NÃO HÁ LIMITES PARA AMAR
___/ ___/ _____
Texto de Referência: Lc 10.30-37
LEITURA SEMANAL
Seg Mt 8.19 Alguns escribas tentaram ser discípulos de Jesus.
Ter Jo 8.31 Para sermos libertos, antes, devemos viver de acordo com as Palavras de Jesus.
Qua Jo 4.20 Os samaritanos não adoravam a Deus em Jerusalém.
Qui Jo 4.9 Os judeus não falavam com os samaritanos.
Sex 1Co 13.7 O amor tudo suporta.
Sab 1Co 12.31 O amor é o caminho mais excelente.
VERSÍCULO DO DIA
"E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios", Mc 12.33.
VERDADE APLICADA
O amor ao próximo é o preceito mais intenso vindo de Jesus Cristo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o porquê Jesus pronunciou a Parábola do bom samaritano:
✔ Apresentar o contexto histórico de rivalidades entre judeus e samaritanos;
✔ Aplicar as verdades sobre o limite do amor apresentado na Parábola.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que venhamos a ser uma bênção na vida de outras pessoas, amando-as com o amor de Cristo.
INTRODUÇÃO
A Parábola do bom samaritano nos explica na prática o que é o amor ágape e quem é o nosso próximo.
Ponto-Chave
"O oposto do amor ágape não é o ódio, mas, sim, o egoísmo e a indiferença".
1- QUEM É O MEU PRÓXIMO?
Jesus é questionado por um doutor da Lei sobre as exigências para ser salvo (Lc 10.25). Certamente, o escriba deve ter ficado muito constrangido pela pregação de Jesus de modo a colocar em dúvida a certeza de sua salvação, por isso perguntou ao Mestre quem era o seu próximo.
1.1. O escriba e Jesus
O judaísmo, no período de Jesus, era bastante heterogêneo, muitas seitas, que possuíam interpretações distintas, subsistiam em oposição às outras. Existiam neste período os fariseus, os saduceus, os zelotes e os essênios. Os escribas faziam parte da seita dos fariseus e eram denominados doutores da Lei, pois eram os teólogos daquela época. Eles eram vastamente reverenciados pela sociedade por causa de seu conhecimento, inclinação e aparência externa de observância da Lei. Alguns escribas foram aspirantes a discípulos de Jesus (Mt 8.19), mas muitos foram também seus opositores (Mt 23.13). Mesmo possuindo conhecimento das Sagradas Escrituras, esses doutores da Lei precisavam de um encontro com o Mestre. Só seremos verdadeiramente livres, se, antes, formos discípulos de Jesus (Jo 8.31,32).
1.2. O sacerdote, o levita e o samaritano
Diante do questionamento do escriba, Jesus conta-lhe uma Parábola: a do Bom Samaritano. A Parábola nos apresenta cinco personagens, 1) o judeu que ia em direção à Jericó; 2) os salteadores que espancaram o judeu; 3) o sacerdote; 4) o levita; ambos passaram distante; e 5) o samaritano. A estrada de Jerusalém para Jericó era perigosa, pois possuía cavernas onde salteadores esperavam os viajantes passar para assaltá-los. Muitos levavam altas quantias para Jerusalém, para ofertar. Ao passar pela estrada, o judeu foi atacado pelos bandidos e deixado para morrer. Tanto o sacerdote quanto o levita, homens religiosos, deveriam fazer o bem, mas foram indiferentes ao sofrimento.
Refletindo
"A saúde espiritual de alguém é exatamente proporcional a seu amor por Deus". C. S. Lewis
2- O RELACIONAMENTO ENTRE JUDEUS E SAMARITANOS
Ao contar a Parábola e colocar o samaritano como alguém que realizou uma boa obra para com um judeu, Jesus confrontou os mais piedosos, pois existia uma rivalidade histórica entre os povos.
2.1. Uma história de conflitos
Os samaritanos historicamente eram um povo de opositores aos judeus. Seu início se dá no AT, quando o reino do Norte se separou do Sul (1Rs 12.16-20). Em 722 a.C., o reino do Norte foi destruído pelo Império Assírio, assim como sua capital Samaria (2Rs 17.5,6), dai o termo, samaritanos. Os assírios levaram colonos para a terra, de modo que, todos que nasciam eram descendentes de assírios e judeus (2Rs 17.24-28). Quando os judeus voltaram para a Terra Prometida, os samaritanos foram os primeiros opositores (Ed 4.1.2). Eles também divergiam sobre o lugar de adoração (Jo 4.20-24) e sua história foi marcada pela idolatria.
