domingo, 11 de agosto de 2024

ESCOLA DOMINICAL EDITORA BETEL - Lição 7 / 3º Trim 2024


A relevância da Igreja para o crescimento e a vida do Cristão
18 de Agosto de 2024



TEXTO ÁUREO
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, o varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Efésios 4.13

VERDADE APLICADA
A vida do discípulo de Cristo, que inicia no novo nascimento, deve ser uma vida de contínuo desenvolvimento e crescimento em Cristo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apontar a relevância da Igreja na vida do cristão.
Esclarecer que a Igreja de Cristo é um corpo vivo,
Conscientizar cristãos sobre participação e vida no Corpo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EFÉSIOS 4
11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Pv 4.18 O processo de crescimento não termina aqui.
TERÇA | At 9.26-27 Barnabé: fundamental no ministério de Paulo.
QUARTA | Rm 15.1-13 O exemplo da abnegação de Cristo.
QUINTA | Ef 4.11-12 A edificação do Corpo de Cristo.
SEXTA | 1Tm 1.2 Timóteo: verdadeiro filho na fé de Paulo.
SÁBADO | Hb 13.17 A importância do respeito à liderança pastoral.

HINOS SUGERIDOS: 372, 374, 375

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que os salvos em Cristo cresçam na graça e conhecimento de Deus.

INTRODUÇÃO
A Igreja desempenha um papel fundamental no crescimento do cristão, pois proporciona ao mesmo um ambiente de comunhão, apoio mútuo, fortalecimento da fé e encorajamento em momentos de dificuldades.

1- O ministério ajuda no crescimento cristão
Vejamos, portanto, a relevância da contribuição do ministério para o crescimento da vida cristã.

1.1. A importância dos líderes ministeriais.
Em Efésios 4.11-12 está escrito que Deus dá à Igreja líderes ministeriais visando o aperfeiçoamento dos santos, ou seja, o desempenho do seu serviço e a edificação do Corpo de Cristo. Vemos assim que a diversidade de ministério é essencial para o crescimento da vida cristã, como, por exemplo: o pastor acolhe e alimenta, o evangelista estimula a evangelização e o crescimento da Igreja, o mestre promove o crescimento por meio do ensino da Palavra e o profeta encoraja e produz avivamentos. Todos esses são ministérios essenciais para a vida cristã.

Professor(a): Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Nosso crescimento e aperfeiçoamento como membros do Corpo de Cristo passa pelo pastoreio. Vide Efésios 4.11-16. É preciso refletir: Jesus dá dons e ministérios à Igreja visando o quê? Não são poucos na Igreja evangélica brasileira que retardam o próprio crescimento espiritual por não se submeterem ao discipulado e pastoreio.”

1.2. O ensino promovia crescimento à Igreja Primitiva.
Uma das verdades que caracterizam essa Igreja é porque era uma Igreja que aprendia, ou seja, crescia pela doutrina ou ensinamento dos apóstolos [At 2.42]. A fidelidade ao ensino dos apóstolos era a primeira marca da Igreja que crescia. A perseverança no estudo e no aprendizado deve se tornar uma das marcas da Igreja, só assim ela poderá crescer, fortalecer e vencer os muitos embates da vida. Uma revitalização do ministério do ensino na Igreja hoje traria um crescimento saudável como o foi na Igreja Primitiva [At 9.31]. O ministério do ensino alcançou seu apogeu no próprio Cristo. Ele foi muito mais conhecido como mestre do que como pregador, ou talvez, ele pregasse ensinando, que é o verdadeiro ideal.

Professor(a): Comentário Bíblico Moody sobre Atos 2.42: “A doutrina dos apóstolos ou seus ensinamentos. Os ensinamentos do Senhor, coro a proclamação de Sua vida, morte e ressurreição, mais o seu significado para a salvação do homem. Estes ensinamentos eram tradição de autoridade na Igreja Primitiva e mais tarde foram incluídos em nosso Novo Testamento. Esses crentes primitivos encontravam deleite em terem comunhão uns com os outros, particularmente no partir do pão (que provavelmente consistia de uma refeição fraternal, com a Ceia do Senhor) e em regulares períodos de oração em conjunto.”

1.3. A importância dos mestres para o crescimento da Igreja.
Paulo foi um dos maiores mestres do cristianismo de todos os tempos, mas ele mesmo teve mestres em sua vida [At 22.3]. Após a sua conversão, foi extremamente ajudado por Barnabé [At 9.26-27; 11.25-26]. Embora muitas vezes esquecido, Barnabé foi de fundamental importância no crescimento do ministério de Paulo. O apóstolo dos gentios aprendeu a lição e no exercício do seu ministério teve muitos filhos na fé, dentre os quais se destaca Timóteo [1Tm 1.2]. A grande verdade é que todo crente precisa reconhecer o valor daqueles que ensinam [Hb 13.7, 17].

