PRESTANDO CONTA DO QUE RECEBEU
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Texto de Referência: Mt 25.14-30
LEITURA SEMANAL
Seg Mt 24.36 Não se sabe quando Jesus voltará.
Ter Tg 1.17 Todo dom é dado por Deus.
Qua 1Rm 4.4 Seremos recompensados pelo nosso trabalho.
Qui Hb 6.10 Deus não se esquece de nossa dedicação e do nosso trabalho.
Sex 2Tm 1.6,7 Deus pedirá conta de todos os dons que Ele nos concedeu.
Sab Mt 25.19 Prestaremos contas ao Senhor.
VERSÍCULO DO DIA
"E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor", Mt 25.21.
VERDADE APLICADA
Como bons despenseiros devemos usar com zelo, responsabilidade e comprometimento os talentos que o Senhor nos outorgou.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
✔ Explicar o contexto cultural da administração de bens na Antiguidade;
✔Apresentar a conduta dos servos na administração dos talentos recebidos;
✔ Mostrar a prestação de contas dos servos para seu senhor.
MOMENTO DE ORAÇÃO
Oremos para que sejamos vigilantes afim de não negligenciarmos a administração dos dons que recebemos do Senhor.
INTRODUÇÃO
A Parábola dos dez talentos nos ensina que devemos agir com responsabilidade, comprometimento e diligência em tudo aquilo que o Senhor nos deu.
Ponto-Chave
"Talentos, dons e habilidades foram-nos ofertados pelo Senhor para que usemos na propagação de Seu Reino".
1- A RESPONSABILIDADE DELEGADA
Jesus nos conta a Parábola dos dez talentos, ao fazer uma comparação com o Reino de Deus, em que um homem, antes de viajar, confia seus bens a três servos antes de se ausentar de sua pátria (Mt 25.14).
1.1. O senhor que fez uma viagem
As viagens nos tempos antigos eram cercadas de incertezas, e devido às instabilidades climáticas sobre as viagens marítimas, ou mesmo às terrestres com seus desafios de percursos, não se podia planejar uma agenda de forma precisa. Isso dificultava os proprietários e negociantes quanto à supervisão em outras regiões. Os ricos dependiam de contadores instruídos para multiplicar seu capital financeiro, estes poderiam ser tanto livres, quanto escravos. A comparação aqui se faz pela semelhança com Cristo que foi ao Pai e não deixou estabelecida uma data de retorno (Mt 24.36).
1.2. A repartição dos talentos
Ao sair em viagem, o senhor entrega nas mãos de seus empregados uma quantia considerável para sua administração. No grego, estes servos eram, na verdade, escravos ("doulos"), e receberam o talento de acordo com suas capacidades (Mt 25.15). Eles receberam cinco, dois e um talentos, respectivamente. James Strong ressalta que o talento valia 1.000 denários, e um talento de prata pesava 45 kg e de ouro 91kg. Se fossemos fazer uma atualização de valores, um talento equivaleria aproximadamente a dois anos e sete meses do que um trabalhador simples receberia hoje, ou seja, um valor considerável (Dicionário Bíblico Strong: Léxico Hebraico, Aramaico e Grego. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002, p.1277). Nossas habilidades são dádivas e dons dados por Deus, de acordo com nossas capacidades, cada um cuide com esmero daquilo que recebeu do Senhor (Tg 1.17).
Refletindo
"A quantidade de tempo que passamos com Jesus, meditando em Sua Palavra e Majestade, buscando Sua face, é o que estabelece nosso galardão no Reino". Charles Stanley
2- A CONFIANÇA ESTABELECIDA
Após receberem seus talentos do seu senhor, os servos agem por conta própria e com autonomia, administrando da sua forma os bens delegados a eles.
2.1. A distribuição aos seus servos
Jesus afirma que tanto o primeiro quanto o segundo servo começaram a negociar e granjear outros talentos, a palavra negociar (do grego, "ergazomai"), pode ser traduzida por: trabalhar arduamente, labutar, empenhar-se, fazer negócios. A multiplicação dos talentos não se deu através de algo natural, mas a partir de um trabalho intenso e severo que exigiu dos servos dedicação e esmero. O Apóstolo Paulo afirma que o salário do trabalhador não é um presente, mas um direito, por causa do trabalho que realizou (Rm 4.4), da mesma forma somos nós quando cremos naquele que nos justifica, a fé nos é dada por justiça, assim como Deus fez com Abraão (Rm 4.22).
