Deus deu princípios ao Seu povo para nortear a comunhão com Ele e com o próximo
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar a importância dos Dez Mandamentos
Explicar a importância dos Dez Mandamentos
Citar as bênçãos produzidas pelos Dez Mandamentos
ÊXODO 20
1- Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2- Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3- Não terás outros deuses diante de mim.
4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA | Gn 15.18 Deus faz um pacto com Abraão
TERÇA | Êx 34.7 Deus faz um pacto com a nação de Israel.
QUARTA | Lv 19.18 O dever de amar o próximo.
QUINTA l Dt 6.5 O dever de amar o Senhor de todo o coração.
SEXTA | Dt 26.5-9 O dever de honrar ao Senhor.
SÁBADO | Rm 7.12 A Lei é santa.
Ore para que o amor ao próximo seja cada vez mais vivido em nossas atitudes.
Vamos iniciar o estudo acerca dos Dez Mandamentos enfatizando a relevância de conhecermos, compreendermos e vivermos segundo a vontade de Deus, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e refletindo tal comprometimento em agradar ao Senhor em todas as áreas do nosso viver: com Deus e com o próximo [Mc 12.30-31]
PONTO DE PARTIDA – A Lei de Deus é eterna e imutável.
Iniciemos este enriquecedor estudo sobre o Decálogo enfatizando, inicialmente, sua relevância como base para a fé e o viver da nação – povo de Deus [Êx 19.4-6] – recém-saída da escravidão e a caminho da Terra Prometida. Devemos conhecer, pois é a Palavra de Deus que revela o caráter de Deus e como o Seu povo deve se relacionar com Ele e com o próximo.
1.1. Os Dez Mandamentos – a Lei de Deus.
Professor(a): Gleason L. Archer Jr. (Panorama do Antigo Testamento, Vida Nova, 2012> p. 280): aliança e o Decálogo – Em Êxodo 19.3-8, a aliança com Abraão e sua semente [Gn 12; 15; 17] foi renovada com seus descendentes, já que se tinham transformado em grande nação. (…) Quanto ao Decálogo [Êx.20.1-17], a base inteira das suas sanções é declaradamente a redenção que Deus opera pela graça (“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão”: v. 2). Os mais solenes avisos contra a desobediência (produto da descrença e da rejeição de Deus) vinculam-se às mais abundantes promessas de graça (“mas sou misericordioso com mil gerações dos que me amam e guardam os meus mandamentos”, v.6).”
1.2. O prefácio dos Dez Mandamentos.
Professor(a): Comentário Bíblico Moody (Imprensa Batista Regular, 1984, p. 89): ‘i\ Lei foi dada a um povo já salvo [1h: 19.4; 20.2] a fim de instruí-lo na vontade do Senhor, para que pudesse realizar o propósito de Deus como “um reino de sacerdotes e uma nação santa” [Êx 19.6]. Importante pontuarmos aqui que o apóstolo Pedro aplicou esta afirmação sobre a identidade do povo de Israel aos discípulos de Cristo [1Pe 2.9]. Hoje, como povo de Deus, devemos obedecer à Sua Palavra, pois fomos “comprados por bom preço” [1Co 6.20].
1.3. A importância dos Dez Mandamentos.
Professor(a): Pr. Sérgio Costa (Pentateuco – Origem, Promessa e Aliança, Editora Betel, 2023. p. 89-93) comenta sobre “O recebimento da Lei” e expõe de forma esclarecedora o princípio da obediência, também crucial na vida do discípulo de Cristo, a partir do padrão de leis que encontramos em êxodo: “A Lei nunca se destinou a ser um meio de salvação, pois a salvação sempre foi e continua a ser uma questão de fé nas promessas de Deus, que agora nos foram reveladas e cumpridas cabalmente em Cristo [Rm 4.13]. (…) em nosso contexto contemporâneo, obedecer está ligado, para o mundo e de forma pejorativa, a uma servidão cega e opressora, mas esse conceito de obediência opressora não é o cerne do relacionamento entre Deus e o Seu povo. (…) obedecer ao Senhor, não somente por obrigação, mas por um sentimento de gratidão por tudo que Deus fez à nação. Na verdade, a obediência é uma resposta de fidelidade ao amor que Deus sente por Seu povo, é um reconhecimento pela bênção da liberdade e da vida plena.”
Assim como Deus não muda, seus princípios também são imutáveis.
Os Dez Mandamentos soam como grandes proibições para muitos, mas foram estabelecidos por Deus como um meio de produzir uma vida melhor.
2.1. Diretrizes para o viver como povo de Deus.
Professor(a): Lawrence Richards (Comentário Bíblico do Professor, Editora Vida, 2004, p. 107-108): "A primeira revelação da Lei a Israel tinha duas funções específicas. Em primeiro lugar, revelava o caráter de Deus. Se o propósito de Israel era refletir o caráter de Deus e, assim, dar glória a ele, tinham de entender o caráter divino. Os Dez Mandamentos são a primeira revelação precisa do caráter moral e dos valores mais profundos de Deus. A segunda função importante da Lei é definir claramente as expectativas de Deus. Em padrões claros e bem definidos, o povo de Deus foi informado de como o Senhor esperava que se comportassem.”
