Relacionamento ideal entre Pais e Filhos
17 de Março de 2024
TEXTO ÁUREO
“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.” Efésios 6.2
VERDADE APLICADA
Os filhos precisam ser obedientes aos seus pais, mas os pais não podem provocar a ira nos seus filhos, para não perderem o ânimo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar as atribuições dos pais.
Destacar as funções dos filhos
Explicar os deveres entre os filhos e os pais
TEXTOS DE REFERÊNCIA
PROVÉRBIOS 22
6 Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
EFÉSIOS 6
1 Vós, filhos, Sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 Para que te vá bem, e vives muito tempo sobre a terra.
4 E vós, pais, não provoqueis ira vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Sl 127.3-5 Os filhos são herança do Senhor.
TERÇA – Pv 10.1 Os filhos sábios alegram os pais.
QUARTA – Pv 20.7 Os pais justos tem filhos felizes.
QUINTA – Pv 29.17 A importância de disciplinar os filhos.
SEXTA – Pv 30.11 Os filhos não podem amaldiçoar os pals.
SÁBADO – Pv 31.28 Os filhos devem abençoar os pais.
HINOS SUGERIDOS: 224, 314, 318
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o relacionamento entre os pais e os filhos seja saudável.
INTRODUÇÃO
O relacionamento entre pais e filhos tem sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca na história houve tanta possibilidade de mudanças. Esperamos que esta lição seja mais um canal de benção para pais e filhos.
1- ATRIBUIÇÕES DOS PAIS
Atribuições são responsabilidades, prerrogativas, poderes, direitos e deveres que estão ligados a um cargo ou a certas autoridades no exercício de suas funções. Aos pais competem alguns deveres [Ef 6.4b], que não podem ser repassados para terceiros, para a escola, para a igreja, para a creche ou ainda para a sociedade.
1.1. Relacionamento com responsabilidade.
Os pais devem criar, educar, alimentar, proteger, ser os mentores espirituais e provedores materiais para os seus filhos. Os pais precisam entender que não existem fórmulas mágicas e que não existe perfeição quando se trata de criar e educar filhos. Há parâmetros e preceitos bíblicos [Dt 6.6-9; Ef 6.4]. Os pais não devem se culpar se fizeram o melhor que podiam e deram o melhor ensinamento aos filhos.
Professor(a): Pastor Valdir Alves de Oliveira (Livro `Casamento e família’; 2015, P. 91): “A Palavra de Deus afirma em Hebreus 12.7-8 que para disciplina que suportamos a correção, pois o nosso Deus nos trata como filhos. E faz uma simples pergunta: “Que filho há a quem o pai não corrige?”. Logo após, da uma célebre resposta: “O filho que fica sem disciplina, da qual todos devem ser participantes, passa a ser bastardo e não filho”. Assim como somos corrigidos constantemente por Deus para o nosso próprio bem, visto que somos Seus filhos [Jo 1.12], mediante a fé [Ef 2.8- 9], não devemos retirar a disciplina dos nossos filhos [Pv 23.13]
1.2. Relacionamento com diálogo.
Use a comunicação de forma correta [Ef 4.29; Cl 4.6]. O diálogo é a forma mais fácil e eficiente de resolver os problemas, esclarecer dúvidas e dar ensinamentos. Use-o de forma clara, objetiva, com educação, respeito, verdade e amor. Não se admite um relacionamento de pais e filhos onde a mentira prevalece, a grosseria impera, a honestidade não fica aparente, a clareza das situações não é exposta. Sem diálogo, ninguém pode adivinhar o que o outro gosta, quer ou pensa. No diálogo é preciso saber ouvir e falar no momento certo. Ter uma boa comunicação não é somente saber se expressar.
Professor(a): Bispo Abner Ferreira (Revista Betel Dominical “A família natural segundo os valores e princípios cristãos’; 2020): “Faz a diferença na comunicação verbal não apenas as palavras usadas, mas, também, a tonalidade de voz e a expressão corporal que acompanha o processo, seja quando estiver falando ou ouvindo. As expressões faciais, o olhar, os gestos e a postura terão grande impacto na comunicação. Quando um membro da família está ouvindo o outro, tais expressões corporais também são importantes. Afinal, ouvir não é sinônimo de passividade, mas concentração e doação.
