quarta-feira, 3 de julho de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 1 / 3º Trim 2024

O CONTEXTO DO LIVRO DE DANIEL

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Texto de Referência: 2Cr 36.5-10

LEITURA SEMANAL
Seg 2Rs 24.10.11 Jerusalém é cercada.

Ter 2Cr 36.7 Os utensílios da Casa do Senhor são levados para a Babilônia.

Qua 2Cr 36.19 A Casa do Senhor foi queimada e os muros derribados.

Qui 2Rs 24.16 Os valentes e profissionais levados para Babilônia.

Sex 2Rs 25.7 Os olhos do rei Zedequias foram furados.

Sáb 2Cr 36.21 O Cativeiro foi cumprimento da profecia de Jeremias.

VERSÍCULO DO DIA
"No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou", Dn 1.1.

VERDADE APLICADA
O livro de Daniel revela a justiça de Deus em julgar o Seu povo, como também, Sua soberania sobre os reinos humanos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Evidenciar o Exilio como juízo de Deus sobre Seu povo:
✔ Compreender o politeísmo e sua influência na sociedade babilônica;
✔ Entender que o paganismo milita contra o Reino de Deus.

INTRODUÇÃO
Em sua maioria, a dinastia do reino do Sul foi desobediente a Deus corrompendo a liturgia e levando o povo ao misticismo religioso. O Cativeiro Babilónico foi uma punição divina ao Seu povo, objetivando curá-lo da idolatria.

Ponto-Chave
"Por insistirem na desobediência e apostasia, Deus permitiu que o mal se instalasse em Judá com objetivos pedagógicos."

1- UM MOMENTO DE EXÍLIO
A palavra "Exilio", traz a ideia de alguém que é expulso de sua pátria. No caso dos habitantes de Judá, sabemos que a cidade ficou em ruínas e muitos moradores deportados para Babilônia, onde permaneceram por setenta anos.

1.1. A destruição de Jerusalém
O povo de Judá estava vivendo longe de sua terra, pois devido a rebeldia dos reis e a corrupção dos sacerdotes e profetas, Deus permitiu o império babilónico subjugá-los. Vale salientar que isto aconteceu em três momentos distintos; a saber: 603 a.C.; 597 a.C.; e a consumação no ano de 586 a.C., onde o Templo foi queimado e a cidade destruída conforme descrito em 2 Reis 25.8-12. 
  Na Babilônia, o povo teria tempo para repensar suas atitudes e rebeldia diante de Deus, o próprio Templo que era o orgulho da nação agora de tornara morada de chacais. O profeta Jeremias, num suspiro fúnebre, pôde dizer: "Caiu a coroa de nossa cabeça, ai de nós, porque pecamos", Lm 5.16. 1.2. 

1.2. Uma vida de vergonha e humilhação
Através da Babilônia, Deus abateu Jerusalém, considerada a glória das nações. Durante o exílio, o povo escolhido por Deus experimentou várias perdas, tais como a morte de seus príncipes, a perda da herdade e da liberdade religiosa. (Lm 5.1-12). O opróbrio tomou conta dos judeus que andavam cabisbaixos, seus anciãos eram desprezados e suas filhas defloradas. Era difícil demais perceber que tudo era consequência do pecado. Precisamos entender que as misericórdias de Deus são grandiosas, porém, não nos isentam de sermos alvos do Seu juízo. Que a nossa vida possa ser vivida com responsabilidade e temor a Deus.

Refletindo
"No cativeiro babilônico, a nação de Judá repensou a sua fé e entendeu que Deus não os abandonara, mas estava conscientizando-os de sua vocação profética para as nações". Stanley A. Ellisen

2- VIVENDO NUM AMBIENTE POLITEISTA
O termo politeísmo vem de dois radicais gregos o qual traduzido significa "vários deuses"; logo, quando falamos de politeísmo estamos dizendo sobre a crença na existência de vários deuses. Na Babilônia, os judeus estavam cercados de inúmeras crendices do paganismo.

2.1. A religião na Babilônia
A religião da Babilónia centralizava-se em Bel-Merodraque, no seu grande e único templo Esagila. Bel era considerado padroeiro e deus supremo na Babilônia. Anual mente os sacerdotes babilônicos traziam todos os demais deuses ou estátuas à festa de Akitu, no ano de Nisã, onde suposta- mente o destino de todos os homens era determinado para o ano vindouro. Através desta crença, vemos que os nomes de Daniel, Hananias, Misael e Azarias foram trocados. O nome de Daniel por exemplo foi trocado por Beltessazar, que traduzido é Belt proteja a sua vida. Em nossos dias, não é diferente, pois o mundo quer determinar sobre nós suas crenças, porém somos projetos de Deus e praga não chegará em nossa tenda (Sl 91.10).

