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sábado, 16 de novembro de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 8 / ANO 1- N° 3

   

 Jesus de Nazaré, Profeta, Sacerdote e Rei


TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Lucas 7.12-16
12- E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva (...).
13- E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela (...).
14- E, chegando-se, tocou o esquife (...) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te.
15- E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.
16- E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.

Hebreus 7.26,27
26- Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
27- que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios (...).

João 18.33,36,37
33- Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o rei dos judeus?
36- Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo (...).
37- Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo (...).

TEXTO ÁUREO
  A qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores. 1 Timóteo 6.15

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira - Lucas 24.18-27 Jesus, o Nazareno, um profeta poderoso

3ª feira - Deuteronômios 18.15-22 O Senhor, teu Deus, despertará um profeta

4ª feira - Mateus 15.32-38 Donde nos viriam num deserto tantos pães?

5ª feira - Hebreus 4.14-16 Temos um grande sumo sacerdote, Jesus

6ª feira - João 6.13-15 Este é, verdadeiramente, o Profeta

Sábado - Apocalipse 19.11-16 Rei dos reis e Senhor dos senhores

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
 entender que o ministério pleno de Cristo se faz representar pelos três principais ofícios veterotestamentários: profeta, sacerdote e rei;
• discorrer sobre as características de cada um desses três ofícios de Cristo;
• conscientizar-se de que os três ofícios de Cristo, durante a Sua vida terrena, servem para mostrar o que Ele foi, mas também para mostrar o que nós devemos ser.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, o tríplice ofício de Cristo expressa a abrangência do trabalho que o Senhor Jesus realizou em Sua vida terrena. Como profeta, Ele nos revela a vontade, os propósitos e a soberana vontade de Deus. Como sacerdote, Ele se coloca como mediador entre o Seu povo e o Seu Pai. Como rei. Ele exerce Seu poder soberano governando em conjunto com o Pai e o Espirito Santo sobre o mundo, seus habitantes e sua História.
  Para explorar essa temática, ao longo da lição deixe claro que Cristo exerceu - e ainda exerce - essas três funções de maneira muito sólida e pontual. 
  Excelente aula!

COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  A Bíblia destaca três características da obra de Jesus, as quais formam uma plataforma sustentada em três dimensões, a saber: profecia, sacerdócio e reinado.
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  Conforme o léxico do orientalista e hebraísta alemão Gesenius, profetizar significa "transmitir abundantemente palavras da parte de Deus, inspiradas pelo Espírito de Deus". (Jr 19.14; Ez 37.4).
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1. CRISTO, O PROFETA
  A origem etimológica da pa lavra profeta é incerta; entretanto, o vocábulo é comumente associado ao termo hebraico nabi', que significa "anunciar" ou "proclamar", amplamente utilizado para descrever os profetas no Antigo Testamento Alguns filólogos sugerem que o verbo profetizar seja uma derivação de nabi', com o sentido de "borbulhar" ou "derramar", indicando que a profecia pode ser comparada a algo que borbulha do Espírito Santo no intimo da pessoa que comunica a mensagem divina (Am 3.8: Mq 3.8). 

1.1. Os profetas hebreus
  Os profetas hebreus transmitiam ao povo mensagens que recebiam diretamente de Deus. Eles eram identificados por expressões como "homem de Deus" (2 Rs 4.21); "servo do Deus vivo" (Dn 6.20); "homem que tem o Espírito de Deus sobre si" (Is 61.1-3); "atalaia" (Ez 3.17) e "embaixador do Senhor" (Ag 1.13). A função desses vaticinadores era conclamar seus ouvintes ao arrependimento e anunciar acontecimentos futuros.
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  Depois de uma longa espera, desde os profetas até o final do período interbíblico, a ressurreição do filho da viúva de Naim foi uma prova cabal de que Deus visitara o Seu povo por intermédio do Nazareno. Na ocasião, o temor a Deus veio sobre o povo, que glorificou o Altíssimo, confirmando o cumprimento da promessa da vinda do Messias e Sua condição de grande Profeta (Lc 7.11-17).
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1.2. Jesus de Nazaré, a Profecia encarnada
  Quando nos aprofundamos nos estudos relacionados ao estrito significado do termo profeta, somos levados à compreensão de que os profetas humanos, limitados em sua humanidade, não foram capazes de decifrar a plenitude da Palavra e, por conseguinte, não puderam aplacar a necessidade que carregamos de compreender os desígnios eternos (Ec 3.11), que só podem ser conhecidos se Deus os revelar pessoalmente. E Ele o fez: Deus se revelou em pessoa quando o Verbo se fez carne (Jo 1.14).

1.3. O logos e a Profecia encarnada
  João, ao escrever seu Evangelho, reconhece a dimensão profética do ministério de Jesus, referindo-se Ele como logos (gr. = = "palavra" ouυ "verbo"), um termo que conecta Jesus à revelação divina tanto para judeus quanto para gregos (Jo 1.1-3). O termo logos remete à Criação, momento em que Deus cria todas as coisas por meio da palavra (Gn 1.3,6,9,11,14,20,24,26). Teologicamente, Cristo é a manifestação completa de Deus ao homem, sendo a Palavra profética encarnada (Jo 1.14).

