A Grande Tribulação
Daniel 12.1
1- E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro.
Marcos 13.19,20
19- (...) porque, naqueles dias, haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.
20- E, se o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas, por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias.
Apocalipse 16.1-4
1. E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus.
2- E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
3- E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda alma vivente.
4- E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.
TEXTO AUREO
Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais. Mateus 24.21
SUBSIDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira - Daniel 12.1-3 Os últimos tempos, as palavras seladas
4ª feira - Zacarias 14.1-9 E o Senhor será rei sobre toda a terra
5ª feira - Daniel 11.36-45 E não haverá quem o socorra
6ª feira - Jeremias 25.29-33 Não, não ficareis impunes
Sábado - Mateus 24.1-35 O sermão profético
OBJETIVOS
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• estar apto a discorrer sobre as características do período da Grande Tribulação: • entender os fatos que ocorrerão antes, durante e depois desse tempo de angústia;
• estar ciente dos diferentes pontos de vista acerca do assunto e ser capaz de distinguir o que cada um deles preconiza.
• estar ciente dos diferentes pontos de vista acerca do assunto e ser capaz de distinguir o que cada um deles preconiza.
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
Prezado professor, a Grande Tribulação será um período de sete anos que ocorrerá ao mesmo tempo em que a Igreja, outrora arrebatada, já estará nos tempos da eternidade.
Conforme a visão pré-milenista e pré-tribulacionista, a Igreja não passará por esse tempo de angústia indescritível, pois, antes que ele se estabeleça, o Senhor Jesus já terá arrebatado o Seu povo para estar com Ele para sempre (Jo 14.3).
Este período será marcado por grande angústia e sofrimento (Lc 21.24-26; Ap 7.14), pelo afastamento do Espírito Santo e pela manifestação do Anticristo (2 Ts 2.4).
Enquanto isso, na eternidade, ocorrerá o tribunal de Cristo e as bodas do Cordeiro.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Nesta lição, estudaremos um período ímpar da História. De acordo com as profecias bíblicas, este será o maior, o mais angustiante e doloroso tempo. Desde a primeira semana da Criação, não houve nem haverá outro ciclo de tamanha dor, agonia, pavor e sofrimento sobre a espécie humana.
1. O PERÍODO TRIBULACIONAL (Apocalipse 7.14)
Observe no Antigo Testamento a primeira referência bíblica sobre a Grande Tribulação (Dt 4.30). Veja no Novo Testamento os textos bíblicos que descrevem em detalhes o que será e o que acontecerá na Grande Tribulação.
1.1. Tribulação e Grande Tribulação (Sofonias 2.2-3)
A palavra profética, nos 66 livros da Bíblia, prevê um tempo de intenso sofrimento que virá sobre a humanidade; teologicamente chamado de Tribulação e Grande Tribulação.
A última semana profética, das 70 semanas reveladas a Daniel, será o período tribulacional que virá sobre a terra (Dn 9.24). Observe que a última semana, assim como todas as outras dentre as 70, será composta de anos literais, com 365 dias.
O período tribulacional durará sete anos literais, divididos em dois ciclos distintos, de três anos e meio cada um. Os primeiros três anos e meio (Ap 6-9) são denominados Tribulação. O segundo ciclo, também de três anos e meio, é conhecido como Grande Tribulação (Ap 12.14).
Sem a manifestação da ira de Deus sobre o mundo, a humanidade, iludida e enganada pelo super líder mundial (o Anticristo), achará que começou a Nova Era, com muita paz e segurança. Nestes primeiros três anos e meio, os quatro cavalos proféticos cumprirão suas tarefas. Este tempo é conhecido como Tribulação (Ap 6.1-8).
O segundo período (Ap 10-19) começa na metade da última semana, com a manifestação da ira de Deus abrangendo o mundo inteiro (Ap 3.10). A sequência dos eventos ocorrerá intensamente. atingindo todo o universo e todas as pessoas onde estiverem. Este período é denominado de Grande Tribulação (Ap 12.6).
1.2. Quando começará a Grande Tribulação? (Apocalipse 6.17)
A Tribulação começará imediatamente após o arrebatamento da Igreja constituída dos salvos ressurretos que morreram em Cristo e dos cristãos fiéis que estiverem vivos na ocasião do Seu retorno (1 Ts 4.15-18).
Na abertura do primeiro selo, surgirá o cavalo branco com o seu cavaleiro (o Anticristo), que será um dos principais personagens durante o tempo tribulacional (Ap 6.1,2). Esta só começará quando o Espírito Santo e a Igreja forem retirados da terra, segundo a Palavra de Deus (2 Ts 2.3,6,7).