1.3. Relacionamento sem maus-tratos.
A Lei da Palmada não tira dos pais a correção e a disciplina, mas evita e protege os filhos contra os maus-tratos dos pais, espancamentos e violência doméstica. Agora os pais não devem aceitar os filhos mandarem neles, porque isso é prejudicial e antibíblico [1Tm 3.4; Hb 12.8]. Os pais devem ensinar os filhos com amor a ouvir e aceitar o “sim” e o “não”: Mostrar a eles que na vida não se pode fazer somente o que se quer nem ter tudo que se quer. Quem faz tudo que o quer, envergonha os seus pais [Pv 29.15]; desejar ter tudo que quer é uma ilusão perigosa; os pais devem ensinar aos filhos que nem tudo que se acha bom se deve fazer e nem tudo que se acha bonito é legítimo. Nem tudo que é lícito convém [1 Co 6.12].
Professor(a): Pastor Valdir Alves de Oliveira (Livro “Laws benditos”): “Os pais devem ter muito cuidado quando os filhos se envolverem com drogas, bebidas ou outras coisas erradas, não se desesperar e procurar o diálogo e a ajuda de pessoas experientes nesse assunto ou de instituições sérias. Nunca use a força ou a estupidez, pois a tendência é afastar mais o filho do convívio dos pais. Os pais que querem criar os filhos com base no passado e na criação que tiveram, poderão perdê-los para o mundo:’
EU ENSINEI QUE:
Aos pais competem alguns deveres, que não podem ser repassados para terceiros, para a escola, para a igreja ou a sociedade.
2- FUNÇÕES DOS FILHOS
A função mostra exatamente o que será executado no âmbito da família pelos filhos. Biblicamente, os primogênitos sempre tiveram os seus encargos e responsabilidade de cuidar dos restantes dos irmãos. O filho mais velho deveria tomar o papel do pai na sua falta, e seria o exemplo para os filhos mais novos e todos deveriam ser obedientes a ele. Pois ele representava a figura do pai.
2.1. Os deveres dos filhos em relação aos pais.
Os filhos terão obrigações a serem cumpridas, papéis a serem desempenhados, que são intransferíveis. São deveres sociais, financeiros, de amparo e cuidados especiais, de presença e gratidão eterna por aqueles que os geraram. O papel dos filhos é submeter-se à vontade dos pais, no Senhor [Ef 6.1-2; Cl 3.20]. Conferir honras, dar crédito, valorizar para viver bem e muito tempo sobre a face da terra [Ef 6.2-3]. É um mandamento com promessas para os filhos. Os filhos devem considerar, respeitar os pais como autoridade. Não podem ser maldizentes [Mt 15.3-6]. Não podem ser zombadores dos pais [Pv 30.17]. Enquanto crianças, o amparo é dos pais. Depois de adultos, o amparo é dos filhos, principalmente os que têm mais condições financeiras. Os filhos não devem abandonar os pais na velhice [Pv 15.20; 23.22; Dt 27.16; 1Tm 5.4].
Professor(a): É dever primordial dos filhos obedecer e honrar os seus pais [Ef 6.1]. Respeitando-os como autoridade dada por Deus sobre os filhos. A obediência é um princípio e princípio não se quebra; também é uma semeadura que, se não formos obedientes para cima, não devemos esperar obediência debaixo. A honra também é um princípio que leva alguém a ter uma conduta proba, virtuosa, corajosa e que lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade. Quando honramos nossos pais, estamos realçando o que eles representam para nós é aceitando-os como nossos tutores, provedores, sacerdotes.
