segunda-feira, 5 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR - Lição 6 / 3º Trim 2024

                                     

DANIEL E SUA PREOCUPAÇÃO COM ISRAEL

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Texto de Referência: Dn 11.1-11

LEITURA SEMANAL
Seg Sl 122.6 São benditos os que oram por Jerusalém

Ter Rm 11.33 Os projetos de Deus são insondáveis

Qua Dn 9.19 Daniel clama por Jerusalém.

Qui Dn 6.10 Daniel orava com o rosto para Jerusalém.

Sex Dn 9.16 Daniel perde perdão por Jerusalém.

Sáb Dn 9.3 Daniel orou e jejuou com saco e cinza.

VERSÍCULO DO DIA
"Agora vim, pra fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias, porque a visão é ainda para muitos dias". Dn 10.14.

VERDADE APLICADA
O povo de Israel é propriedade exclusiva de Deus, todos que entendem isto intercedem por Jerusalém.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Compreender as bênçãos de quem intercede por Israel;
✔ Observar que os projetos de Deus são insondáveis;
✔ Perceber a mensagem de esperança em meio ao caos.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos pela paz em Jerusalém e por todo o povo de Deus espalhado ao redor do mundo.

INTRODUÇÃO
Embora Daniel estivesse longe de sua terra natal e vivendo momentos de grande proeminência, sua preocupação com Jerusalém era visível. Observamos, em seu livro, momentos de intercessão, clamor e grande agonia pela destruição de seu povo.

Ponto-Chave
"Daniel nos ensina que o mesmo Deus que permite o caos com fins pedagógicos, intervém na preservação e restauração do Seu povo".

1- INTERCEDENDO POR JERUSALÉM
A vida de Daniel era de oração e total dependência divina. Uma das atitudes marcantes deste profeta era o sentimento profundo pela História do seu povo, a ponto de constantemente apresentar a nação de Israel em rogos diante de Deus.

1.1. Orava em direção de Jerusalém 
O profeta Daniel sabia das promessas e do concerto que Deus fizera com o povo, mormente durante a edificação do Templo, no reinado de Salomão (2Cr 7.20- 22). Orar em direção a Jerusalém mostra-va a esperança de Daniel na restauração da sorte do seu povo, e também revelam o seu entendimento de que os ouvidos de Deus estariam abertos a oração que fosse feita naquele lugar (2Cr 7.15). O salmista nos convida a orar pela paz de Jerusalém, pois grandes benefícios acompanharão a vida de quem assim procede (Sl 122.6).

1.2. Sentindo as mazelas do seu povo
Jerusalém viveu momentos auspiciosos no âmbito religioso, econômico e político, porém a vida pecaminosa, a corrupção dos sacerdotes e a dubiedade de seus profetas levaram à destruição da nação, que foi levada ao cativeiro. Pela oração de Daniel, observamos seu arrependimento a ponto de se humilhar, vestindo-se com saco e cobrindo-se de cinza (Dn 9.3). Em sua intercessão, vemos uma identificação com o pecado de idolatria e apostasia do seu povo. Ao invés de procurar culpados, Daniel nos ensina que somos parte do processo e que precisamos reconhecer nossa parcela de culpa e de responsabilidade pela reconstrução da nação.

Refletindo
"Os que se agonizam diante de Deus, clamando pela salvação daqueles que estão em densas trevas, entenderam que o imperativo IR é também interceder." Oswaldo Smith

2- COMPREENDENDO OS PROJETOS DE DEUS
Quando olhamos para a História da nação de Israel, percebemos a fidelidade de Deus sobre o Seu povo e a maneira como Ele trata o pecado, mas observamos também que Ele restaura a nação; reerguendo-a de um monturo. Os projetos de Deus vão além da compreensão humana.

2.1. A soberania de Deus no Livro de Daniel
Quando usamos a expressão soberania, usamo-la no sentido de domínio e poder, ou a maneira pela qual Deus governa o mundo. Na visão dos quatro animais descritos em Daniel 7, vemos que, ao ancião, foi-lhe dado honra, poder e domínio eterno sobre os reinos, e seu reino jamais será destruído. Isso aponta para o domínio final de Cristo sobre todas as coisas, o que foi revelado a Daniel numa época bem remota, evidenciando que Deus anuncia o fim antes mesmo do início. Às vezes, somos tentados a achar que Deus perdeu o controle, mas, quando recorremos às Escrituras, percebemos que Deus está assentado sobre o globo da terra, mantendo todas as coisas no seu devido lugar (Is 40.22).