2.2. A exigência do amor
Jesus apresenta a exigência do amor a Deus e ao próximo como condição indispensável (sine qua non) para todo aquele que deseja ser salvo. Alguns pontos são importantes: o desprezo dos religiosos, o sacerdote e o levita (Lc 10.31,32), para com o judeu, mostra como estavam distantes do amor de Deus. Enquanto o amor ágape, que é o amor de Deus, pode ser traduzido por caridade, compaixão e altruísmo; o seu oposto é o egoísmo, a indiferença e a falta de consideração. Pessoas que não vi- vem a empatia, que não sentem compaixão pelo sofrimento alheio, e não agem com generosidade, precisam rever seus conceitos e viver de fato a conversão, a mudança de mente (Rm 12.2).
Mesmo diante do histórico conflito entre os povos, o samaritano se compadece daquele que estava em aflição e à beira da morte, ele toma uma atitude e cuida de um desconhecido sem pensar duas vezes.
3.1. Uma atitude altruísta
O samaritano socorreu o judeu, em um lugar perigoso, prestando-lhe um imediato socorro, aplicando-lhe azeite para aliviar a dor (Is 1.6) e o vinho para desinfectar as feridas (Lc 10.34). Posteriormente, o samaritano colocou-o em um animal de carga e o levou para uma hospedaria onde o homem poderia receber os primeiros cuidados necessários enquanto convalescia; pagando antecipadamente parte das despesas. Podemos observar que tudo aquilo que o samaritano fez foi sem querer algo em troca, e sua atitude expressa seu coração pronto para ajudar e socorrer, independentemente das circunstâncias.
3.2. O limite do dever
Desta forma, onde está o limite do dever de cada um de nós? Existe limite para o amor, o amor ágape? O limite está no fato de que diante do sofrimento alheio, diante do desamparado e aflito, devemos sempre estar prontos para agir de forma acolhedora, benigna e bondosa. Muitas pessoas, seja ao nosso redor, até mesmo na igreja, precisam de um ato de amor e compaixão. Amar, com o amor ágape, não é um sentimento, pois o sentimento é passageiro, mas, sim, uma escolha e atitude altruísta. Quando o Apóstolo Paulo nos ensina sobre o amor, ele fala de atitudes e de comportamento e não de uma sensação ou emoção (1Co 13).
SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Por algumas vezes, Jesus foi questionado pelo fato de fazer milagres no sábado (Lc 13.14-16). Não havia limites para a compaixão de Jesus em prol de todos que padeciam, pois, até mesmo algumas regras do judaísmo, Jesus sobrepujou, quando encostou no esquife do filho da viúva de Naim (Lc 7.14). Ele libertou o gadareno da possessão demoníaca (Mt 8.28-34). Alimentou uma multidão (Jo 6.1-15). Ressuscitou a filha de Jairo (Mc 5.21-43). Jesus é o maior exemplo de compaixão e envolvimento com o sofrimento alheio.
CONCLUSÃO
Aprendemos com a Parábola do bom samaritano que o propósito de Deus é que sejamos disseminadores de amor ao próximo.
Complementando
A cidade de Jericó uma das cidades mais antigas do mundo, com mais de 11 mil anos, passou por vários domínios, entre eles o império Truco otomano, Reino Unido e Jordânia. A Bíblia relata sobre a conquista da cidade por Josué e os filhos de Israel, após a libertação do Egito, onde as suas muralhas caíram pelo poder de Deus. O NT faz menção à cidade nos livros de Mateus, Lucas e Hebreus, onde foi palco de milagres como a cura do cego Bartimeu, a conversão de Zaqueu, e ainda sobre a tentação de Jesus após o seu batismo. Fonte: OLIVERIA, Ana. Israel e fatos bíblicos de A a Z: um guia prático para curiosos. Rio de Janeiro: Editora Betel, 2016.
Eu ensinei que:
Amar o próximo não deve ser uma ação efêmera, mas, uma atitude constante em prol de todo aquele que sofre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todos os comentários estão liberados, dessa forma o seu comentário será publicado direto no CLUBE DA TEOLOGIA.
Porém se ele for abusivo ou usar palavras de baixo calão será removido.