sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

ESCOLA DOMINICAL CENTRAL GOSPEL / JOVENS E ADULTOS - Lição 12 / ANO 1- N° 3

                                                

A Morte, Ressurreição e Ascensão de Cristo


TEXTO BÍBLICO BÁSICO
João 19.17-19
17- E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,
18- onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
19- E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.

Marcos 16.9-11
9- E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
10- E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
11- E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.

Atos 1.9-11
9- E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
10- E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
11- os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

TEXTO ÁUREO
(...) Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. 1 Pedro 2.24

SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DIÁRIO

2ª feira Romanos 5.12-19 Adão e Cristo

3ª feira Isaías 53.10-12 Ele foi contado com os transgressores

4ª feira Marcos 15.33-37 A morte de Jesus

5ª feira Marcos 16.1-8 A ressurreição do Senhor

6ª feira Lucas 24.13-31 No caminho de Emaús

Sábado Hebreus 10.11-18 A obra completa de Cristo

OBJETIVOS
  Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
• entender que a morte de Cristo é o único meio para o per- dão dos pecados e libertação dos grilhões da morte:
 conscientizar-se de que a morte de Jesus teria sido em vão se Ele não ressuscitasse, como havia prometido;
 interpretar a morte e a ressurreição de Cristo, juntas, como o ponto mais elevado da narrativa bíblica e o ápice da fé cristã.


ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
  Prezado professor, após um ministério marcado pela excelência na proclamação das boas novas de salvação. Jesus avançou para a última etapa de Sua missão terrena, a qual foi consumada na cruz (Jo 19.30). Ao entregar o Seu espírito, Ele iniciou o cumprimento da promessa de ressurreição (Mt 28.5-7).
  Após ressuscitar, o Messias ministrou por outros 40 dias, preparando Seus discípulos para Sua partida (At 1.3). Na ascensão, dois homens vestidos de branco confirmaram que Ele voltaria da mesma forma como havia subido (At 1.10,11).
  Comece a lição discutindo como o ministério terreno de Jesus culminou em Sua morte, ressurreição e ascensão, e como esses eventos se relacionam com Sua missão. Encoraje os alunos a compartilharem suas percepções sobre o significado desses acontecimentos.
  Excelente aula!

  COMENTÁRIO
Palavra introdutória
  A morte tornou-se parte inseparável da vida humana em razão do pecado, que entrou no mundo depois da Queda no Éden (Rm 5.12,19). Vencê-la, desde então, tornou-se um imperativo.
  Após oferecer um único sacrifício pelos pecados de todos, o Salvador ressuscitou e ascendeu aos céus, onde hoje está à destra de Deus (Hb 10.12). A ressurreição de Cristo ao terceiro dia foi essencial para o pleno cumprimento do plano divino; sem essa obra excelsa, Sua morte teria sido em vão. O duplo ato conjunto realizado pelo Filho de Deus - morrer e ressuscitar - é, sem sombra de dúvida, o ápice da narrativa bíblica e da fé cristã.

1. A MORTE DE CRISTO
  Após ser traído por Judas e submetido a dois julgamentos, a autoridade romana cedeu aos clamores dos líderes religiosos e da multidão e, assim, decidiu executar o Messias na cruz. Esse método brutal de punição ocorria em três etapas: o açoitamento, a humilhante caminhada até o local da execução e, por fim, a crucificação.

1.1. O açoitamento
  Jesus já havia sido maltratado pelos judeus durante o pro- cesso religioso (Mt 26.67; Mc 14.65); entretanto, de acordo com as práticas romanas, era comum que os condenados à morte de cruz fossem submetidos a flagelos antes da execução. Assim, mesmo não sendo uma exigência absoluta em to- das as condenações, o Homem de dores (Is 53.3) foi também açoitado (Jo 19.1).

1.2. A caminhada até o Calvário
  O caminho da via dolorosa era composto por ruas estreitas e caóticas, cheias de gente e de animais. O centurião encarregado do suplício ia à frente a cavalo, abrindo passagem com a lança. Ele era seguido por um mensageiro, que proclamava o motivo da condenação.
  Jesus sofreu o mais severo castigo: por essa razão, a fim de garantir que Ele chegasse ao lugar do suplício, resolveram chamar um dos passantes para ajudá-lo a carregar o madeiro (Lc 23.26).
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  Louis-Claude Fillion informa que "tanto entre os judeus quanto entre os romanos, as penas capitais só podiam ser executadas fora da cidade, mas normalmente próximo de uma estrada movimentada, para que o castigo servisse de lição aos demais.".
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1.3. A crucificação
  O propósito da crucificação era levar à morte o condenado, pela sufocação e pela dor. Como não envolvia diretamente qualquer órgão vital, o suplício podia prolongar-se por várias horas ou mesmo dias. A posição estendida dificultava a respiração. Para inalar, o crucificado precisava levantar-se, o que pressionava os pregos nos pés e nas mãos, provocando uma dor excruciante. A exaustão, a desidratação, a exposição às condições climáticas e a perda de sangue contribuíam para a agonia. Com o tempo, as cãibras e a asfixia progressiva levavam à morte.
  Foi dessa maneira que Jesus, o cordeiro de Deus, foi crucificado no Gólgota - ou Calvário,- sendo oferecido em sacrifício para pagar os pecados da humanidade.

