Para a comunhão é preciso respeitar os limites um do outro. Para a comunhão é preciso respeitar a integridade um do outro. Para a comunhão é preciso respeitar a personalidade um do outro. Para a comunhão não se pode criticar, menosprezar, ridicularizar um ao outro.

3.2. Relacionamento com reciprocidade.
Significa dar e receber. Retribua todo esforço ou mesmo o menor benefício recebido da pessoa amada. Recompense o ato mais simples que receber. Dê valor no que a pessoa fez ou faz por você. O casamento é uma pista de mão dupla. Mãos abertas e braços estendidos, ombros amigos um para o outro. Pague toda benevolência [1Co 7.3]. Tudo no casamento é bom se atender ambos os lados. Se é bom só para um lado, apague. Entenda que o prazer conjugal deve pertencer aos dois.

Professor(a): Na reciprocidade eu te ajudo, você me ajuda. Eu te socorro, você me socorre. Eu te presenteio, você me presenteia. Eu te faço feliz, você me faz feliz. Eu te respeito, você me respeita. Tudo que for para um lado, vai para o outro também. Deve haver correspondência. Não pode um ser beneficiado ou satisfeito com os seus desejos e prazeres e o outro “ficar a ver navios”.

3.3. Relacionamento com cumplicidade.
Significa parceria, confiança e apoio. Faça parte do projeto e do processo, seja coautor. Os dois deverão assinar embaixo [Am 3.3; 1 Co 7.4-5]. Se errar, errou os dois juntos. Se acertar, acertam os dois juntos. Ninguém ficará com peso de consciência ou levará a culpa sozinho do que deu errado. O planejamento de “onde morar” e de que tipo de casa é dos dois. O veículo a comprar e a sua cor é dos dois. Para onde viajar nas férias e o modo da viagem é dos dois, entre tantas outras coisas que devem ter parcerias. Eu entro em acordo com você, você entra em acordo comigo. Os meus segredos são os teus segredos, entre nós não existem segredos.

Professor(a): Nenhum dos dois faz ou responde por algo do casamento isoladamente. Não se faz nada sem acordo ou consentimento dos dois. Não existem coisas escondidas ou segredos que não possam ser compartilhados. Se um tomar uma decisão e der errado, vai ficar com peso de consciência e receber críticas por muito tempo.

EU ENSINEI QUE:
O relacionamento conjugal precisa de mutualidade, reciprocidade e cumplicidade.

CONCLUSÃO
Com a atenção e o cultivo diário dos cônjuges acerca dos princípios e cuidados expostos na presente lição, o casamento será solidificado e estruturado adequadamente. Assim, o casal poderá desfrutar de uma vida conjugal sadia, saudável e duradoura, com a indispensável benção de Deus.


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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