quinta-feira, 10 de outubro de 2024

ESCOLA DOMINICAL BETEL CONECTAR JOVENS - Lição 2 / 4º Trim 2024

 

O AMOR DO PAI POR SEUS FILHOS
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Texto de Referência: Lc 15.20-32

LEITURA SEMANAL

Seg Lc 15.1,2 Os lideres religiosos criticavam Jesus, pois Ele se relacionava com pecadores.

Ter Lc 15.7 Há alegria no céu quando um pecador se converte

Qua Lc 15.10 Até mesmo os anjos se alegram quando há conversão de um pecador.

Qui Lc 15.13 O filho mais jovem gastou toda a sua herança.

Sex Lc 15.20 O pai ansiava pelo retorno do filho perdido.

Sab Lc 15.28 O filho mais velho rejeitou o retorno do seu irmão.

VERSÍCULO DO DIA
"E disse: Certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda", Lc 15.11,12.

VERDADE APLICADA
Deus, em Sua infinita misericórdia e graça, anela o retorno do perdido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar as estruturais histórico-sociais da Parábola do filho pródigo;

✔ Apresentar o tipo de relacionamento do pai e seus filhos; 

✔ Identificar o amor e a misericórdia de Deus ensinados nesta Parábola.

MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que a cada dia conheçamos mais a Deus e desfrutemos de Seu Amor, honrando-O com nossa maneira de viver.

INTRODUÇÃO
No capítulo quinze do Evangelho de Lucas, Jesus narrou três Parábolas, ensinando sobre Seu relacionamento com os pecadores e a misericórdia de Deus: 1) da ovelha perdida; 2) da dracma perdida; e 3) do filho perdido; todas são respostas aos críticos de Jesus, pois através dessas Parábolas, Ele exemplificou a ação de Deus em prol do perdido.

Ponto-Chave
"A misericórdia de Deus é superior a qualquer tipo de percepção de justiça que o ser humano pode realizar ou esperar."

1- O CONTEXTO DA PARÁBOLA
Esta Parábola conhecida popularmente como "do filho pródigo", foi pronunciada por Jesus para apresentar a salvação oferecida por Deus aos perdidos, oprimidos, pecadores e todos que sofrem. Ela foi endereçada aos opositores de Jesus de modo a evidenciar o Seu perdão e o Seu amor para com aqueles que se arrependem (Lc 15.11,32). Arrependimento é se sentir triste por causa de seu pecado e decidir mudar.

1.1. O direito à herança
A Parábola conta a história de um pai que possuía dois filhos, que, em certo momento, o mais novo pediu sua parte da herança (Lc 15.12). Naquele tempo, existiam duas formas de transmissão de herança: 1) através de um testamento; e 2) entre vivos, que consistia que o pai dividiria seus bens, mas, somente depois de sua morte, seus herdeiros poderiam gozar de suas posses. De acordo com Craig S. Keener (Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2017, p.259-261), o pedido do filho mais novo era algo impensável na Antiguidade, pois queria dizer: "Pai, queria que estivesse morto. O filho, mesmo recebendo antecipadamente sua herança, não poderia, em hipótese alguma, desfrutar de sua parte antes da morte de seu pai, esta atitude refletia sua rebeldia, desprezo e desonra com seu pai. 

1.2. A vida longe do pai
Muitos jovens na Palestina, como afirma Keener (Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2017, p.259-261), migravam para regiões economicamente mais prósperas em busca de riquezas. O jovem filho converteu toda sua herança em dinheiro, vendeu o terço dos bens e posses de seu pai, algo que poderia ser exigido mais tarde. Ao chegar em uma terra distante, começou a viver de forma desregrada, desperdiçando tudo aquilo que seu pai juntou ao longo da vida, perdendo todas as suas economias (Lc 15.13). Por fim, precisou trabalhar para se manter, realizando o trabalho mais humilhante para um judeu, apascentando porcos (Lc 15.15). Além de humilhado, passou necessidade, de tal forma que sentiu vontade de comer a comida dos porcos (Lc 15.16). A vida longe de Deus é um abismo que chama outro abismo (SI 42.7), ocasionando pecado, vergonha e escárnio na vida do homem.

Refletindo
"A bondade de Deus é a raiz de toda bondade, e nossa bondade, se é que temos alguma, origina-se da bondade dEle". William Tyndale

2- OS FILHOS E O PAI
Podemos nos perguntar o porquê o pai permitiu que o filho mais moço tomasse tal atitude, mas vale nos ater em que o foco da Parábola está no amor do pai, que representa o amor de Deus. Quem ama liberta, o amor só é pleno quando este respeita a escolha do outro (1Co 13.4,5). Este pai tinha dois filhos, um distante e outro em sua casa, mas ambos, perdidos.

