INTRODUÇÃO
Professor(a),
esse mandamento que vamos estudar, significa basicamente "não
mentir" e é o mandamento que Jesus utilizou para apontar a obra
de Satanás, veja:
"Vós
tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso
pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na
verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira,
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.",
João 8.44
O
nono mandamento se estende além de falsos testemunhos acerca de
alguém. Ele ressalta o cuidado que devemos ter com o que ouvimos e,
também, com o que iremos dizer. Podemos
notar que Deus aponta os
mandamentos
sempre em relação ao próximo, demonstrando que a mentira
é terrivelmente prejudicial ao relacionamento entre as pessoas. E
pelas palavras de Jesus, podemos notar a gravidade do não
cumprimento desse mandamento, pois a pessoa se torna semelhante ao
diabo, que é o pai da mentira. Neste
subsídio, vamos mostrar como a fofoca se torna mais terrível com as
mídias sociais da atualidade.
1-
A proteção da honra
Assim
como Deus é a verdade, Ele também deseja que sejamos verdadeiros.
Precisamos ter cuidado com tudo aquilo que a nossa boca profere,
porque Deus está atento, também, com aquilo que sai de nossa boca.
1.1.
O sistema de justiça do mundo antigo.
Na
Antiguidade, havia pouca proteção às pessoas acusadas de um crime.
Até que se provasse o contrário, elas eram consideradas culpadas.
Como havia poucas normas para a apresentação de provas, os acusados
não tinham sequer chance de montar uma defesa. Geralmente, os
tribunais antigos condenavam pela força de uma única testemunha.
Nesse caso, a vida de um réu sempre corria risco, visto que as
palavras de um falso testemunho poderiam ser fatais. Aqui,
o comentarista aponta como se exercia a lei no mundo antigo, não
entre os Hebreus que tinham a Lei de Moisés, mas entre as nações
pagãs que tinham suas próprias leis. Muitas injustiças
eram cometidas por conta disso.
Como
esse sistema legal era sujeito a abusos, Deus estabeleceu o nono
mandamento para proteger a vida humana [Nm 35.30; Dt 19.15-20}. Ficou
estabelecido também que o acusador deveria atirar a primeira pedra
[Dt 17.7] e caso fosse comprovado que a alegação fosse falsa, o
acusador deveria ser punido [Dt 19.18-I9]. Notemos
que, pela lei não bastava uma só testemunha para
que a acusação fosse aceita,
veja:
"Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá.", Deuteronômio 17.6
E todo o povo participava da punição, de forma que todos pudessem ver as consequências do crime, e aquele que trouxe a acusação deveria ser o primeiro a ver o seu próximo morrer pelas suas palavras:
"As mãos das testemunhas serão primeiro contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; assim tirarás o mal do meio de ti.", Deuteronômio 17.7
Dessa forma havia mais chance de se fazer justiça, por isso a Lei de Moisés é considerada um sistema de leis avançado para a sua época.
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