Professor(a): A Warren Wiersbe sobre Hebreus 13.17: “Os cristãos devem se submeter à Palavra ensinada e vivida por seus líderes espirituais. Ser o pastor responsável pela guarda de almas é algo solene. O pastor tem de prestar contas ao Senhor de seu ministério, pois, se o rebanho desobedecer à Palavra, a dor é dEle, não do pastor. É muito importante respeitar a liderança pastoral e submeter-se à Palavra.”

EU ENSINEI QUE:
Deus dá à Igreja líderes ministeriais visando o aperfeiçoamento dos santos, ou seja, o desempenho do seu serviço e a edificação do Corpo de Cristo.

2- O convívio na Igreja e o crescimento cristão
A qualidade do ambiente em cujo contexto alguém está inserido exerce forte influência sobre essa pessoa. Vejamos, portanto, como o ambiente da Igreja contribui para o crescimento dos seus membros.

2.1. O ambiente na Igreja. 
O amplo sistema de apoio da comunidade cristã é um dos maiores benefícios de ser cristão. Crescer na vida cristã, apesar de ser uma necessidade individual, é também coletiva. Unir-se a uma Igreja local é crucial no processo de crescimento, aperfeiçoamento e amadurecimento do discípulo de Cristo. É a convivência na comunidade de fé que oportuniza a prática da mutualidade, caracterizada pela expressão frequente nas páginas do Novo Testamento – “uns aos outros”, na edificação, admoestação, suportando, exortando, ajudando, estimulando. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes” [Ef 4.14]. O texto de Romanos 15.1-2 nos recomenda a compreender os fracos.

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento sobre Romanos 15.1- 2: “A ausência de diretrizes claras na Bíblia a respeito de alguns assuntos tornou os fracos excessivamente cautelosos. Nós não devemos agradar a nós mesmos à custa dos outros. Pelo contrário, nós devemos ajudar o nosso próximo fazendo que aquele que esteja cansado se fortaleça espiritualmente.”

2.2. O ambiente na Igreja não é perfeito.
Os conflitos e desafios vividos dentro da Igreja quando enfrentados com amor são elementos poderosos para o crescimento cristão. Há muita gente focando somente os defeitos na Igreja e vivem em busca de uma Igreja perfeita, isso é uma triste ilusão, não há perfeição onde se encontram seres imperfeitos, e a Igreja é composta por pessoas imperfeitas. A Bíblia diz que todos nós estamos em um processo de crescimento que não terminará aqui [Pv 4.18], por isso, somos ensinados a suportar o irmão [Ef 4.2], isso significa ser paciente com ele nas suas fraquezas e falhas, ajudar a carregar o fardo um do outro [Gl 6.2] e a perdoar aqueles que nos ofendem [Ef 4.32]. Todas essas atitudes e muito mais nos conduzem ao crescimento cristão.

Professor(a): Bispo Abner Ferreira (Efésios – A Igreja gloriosa e o eterno propósito de Deus, Editora Betel, 2021, p. 75): “Longanimidade e paciência – Longanimidade é a atitude de tolerar o desconforto sem nunca revidar. A palavra grega usada é “makrothymia” que significa: “aguentar com paciência pessoas provocadoras’: É o estado de espírito estendido ao máximo, fala de uma tolerância mútua sem a qual nenhum grupo de seres humanos poderá conviver em paz. “…com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” [Ef 4.2]. O termo “suportando- -vos” está relacionado à longanimidade, que é a capacidade de suportar, sem se aborrecer, com os vários inconvenientes ou provas que surgem em nosso relacionamento com os demais e Paulo se refere aqui ao nosso relacionamento com os irmãos da Igreja.”

2.3. O serviço na Igreja é fundamental para o crescimento.
Fomos chamados para servir [1Ts 1.9], deixar os ídolos e servir ao Deus vivo e verdadeiro. Assim como um homem cresce com o seu trabalho, igualmente crescemos na vida cristã, quando servimos ao Senhor.

Professor(a): Pr. Abrahão Cipriano (Livro “Obreiro de valor” – Editora Betel, 2015): “É válido ressaltar que o crescimento espiritual de um servo não se dá da noite para o dia, nem é quantitativo, mas qualitativo. Não há vida cristã sem a oração e a Palavra. Não há ministério frutífero sem a direção do Espírito Santo. Não há obreiros sem Igreja, nem Igreja sem obreiros. Que as nossas orações sejam para que o nosso Deus, o Senhor da seara, levante homens e mulheres comprometidos com o Reino e com a divulgação do Evangelho [Mt 9.38].”

EU ENSINEI QUE:
O ambiente da Igreja contribui para o crescimento dos seus membros.