1.4. Um profeta como Moisés
  Moisés profetizou a vinda de um profeta semelhante a ele (Dt 18.15; cf. At 7.37). O apóstolo Pedro, referindo-se a esse mesmo vaticínio, adverte que todo aquele que não lhe der ouvidos será exterminado dentre o povo (At 3.23; cf. Dt 18.19). Esse profeta é, naturalmente, o Senhor Jesus Cristo, que pro- clamou a verdade de Deus, denunciando as mentiras religiosas difundidas pelo mundo.
  Em Deuteronômio 18.15-22, há uma descrição do profeta ideal elaborada pelo escritor sagrado. Nos subtópicos seguintes, observam-se algumas semelhanças entre o ministério profético de Moisés, um ícone da antiga aliança, e o de Cristo:

1.4.1. Libertador
  Moisés conduziu o povo de Israel, que estava escravizado no Egito, à liberdade de Canaã (Ex 12.37-42). Jesus Cristo veio para libertar os cativos do reino de Satanás e guiá-los à liberdade do pecado e da morte, como profetizado por Isaías (61.1) e confirmado por Lucas (4.18,19) e Paulo (Cl 1.13). Assim como Moisés é lembrado como "o libertador de Israel" na história hebraica, nós, os salvos, desfrutamos da liberdade com que Cristo nos libertou (Gl 5.1).

1.4.2. Provedor
  A provisão divina de alimento foi crucial tanto na liderança de Moisés quanto no ministério terreno de Cristo, o pão da vida.
  Durante a jornada de Israel pelo deserto, Deus providenciou maná para o povo por 40 anos (Ex 16.11-36). Jesus, por Sua vez, alimentou quatro mil homens (sem contar mulheres e crianças) com sete pães e alguns peixes (Mt 15.32-38) e cinco mil homens (também sem contar mulheres e crianças) com cinco pães e dois peixes, levando o povo a reconhecê-lo como o profeta esperado (Jo 6.1-14).

1.4.3. Mediador
  Tanto Moisés quanto Jesus foram mediadores de pactos. Moisés foi o mediador da aliança da Lei, firmada entre Deus e o povo de Israel (Ex 19.3-9). Jesus é o Mediador da nova aliança, estabelecida entre Deus e o Israel espiritual, a Igreja (Jr 31.31-34; Lc 22.20).

1.4.4. Responsável com a casa de Deus
  No Novo Testamento, o termo grego oikos, traduzido como casa de Deus, denota um conceito de "lar" e "família", transcendendo à ideia de uma simples estrutura física (cf. 2 Tm 1.16; Tt 1.11). Tanto Moisés quanto Cristo foram apontados como líderes dessa casa divina.
  A liderança de Moisés não se limitava ao espaço do Tabernáculo, mas incluía todas as pessoas que lhe foram confiadas em prol da comunidade teocrática. A liderança de Jesus, de igual modo, se estende à comunidade dos crentes (1 Co 12.27).

1.4.5. Poupado por Deus
  Tanto Moisés quanto Jesus tiveram seus corpos preservados por Deus após a morte, embora por razões diferentes. A Tradição sugere que o local de sepultamento do corpo de Moisés permanece desconhecido (Dt 34.5,6) para evitar a idolatria do povo de Israel. Já em relação a Jesus, Deus não permitiu que Seu corpo sofresse decomposição - Pedro mencionou esse fato no sermão de Pentecostes (At 2.30,31), citando o Salmo 16.10. A ressurreição de Jesus demonstra que Sua vida não terminaria com um corpo decomposto na sepultura; Ele ressuscitou em um corpo glorificado.

1.5. Um profeta reconhecido
  Após a multiplicação dos pães para cinco mil homens, testemunhas exclamaram que Jesus era o profeta prometido (Jo 6.5-14; Lc 7.16). Os discípulos de Emaús também reconheceram o Nazareno como um profeta poderoso em obras e palavras (Lc 24.19). O Filho de Deus iniciou Seu ministério proclamando uma mensagem de arrependimento e anunciando a chegada do Reino dos céus (Mt 3.17).

2. CRISTO, O SACERDOTE
  Pode-se definir sacerdote como "um ministro autorizado para as coisas sagradas, especialmente aquele que oferece sacrifícios no altar e age como mediador entre o homem e Deus". Em outras palavras, trata-se de alguém designado especialmente para representar o Altíssimo diante do povo, e o povo diante do Altíssimo.

