terça-feira, 23 de julho de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 4 / 3º Trim 2024

                                   

A ESTÁTUA DE NABUCODONOSOR

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Texto de Referência: Dn 4.31-35

LEITURA SEMANAL
Seg Dn 2.44 O Reino de Deus jamais terá fim.

Ter Is 46.10 Deus anuncia o fim desde o principio

Qua Rm 13.1,2 Toda autoridade é estabelecida por Deus.

Qui Dn 7.14 O domínio de Deus jamais passará.

Sex Lc 1.33 O Reino do Messias será eterno.

Sab Sl 45.6 O trono de Deus subsiste eternamente.

VERSÍCULO DO DIA
"Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dEle é a sabedoria e a força: Ele muda os tempos e as horas; Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios", (Dn 2.20, 21).

VERDADE APLICADA
Deus intervém na História e mostra Sua Soberania aos governos da Terra.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Observar a grandiosidade das revelações contidas na estátua; 
✔Compreender as verdades escatológicas da revelação; 
✔Ressaltar que o Reino de Deus jamais terá fim.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que a sociedade reconheça a Soberania de Deus e que através dos salvos, o Reino dos Céus seja conhecido.

INTRODUÇÃO
Um dos pontos centrais do livro de Daniel é o teor escatológico, principalmente no que tange à consolidação do Reino de Deus sobre a terra. Estudaremos neste lição a visão da estátua dada a Nabucodonosor e suas implicações culturais e bíblicas na História.

Ponto-Chave
"Deus, em Sua infinita graça e bondade revela parte do futuro ao rei Nabucodonosor, para que este entendesse que o poder, o domínio e a glória pertence somente a Ele".


1- A VISÃO DE NABUCODONOSOR
Pelo relato bíblico, observamos que, além do rei não se lembrar da visão, ele também queria a explicação. O impacto da visão foi tão grande que o espirito do rei se perturbou (Dn 2.1). O que o rei exigia, somente Deus poderia revelar. 

1.1. Um mistério além da compreensão humana
Na Babilônia, o rei contava com pessoas que o assessoravam em diversas áreas. Na ocasião do sonho, foi requisitado aos magos, astrólogos e peritos na arte de encantamento que dessem uma resposta ao rei. Vale ressaltar que naquele tempo os magos formavam uma casta religiosa de sábios. Todos os peritos da Babilônia se tornaram íntimos diante da complexidade do problema e da exigência do rei (Dn 2.10,11). Os mistérios de Deus não são desvendados por livros ou artes mágicas, e sim com oração e vida diante de Deus. Daniel, após buscar a Deus, foi introduzido à presença do rei, e não somente contou o sonho, como também deu-lhe a sua fiel interpretação. Ao profeta Daniel, Deus revelou a grandiosidade da visão.

1.2. A característica da visão da estátua
O texto bíblico narra que a composição da estátua era de alguns materiais, a saber: a cabeça da estátua era de ouro fino, o peito e os braços eram de prata, seu ventre e as suas coxas, de cobre, as pernas de ferro e os pés em parte de barro e ferro. A estátua era grande e o seu fulgor era excelente (Dn 2.31-33). Esta visão foi tão perturbadora que levou o rei a sofrer de insônia. A própria inquietação do monarca com o sonho já era o despertar de Deus para revelar Seu poder e domínio ao governante mais poderoso daquela época.

Refletindo
"Os homens comuns e terrenos são impotentes para revelar o futuro quando os fatos procedem de Deus, pois a Deus pertence o conhecimento o futuro e os mistérios do mundo". Pr. Antônio Gilberto

2- A ESTÁTUA E SUA APLICAÇÃO PROFETICA
A visão não era aleatória: Deus, através do profeta Daniel, tinha verdades a revelar através dela não somente ao rei Nabucodonosor naquela época, mas também às gerações vindouras, especialmente à Sua igreja que seria estabelecida no Pentecostes.

2.1. Entendendo o significado da visão 
A visão da estátua mostra que todos os reinos materiais, por mais pomposos e poderosos que sejam, eles e seus governantes passarão. Conforme a descrição bíblica, a cabeça de ouro fazia referência ao império babilónico, o peito e os braços de prata ao império medo-persa; o ventre e as coxas de bronze ao império grego, as pernas de ferro e parte dos pés de ferro e barro ao império romano. Vale salientar que estes impérios tiveram sua ascensão e declínio durante o Cativeiro Babilônico, como também no período denominado Inter bíblico. Deus revelou o fim antes do início, conforme vaticina Isaías.