1.3. Purificação dos judeus (Zacarias 13.8,9) -O povo de Israel
Diversas profecias bíblicas confirmam o plano do Senhor de purificação dos judeus na Grande Tribulação. Deus tratará com os descendentes naturais de Abraão de forma especial. Conhecendo profundamente o judeu, Ele revela o perfil, o caráter e a personalidade desse povo peculiar declarando: "povo obstinado, de dura cerviz" (Dt 31:27).
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Os grandes desastres e catástrofes que ocorrerão na Grande Tribulação serão instrumentos de julgamento que Deus utilizará para purificar o povo judeu: Jeremias 30.7; Lamentações 2.1; Ezequiel 20.33-38.
______________________________2. SETE SELOS, SETE TROMBETAS, SETE TAÇAS (Apocalipse 16.17)
O apóstolo João, na visão apocalíptica, contempla sete selos se abrindo, sete trombetas ecoando e sete taças sendo derramadas. Esses 21 instrumentos descrevem a ira de Deus que virá sobre a Terra, sobre a Natureza e sobre a humanidade.
O papel dos selos, das trombetas e das taças é descrito em detalhes, indicando a razão (por que acontece), o alvo (para quem acontece) e os acionadores de tais instrumentos (selos, trombetas, taças). À medida que cada selo é aberto, cada trombeta é tocada e cada taça é derramada, a aflição, a angústia, as calamidades, os desastres, as enfermidades, os flagelos e o caos, crescem assombrosamente (Ap 9.1-12,17,18).
2.1. Os sete selos
• O primeiro selo apresenta um cavalo branco montado por um personagem recebendo uma coroa. Este cavalo marca o início da Tribulação, e o seu cavaleiro é o Anticristo (Ap 6.1,2).
• O segundo selo apresenta um cavalo vermelho e o seu cavaleiro recebendo uma grande espada e poder para tirar a paz da terra. Este cavalo e seu cavaleiro simbolizam a guerra (Ap 6.3,4).
• O terceiro selo apresenta um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança nas mãos. Este representa a fome (Ap 6.5,6).
• O quarto selo introduz um cavalo amarelo, e seu cavaleiro chama-se Morte. Este simboliza a morte (Ap 6.7,8).
• O quinto selo representa todos os mártires - homens e mulheres de todas as idades - sacrificados pela causa do Senhor (Ap 6. 9-11).
• O sexto selo apresenta sete elementos da Natureza - terremoto, sol, lua, estrelas, céu, montanhas e ilhas, - os quais representam a assolação e devastação mundial (Ap 6.12-14).
• O sétimo selo apresenta um silêncio no céu por meia hora. Este selo marca mais uma etapa dos juízos divinos, agora executados pelas sete trombetas (Ap 8.1).
2.2. As sete trombetas
• A primeira trombeta é tocada pelo primeiro anjo de um grupo de sete. Granizo e fogo misturados com sangue são lançados sobre a terra. Resultado: destruição da terça parte da vegetação do planeta (Ap 8.7).
• A segunda trombeta apresenta um monte ardendo em fogo que cai ao mar. Resultado: um terço dos oceanos é contaminado, um terço das criaturas do mar morre e um terço das embarcações é destruída (Ap 8.9).
• A terceira trombeta mostra uma grande estrela chamada Absinto, como uma tocha ardendo em fogo que cai sobre os rios e nas fontes das águas. Resultado: a terça parte de toda água potável é contaminada, provocando a morte de muitos (Ap 8. 10,11).
• A quarta trombeta é tocada e fere a terça parte do sol, da lua e das estrelas. Resultado: trevas, densa escuridão, afetando o dia e a noite.
• Quando o anjo toca a quinta trombeta, uma estrela que caiu do céu abre o abismo e dele sobe muita fumaça, semelhante a uma fornalha gigante. No meio da fumaça sobem gafanhotos com uma aparência de animal-homens-demônios. Parecem-se com cavalos preparados para a batalha. Eles cobrem toda a terra, permanecendo nela durante cinco meses para cumprimento da missão. Resultado: invasão demoníaca, escuridão sobre o sol e o céu. Tormentos indescritíveis sobre a humanidade (Ap 9.1-12).
• A sexta trombeta é tocada, liberando quatro anjos preparados para aquele momento profético. Eles se juntam a um exército de demônios com 200 milhões de soldados montados sobre cavalos endemoninhados, assassinos. Resultado: a terceira parte de toda humanidade é assassinada (Ap 9.13-21).
• Quando a sétima trombeta ecoa, fortes vozes no céu anunciam a possessão dos reinos do mundo pelo Senhor. Resultado: submissão, louvor, adoração e exaltação dos vinte e quatro anciãos ao Senhor Todo-poderoso. Abertura do santuário de Deus com a arca da aliança divina. Fenômenos na Natureza (Ap 11.15-19).