3- A lei do crescimento por meio do fazer
Atos 1.1 registra que Lucas relatou a Teófilo tudo que Jesus começou a fazer e a ensinar. O fazer é um princípio presente na vida de Cristo. Ele não só ensinou, Ele fez. O fazer gera experiência e crescimento. Tudo aquilo que não é exercitado tende a atrofiar, mirrar e secar. Assim também é na vida cristã, os dons e capacidades que Deus nos deu precisam ser desenvolvidos. Dessa forma, vemos que não há automatismo. Por isso, Paulo ordenou a Timóteo para despertar, avivar o dom que havia recebido [2Tm 1.6].

3.1. Como desenvolver os talentos recebidos de Deus. 
Só se aprende fazendo, ninguém aprende a dirigir sem pegar no volante, nem aprende a nadar sem entrar na água, de igual modo a nossa fé, a nossa vida espiritual só se desenvolve à medida que é colocada em ação. Quando você negocia os seus talentos, eles aumentam e também a sua capacidade de administrar [Mt 25.20].

Professor(a): O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento sobre Mateus 25.22- 23: “O primeiro dos dois servos recebeu a mesma recompensa, embora a quantidade de dinheiro tenha sido diferente. A recompensa é baseada na fidelidade, não no tamanho da responsabilidade. A menor tarefa na obra de Deus pode levar-nos a receber uma grande recompensa se formos fiéis ao realizá-la [Mt 10.42].

3.2. A lei do Crescimento está presente na vida cristã.
O crescimento espiritual não é uma opção que devemos escolher, mas um imperativo que temos que obedecer. Em 2Pedro 3.18 somos ordenados a crescer em graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O cristão só tem uma opção: crescer e crescer. A vida cristã já foi comparada a andar de bicicleta: a pessoa precisa pedalar, pois se parar não conseguirá se manter. É digno de nota a ênfase que o apóstolo Pedro dá ao crescimento espiritual dos que estão em Cristo: 1 Pedro 2.2; 2 Pedro 1.5; 3.18. A vida do discípulo de Cristo é uma vida de desenvolvimento. Não podemos nos acomodar, pois ainda não alcançamos a plenitude [Ef 4.13]. Crescimento é o que se espera daquele que nasceu de novo [1 Pe 1.23]. Trata-se, assim, de um processo contínuo e imprescindível para não sermos inoperantes e improdutivos [2Pe 1.8].

Professor(a): Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Há a tendência em muitos de justificar o não crescimento espiritual usando as circunstâncias contrárias como causa. Contudo, ao observarmos o contexto histórico dos primeiros destinatários das epístolas do apóstolo Pedro, verificamos que as circunstâncias eram bastante desafiadoras: perseguição, tribulações, sofrimento, falsos mestres, entre outros. Porém, ambas as epístolas fazem um chamado ao crescimento espiritual [1 Pe 2.2; 2Pe 3.18].”

3.3. Essa é uma lei para hoje.
Paulo recomendou a Timóteo que, assim como havia ouvido dele, também transmitisse a homens fiéis, que, por sua vez, também transmitissem a outros e assim sucessivamente, ou seja, esses princípios devem permanecer em pleno vigor em nossos dias até a volta gloriosa de Cristo [2Tm 2.2]. Se não nos preocuparmos em formar a geração de hoje, pode acontecer conosco o mesmo que aconteceu nos tempos dos juízes: após a morte de Josué, levantou-se uma nova geração “que não conhecia ao Senhor, tampouco a obra que fizera a Israel” [Jz 2.10].

Professor(a): Pr. Marcos Sant’Anna (Livro “Aperfeiçoamento cristão” – Editora Betel, 2018): “Que o Espírito Santo nos desperte e nos conduza neste processo de crescimento espiritual, para que sejamos cada vez mais firmes e estáveis, à semelhança dos grandes cedros no norte da Palestina [Sl 92.12]. Para tanto, precisamos diariamente ir abandonando práticas da velha maneira de viver a fim de que o desenvolvimento da nova maneira não seja impedido, até que cheguemos “à medida da estatura completa de Cristo” [Ef 4.13]. Como no tempo da Igreja Primitiva, as circunstâncias contrárias não impedem o crescimento para salvação [1 Pe 2.2].”

EU ENSINEI QUE:
O fazer é um princípio presente na vida de Cristo. Ele não só ensinou, Ele fez. O fazer gera experiência e crescimento.

CONCLUSÃO
Vimos nesta lição que o crescimento e desenvolvimento do discípulo de Cristo ao longo da jornada cristã nesta terra passa, necessariamente, pela convivência em uma Igreja local, pelos cuidados recebidos por parte daqueles que o Senhor Jesus concede à Igreja para o exercício de diferentes ministérios e pelo interesse e comprometimento pessoal de cada um, “até que todos cheguemos (…) à medida da estatura completa de Cristo” [Ef 4.13].


Pr Marcos André (Teólogo) - convites para ministrar palestras, aulas e pregações: contato 48 998079439 (Whatsapp)

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