AS ESCOLHAS DE HOJE REFLETIRÃO NA ETERNIDADE
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Texto de Referência: Lc 16.19-31
LEITURA SEMANAL
Seg Jo 9.2,3 Algumas provações acontecem para que Deus seja glorificado.
Ter 1Jo 4.20 A forma que tratamos o nosso próximo reflete nossa comunhão com Deus.
Qua 1Pe 5.6,7 Deus, em Seu tempo, nos exaltará, se nos humilharmos.
Qui 2Co 5.10 Os crentes comparecerão diante do Tribunal de Cristo.
Sex Ap 20.11 Os ímpios prestarão contas diante do Grande Trono Branco.
Sáb Hb 9.27 Depois da morte, não há mais oportunidade de arrependimento.
VERSÍCULO DO DIA
"Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite", Lc 16.31.
VERDADE APLICADA
Após a morte, o salvo em Jesus Cristo será conduzido ao Céu, enquanto que o ímpio será conduzi- do ao tormento eterno.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar a realidade do rico e Lázaro;
✔ Apresentar a realidade pós-morte:
✔ Aplicar os ensinamentos da Parábola do rico e Lázaro.
Oremos para que possamos perseverar firmes na esperança do glorioso porvir.
INTRODUÇÃO
A Parábola do rico e Lázaro nos ensina sobre a realidade pós-morte e nos mostra a importância de viver debaixo da Palavra de Deus.
Ponto-Chave
"Existirá um juízo além desta vida (Hb 9.27) e todos nós prestaremos contas diante de Deus".
1- VIGIAI, APÓS A MORTE, NADA MAIS PODERÁ SER FEITO
A pregação de Jesus, além de ser uma boa notícia para aqueles que creem, ensina- -nos que os últimos dias chegarão e que o momento da decisão urge para todos os ouvintes. Diante de tal exigência, Jesus pronuncia a Parábola do rico e Lázaro.
1.1. O pobre Lázaro
Embora haja discussão entre os estudiosos se a narrativa do rico e Lázaro é apenas uma ilustração ou se, de fato, aconteceu; percebemos, entretanto, que seu relato é um tanto diferenciado das demais Parábolas. A narrativa apresenta-nos três personagens, dentre os quais, dois deles são mencionados nominalmente: Lázaro e Abraão. O terceiro personagem não mencionado pelo nome é um homem rico. O texto afirma que Lázaro era um mendigo, com o corpo coberto de feridas, o que lhe impedia de andar e exercer qualquer outra atividade (Lc 16.21), e seu lugar de mendicância era na rua, em frente ao portão do palácio do rico. Jesus narra que o pobre Lázaro ficava no local, desejando matar a fome com as migalhas que caiam da mesa do homem rico. E até os cães vinham lamber as suas feridas. É importante mencionar que no período de Jesus acreditava-se que as pessoas que possuíam algum tipo de enfermidade estavam debaixo do juízo de Deus, mas sabemos que, segundo a fala de Jesus, isso não é uma verdade categórica (Jo 9.2,3).
1.2. O rico
Não sabemos o nome do rico, somente que Lázaro passava fome em frente à sua casa e desejava se alimentar das migalhas que caiam da mesa (Lc 16.21). Na Antiguidade, conforme os estudiosos e historiadores, utilizavam-se de pedaços de pão velho para limpar os pratos e enxugar as mãos, semelhante ao que se faz atualmente com esponjas ou qualquer tipo de papel toalha. O rico era tão perverso que não permitia que Lázaro se alimentasse com o seu próprio lixo. O homem sem Deus não ama o seu próximo, se não podemos fazer o bem àqueles que vemos como poderemos afirmar que amamos a Deus que não vemos? (1Jo 4.20).
Refletindo
"A generosidade não nos faz merecer a vida eterna, mas revela onde está nosso coração". John Piper
2- A CONDIÇÃO APÓS A MORTE
É preciso destacar que a Parábola do rico e Lázaro é uma passagem de Jesus anotada exclusivamente no Evangelho de Lucas 16.19-31. Observando a narrativa do Mestre, notamos que os salvos, que morreram em Cristo, esperam a ressurreição no Céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento que não se pode exprimir por palavras. Assim, de vemos apregoar o Evangelho, ganhando o maior número de pessoas para Cristo e livrando-as da condenação eterna.