2.2. A consciência dos filhos em relação aos pais.
Os filhos devem atender os conselhos dos pais. Os filhos devem aceitar a disciplina e correção dos pais, mostrando prudência, pois quem despreza é tido como tolo [Pv 15.5]. Os filhos devem aceitar os ensinos dos pais, pois os seus ensinos são para um futuro próspero [Pv 22.6]. Os filhos não podem amaldiçoar os seus pais [Pv 20.20; 30.11]. Na Lei de Moisés os filhos que amaldiçoassem os pais, certamente morreriam e o seu sangue seria sobre eles, no sentido indireto como se estivessem amaldiçoando a Deus [Lv 20.9]. Como essa Lei era nos dias de Moisés, outras situações podem acontecer nos dias de hoje, porque é um plantio. Os filhos que zombam dos pais pagarão um alto preço [Pv 30.17], os filhos não podem envergonhar os seus pais [Pv 10.1; 19.26].
Professor(a): Muitos filhos ficam com raiva dos pais e até se tornam inimigos, ficam sem falar, sem visitar, desrespeitando aqueles que lhes trouxeram ao mundo. Muitos filhos não sabem por que sofrem e nada dá certo, mas se esquecem da lei do plantio [Gl 6.7-8], os que querem o mal para os pais não podem ser felizes, estão infringindo a Lei de Deus estabelecida na Sua Palavra.
2.3. A gratidão dos filhos em relação aos pais.
Gratidão é uma virtude, virtude é uma essência do bem, essência é um conjunto de qualidades que define quem é uma pessoa. Um “muito obrigado” mostra educação, com o tempo se esquece. A gratidão demonstra reconhecimento, que fica para sempre. O filho que é grato nunca esquece o que os pais fizeram por ele. A gratidão é um sentimento que cria uma espécie de dívida e uma dívida praticamente impagável. A gratidão deve ser algo espontâneo, de foro íntimo, porque parte do coração e não de boca. Os filhos sabem que o que os seus pais fizeram por eles não foi esperando nada em troca, não foi por conveniência nem por interesses espúrios, foi por amor, carinho e com imenso prazer, pelo fato de os filhos serem herança do Senhor [Sl 127.3]. É uma recomendação bíblica ter gratidão em nossos corações [Cl 3.15-16].
Professor(a): O agradecimento é de fundamental importância, para estabelecer uma relação autêntica com Deus e uma convivência harmoniosa com as pessoas à nossa volta, principalmente com os nossos pais e toda a nossa família. Quem é mais feliz, valoriza mais a vida e louva a Deus. Os filhos devem ser gratos aos seus pais e não esquecer de nenhuma das fases da vida cuidadas por eles. Os filhos gratos alcançam as benevolências do Senhor. Quem é grato quer retribuir de um jeito ou de outro todos os benefícios recebidos [Sl 100.4; 1Ts 5.18]. Frederick K.C. Price: “No entanto, se os filhos foram criados da maneira correta, eles ajudarão seus pais se eles precisarem. A maioria dos filhos que foram educados no amor e instrução do Senhor querem fazer tudo que for possível se os seus pais estiverem em apuros, ou ficarem doentes, ou perderem o emprego”
EU ENSINEI QUE:
A Palavra de Deus nos apresenta os deveres dos filhos em relação aos pais.
3- DEVERES COMPARTILHADOS: PAIS E FILHOS
Malaquias 4.6 diz: “Que ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos aos pais’: Pais e filhos não é somente algo maravilhoso, grandioso e extraordinário, mas também sublime, transcendente e divino. O profeta diz que o objetivo é reconciliar as famílias com Deus e consigo mesmas.
3.1 . Relacionamento com amizade.
- "O papel primordial dos pais é serem pais e não só amigos. Ser pai é bem diferente de ser amigo, mas não tem coisa mais saudável do que a amizade e intimidade entre pais e filhos, ao ponto de se abraçar, beijar, brincar e não guardar segredos, tirar dúvidas uns com os outros, pedir conselhos, passar experiências [Pv 6.20; 10.1;13.1]. A amizade dos pais é benéfica para os filhos contarem os seus segredos, as suas dúvidas, as suas dificuldades e não serem só disciplinadores, pois se os pais não derem ouvidos, o mundo ditará o que eles devem fazer.