2.1. O retorno do filho mais moço 
Após a condição humilhante de subsistência do filho mais novo, de tal forma que seu trabalho se assemelhava ao trabalho escravo, o texto diz que ele "caindo em si" (Lc 15.17). Tal expressão, tanto no aramaico, que era a língua materna de Jesus, quanto no hebraico, significa "converteu-se". O sofrimento e a tribulação fazem parte dos métodos pedagógicos de Deus para nos ensinar e corrigir nossos erros (Hb 12.6). Ao voltar à casa do pai, foi recebido com um banquete, recebeu um anel, sandálias nos pés e vestes novas (Lc 15.22). É isso que o Senhor faz conosco: nos perdoa, e restabelece a nossa condição de filhos de Deus.

2.2. A atitude do filho mais velho 
Tendo em vista que o filho mais moço gastou toda a sua herança, o que sobrou na casa do pai pertencia por direito ao filho mais velho. Costumeiramente, jovens que saiam para se aventurar não voltavam, ou morriam por salteadores, por doenças, ou viravam escravos e iam para lugares longínquos, de modo a nunca mais voltar para casa (Lc 15.27). O retorno do filho mais moço é uma alegria incomparável, mesmo diante da afronta feita ao seu pai anteriormente; no entanto, o mais velho encontrava-se indignado. O irmão mais velho censurou seu pai, negando ao filho mais moço o direito de ser chamado de "irmão", chamando-o de "este teu filho" (Lc 15.30). Todavia a felicidade do pai ao recebê-lo com vida suplanta toda desonra praticada.

3- APLICAÇÕES PARA VIDA
A Parábola do Filho Pródigo nos faz refletir e nos posicionar em que lado nós estamos: do filho gastão que vive uma vida dissoluta, do irmão mais velho que sente indignação diante do fato ou a posição do pai que recebe seu filho com amor e misericórdia?

3.1. A misericórdia de Deus 
Jesus nos ensina sobre a misericórdia de Deus. Em muitas passagens, podemos observar Jesus se movendo de íntima compaixão para com aqueles que padeciam (Mt 9.36; Mc 6.34). A misericórdia é o atributo em Deus que O move diante do sofrimento humano. O pecado, muitas vezes prazeroso, aprisiona o ser humano e faz com que ele sofra e padeça, passe pela miséria e pela penúria e coloca-o nas mãos de Satanás. Deus se alegra, assim como os anjos, quando um pecador se arrepende e volta à Sua presença. Somente um coração que experimentou e reconheceu a misericórdia de Deus pode agir de tal forma (Mt 9.13).

3.2. O amor de Deus para com o perdido
Quem nós somos nesta Parábola? Aquele que gasta a herança do Pai com coisas efêmeras? Aquele que, mesmo na casa do Pai, está distante dEle, não goza de Sua presença e dos privilégios de ser filho? Independentemente de nossa condição, o Pai está sempre de braços abertos. Ele ignora nossa ingratidão, quando, verdadeiramente, "caímos em si, reconhecendo nossas misérias e, humilde mente, entramos em Sua presença. Ele nos restabelece completamente como filhos, nos dá dignidade e perdoa os nossos pecados.

SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
A misericórdia de Deus é Sua ternura de coração para os necessitados. Enquanto a Graça é Sua relação com os pecadores culpados, e Seu agir de um modo que estes não merecem, a Misericórdia é sua relação com o miserável e necessitado. Deus, portanto, ouve o clamor do necessitado e sabe de seus sofrimentos (Ex 3.7). Também é apresentado no ministério de Jesus quando sentia compaixão daqueles acometidos por doenças físicas (Mc 1.41), possessões demoníacas (Mc 5.19), e por aqueles que passam fome e restrições (Mc 8.2). Fonte: (ERICKSON, Milard. Teologia Siste mática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p.191-192).

CONCLUSÃO
Podemos chamar a Parábola do filho pródigo, de Parábola do pai amoroso, pois evidencia o amor de Deus para todos aqueles que se encontram distantes do Senhor, sejam aqueles que se encontram desviados, ou aqueles que, mesmo na igreja, estão perdidos.

Complementando
Esta Parábola apesar de estar na epígrafe de nossas Bíblias como "a Parábola do Filho Pródigo", era endereçada primeiramente às pessoas que mais se parecem com o filho mais velho, pois muitas pessoas preferem a atitude deste filho. A conclusão abrupta da Parábola com o diálogo do pai e o filho mais velho exige dos ouvintes, ou uma postura semelhante a do pai, compatível ao amor divino, ou a do filho mais velho, desfavorável à misericórdia e ao amor divino.

Eu ensinei que:
A Parábola do filho pródigo exige de nós uma postura de misericórdia, amor e acolhimento aos perdidos.

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