AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
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Texto de Referência: Dn 9.23-27
LEITURA SEMANAL
Seg Mc 13.14 Jesus pontua sobre as profecias de Daniel.
Ter Dn 9.3 Daniel ora a Deus pedindo entendimento.
Qua Dn 9.21,22 Deus instrui Daniel sobre o futuro de Israel.
Qui Mt 13.9-17 Deus revelou os mistérios do Reino.
Sex Mt 24.1.2 Jesus fala sobre a destruição de Jerusalém.
Sáb 1Ts 4.16-18 A igreja será arrebatada.
VERSÍCULO DO DIA
"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade para extinguir a transgressão e dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos santos", Dn 9.24.
As profecias de Daniel no que tange ao futuro de Israel é um dos eixos para a compreensão da escatologia bíblica.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Entender que estas semanas estão relacionadas com Israel;
✔ Pontuar o cumprimento das duas primeiras semanas;
✔ Compreender as implicações da última semana de Daniel.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Clamemos a Deus para que nos conceda entendimento e compreensão das grandezas e mistérios revelados no livro de Daniel.
INTRODUÇÃO
Um dos pontos nevrálgicos das profecias de Daniel se refere ao futuro da nação de Israel; as setenta semanas estabelecidas por Deus sobre Seu povo nos mostra a fidelidade de Deus e Seu domínio sobre a História.
Ponto-Chave
"As setenta semanas de Daniel foram instituídas para a nação de Israel, mas, na consumação da última semana, se dará o arrebatamento da Igreja".
1- A PRIMEIRA FASE DAS SE- MANAS DE DANIEL
Ao observar o texto referência da lição, vemos que as setenta semanas são divididas em três momentos distintos. Este primeiro momento constitui-se de sete semanas, abarcando um período de 49 anos.
1.1. O significado das semanas
A palavra semana no hebraico é "shavua", que significa um período de "sete", sejam dias ou anos. No contexto de Daniel, o profeta tinha acabado de estudar a profecia de Jeremias dos setenta anos do Cativeiro Babilônico, (2Cr 36.21). O Cativeiro se deu pelo fato de o povo não observar e guardar os anos sabáticos durante 490 anos. Sendo assim, as setenta semanas de Daniel são na realidade 70 x 7. Deste cômputo, já se cumpriram 69 semanas, e a derradeira semana inaugurará uma série de eventos escatológicos, que estudaremos a seguir. Deus é Deus dos tempos e das estações, sendo fiel na História de Seu povo, bem como da Igreja.
1.2. O início da primeira fase
Este primeiro momento compreende um período de 49 anos e acontece a reconstrução de Jerusalém em tempos angustiosos. O texto diz que "desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, Dn 9.25. Sabemos que este período começa com o decreto de reconstrução de Jerusalém no ano de 445 a.C., por Artaxerxes (Ne 2.1-8). Vale salientar que houve dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém que muitos confundem: um diz respeito ao embelezamento do Templo e à restauração do culto sobre a batuta de Esdras, porém, o que está em evidência aqui é a reconstrução a cargo de Neemias.
Refletindo
"As setenta semanas de Daniel mostram o controle de Deus sobre a História, e também descortina os juízos que Deus tem preparado para os ímpios.'' Pr. Napoleão Falcão
2- O CONTEXTO DA SEGUNDA ETAPA DAS SEMANAS
Este é um dos períodos mais longos das semanas, pois compreende 62 semanas, que seria um período de 434 anos. O contexto histórico deste período é de grande importância para o entendimento da His- tória de Israel e também dos Evangelhos.
2.1. O período Interbíblico
Quando falamos do período interbíblico, referimo-nos ao espaço de aproximada- mente 400 anos que Deus ficou sem falar com a humanidade, pois cessaram as revelações de Deus, marca o silêncio profético de Malaquias até a pregação de João Batista. Neste período, surgem vários livros apócrifos e também vários reinos: Persa, Grego, Egípcio, Romano e a própria História dos Macabeus. Uma das maiores contribuições deste período foi a helenização, que se caracterizou com a divulgação do idioma grego, bem como as ampliações das estradas no período romano, que serviram para as viagens missionárias de Paulo.