Professor(a): Os pais precisam continuar abençoando os seus filhos e falando palavras de vitória, de benção; nunca lance palavras negativas ou de maldição aos seus filhos. Os filhos que não têm amizade com os seus pais; isso pode ser por medo ou terror, porque é só cobrança, repreensão e ameaças. Eles jamais contaram os seus problemas, nem abriram as suas vidas, as suas dificuldades para os pais, perdem uma grande oportunidade de ter bons conselheiros, idôneos e fiéis, respaldados pelo temor a Deus, pela experiência de vida e responsabilidade. Os pais querem o melhor para os seus filhos. Os pais já trilharam muitas estradas para pavimentação e adquiriram condições para instruir seus filhos no caminho que devem seguir, na instrução da Palavra de Deus [Ef 6.4].
3.2. Relacionamento com compreensão.
Conflitos entre pais e filhos vão acontecer, mas ambos não devem deixar se tornar uma coisa normal, nem rotineira [Ef 6.1-3; Cl 3.21]. São gerações e culturas distintas, são formações acadêmicas desiguais, mesmo tendo o mesmo DNA, são personalidades diferentes. Cada um viveu numa época, os avanços tecnológicos foram muito acentuados, as mudanças sociológicas em alta velocidade. Os filhos precisam entender que muitos pais nunca chegaram a se sentar num banco de faculdade e na geração deles ainda não havia chegado os aparelhos eletrônicos de última geração. Os pais também precisam entender os filhos, que já chegaram brincando com celulares, computadores e outros equipamentos sofisticados. Por isso, se busca a compreensão e o respeito mútuo na maneira de pensar, de ver e de julgar.
Professor(a): Pastor Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical “Casamento e família 2016): “Não queira que o seu filho já tenha o seu conhecimento, a sua experiência, a sua maturidade. Ninguém nasce sabendo; ninguém adquire experiência de um dia para o outro; os nossos filhos vão crescendo aos poucos, uns adquiriram maturidade mais cedo, já outros vão demorar mais. Isso é normal. “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a fase adulta, acabei com as coisas de menino [1 Co 13.11]
3.3. Relacionamento com perdão.
Sempre nos relacionamentos, sejam eles em família ou fora dela, há divergências e desapontamentos que podem ferir um dos lados ou ambos os lados e haverá necessidade de perdão, pois não tem como estar juntos a ter um relacionamento mais íntimo, harmonioso e saudável dentro de casa se não houver perdão e reconciliação entre os membros da família. Não podemos deixar que a falta de perdão gera raiz de amargura, ódio, mágoa no lar [Mt 6.12; Cl 3.13]. A Bíblia pede para os filhos obedecerem, honrarem a respeitarem os pais e pede para os pais não irritarem os seus filhos, mas isso normalmente foge do nosso controle, pois somos humanos. Sempre queremos que os nossos filhos nos peçam perdão, mas esquecemos que nós também erramos e nunca nos curvarmos ao nosso erro; não é uma coisa feia nem sinal de fraqueza pedir perdão, pelo contrário, é uma coisa digna e respeitosa.
Professor(a): Pastor Josué Gonçalves: “Pedir perdão e perdoar é mostrar ao filho o caminho. Pedir perdão é colocar remédio na ferida causada na alma do outro. É perdoando que os pais ensinam o filho a perdoar. E pedindo perdão que os filhos aprendam a reconhecer os seus erros. É comum para você pedir perdão aos filhos sempre que necessário? É comum para você também perdoá-los? Os seus filhos terão um coração “perdoador” porque aprenderam o valor do perdão com você? (…) Quando falta perdão, o relacionamento entre pais e filhos fica fragilizado, a família perde a confiança e ninguém caminha com liberdade dentro dessa casa. Pedir perdão e perdoar e amar incondicionalmente e oferecer aquilo que o outro não merece: grata, favor, bondade. O perdão é a única maneira de fazermos uma faxina no coração e reconstruímos aquilo que foi destruído”
EU ENSINEI QUE:
O relacionamento entre pais e filhos deve ter amizade, compreensão e perda.
CONCLUSÃO
A qualidade do relacionamento entre pais e filhos melhora e vai se tornando mais saudável e harmoniosa a medida que aplicam os conceitos bíblicos, vivem uma vida de temor e intimidade com Deus e se comprometem com o Reino de Deus.
Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)
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