1.3.1. O sorteio de Suas vestes
  Antes da crucificação, o condenado era despojado de suas vestes, que às vezes eram cortadas e divididas entre os soldados (Jo 19.23). Essas roupas serviam como prêmio para os que acompanhavam o criminoso até o local da execução. No entanto, essa prática rotineira adquiriu um significado especial na crucificação de Jesus, pelo fato de ter cumprido uma profecia do Antigo Testamento: Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre a minha túnica (SI 22.18). Um ato simples, com o qual o povo estava acostumado, tornou-se um sinal dos céus.

1.3.2. A execução entre malfeitores
  Outra antiga profecia previa que Jesus seria contado entre os transgressores (Is 53.12; cf. Mc 15.27,28), e Ele foi crucificado entre dois salteadores. Duas cruzes foram erguidas, uma à direita e outra à esquerda do Messias, em uma aparente zombaria ao "Rei dos Judeus".
  Marcos relata que ambos os criminosos zombavam de Cristo, mas um deles, arrependido, implorou: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino. Ao que Jesus respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.42,43).

1.3.3. Eventos extraordinários
  A crucificação e morte de Jesus foram acompanhadas por uma série de eventos extraordinários que carregam profundo significado teológico e simbólico. A seguir, destacam-se três acontecimentos significativos que ocorreram nesse momento crucial da história cristã:
• antes de Jesus render o espírito, houve trevas - sobrenaturais, acredita-se - sobre a terra por três horas (Mt 27.45; Mc 15.33; Lc 23.44), simbolizando Seu sofrimento ao tornar-se maldição em nosso lugar (Gl 3.13; 2 Co 5.21);
• o véu do Templo rasgou-se de alto a baixo após a morte de Jesus (Mt 27.51; Mc 15.38), simbolizando o livre acesso do ser humano a Deus; somente uma força sobre-humana poderia rasgar aquele espesso véu (Ex 36.31-37; Hb 9.3);
 quando Ele entregou o espírito, um forte terremoto fendeu as pedras, abrindo sepulcros e ressuscitando muitos santos; isso causou grande temor no centurião e nos guardas, levando-os a reconhecê-lo coma Filho de Deus (Mt 27.51-54).

2. A RESSURREIÇÃO
  A Lei Mosaica proibia que os cadáveres passassem a noite no madeiro (Dt 21.22.23). Por esse motivo, antes que Jesus expirasse, os judeus pediram a Pilatos que pusesse fim à agonia dos sentenciados. A técnica para apressar a morte dos crucificados consistia em lhes quebrar as pernas por meio de fortes pancadas.

2.1. A preservação do corpo do Cordeiro imaculado
  Os soldados enviados por Pilatos quebraram as pernas dos salteadores que ladeavam Jesus; todavia, ao se aproximarem do Salvador, perceberam que Ele já estava morto e não lhe desferiram os terríveis golpes (Jo 19.31-34; Sl 34.20).
  No entanto, um soldado, por garantia, traspassou o peito de Jesus com uma lança, de onde saiu sangue e água, cumprindo a profecia de Zacarias 12.10: Olharão para mim, a quem traspassaram. Este ato simboliza o arrependimento futuro dos judeus ao se lembrarem da crucificação do Messias.
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  De acordo com a ordem divina, os judeus não podiam quebrar os ossos do cordeiro pascal (Ex 12.46; Nm 9.12). O fato de o Cordeiro santo de Deus já estar morto impediu que Seus ossos fossem quebrados, cumprindo assim a profecia do Salmo 34.20, que diz: Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.
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2.2. O sepultamento em um sepulcro novo
  José de Arimateia, um discípulo secreto de Jesus e respeitável membro do Sinédrio, obteve o consentimento do governador para retirar o corpo do Messias da cruz. Junto com Nicodemos, outro discípulo de Cristo. José de Arimateia envolveu o Seu corpo em lençóis, conforme a tradição judaica (Jo 19.38-42). Sendo um homem rico (Mt 27.57), ele o sepultou em um sepulcro novo escavado na rocha, reservado para si cumprindo assim a profecia de Isaías 53.9. E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte (...).