2.3. As sete taças de Juízo
• A primeira taça é derramada sobre a terra. Alvo: todas as pessoas que tinham a marca da besta (o Anticristo) e adoravam a sua imagem. Consequência: úlceras e feridas dolorosas (Ap 16.2).
• A segunda taça é derramada sobre os mares. Consequência as águas tomam-se em sangue. Morrem todas as criaturas viventes (Ap 16.3).
• A terceira taça é derramada sobre os rios e fontes. Consequência: as águas são transformadas em sangue (Ap 16.4).
• A quarta taça é derramada no sol. Consequência: calor insuportável, ardente, escaldante. Homens queimados (Ap 16.8,9).
• A quinta taça é derramada sobre o trono da besta. Consequência: densas trevas, tormentos, feridas e agonias (Ap 16.10,11).
• A sexta taça é derramada sobre o rio Eufrates. Consequência: as águas secam completamente (Ap 16.12).
• A sétima taça é derramada nos ares. Consequência: terremotos fortíssimos, trovões, chuvas, tormentas, cidade dividida, enormes pedras de granizo (Ap 16.17-21).
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Assim como a Bíblia declarou e previu o Dilúvio e este aconteceu, evento confirmado pela Ciência, haverá literalmente a Grande Tribulação, várias vezes mencionada pelos profetas e pelo Senhor Jesus (Dn 12.1; Mt 24.21).
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3. QUESTÕES SOBRE A GRANDE TRIBULAÇÃO (Sofonias 1.15)
3.1. Quem será o governante mundial na Grande Tribulação? (2 Tessalonicenses 2.3-10)
A Grande Tribulação começará imediatamente após o arrebatamento da a Igreja, Igreja, com o aparecimento de um personagem diferenciado, o Anticristo (Dn 7.24,25). O apóstolo Paulo declara que ele é o homem do pecado, o inimigo declarado de Deus (2 Ts 2.3,4).
3.2. A nação de Israel estará envolvida na Grande Tribulação? (Ezequiel 36.18,19)
Sim! Os judeus que formam a nação de Israel foram espalhados pelo mundo inteiro e no final dos tempos, voltarão a Sião. Eles virão de todas as partes subindo para Jerusalém, a Cidade Santa, cidade do Rei. O panorama profético das nações da terra em sua maior relevância, tem sido configurado em Israel (Is 43.5-7).
Deus tratará de Israel de maneira profunda e abrangente no período da Grande Tribulação (Am 4.12), enquanto a Igreja fiel estará em um lugar especial celebrando as bodas do Cordeiro (Jr 30.5-9).
3.3. Haverá sobreviventes da Grande Tribulação? (Mateus 24.21,22)
Estudos mais aprofundados de Apocalipse 7.9-17 indicam que haverá salvação durante a Grande Tribulação (Ap 7.9,14) . Muitos judeus, aliás, serão salvos na Grande Tribulação; entre eles haverá os 144 mil selados de Israel (Ap 7.1-8).
3.4. Qual o papel da Igreja na Grande Tribulação? (Apocalipse 4.1)
O papel da Igreja em relação à Grande Tribulação tem sido alvo de muita discussão através dos anos. Já se sabe, no entanto, que a Grande Tribulação é uma referência à última semana profética da visão das 70 semanas de Daniel (Dn 9.24-27). Nem o Senhor Jesus nem Paulo, uma única vez, ensinaram que a Igreja deveria preparar-se para sobreviver na Grande Tribulação.
3.5. Haverá Igreja na Grande Tribulação?
Sim! Mas, ela não foi arrebatada? João teve uma visão que o deixou perplexo: uma linda mulher, no deserto, misteriosa, ricamente adornada, coberta de pedras preciosas, cavalgava sobre um animal com sete cabeças e dez chifres (Ap 17.1-7). Nesta visão, o deserto é o mundo. A mulher, a igreja da Grande Tribulação.
Nunca a igreja mundana foi tão linda, bonita, atraente e poderosa, como será nos dias da Grande Tribulação. Ela será governo. O Anticristo utilizará a igreja mundana como parceira no plano diabólico de engano, sedução e, mais tarde, como agente assassino e sanguinário (Ap 17.6).
CONCLUSÃO
O Anticristo se manifestará no início da Grande Tribulação (2 Ts 2.6-10), depois que o Espírito Santo não estiver mais na terra operando por intermédio da Igreja.
Isso significa que todos - até mesmo um adversário tão aparentemente poderoso - têm de se dobrar diante da soberania do Altíssimo e limitar sua ação ao que Deus, historicamente, estabeleceu.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Cite três fatos que farão parte do cenário da Grande Tribulação:
R. Angústia indescritível, afastamento do Espírito Santo e a manifestação do Anticristo.
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