2.2. Punidos, mas não desamparados 
O próprio Daniel assevera que existe um Deus no céu que revela os segredos (Dn 2.28). É maravilhoso quando observamos os mistérios de Deus na História do Seu povo sendo revelados e se cumprindo de forma plena. Deus levou Daniel em terras pagas para cumprir um propósito, que foi revelar o poder e o domínio dEle sobre os reinos da terra. Assim como os setenta anos do Cativeiro Babilônico serviram para tratar o pecado do povo e mostrar a misericórdia de Deus em restaurar a nação, mesmo diante da destruição. Paulo, ao vislumbrar os propósitos de Deus, exclamou: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! (...)", Rm 11.33.

3- UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA
Mesmo vivendo momentos de adversidade, tanto Daniel quanto o profeta Ezequiel, que eram contemporâneos, não se abalavam e consolavam o povo dizendo que Deus iria visitá-los e restauraria a sorte dos moradores de Sião. 

3.1. Daniel e a visão do Messias
Um dos benefícios do Cativeiro Babilônico não foi apenas tratar a idolatria e o pecado do povo, mas também avivar na memória as promessas de Deus não somente quanto a restauração de Israel, mas principalmente quanto a figura do Messias. O sonho de Daniel narrado, no capítulo 7 de seu livro, é de cunho messiânico. O termo usado por Daniel "Filho do Homem" (Dn 7.13), é a nomenclatura oficial do evangelista Lucas na confecção do seu Evangelho. Jesus também utiliza muito este verbete para se referir ao Filho de Deus e Seu domínio sobre a terra. Daniel vislumbrou que o Messias inauguraria uma nova fase no Governo de Deus na terra. O que Daniel previu, se manifestou na plenitude dos tempos.

3.2. Uma mensagem de restauração
Enquanto Daniel exercia seu ministério no palácio, Ezequiel exercia seu ministério à beira do rio Quebar, trazendo uma palavra de alento ao povo. Existem muitas passagens do livro do profeta Ezequiel que fazem alusão à restauração de Israel, porém a mensagem clássica se encontra em Ezequiel 37, o famoso Vale de ossos secos. Esta passagem mostra a situação da nação de Israel destruída e sem perspectiva. Esta passagem mostra claramente uma mensagem de esperança a todo o povo que estava abatido pela destruição de Jerusalém, porém, Deus usa o profeta Ezequiel para mostrar ao povo que existe um futuro além da Babilônia. Hoje vemos o cumprimento de parte desta profecia, pois Israel é uma nação poderosa.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Deus sempre conta com Seus servos no cumprimento de Seus propósitos. Daniel orou a Deus querendo entender os mistérios que envolviam a nação de Israel Por diversas vezes, lemos o quanto Daniel se sacrificava por uma resposta. Durante três semanas, o manjar desejável ele não comeu (Dn 10.3), em outra passagem, destacamos sua oração com súplica vestido de saco e cinza (Dn 9.3). Nos tempos bíblicos, quando uma pessoa era confrontada pelo seu pecado, rasgava suas roupas trocando-as por pano de saco. Colocava, então, cinza sobre a cabeça, muitas vezes acompanhada de jejum e oração (Et 4.1-3: Ne 91; Is 58.5, Lc 1013). Houve uma época em que o povo estava tão preso a este ritual que o profeta Joel chegou a exortar que era necessário rasgar o coração e não as vestes Jl 2.13). O que Deus espera de nós é arrependimento profundo e clamor sincero em prol dos que estão presos em densas trevas espirituais. Daniel foi um exemplo de intercessor na obra de Deus, que também venhamos clamar a Deus pela vida de alguém, e pela nossa nação.

CONCLUSÃO
A preocupação de Daniel o levou a orar por Israel, pelo seu povo, e o resultado foi maravilhoso, pois vimos Deus restaurar o Seu povo ao longo dos tempos.

Complementando
A História mostra que, durante vários momentos, Israel quase foi exterminado da face da terra: o cativeiro babilônico, a destruição de Jerusalém e também as barbáries do holocausto, que dizimou 6 milhões de judeus, dentre estes, 1,5 milhão de crianças. A fidelidade de Deus vai além das circunstâncias.

Eu ensinei que:
Por mais que as circunstâncias sejam desfavoráveis, o clamor é uma arma poderosa que temos para mudar decretos e destinos.

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