2.2. A Pessoa do Messias
Paulo mencionou que Jesus veio na "Plenitude dos tempos, ou seja, era o tempo estabelecido por Deus para a vinda de Cristo, quando as condições do mundo favoreciam a Sua aparição. A chegada do Messias é o ponto forte desta segunda fase das semanas de Daniel. Jesus é revelado como Messias, porém é rejeitado pelo Seu próprio povo (Jo 1.11,12); abrindo assim, a porta da graça para os gentios. Jesus foi morto de forma terrível, recebendo o castigo da cruz, cumprindo a profecia de Daniel: "o Messias será tirado", Dn 9.26. Outro fator preponderante neste período é que, após a retirada do Messias, Jerusalém seria destruída, fato este acontecido no ano 70 d.C.
3- A IMPLICAÇÃO DA ÚLTIMA SEMANA DE DANIEL
A derradeira semana, representa apenas sete anos, porém, serão os piores anos da face da terra, pois será o momento do juízo de Deus sobre aqueles que rejeitaram o Seu concerto e foram desobedientes ao Evangelho de Cristo.
3.1 O acerto de contas com Israel
Pelas Escrituras, entendemos que as semanas foram estabelecidas para a nação de Israel (Dn 9.24), portanto, a septuagésima semana será a conversão de Israel ao Messias (Zc 12.10-13). Grandes eventos acontecerão neste período, pois o Templo será reedificado, Israel fará um acordo com o anticristo por três anos e meio, porém o pacto será quebrado e Israel será perseguido, Neste momento, Jesus, de forma visível, pisará no Monte das Oliveiras e este se fenderá ao meio, dando vitória a Israel (Zc 14.1-5). Jesus, o dominador de toda a História, virá com poder e grande glória livrar o Seu povo Israel e instaurar o novo Reino, um Reino que jamais terá fim, conforme anunciado por Daniel.
3.2. Inaugurando um tempo de Juízo
Vivemos no período da graça, momento este em que a semana determinada sobre o povo de Israel, encontra-se parado. A septuagésima semana somente ocorrerá com o arrebatamento da Igreja, ou seja, quando a Igreja do Senhor Jesus for tirada da terra. Nesse período, iniciará a última semana para Israel. Vale salientar, que, enquanto Israel estiver sendo tratado por Deus na terra, e a terra sofrendo os mais terríveis castigos como as sete taças, os sete selos e as sete trombetas, conforme descritos no Apocalipse, os salvos estarão na glória com Cristo, participando das Bodas do Cordeiro e vivendo numa atmosfera de glória eterna. Vale a pena manter-se firme, pois este dia se aproxima. Maranata! Ora vem Senhor Jesus!
SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Historicamente, Ciro conquista a Babilônia em 535 a.C, e consequentemente libertou os judeus, mas, de acordo com o relato de Neemias, o decreto para reconstruir Jerusalém só é expedido no ano de 445 a.C. pelo rei Artaxerxes. Exatamente 483 anos depois, no ano 33 d.C, data esta em que o Messias se ria tirado, com a crucificação de Jesus. Depois deste evento, Jerusalém seria destruída, bem como seu Templo. Os Judeus seriam espalhados e a paz fugiria do mundo. Depois destes eventos é como se o relógio escatológico das setenta semanas parasse. Este tempo entre a sexagésima nona e a septuagésima semana é o período em que estamos vivendo, chamado de plenitude dos gentios e dispensação da Igreja, que é chamado por alguns teólogos de lapso temporal indefinido. No Novo Testamento, encontramos base para afirmar que quando a Igreja está em evidência, o tempo deixa de existir para a nação de Israel (At 15.13-18). Na Consumação dos tempos, se unirá a Igreja com Israel e viverão no Reino eterno, tendo o Senhor Jesus como regente Texto extraído do Livro Fim dos Tempos - (Roza, 2020)
CONCLUSÃO
Deus, em Sua infinita graça e bondade, revela Seu amor não somente para com a nação de Israel, mas também pelos gentios que andavam errantes e distantes dEle.
Complementando
Conhecido como o Doomsday Clock. o "Relógio do Apocalipse" foi criado em 1947 por Robert Oppenheimer e outros cientistas norte-americanos no final da 2ª Guerra Mundial. Em 2023 o relógio foi ajustado para 90 segundos para a meia-noite. É tempo de despertamento!
Eu ensinei que:
As setenta semanas de Daniel mostram o total controle de Deus sobre os eventos históricos, usando-os para tratar com Israel e revelar Seu amor ao mundo.
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