2.1. O sacerdócio nas religiões antigas
  Embora o sacerdócio israelita possua características únicas e um propósito específico na Lei Mosaica, o texto bíblico também menciona figuras sacerdotais em outros contextos, como Potífera (Gn 41.45,50) e os sacerdotes dos filisteus (1Sm 5.5), fenícios (2 Rs 10.19), moabitas (Jr 48.7) e amonitas (Jr 49.3). Essas referências bíblicas, no entanto, não indicam, de si, a existência de uma classe sacerdotal organizada fora do contexto israelita.

2.2. A superioridade do sacerdócio de Cristo
  Cristo foi superior a todos os sacerdotes da religião judaica por dois motivos principais. Primeiro, Ele, ao contrário de todos os anteriores, era imaculado (Hb 7.26). Em segundo lugar, Ele era tanto o grande sumo sacerdote (Hb 4.14) quanto o sacrifício perfeito que tornou obsoleto todos os demais (Hb 8.6; 10.12-14).
  Jesus, o Filho de Deus, ocupava um papel sacerdotal superior ao da linhagem levítica: Ele pertencia à ordem de Melquisedeque (Hb 5.6). Ao contrário do sacerdócio levítico, que exigia sucessão e sacrifícios contínuos, o de Melquisedeque é destacado por sua singularidade e eternidade (SI 110.4), re- fletindo o caráter definitivo e insubstituível do ministério de Cristo (Hb 4.15).

2.3. Cristo, o Sacerdote sem pecado
  Os sacerdotes do Antigo Testamento eram obrigados a oferecer sacrifícios tanto pelo povo quanto por si mesmos, pois também eram pecadores e precisavam de expiação (Lv 16.6). Em contraste, Jesus, o eterno sumo sacerdote perfeito e imaculado, não necessitava de propiciação pessoal. Por essa razão, Seu sacrifício foi único e definitivo, proporcionando justificação para toda a humanidade (1 Jo 2.2, 2 Co 5.21 e Cl 2.13-15).

2.4. Cristo, o Mediador entre Deus e os homens
  A função sacerdotal de Cristo pode ser organizada em três etapas crescentes:
 sacrifício pelo pecado - a base da função sacerdotal de Cristo é Seu próprio sacrifício pelos pecados, algo que os sacerdotes do Antigo Testamento não podiam realizar;
 intercessão no céu - após Sua ascensão, Cristo intercede por Seu povo diante do Pai;
• mediação exclusiva - assim como o sumo sacerdote do Antigo Testamento servia de mediador entre Deus e Israel, Cristo, nosso eterno sumo sacerdote, faz a mediação entre o Pai e a humanidade; afinal, há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tm 2.5).

3. CRISTO, O GRANDE REI
  Tanto no Antigo quanto Novo Testamento, há extensa referência sobre a realeza do Messias.

3.1. Referências ao Rei Jesus no Antigo Testamento
  As Escrituras apresentam o Reino de Deus tanto em Sua governança atual (Sl 93.1) quanto no glorioso futuro domínio de Jesus (Sl 24.9).
  Isaías destacou a vinda do Messias, um descendente de Davi, que traria justiça e paz (Is 9.6.7; 11.1-9). Jeremias previu um grande Rei que praticaria juízo e justiça, devido ao fracasso dos monarcas de Israel (Jr 23.5; 21.11.12). Daniel vislumbrou um Reino infindo ao qual todos os povos serviriam (Dn 7.14). Deus prometera a Davi um trono eterno, que se cumpriu em Jesus (2Sm 7.16). Miqueias previu o nascimento do Rei em Belém (Mq 5.2), e Zacarias descreveu Sua entrada humilde em Jerusalém (Zc 9.9).

3.2. Referências ao Rei Jesus no Novo Testamento
  No anúncio do nascimento de Jesus, o anjo declarou que Ele receberia o trono de Davi e reinaria eternamente (Lc 1.32,33). Após Seu nascimento, magos do Oriente vieram adorá-lo como rei (Mt 2.2, 2.11). João Batista e Jesus proclamaram a iminência do Reino de Deus (Mt 3.2; 4.17). Na crucificação, uma placa identificava, ironicamente, o Nazareno como "Rei dos Judeus" (Jo 19.19,20). No Apocalipse, Jesus é retratado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, triunfando sobre todos os inimigos e reinando para sempre (Ap 19.16; 11.15).

CONCLUSÃO
  Os ofícios exercidos por Cristo no decurso de Seu ministério terreno exemplificam o que Seus seguidores devem ser: profetas, sacerdotes e reis.
  Somos porta-vozes de Deus neste mundo; significa dizer que somos, também, Seus profetas. Além disso, somos Seus sacerdotes quando, em oração, intercedemos uns pelos outros (1 Pe 2.5). Por fim, podemos ser considerados reis em Cristo, porque assim é declarado acerca dos santos: Tu fizeste com que essas pessoas fossem um reino de sacerdotes que servem ao nosso Deus; e elas governarão o mundo inteiro (Ap 5.10).

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Quais foram os três ofícios exercidos por Cristo em Seu ministério terreno?

R.: Profeta, sacerdote e rei.

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