2.3. A promessa de ressurreição
  Jesus estava morto e sepultado; no entanto, em diversas ocasiões Ele afirmara aos discípulos que ressuscitaria ao terceiro dia (Mt 16.21; 17.23; 20.19; Lc 9.22; 18.33; 24.7,46). No entanto, a tristeza pela morte de seu Mestre parece ter suplantado a maravilhosa promessa. Eles estavam tão desolados, que chegaram a perder a esperança (Mc 16.10,11; Lc 24.21).

2.4. A reivindicação dos sacerdotes
  Por desconhecerem o estado de ânimo dos discípulos, uma comissão de sacerdotes reuniu-se na casa de Pilatos e solicitou-lhe uma guarda para vigiar o sepulcro de Jesus. Eles alegaram que Cristo, em vida, havia afirmado que ressuscitaria, e, por isso, era necessário tomar precauções. Temiam, na realidade, que os discípulos pudessem roubar o corpo durante a noite e alegar ao povo que Ele havia ressuscitado. O governador romano atendeu ao pedido e disponibilizou alguns soldados para a vigilância. Dessa forma, asseguraram que o sepulcro estivesse bem guardado (Mt 27.62-66).

2.5. O cumprimento da promessa
  Os guardas designados por Pilatos vigiavam o sepulcro quando um terremoto ocorreu e um ser sobrenatural removeu a pedra e sentou-se sobre ela, paralisando os guardas (Mt 28.5; Mc 16.5; Lc 24.4; Jo 20.12). Na manhã de domingo, ao chegarem para ungir o corpo de Jesus, as mulheres encontraram o túmulo aberto e vazio. Dois anjos apareceram e disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou (Lc 24.5,6).
  Os principais sacerdotes, sem explicação para o ocorrido, subornaram os guardas para dizer que o corpo havia sido roubado pelos discípulos, mas Suas aparições comprovaram a ressurreição (Mt 28.11-20).

2.6. As aparições do Cristo ressuscitado
  Em Jerusalém e arredores, Jesus apareceu à Maria Madalena (Mc 16.9), à outra Maria (Mt 28.1,8-10) e a dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). Tomé inicialmente duvidou dos relatos, mas acreditou após Seu aparecimento aos Onze (Jo 20.24-29). O Filho de Deus manifestou visivelmente antes de ascender aos também se mar céus (At 1.4-12).
  Na Galileia, Ele apareceu aos discípulos, entregando-lhes a Grande Comissão (Mt 28.16-20); além disso, foi visto por mais de quinhentas pessoas (1 Co 15.6). Apareceu a Tiago e aos apóstolos (1 Co 15.7) e, mais tarde, a Paulo em um encontro dramático (At 9.1-6; 1 Co 15.8).
  Jesus havia afirmado a necessidade de Sua morte e garantido Sua ressurreição, condição fundamental para a esperança cristã. Paulo declarou que, assim como Cristo ressuscitou, os salvos também ressuscitarão para a vida eterna (1 Co 15.16-22).

3. A ASCENSÃO
  Após ressuscitar, Jesus permaneceu na terra por mais 40 dias, ministrando aos Seus discípulos; então, Ele ascendeu aos céus (At 1.1-9). A ascensão marcou o fim do ministério terreno de Cristo, mas não encerrou a história da redenção, pois Ele prometeu voltar para buscar os Seus (Mt 16.27; Mc 13.26,27; Jo 14.2-4).
  Enquanto Jesus desaparecia nas nuvens, dois anjos apareceram aos discípulos, assegurando-lhes que Ele retornaria da mesma forma que havia subido (At 1.11). Essa é a nossa esperança.

CONCLUSÃO
  Não há adjetivos que possam descrever plenamente a dor e a angústia que Jesus sofreu na cruz ao carregar o peso de nossos pecados. Tudo pode ser resumido em uma palavra: amor.
  Cristo cumpriu Sua missão de forma completa: tornou-se homem, viveu entre nós, curou, libertou, anunciou o Reino de Deus e entregou Sua vida como sacrifício perfeito pelos pecados da humanidade, declarando na cruz: Está consumado!
  Ao terceiro dia o Salvador ressuscitou, confirmando que Ele venceu a morte e pagou o preço por nossas iniquidades. Encerrada a Sua jornada neste mundo, Ele ascendeu aos céus e hoje está à direita de Deus-Pai, governando e abençoando a Sua Igreja. Enquanto isso, aguardamos o Seu regresso.

ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO

1. Onde e como Jesus foi sepultado?

R.: José de Arimateia e Nicodemos envolveram o corpo do Senhor em um lençol e o colocaram em um sepulcro escavado na rocha (Jo 19.38-42).

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