2.2. Um “não” positivo para a vida.
A forma negativa da expressão “não farás”, ou similares, é a que prevalece no Decálogo. Por quê? Porque a formulação negativa chega a ser mais precisa e pontual do que a positiva. Algo é negado, mas, por oposição, todo o resto é permitido. Por exemplo, uma prescrição que diz “seja honesto” está bem; mas se for especificado “não roube”, “não matar”, o que está sendo aludido e proibido é estabelecido com exatidão. Então, fora das proibições específicas, há uma série de possibilidades que podem ser abordadas no âmbito da liberdade humana. Apenas o que é observado como uma falha à vida comunitária ou o serviço direto a Deus é visto como condenável.
Professor(a): Jochem Douma (Os Dez Mandamentos – Manual para a vida cristã, Editora CURE, 2019): “Oito vezes ouvimos: “Não’: e os dois outros mandamentos (o quarto e o quinto) indicam claramente, por meio de sua instrução positiva, que certas coisas são proibidas. Em vista de tantas formulações negativas, é possível, ainda, falar de uma Lei da liberdade? Não perdemos a liberdade da qual o Prólogo dá testemunho, assim que chegamos aos mandamentos? Podemos, certamente, deduzir das formulações negativas que o homem é pecador, inclinado a transgredir a Lei.(…). As portas da liberdade provêm uma abertura permanente em um muro que você não pode escalar. Sinais de trânsito não restringem o tráfego, mas providenciam ordem para o movimento”.
2.3. Um marco histórico.
Professor(a): O fator marcante da vida de Israel é sua libertação da escravidão do Egito. Ao dizer: “… que te tirei da terra do Egito> da casa da servidão” [Êx 20.2), Deus estava cumprindo a promessa de redenção feita a Abraão [Gn 15.13-14). A libertação de Israel do Egito prefigura a nossa redenção, pois éramos prisioneiros do pecado e Cristo nos libertou [Jo 8.32,36; a 1.13-14].
Deus sempre usa princípios para conduzir Seu pow a Seus propósitos.
Tudo o que está escrito é para ser vivido e praticado. Tudo o que temos a fazer como filhos de Deus é conhecer o que devemos praticar. Os mandamentos de Deus estão em 1 conformidade com o Seu caráter. Os mandamentos são parte dEle mesmo e aplicá-los às nossas vidas será 1 de grande enlevo para todos nós.
3.1. As bênçãos condicionais dos Dez Mandamentos.
1) Propriedade peculiar de Deus ou “meu tesouro especial”, (NVI). Tal expressão indica um relacionamento especial com o Todo-Poderoso. Que grande privilégio;
2) Reino sacerdotal - aponta para serviço. Um povo na terra com um relacionamento especial com Deus não se fecha em si mesmo, mas age como representante de Deus no mundo e em favor do mundo. Isso nos lembra a palavra de Deus para Abraão – Gênesis 12.3 “abençoar todas as famílias da terra’;
3) Povo santo - separado por Deus para viver de acordo com a vontade de Deus [Lv 20.26] e não segundo os costumes das nações [Lv 18.3-4].
Professor(a): São propósitos da Lei: proporcionar uma norma moral pela qual os redimidos possam mostrar que são filhos de Deus e viver em justa relação com seu Salvador e com o próximo; demonstrar que Deus é santo e Ele exige a santidade de toda a raça humana; mostrar à humanidade seu estado pecaminoso e fazê-la entender que somente mediante a graça pode ser salva. A Lei era um mestre para ensinar a Israel e ajudá-lo a permanecer em contacto com Deus [Gl 3.24-25].
3.2. O espelho dos Dez Mandamentos. Christopher Eric Hitchens, jornalista, escritor e crítico literário britânico e americano, considerado um dos mais influentes ateus da história, atacou severamente os Dez Mandamentos, afirmando que Deus exigia o impossível ao proibir os pensamentos desejosos nos mandamentos. Disse que se Deus realmente desejasse que as pessoas estivessem livres de tais pensamentos deveria ter tido mais cuidado e criado uma espécie diferente. Dizer que Deus cometeu erro ao exigir o impossível é mal interpretar o propósito dos Dez Mandamentos. Eles foram dados para nos ajudar a identificar um problema que está no mais profundo de nossa alma: o pecado [Sl 14.2-3; Rm 3.10]. Os Dez Mandamentos são como uma radiografia, pois apresentam o problema que está dentro de cada um de nós.
Professor(a): Digamos que uma pessoa sofreu uma forte queda, seu braço inchou e está com muitas dores. O que faz? Ela precisa de um raio-x para conhecer o dano causado e como vai tratá-lo a partir dali. O raio-x revela o que de fato se passa por dentro, porém, o raio-x não cura seu braço, não lhe traz melhoras, seu braço ainda estará quebrado. O raio-x não resolveu o problema, mas “revelou” o problema para que ele recebesse o tratamento adequado. Assim são os Dez Mandamentos.
3.3. Os Dez Mandamentos são eternos.
Professor(a): Muitos estão cometendo os mesmos erros vividos pelos israelitas em sua caminhada com Deus para a Terra Prometida. Eles tinham Deus e Sua Lei, mas viviam como se essas leis não existissem. O problema moral não é novo, ele é fruto da natureza caída do ser humano e a única forma de contê-lo é passando pela experiência do novo nascimento, confiando em Jesus Cristo e em Sua obra de redenção e andando em Espírito, para um viver que agrada a Deus.
Os mandamentos de Deus estão em conformidade com o Seu caráter.
É pela lei que vem o conhecimento do pecado. É ela que nos mostra que precisamos da obra de salvação de Jesus Cristo. A lei é boa porque, além de apontar para nós mesmos, mostrando onde falhamos, ao mesmo tempo nos ensina a viver para a glória de Deus (1 Tm 1.8).
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