2.1. A condição de Lázaro
A condição de Lázaro, após a morte apresentada por Jesus, tenta causar uma reação nos Seus ouvintes, em especial, aos judeus. O livro de Jó deixa transparecer entre as suas páginas que os judeus entendiam que as pessoas acometidas de enfermidades e que passavam por dificuldades financeiras estavam debaixo do juízo de Deus, por terem cometido algum pecado mortal (Jó 4.7,8). No entanto, Jesus afirma que o mendigo e enfermo Lázaro encontrava-se no seio de Abraão após sua morte, que representa a designação de nosso lugar no grande banquete celestial (Mt 26.29). Isto significa que Lázaro se encontrava na mais elevada posição de honra. O Senhor se atenta para nosso sofrimento e, no momento certo, Ele nos retribuirá (1Pe 5.6,7).
2.2. A condição do rico
O rico, após sua morte, apela para sua ascendência judaica e filiação a Abraão: "Pai Abraão", Lc 16.24, e seu pedido aponta para o horror no qual se encontra, em tormentos. Alguns pontos nos chama a atenção: I) ser judeu não garantiu sua salvação, pois a salvação é para todos (1Tm 2.4); e 2) a impiedade para com o próximo resulta em condenação e juízo por parte de Deus (Sl 1.5). Aprendemos com isso que ser filho de crente, ou fazer parte de uma família cristã, ou de uma igreja de nada vale se não tivermos de fato um encontro com o Deus Altíssimo e uma vida transformada por Cristo. Outro ponto é que a nossa vida espiritual está direta- mente relacionada com nossos relacionamentos pessoais e nossa conduta com o próximo.
3- O PEDIDO DE UM SINAL
Diante de tal condição, do horror e do tormento, o rico se lembra de seus outros cinco irmãos e pede para Abraão mandar Lázaro até a casa do seu pai para avisar os seus irmãos, a fim de que eles se arrependessem e não fossem lançados naquele lugar de sofrimento (Lc 16.27,28).
3.1. O perigo da incredulidade
Ao ter a sua petição de auxílio rejeitada, o rico pede que Lázaro seja enviado à terra, como missionário, aos cinco irmãos. (Lc 16.27,28). Entretanto, Abraão responde que não é possível, pois, nem mesmo se ele viesse a ressuscitar dos mortos, seus irmãos se converteriam (Lc 16.31). Embora a ressurreição fosse o maior milagre que poderia acontecer, seus irmãos não ficariam impressionados, pois o maior testemunho está nas Sagradas Escrituras (Moisés e os Profetas), pois os judeus dividem o AT em: 1) A Lei de Moisés ou Toráh; 2) Os Profetas ou os Neviins; e 3) os Escritos ou Ketuvins (ELISEN, Stanley A. Conheça Melhor o AT. São Paulo: Editora Vida, 1993, p.10). Não adianta nada pedir um sinal se não acreditamos nem vivemos de acordo com os preceitos da Palavra de Deus.
3.2. O propósito da Parábola
Jesus pronunciou a Parábola do rico e Lázaro com o objetivo de ensinar sobre a condição da vida após a morte, da falsa segurança da ascendência judaica, e mostrar que de nada vale a manifestação de um sinal ou de um milagre se não acreditarmos nas Escrituras e vivermos pautados nelas. Aprendemos com isso que o milagre só tem um propósito se estivermos debaixo da Palavra de Deus, o próprio Jesus afirmou que não realizou mais milagres devido a incredulidade e a dureza do coração (Mt 13.58).
Às vezes, questionamos o porquê não vemos mais milagres como antigamente, a verdade é que o milagre só acontece por um propósito, e o propósito máximo está na conversão e mudança de vida.
SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
A conclusão da Parábola aponta para o seu clímax, os cinco irmãos do rico precisam passar pela conversão. Por- tanto os irmãos sobreviventes são semelhantes aos homens da geração do dilúvio, que desfrutam da vida como se Deus não existisse. Estes vivem no egoísmo sem coração, surdos à Palavra de Deus. Para os incrédulos, vão é o milagre, até mesmo o maior deles, a ressurreição dos mortos, isso nada adiantaria, pois aquele que não se dobra ante a Palavra de Deus, também não se dobrará diante de um milagre.
CONCLUSÃO
De nada vale se não vivermos baseados nas Escrituras Sagradas, somente assim poderemos viver e contemplar os milagres de Deus.
Complementando
No estudo sobre as últimas coisas (Escatologia), aprendemos que tanto os justos quanto os injustos ainda passarão por um julgamento, no caso dos justos, o julgamento do tribunal de Cristo para o recebimento do galardão (2Co 5.10), enquanto os ímpios passarão pelo juízo do grande Trono Branco que é o juízo final (Ap 20.11).
Eu ensinei que:
A Parábola do rico e Lázaro nos mostra que existe uma condição após a morte e que nada adianta o milagre se não nos submetermos à Palavra de Deus.
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