2.2. A atitude dos servos
Enquanto dois servos trabalharam com afinco para multiplicar seus talentos, um enterrou a quantia deixada em suas mãos. Um dos meios mais seguros na Antiguidade e menos lucrativo de proteger seu patrimônio era enterrá-lo, tendo em vista que seria melhor investir o dinheiro nos bancos (Mt 25.27). Atualmente, ainda se descobrem tesouros que foram enterrados em tempos remotos. Neste caso, a atitude do servo de enterrar a quantia foi caracterizada por medo e desleixo, pois era inconcebível para um administrador nos tempos antigos receber tal quantia e não investir. Deus não nos estabeleceu como tímidos e covardes, mas nos deu o espírito de fortaleza e ousadia (2Tm 1.7).
3- O RETORNO DO SENHOR
Assim como tinha prometido, aquele senhor voltou para sua terra, e solicitou a prestação de contas de seus servos (Mt 25.19).
3.1. A prestação de contas
Por mais que se delongasse em sua viagem, chegou o dia do retorno do senhor sua propriedade, e com isso também a prestação de contas com os seus servos (v.19). Os servos que multiplicaram os talentos foram recebidos com alegria e honrados, enquanto que o servo negligente foi enviado para a prisão (Mt 25.30). É uma honra poder servir a Deus e por Ele ser usado em Sua Obra. Fomos chamados para multiplicar o Seu Reino com nossas aptidões e proficiências, e não para sermos ociosos (Pv 6.6). Que possamos utilizar nossos dons e talentos na Obra afim de glorificarmos a Deus, e na prestação de contas com Ele sermos aprovados.
3.2. A recompensa pela fidelidade
Não podemos agir de forma irresponsável, devemos nos comprometer com a Obra de Deus. Pois, se nós não fizermos isso, Deus levantará outra pessoa para realizar a Obra designada por Ele, da mesma forma como Mardoqueu disse a rainha Ester: "Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?", Et 4.14.
Os servos que agiram de forma diligente foram recompensados pelo seu senhor. Eles agiram com responsabilidade, esmero e fidelidade. Assim será conosco também que acreditamos que um dia nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo voltará para resgatar Sua Igreja santa e imaculada, e nos recompensará eternamente (1Co 3.8).
SUBSIDIO PARA O EDUCADOR
Tudo que recebemos de Deus não serve somente para nós, e não deve ser usado com egoísmo e narcisismo. Muitos desejam, em seu coração, serem altamente prósperos financeiramente e ter alto poder aquisitivo, mas, quando este sentimento é alimentado pelo egoísmo e pelo benefício próprio, tal desejo perde todo o seu valor. Tudo o que Deus nos da foi feito para ser compartilhado. Dessa forma, a própria salvação, mesmo sendo de cunho individual, não deve ser trancafiada a uma experiência individual, mas, sim, compartilhada (At 2.44,45). Assim, devemos nos entregar integralmente à Obra de Deus e nos submeter, sem reservas, ao domínio régio do Senhor.
CONCLUSÃO
Deus deu a cada um, talentos, habilidades e proficiências para serem usados para Sua Glória e para a manifestação do Seu Reino.
Complementando
Um assunto interessante hoje em dia é chamado de "Inteligências Múltiplas". Inicialmente desenvolvido por Howard Gardner. Ele afirma que não existe uma pessoa mais inteligente que outras, mas, sim, habilidades e "talentos" específicos, e que cada pessoa tem mais expertises em certas áreas que outras. O curioso é que alguns temas desenvolvidos nos dias atuais, já eram ensinados por Jesus há mais de 2.000 anos.
Eu ensinei que:
Recebemos de Deus talentos e, naquele dia, prestaremos contas de como cuidamos daquilo que o Senhor nos deu.
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