2.2. Sendo diferente em terra estranha
Se por um lado, existia uma religião tentando influenciar a vida dos judeus, por outro, percebemos que Daniel não se contaminou com as iguarias do rei, que provavelmente eram oferecidas a deuses pagãos. Em outro momento, vemos Hananias, Misael e Azarias não se dobrando à uma adoração pagã. O resultado de tal insulto foi a fornalha, porém o verdadeiro Deus esteve com eles na fornalha e Nabucodonosor pode conhecer quem era o verdadeiro Deus, a ponto de fazer um decreto (Dn 3.28-30). Não podemos nos calar ante às pseudo-religiões. Deus será conhecido em lugares de densas tre- vas através de Seus verdadeiros servos.

3- A COSMOVISÃO DOS PAGÃOS 
Quando falamos de cosmovisão, referimo-nos à maneira subjetiva de compreensão do mundo levando em conta seus conceitos filosóficos e existenciais tais como a vida e a morte. Infelizmente, Satanás tem usado diversas tradições para oprimir e escravizar muitas pessoas. 

3.1. O modus Vivendi dos babilónicos
O estilo de vida dos babilónicos nos mostra uma mescla de várias culturas, a exemplo que muito de suas práticas foram importadas, tais como: o hedonismo, que defende uma vida na sociedade regida pelo prazer como finalidade humana, movida por paixões e desejos com foco no prazer como bem supremo. Os moradores de Judá conviviam com tais abominações e tinham que ser fortes para não sucumbirem ao estilo de vida depravado. A Palavra de Deus nos adverte a não amar o mundo e nem as coisas que nele existe (1Jo 2.15). Os verdadeiros servos de Cristo precisam viver uma vida ilibada, mesmo estando em terra estranha e de costumes diferentes.

3.2. A Babilônia na visão do Apocalipse
O livro de Apocalipse revela sobre a queda da grande Babilônia (Ap 18), Vale ressaltar que a expressão Babilônia, neste caso se refere a humanidade pecadora e sua capacidade de auto ilusão, ambição, orgulho e depravação demoníaca, ou seja, alguém que se opõe à Igreja e a Obra de Deus. Basta observar a nossa geração e constataremos o quão corrupta, maligna, perversa e adúltera se tornou. Assim como o juízo de Deus chegou para a Babilônia, temos a certeza de que os poderes das trevas serão aniquilados e os que viveram de forma profana e desobediente terão o seu castigo (Sl 9.17). Os servos de Deus precisam viver uma vida de renúncia e santidade.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Um dos textos bíblicos que demonstram a triste realidade do povo no Cativeiro Babilónico está nos Salmos 137. Neste cântico fica evidenciada a tristeza dos judeus bem como a saudade que eles sentiam de Sião. O texto diz dos lamentos dos judeus junto aos rios da Babilônia, um contraste para os que nasceram em Jerusalém, que era cercada de montes, e onde existia o Templo de Salomão, lugar do centro da adoração. Outro momento que nos mostra o constrangimento do exilio é que as harpas estavam penduradas no salgueiro e era difícil cantar um cântico ao Senhor em terra estranha. Embora o cativeiro tivesse o seu momento de tristeza e dor, sabemos que os profetas do Senhor falaram de esperança e restauração. No cativeiro, vemos o surgimento das Sinagogas, o retomo do povo à Lei do Senhor e o extermínio da idolatria. Deus é soberano em Seus métodos e trabalha no aperfeiçoamento do Seu povo. Quando Paulo versa sobre a história de Israel, ele diz: "O profundidade das riquezas, tanto de sabedoria, como da ciência de Deus!", Rm 11.33.

CONCLUSÃO
Deus usou uma nação ímpia para punir os habitantes de Judá e usou as circunstâncias para que o povo se voltasse para a Sua Palavra.

Complementando
Por causa da rebeldia e apostasia dos judeus, Deus permitiu que eles fossem levados cativos para a Babilônia. Exilados, o povo humilhado chorava pelo Templo destruído, contudo, não se lamentavam de ter esquecido os Mandamentos de Deus. A vingança era clamada, mas o arrependimento e o perdão genuíno não era manifesto.

Eu ensinei que:
Por mais que o Cativeiro Babilônico tenha sido de perdas, dor e saudades, ele também contribuiu para que a nação pudesse entender o amor de Deus e desse valor ao pacto do Sinai.

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