2.2. A pedra misteriosa e o fim dos reinos
O que mais chama atenção na visão de Nabucodonosor é a maneira misteriosa pela qual uma pedra foi lançada sobre os pés daquela estátua e tudo se tornou em pó, que foi levado pelo vento, não deixando vestígios da existência (Dn 2.35). Deus estava mostrando, através do profeta Daniel, que todos os reinos e seus respectivos representantes são temporários e transitórios. Não importa quão poderoso e grande seja o reino, o único que detém o controle do Universo é Deus. A pedra representa a soberania de Deus e a Sua intervenção nos reinos terrestres. Numa aplicação mais escatológica, dizemos que esta pedra significa Jesus, que virá para instaurar o Seu Reino.

3- UM REINO QUE JAMAIS TERÁ FIM
A mensagem do livro de Daniel no que tange ao domínio de Deus é que, no tempo do fim, se levantará um Reino que não terá fim. Este Reino sobrepujará aos demais e o seu Rei será eterno, a saber, o Senhor Jesus, o desejado nas nações.

3.1. A implantação do Reino de Deus
No vislumbre de Nabucodonosor, a estátua começou com o esplendor colossal, mas terminou em ruinas e poeira e não houve lembrança. O Reino de Deus, entretanto, vem como semente, de forma pequena, mas atuante e sendo consolidado através do tempos. Jesus mencionou que o Reino de Deus estava no nosso meio (Lc 17.21); na Oração do Pai Nosso, somos ensinados a buscar o Reino de Deus e a Sua justiça (Mt 6.10). Com certeza, na consumação dos tempos, o Reino de Deus será estabelecido de forma plena e universal. Paulo nos conta que o Reino dos Céus é gozo, paz e alegria no Espírito (Rm 14.17). João, em sua visão apocalíptica, nos conta que viu um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1).

3.2. Jesus como Pedra Angular
Jesus não somente é o cumprimento cabal de todas as profecias messiânicas, mas também é o semelhante ao Filho do Homem descrito em Daniel 7.13,14, que terá o domínio sobre todas as coisas e governará eternamente. A pedra que os edificadores rejeitaram se tornou a pedra angular, e que por fim, esmiuçará as nações. Sabemos, pela Palavra de Deus, que a igreja está fundamentada sobre a pedra que é Cristo (Mt 16.18). Deus estava anunciando acerca de uma pedra que colocaria fim aos reinos do mundo. Daniel profetizou isto e a Palavra de Deus se cumprirá de forma plena na consumação dos séculos.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Quando falamos de período Inter bíblico, referimo-nos ao período de 400 anos, quando Deus ficou sem falar com o homem no sentido de revelação. Este período foi um momento de grande valor histórico, mormente no que tange aos reinos revelados na visão da estátua. O primeiro reino visto é representando pela cabeça de ouro, que teve como rei Nabucodonosor, este é o Império Babilônico, que teve seu fim por volta do ano 539 a.C. O segundo reino representado pelos peitos e braços de prata refere-se ao reino medo-persa, que tem o seu fim no ano de 334 a.C., seus principais lideres foram Dario e Ciro. O Império grego com Alexandre, o Grande, é representa do pelo ventre e as coxas de cobre; esse reino foi de grande importância devido o processo de helenização, quando a cultura grega foi divulgada em todo o mundo. O período grego teve seu declínio por volta do ano 146 a.C. Vemos também o império Romano, representado pelas pernas de ferro, o qual reinou até aproximadamente o ano de 475 d. C. Por último, vemos os pés em parte de barro e ferro evidenciando os enésimos reinos que surgiriam durante a história. (Texto adaptado do Livro O Novo Testamento, sua Análise e Origem - Tenney, 1998)

CONCLUSÃO
Deus revelou os Seus mistérios, mostrando a Sua soberania sobre os reinos da Terra, evidenciando a todos que o Seu Reino será pleno e jamais terá fim.

Complementando
Muitos estudos foram feitos sob o prisma histórico e teológico acerca das profecias de Daniel e constatando-se a veracidade destas. O império grego e romano, sem dúvida, tiveram grande influência na cultura e na religião mundial.

Eu ensinei que:
Por mais sólido, pomposo e de grande poder bélico, os reinos terrestres e seus governantes passam e passarão, porém, o Reino de Deus subsiste eternamente.

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